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EROSÃO DO SOLO
GURUPI – TO
FEVEREIRO – 2008
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EROSÃO DO SOLO
1. INTRODUÇÃO
A terra originou-se a 4,5 bilhões de anos atrás, apresentado atualmente uma superfície de
500 milhões de Km2. Desta superfície apenas 1 bilhão de hectares constituem terras agricultáveis.
Há aproximadamente 250.000 anos atrás surgiu no Planeta Terra o homem. Quando surgiu a
agricultura há 8.000 anos atrás, já existiam 5 milhões de habitantes. No ano de 1800 completava-se o
primeiro bilhão de habitantes, 100 anos após já eram 2 bilhões. No ano 2000 atingiu mais de 6 bilhões
e no ano de 2.035 estima-se 12 bilhões de habitantes.
Este acelerado aumento populacional exerce uma certa pressão sobre os recursos naturais:
solo, fauna e flora, a fim de se obterem alimentos e bens de consumo. Esta pressão nos recursos
naturais provoca a destruição fauna, flora e solo. A intensidade desta destruição vai depender das
formas de interferência do homem. Entretanto devido à ignorância e a luta por problemas de ordem
econômica e social esta intensidade de destruição tem sido muito elevado. Um dos sintomas deste fato
e a ocorrência de erosão.
Tal como a agricultura, a erosão tem sua raiz no passado, e seus processos são regionalmente
interdependentes.
A erosão acentuada tem provocado mudanças históricas maiores que qualquer guerra ou
revolução.
A exemplo disso podemos utilizar a situação dos cerrados. No inicio de sua ocupação os principais
problemas eram de ordem química. A partir de sua utilização foram amenizados os problemas de
caráter químico, e em contrapartida, depauperando as propriedades físicas. Assim o manejo de solo
deve ter uma abrangência tal, que permita uma permanente exploração agrícola.
O termo Textura refere-se à distribuição das partículas do solo tão somente quanto ao seu
tamanho. Tradicionalmente, tais partículas são divididas em três frações de tamanho, chamadas
frações texturais: areia, silte e argila. Feita a análise textural, o solo recebe uma designação, sendo
encaixado em determinada classe textural.
Para uma mesma classe textural há um limite superior e um inferior de acordo com a escala
adotada. Existem várias escalas para classificar os separados do solo. Entre elas a de ATTERBERG,
escala adotada pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo e Sociedade Brasileira de Ciência do
Solo, e a escala do U.S.D.A do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
A Escala de ATTERBERG apresenta quatro grupos de separados: areia grossa, areia fina, silte e
argila. A escala da U.S.D.A. discrimina mais a fração areia constituindo assim sete grupos de
separados: areia muito grossa, areia grossa, areia média, areia muito fina, silte e argila.
Para fins agrícolas, que diz respeito ao crescimento e a produção das plantas, o conhecimento
da natureza das partículas do solo (por exemplo, a determinação dos minerais primários e dos tipos de
minerais de argila) tem sido considerado, quando aliado a outros fatores, mais importantes que as
análises mecânicas e as conseqüentes determinações de suas classes texturais.
De uma forma geral é possível relacionar a textura do solo com outras propriedades do solo.
Solos Argilosos normalmente apresentam propriedades químicas favoráveis e propriedades físicas
desfavoráveis. As principais características são: capacidade de retenção de água elevada, aeração
deficiente, coesão elevada, consistência plástica a pegajosa quando molhados e dura quando seco,
densidade aparente menor, porosidade total maior, microporosidade maior, superfície específica
elevada, estrutura boa, capacidade de troca elevada. Os solos arenosos ao contrário apresentam
propriedades físicas favoráveis e propriedades químicas desfavoráveis.
A determinação da textura de uma amostra de solo se faz pela análise granulométrica, também
conhecida como análise mecânica. A amostra antes de ser analisada deve sofrer um pré-tratamento a
fim de remover sais solúveis, gesso, matéria orgânica e óxidos de ferro. Tal dispersão pode ser feita
através ebulição com água e agitação ou com a remoção dos íons floculantes (Ca, Mg, H, Al e Fe) por
cátions altamente hidratados (Na, Li, Amônia) ou métodos combinando os dois anteriores.
Após a dispersão a separação das frações é feita peneiramento do solo seco ao ar, com uma
seqüência de peneiras, até um diâmetro de partículas de aproximadamente 0,05 mm. A fim de separar
as partículas de diâmetro menor é utilizado o método de sedimentação que se baseia na lei de Stokes,
utilizando-se decímetros ou pipetas.
A textura do solo é uma característica do solo de difícil modificação. Mudanças podem acontecer
na ocorrência de erosão que podem retirar camadas do perfil. Em solos podzolizados tal ocorrência
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implicaria em mudanças estruturais. Assim, medidas que evitam a erosão como o plantio em nível,
terraceamento, canais escoadores etc. são importantes.
Alguns autores relatam que a textura da camada superficial do solo pode ser alterada no período
de um ano, após práticas intensivas de cultivo, pela erosão seletiva das partículas de argila.
Os solos que apresentam maior facilidade de manejo e produtividade, geralmente, contém cerca
de 20% de argila, 5% de matéria orgânica e os 75% divididos entre silte e areia. Solos argilosos são
muito mais susceptíveis a compactação do solo que os arenosos.
2.2. ESTRUTURA
O termo estrutura é utilizado para descrever o solo no que se refere ao arranjo, orientação e
organização das partículas sólidas. Como o arranjo das partículas do solo é geralmente muito
complexo para permitir qualquer caracterização geométrica simples, não existe meio prático de se
medir a estrutura do solo. Por isso, o conceito de estrutura do solo é qualitativo.
Os tipos de agregados que podem existir num perfil de solo são: esferoidal, que se subdivide em
granular ou grumosa conforme a porosidade do agregado; blocos, que subdivide em angulares e
subangulares; prismática, que se subdivide em prismática e colunar e laminar. Os agregados de forma
esferoidal são mais comuns em horizontes de superfície. Já os de bloco e prismática são mais comuns
no horizonte B, sendo que o prismático colunar mais comum em horizontes salinos. A forma laminar é
comum em horizonte C.
Solos arenosos, como não formam agregados estáveis, são classificados como solos sem
estruturas ou solos com estrutura grãos simples.
A matéria orgânica é um dos principais fatores que favorecem a estruturação do solo. Solos ou
horizontes de solos ricos em matéria orgânica normalmente são bem estruturados. Manejos que
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O preparo do solo tem influência marcante na estrutura do solo pois pode propiciar uma maior
porosidade ou um menor porosidade. Preparo do solo em condições desfavoráveis de umidade,
aliado a cultivos continuados promovem a quebra dos agregados.
O uso do gesso para evitar os efeitos perniciosos do sódio na dispersão do solo (e seus
agregados logicamente) tem sido preconizado em solos irrigados do semi-árido americano. O efeito
floculante do gesso é conhecido como efeito “condicionador do solo”.
utilizar princípios de preparo conservacionista para que o solo tenha o mínimo de desagregação
que criem condições de uma rápida germinação, bom stand final e rápido desenvolvimento das
plantas;
reduzir as pressões dos pneus no solo utilizando pneus mais largos ou de rodagem dupla.
2.3. CONSISTÊNCIA
Por consistência entende-se a influência que as forças de adesão e de coesão nos constituintes
do solo de acordo com o seu estado de umedecimento. Propriedade do solo como tenacidade
(resistência à ruptura), friabilidade (facilidade de esboroamento), plasticidade (possibilidade de
moldagem) e viscosidade (capacidade de aderência) são alguns exemplos das várias formas de
consistência.
Assim no solo seco, as forças de coesão entre as partículas sólidas são elevadas,
conseqüentemente o solo se torna duro, oferecendo resistência à ruptura. Solo úmido apresenta as
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forças de adesão entre as fases sólido-líquida elevadas e as moléculas de água recobrem os sólidos. A
partir de um certo momento ocorre força de coesão entre os líquidos que recobrem a fase sólida. A
coesão, nestas condições, é proporcional à tensão superficial existente na película de água, variando
inversamente com o diâmetro das partículas sólidas. À medida que a película de água se espessa, o
raio de curvatura do menisco diminui, reduzindo a tensão superficial, logo, a força de coesão que une
as partículas de um determinado solo varia inversamente com o conteúdo de umidade. Assim a coesão
pode por acréscimo de água , alcançar um máximo e depois diminuir até um mínimo. Nestas condições
de mínima coesão as partículas sólidas não mais se atraem: é o estado de aderência. Aderência é pois
a atração entre as superfícies sólidas e líquidas e diz-se que o solo esta pegajoso. A terra empasta nos
implementos agrícolas.
b) pelas forças de Van Der Waals, as quais variam inversamente com o cubo da distância entre as
partículas;
O manejo do solo que mais atua na consistência é a aplicação de matéria orgânica, pois esta
devido a sua alta capacidade de absorção de água evita a formação de película de água em volta das
partículas. A água necessária para envolver as partículas e gerar coesão e depois aderência, só estará
disponível depois de completada a saturação da matéria orgânica.
2.4. POROSIDADE
A porosidade de um solo pode ser definida como sendo o volume de vazios ou ainda o espaço
de solo não ocupado pela “matriz” (conjunto dos componentes orgânicos e inorgânicos).
Tal espaço é ocupado pelo ar do solo e água do solo constituindo assim o local onde se
processam as reações de interfase sólido-líquido, sólido-gás e líquido-gás.
O conhecimento da porosidade total de um solo não constitui uma informação muito importante
para caracterizar suas propriedades, para isso é necessário saber qual a distribuição dos tamanhos de
seus poros. Podem ser conhecidos dois tipos: os macroporos e os microporos.
Os macroporos são de maior diâmetro e é através dela que a água drena e o ar se move
livremente. Os microporos são responsáveis pela retenção de água por capilaridade. A distribuição de
macroporos e microporos é importante no estudo de armazenamento e movimento de ar e água do
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A água é retida por adsorção particularmente nos microporos, com redução de infiltração e
arejamento.
Os limites na qual variam a porosidade total de um solo são muito amplos, pois o volume de
poros depende da composição granulométrica e da estruturação.
O cultivo de plantas, pela ação das raízes, também aumentam a porosidade tanto diretamente
promovendo o aparecimento de pequenos canais, com indiretamente devido à extrusão de exudados
com ação cimentante que influenciaram a estrutura do solo.
2.5. AERAÇÃO
A aeração de um solo nada mais é do que a renovação do ar deste, tendendo a igualar a sua
composição com a do ar atmosférico. Sua importância para o desenvolvimento das plantas e da vida
microbiana do solo tem sido reconhecida há muito tempo. Assim, os poros do solo que não são
ocupados pela água, possuem gases, os quais constituem a chamada atmosfera edáfica.
Quantitativamente a sua composição difere da composição do ar da atmosfera, que devido às raízes
das plantas e aos organismos que vivem no solo, consomem o oxigênio e expelem o CO2.
A atmosfera do solo não é fixa, pois o oxigênio é consumido pela respiração das raízes, pelos
microrganismos e pela decomposição da matéria orgânica e assim o CO2 é produzido.
Fatores como o conteúdo de água, estado de agregação e outros poderão pois modificar a
composição do ar do solo e influenciar o estado nutricional da planta,
As trocas gasosas dependem da difusão dos gases da atmosfera para o solo e vice-versa. A
presença de encrostamento superficial e a distribuição do tamanho dos poros podem influenciar mais
que o conteúdo de água.
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A propriedade do solo de atrair e reter a água no estado líquido e em forma de vapor é resultado
da ação conjunta e complementar de uma série de fatores, e , é expressa atualmente em termos de
potencial total.
Para a adsorção de água no solo, como já discutido, duas forças atuam: a força de adesão e a
força de coesão.
Tomada por base a retenção de água pelo solo, ela pode ser classificada, arbitrariamente em:
água gravitacional, água capilar e água higroscópica. Tais termos são arbitrários e com o conceito de
potencial de água devem ser evitados, porém são ainda muito utilizados.
A água gravitacional é aquela que possui teor de umidade acima da capacidade de campo,
possui capacidade efêmera, é removida facilmente pela drenagem e provoca a lixiviação de bases.
A água capilar é aquela que apresenta teor de água entre a umidade higroscópica e a
capacidade de campo. esta localizada nos macroporos, não é removida pela drenagem, atua como a
solução do solo.
A água higroscópica está caracterizada pelo baixo teor de umidade higroscópica e pela sua
localização próxima a superfície das partículas do solo, pode ser permanente, só sendo removida
apenas em estado de vapor.
Cada um destes fatores esta relacionada direta e indiretamente com o tamanho e a distribuição
dos poros.
A cor constitui uma das maneiras mais primitivas de classificar o solo. A cor constitui ass
impressões particulares que a luz refletida pelos corpos produz nos órgão da visão. Cores como o
branco, amarelo, vermelho, acinzentado, brunos, negros etc são comuns em solos.
Ao examinarmos o solo com uma lente de aumento observamos que a impressão de cor
uniforme quando observamos a olho nu não é verdadeira. Filetes negros (húmus), partículas vermelhas
e amarelas (óxidos de Fe) grão esbranquiçados (quartzo). A material predominante no solo e
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proporcionara a sua cor. Para descrever as cores do solo Munsell baseou-se em três variáveis: A matiz
(nome da cor), valor (brilho ou tonalidade da cor) e croma (intensidade ou pureza da cor).
A matiz abrange uma parte do espectro que é dividido em 10 regiões ou famílias de cor, são elas:
R - Vermelho
YR - Vermelho amarelo
Y - Amarelo
GY - Amarelo verde
G - Verde
BG - Verde azul
B - Azul
PB - azul-Púrpura
P - Púrpura
RP - Púrpura Vermelho
Cada região desta é dividida em 10 partes, sendo comum às denotações 2, - 5,0 - 7,5 e 10,0.
A segunda variável da carta de cores para solo é o brilho ou tonalidade ou valor. A tonalidade é
obtida combinando-se o branco com o preto em uma escala que vai de zero (preto) a dez (branco). O
número 1 formado por 9 partes de preto e uma de branco e assim por diante.
A determinação da cor do solo é feita através da Carta de Cores de Munsell, onde a cor é
comparada com mostruários contidos dentro da carta e pode ser feita em solo seco (mais comum) e
em solos úmidos..
A relação da cor com manejo de solos, e sua utilização como um indicativo da constituição deste
solo quanto ao teor de matéria orgânica, textura e composição mineralógica.
O teor de matéria orgânica do solo influencia as propriedades químicas e físicas do solo. Quanto
maior o teor de matéria orgânica melhor a agregação do solo e a retenção de água afetando
diretamente na erosão, diminuindo o volume de água da enxurrada. Indiretamente atua melhorando a
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A relação molecular SiO2/R203 tem influência na erosão do solo. Quanto maior a relação, maior a
erodibilidade do solo. Os solos tropicais têm, geralmente, baixa relação, sendo assim, mais resistentes
à erosão.
3. EROSÃO DO SOLO
Alguns dados sugerem que cerca de 20 cm de solo perdidos pela erosão desperdiçam de 1400 a
7000 anos de trabalho da natureza. Os prejuízos econômicos decorrentes desta erosão acelerada são
incalculáveis.
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De acordo com os fatores responsáveis pela erosão são distinguidas as seguintes formas de
erosão: Erosão hídrica, erosão eólica e erosão pela ação conjunta da água dos ventos (ondas).
O mecanismo da erosão se dá com a ação erosiva da água da chuva, a ação erosiva ocorre
pelo impacto da gota de chuva, e este apresenta velocidade e energia variável, segundo o seu
diâmetro e isto vai levar a um maior ou menor escorrimento e transporte.
PROCESSO EROSIVO
SALPICAMENTO DAS PARTÍCULAS é afetado pelo tamanho das gotas, velocidade de queda e
intensidade de chuva.
Estudos com simuladores de chuva mostram que o aumento do diâmetro das gotas de 1 para 5
mm a velocidade de infiltração diminui 70% e as perdas de solo aumentam 120 vezes.
Energia da enxurrada está relacionada com a massa (quantidade e qualidade) dessa enxurrada e
da velocidade de escorrimento da água.
A capacidade de transporte de solo varia com o tamanho das gotas e com a velocidade do
seu impacto. Se o solo estiver protegido, muito pouco solo será transportado.
É a erosão causada pela água em movimento, é, nos climas úmidos, a de conseqüência mais
dramática. A erosão pela água pode apresentar-se das seguintes maneiras:
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O processo de formação deste tipo de erosão ocorre da seguinte maneira: Com as chuvas a
formação de enxurrada, que dependendo de sua velocidade e turbulência vai promover desagregação
das partículas do solo, desprendendo-as por arraste e abrasão e de redemoinhos (ação elevatória). O
transporte é feito por rolamento, suspensão ou arraste e a quantidade de material vai depender do
tamanho, densidade e formas das partículas do solo e dos obstáculos ao caminho da enxurrada.
Posteriormente ocorre a deposição em baixadas e canais de terraços, quando a força peso da
partículas é maior que a força de arraste da enxurrada.
B. EROSÃO EM SULCOS
Muitas vezes, a erosão laminar evolui para a erosão em sulcos; embora nem sempre seja o início
desta forma de erosão.
Além de desgastar e empobrecer o solo, como qualquer outra forma de erosão, a erosão em
sulcos em estágio avançado representa um grave empecilho ao preparo do solo e seus cultivos, devido
à dificuldade das máquinas transitarem por aqueles obstáculos.
C - EROSÃO EM VOÇOROCAS
Não deixa de ser uma erosão em sulcos, mas com a particularidade de se apresentar em
proporções muito grandes, impedindo assim a passagem de tratores e implementos agrícolas.
É a forma de erosão mais espetacular podendo atingir vários metros de comprimento por
algumas dezenas de profundidade.
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A erosão por embate ou erosão pela gota da chuva, ocorre quando a gota da chuva animada de
alta energia atinge o solo - os agregados são destruídos, ficando grande quantidade de partículas
texturais em estado individual.
Partículas finas em suspensão podem ser eluviadas indo se depositar em camadas mais
profundas do perfil, onde pode ocorrer um horizonte de impedimento que vem agravar ainda mais o
efeito destrutivo da erosão presente na superfície.
A proteção do solo mais eficiente contra essa forma de erosão consiste em mantê-lo com
vegetação, principalmente no período chuvoso.
Essa forma de erosão pela água é muito comum nos terrenos arenosos. Os regossois são
particularmente sujeitos a erosão por desabamento. Constitui do solapamento da base e
desmoronamento da área adjacente. Está normalmente associada à erosão em sulcos
F. EROSÃO VERTICAL
Por erosão vertical entende-se o arrastamento de partículas e materiais solúveis através do solo
(Eluviação). Esta forma de erosão é muito comum em solos arenosos e para alguns autores pode
provocar a mudanças texturais nos solos. Nos processos de gênese do solo esta forma de erosão
forma o horizonte diagnóstico B textural (comum nos solos Podzol e solos podzolizados) e os
horizontes de impedimento físico (Duripan e Fragipan). Os principais fatores que afetam este tipo de
erosão são: a agregação, porosidade e densidade do solo e a natureza dos íons saturam o complexo
de troca.
G. EROSÃO EM QUEDA
Vários são os danos ocasionados em obras de engenharias mal dimensionadas por este tipo de
erosão.
H. EROSÃO EM PEDESTAL
I. EROSÃO EM PINÁCULOS
J. EROSÃO EM TÚNEL.
FATORES ATIVOS:
Características da chuva;
Declividade e comprimento de rampa;
Capacidade de absorção de água pelo solo (Infiltração).
FATORES PASSIVOS:
a) CHUVA
No que se refere à erosão o importante é a chuva definida como a quantidade de água que
cai no solo em forma contínua em um período mais ou menos longo, individualizada pela
intensidade, duração e freqüência.
INTENSIDADE: é o fator mais importante no que se refere à erosão, pois quanto maior for à
intensidade da chuva, maior será a perda de solo por erosão.
Uma chuva de 21 mm com intensidade de 7,9mm, as perdas foram 100 vezes maiores
comparando-as com uma chuva de 21 mm e com intensidade de 1mm.
Quando ocorre uma chuva de intensidade uniforme, a água infiltra por um período mais ou
menos longo (dependendo da umidade do solo e intensidade de chuva). A enxurrada aumenta de
volume até alcançar uma quantidade estável.
FREQÜÊNCIA DAS CHUVAS: influi nas perdas por erosão. Quando as chuvas ocorrem em
intervalos curtos há um aumento no teor de umidade do solo, com isto as enxurradas, geralmente,
são mais volumosas, mesmo com chuvas de menor intensidade. Quando as chuvas ocorrem em
intervalos maiores, o solo fica mais seco, não ocorre à formação de enxurrada em chuvas de menor
intensidade, pois a água vai infiltrar rapidamente. Mas quando este intervalo é muito grande vai
ocorrer prejuízo para a vegetação.
PARTICULARIDADES DAS GOTAS DE CHUVA: diâmetro bastante variável (máx. de 7mm); não são
esféricas; deformam-se na queda; gotas grandes são instáveis (gotas < 5mm dividem-se no ar). O
percurso de descida da gota, a resistência friccional da atmosfera não permite que este movimento
seja acelerado, o que implica no desenvolvimento de uma velocidade terminal. Na Tabela 1 são
apresentadas às velocidades, terminais que diferentes tamanhos podem desenvolver e as distâncias
necessárias para atingir estas velocidades.
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Tabela 1 - Diâmetro da gota da chuva, velocidades terminal e distância para atingir 95% da
velocidade terminal.
Em uma chuva muito forte, milhões de gotas de chuva golpeiam cada hectare, provocando o
desprendimento de partículas. Essas partículas podem ser lançadas a 60 cm altura e a uma distância
maior que 1,5 metros.
Devido a esses fatores é importante o estudo da força com que a gota de chuva golpeia o solo,
e este é feito pelo estudo da Energia Cinética.
b) INFILTRAÇÃO
É o movimento da água dentro da superfície do solo. Quanto maior a velocidade de infiltração, menor
a intensidade de enxurrada, e conseqüentemente menor a erosão do solo.
c)TOPOGRAFIA DO TERRENO
Representada pela declividade e pelo comprimento dos lançantes, apresenta uma grande
influência na erosão.
1,18= expoente.
natureza do solo;
1,63= expoente.
c) decomposição das raízes das plantas que, formando canalículos no solo, aumenta a infiltração;
O manejo do solo consiste num conjunto de operações (tipos e sistemas de cultivo, preparo de
solo, semeadura e fertilização) realizadas com o objetivo de propiciar condições favoráveis à
semeadura, germinação, desenvolvimento e produção das plantas cultivadas. E o manejo
adequado do solo evita a degradação do solo e a erosão deste solo. No Manejo do Solo, deve-se
observar:
Tipo de solo;
cobertura vegetal - restos culturais;
preparo do solo;
e) NATUREZA DO SOLO
A erosão não é a mesma em todos os solos, existem solos que resistem mais e outros menos ao
processo erosivo. É influenciada pelas:
Características físicas:
Estrutura;
Textura;
Permeabilidade; -Densidade
Características químicas e biológicas.
Teor de m.o.
Tipos de argila (1:1 ou 2:1)
Coesão das partículas (decomposição)
Consiste no transporte aéreo de partículas de solos através da ação dos ventos fortes.
O vento tem grande importância agrícola. Está relacionada com a evapotranspiração, troca
gasosa, polinização das plantas (anemofilia), disseminação das sementes (anemocoria), erosão eólica
etc. A erosão eólica consiste no transporte aéreo de partículas de solos através da ação dos ventos
fortes.
Ventos fortes;
Regiões planas;
Pouca chuvas
Vegetação escassa ou rala.
Todas essas condições estão presentes em regiões áridas e semi-áridas que implica em
problemas sérios com este tipo de erosão nesta região.
Outras regiões, como por exemplo os chapadões na região central do país, nas condições de:
Perda de solo principalmente das frações coloidais, o que pode ocasionar mudanças texturais e
nas condições físico-químicas destes solos
Enterrio de solos férteis pela deposição de dunas (comum em algumas regiões litorâneas do
Brasil);
Problemas respiratórios em homens e animais, e;
Poluição atmosférica.
O processo de erosão eólica, da mesma forma que a erosão hídrica e constituída de três fases
distintas: Início do movimento, transporte e deposição.
Os ventos turbulentos promovem da desagregação das partículas do solo que podem ser
transportadas por suspensão, saltos ou rolamento. As partículas mais erosivas são as que apresentam
dimensões menores que 0,1 mm de diâmetro. Um vento de 15 Km/h a uma altura de 30 cm já é
suficiente para deslocar partículas deste tamanho que estejam desagregadas.
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a) Tamanho das partículas - partículas menores que 0,1 mm são transportadas em suspensão; de 0,l
a 0,5 mm são transportadas aos saltos e acima de 1,0 são transportadas por saltos. A velocidade do
vento afeta os mecanismos de transporte.
O modelo matemático para estimar as perdas de solo pela erosão eólica é apresentado abaixo:
E = I.K.C.L.V, onde
K - Rugosidade do solo.
L - Comprimento de rampa.
Nesta equação empírica todos os fatores são multiplicativos. O seu uso é bem mais limitado
que a Equação Universal de Perda de Solos (U.S.L.E) utilizada na erosão hídrica.
As principais formas de controle da erosão eólica estão ligadas com os seguintes princípios:
Quanto maior a estabilidade do solo, maior a coesão de suas partículas e menor a possibilidade
de serem arrastadas pelo vento. A maior estabilidade do solo pode ser conseguida evitando a
pulverização deste solo pelo preparo do solo intensivo. A adição de matéria orgânica que aumenta os
agregados também constitui uma forma de aumentar a sua estabilidade. Manter a umidade do solo
também evita seu transporte pelo vento.
Solo vegetado constitui uma barreira à remoção do solo pelo vento. Culturas densas como os
capins e pequenos grãos (trigo, arroz) são mais eficientes que o milho algodão e sorgo na proteção
contra a erosão eólica. Isto ocorre devido ao menor espaçamentos das primeiras.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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