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Coutinho
Situação inicial
____ - Então, misturara-se as datas de 4 de Junho de 1148 e de 29 de Setembro de 1984.
____ - Clio adormeceu e atou dois fios na tapeçaria da História.
Desenvolvimento
Encontro dos automobilistas com as tropas mouras.
____ - Ibn-el-Muftar impediu Ali-ben-Yussuf de orar a Alá, pois achou que aquela situação preci-
sava de ser resolvida, mas com cuidado. Sendo assim, ordenou aos seus homens que se man-
tivessem quietos.
____ - Ibn-el-Muftar avaliou a situação e colocou várias hipóteses: poderiam ter ido parar ao in-
ferno, em consequência de uma ofensa a Alá; poderiam ter sido enfeitiçados pelos cristãos;
poderia ser uma partida dos diabos.
____ - Os árabes assustaram-se, fizeram rodar os seus cavalos e Ali-ben-Yussuf quis desmontar
para rezar a Alá.
Tentativa por parte de Manuel Reis Tobias, agente da PSP, para resolver a confusão
instalada.
____ - Manuel Reis Tobias descreveu os mouros, as suas armas, as suas vestes e o seu meio de
transporte, ficando a aguardar instruções.
____ - Manuel Reis Tobias, que estava escondido com o objectivo de multar os automobilistas
que não respeitassem as regras de trânsito, assistiu a tudo aquilo e emitiu uma mensagem
para o posto de comando.
____ - Ibn-el-Muftar não achou as pessoas perigosas, até porque não tinham quaisquer armas.
____ - O comissário Nunes, que tinha chegado à Alameda D. Afonso Henriques e que liderava a
polícia de choque, ouviu o protesto e pensou que se tratava de uma revolta popular.
____ - No meio de toda a confusão, o comissário Nunes, bastante cansado, conseguiu reorga-
nizar os polícias em cima da placa relvada, o que causou a destruição das flores ali plantadas.
____ - O comissário Nunes mandou os seus homens empurrarem toda a gente até ao Areeiro
com a ajuda de bastões.
____ - Por essa razão, deu ordem aos seus cavaleiros para atacarem, e eles, apontando as
suas espadas, rodearam os automóveis, amolgaram-nos e avançaram na direcção dos políci-
as, sem qualquer hesitação.
____ - Ibn-el-Muftar pensou que os polícias de intervenção, com os seus escudos e viseiras,
fossem os homens de D. Afonso Henriques, ou seja, o cristão que havia conquistado Lisboa no
ano anterior.
____ - Por seu turno, Ibn-el-Muftar estava irritadíssimo, pois alguém havia atirado água de uma
das janelas, encharcando-lhe o manto e a cota de malha.
____ - Os polícias tiveram medo dos cavaleiros e correram para a cervejaria Munique, onde se
esconderam atrás do balcão.
____ - Quando a tropa do Ralis e da Escola Prática de Administração Militar soube que tinha de
intervir, já os polícias do comissário Nunes se sentiam bastante inseguros, pois os mouros
desfilavam ameaçadores e carrancudos.
____ - Ibn-el-Muftar viu o lenço branco do capitão Aurélio e achou que devia negociar.
____ - O capitão organizou uma comissão para estabelecer contacto com os mouros, estando
os seus homens prontos para dispararem.
____ - O capitão Aurélio Soares tinha estado na Guiné, onde se relacionara com muçulmanos,
pôde responder à saudação de Ibn-el-Muftar: “Aleikum salam”.
Desfecho ou desenlace
____ - Para remediar o seu erro, a deusa Clio borrifou os homens com a água do rio Letes, o rio
do esquecimento.
____ - O capitão Soares e todos os outros ficaram bastante surpreendidos com o desapareci-
mento dos mouros.
____ - Foi então que Clio acordou e, apercebendo-se do seu erro, desenlaçou os fios, razão por
que todos regressaram ao seu tempo.
____ - Ibn-el-Muftar desistiu de atacar Lisboa, pois achou que aquela experiência era um mau
presságio.
____ - Finalmente, como castigo, Clio ficou proibida de provar o manjar dos deuses durante
400 anos.
____ - Todos ficaram perplexos com a situação em que se encontravam, ao passo que Ibn-el-
Muftar, em 1148, decidiu devastar os campos no caminho de regresso, tomando posse de di-
versos bens valiosos.
____ - O comissário Nunes, o capitão Aurélio e o coronel Vaz Rolão viram-se obrigados a en-
frentar um processo militar, enquanto os jornais noticiavam tudo o que se relacionava com a
suposta insurreição que tivera lugar em Lisboa.
Mouros Portugueses
Deuses colectivas individuais colectivas individuais
3. Refere o tipo de caracterização de personagens utilizado nas seguintes passa-
gens do conto, sublinhando as palavras ou expressões que permitem essa caracte-
rização. (Utiliza as iniciais F ou P)
- “Clio, musa da História que, enfadada da imensa tapeçaria…”
- “Ali-ben-Yussuf, lugar-tenente de Ibn-el-Muftar, homem piedoso e temente a deus, quis ali
mesmo apear-se…”
- “E el-Muftar cofiando a barbicha afilada, e dando um jeito ao turbante…”
- “Eram os automobilistas que haviam saído dos carros e que, entre irritados e divertidos”
- “a turba circundante, de estranhas vestimentas vestida”
- “ben-Yussuf que lhe respondeu, desconfiado e muito pálido”
- “o comissário Nunes, ofegante, reagrupou os seus homens”
- “Mas Ibn-el-Muftar mostrava-se então sobremaneira irritado(…) em especial pela zipada de
água (…) que lhe impregnara manto e cota de malha”
- “aqueles peões de escudo e viseira”
- “deixando o capitão Soares e todos os outros a coçar a cabeça abismados”
4. Preenche os espaços em branco, de modo a obteres referências ao espaço físico
do conto.
7.1 Será o narrador deste conto objectivo ou subjectivo? Justifica com base nas ex-
pressões de7.
Século
XII
Século
XX
10. Preenche o quadro com expressões do texto.
Os automo-
bilistas lis-
boetas
O exército
mouro e
Ibn-el-Muf-
tar
Manuel Reis
Tobias (PSP)
Comissário
Nunes
Capitão Au-
rélio Soares