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Rogrio Silvrio de Farias

O PIRILAMPO, A CIGARRA E O MARIMBONDO

O PIRILAMPO, A CIGARRA E O MARIMBONDO Por Rogrio Silvrio de Farias O pirilampo vivia a espalhar sua luz nas trevas da noite do mundo, atravs de suas canes e poemas. Bonitinho, o pirilampo tambm cantava sonhos de amor; apaixonara-se por uma cigarra, numa arvorezinha do Cerrado. Todo aquele que voa livre e espalha sua luz, odiado. Assim sendo, o pequeno pirilampo passou a ser odiado por um marimbondo malvado, cujo ferro venenoso era temido por todos. E, alm disso, pattico, o marimbondo fazia versos sem valor para a cigarra, e invejava o vo luminoso do pirilampo. Mas no foi toa que Deus, em sua infinita sabedoria, ps luz no pirilampo. Com sua

pequena e humilde luzinha ele iluminava, atravs de sua poesia, o caminho dos que vagam na noite, solitrios. De tanto tentar dar ferroadas no pirilampo, que voava alto em sua prpria luz, o malvado marimbondo acabou morrendo com seu prprio veneno, e, alm disso, a cigarra, que era inteligente, viu que o marimbondo no era carismtico, era azedo, isto sim. E ento, juntos na luz do amor, o pirilampo e a cigarra voaram felizes para sempre nas asas da felicidade. moral da histria: o maledicente padece e morre sozinho na escurido de seu prprio veneno.

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