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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
3 O que é a loga
SUMARIO
Diretor-Respomável:
ASSINATURA EM 1987:
NO PRÓXIMO NÚMERO
A partir de Janeiro de 1987 Cz$ 200.00
Número avulso: Cz$ 20,00 300-maio- 1987
Apesar disto, afirma a Instrucáo logo no seu inicio que "as inter-
vengóes da Igreja, particularmente no que diz respeito á vida humana e
ás origens, exprimem o amor que Ela deve ao homem" (Introdugáo).
Sim; a Igreja quer evitar que este esquega sua identidade e se deixe redu-
zir á condicSo de mera materia de laboratorio, pega de engrenagem/xa-
beca de gado de um rebanho...
E.B.
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"PEROUNTE E RESPONDEREMOS"
ANO XXVIII - N? 299 - Abril de 1987
Ateísmo e Ciencia?
Em slntese: Ao invés do que muitos pensam, a mensagem crista se
prende estritamente ao uso da razSo e ao estudo das ciencias experimentáis.
E preciso banir á suspeita de divorcio entre aqueta e estas. Verdade ó que
o estudo nSo prava a verdade intrínseca das proposicóes de té, mas serve
para alicorear a crética. A onda de antiintelectualismo vigente nos últimos de
cenios prejudica a vida crista; esta se toma, em conseqOéncia, algo de subje
tivo, sentimental, inconsistente e sujeito a perder sua identídade. As proposi
cóes de fé se dirigem é inteligencia humana e nSo apenas ao coracSo. -Ain-
teSgéncia toi dada por Deus ao homem para que este nSo só descubra as
verdades acerca do mundo contingente e material, mas também chegue ao
conhecimento de Deus como Principio e Fim de todas as coisas.
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ATEÍSMO E CIENCIA
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ATEÍSMO E CIENCIA
sua evolucáo, nao tem dados para predizer o futuro dessa evolucáo; o
passado é sempre mais pobre do que o futuro dentro dos quinze bilhóes
de anos que conhecemos de sua historia.
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ATEÍSMO E CIENCIA
4. Conclusáo
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QuemsSo
1. Mártir: quem é?
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OS MÁRTIRES DA AMÉRICA LATINA? 11
Ap 2,13: "NSo renegaste a minha fé, nem mesmo nos días de Antipas,
minha teslemunha (mártir) Sel, que foi morto ¡unto a vos, onde Satanás habita".
Ap 17¿k "Vi que a mulher eslava embriagada com o sangue dos márti
res de Jesús".
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'Senhor Deus onipotente, Pai de Jesús Cristo, leu fílho amado e bendi
to, pelo qual Te conhecemos; Deus de toda a familia dos justos que vive na
tua presenga, eu te bendigo por me haveres julgado digno deste día e desta
hora, digno de participar no número dos mártires, do cálice do leu Cristo para
a ressuneicáo da vida eterna do corpo e da alma, na inconvptibilidade do Es
pirito Santo! Recebe-me hoje com oles na tua presenga como sacrificio agra
dável e perfeito e, o que me havias preparado e revelado, reaüza-o agora,
Deus da verdade'".
2.1. Quemséo?
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OS MÁRTIRES DA AMÉRICA LATINA? 13
Ora tal motivo nao é suficiente para que se possa falar de martirio
no sentido teológico atrás exposto ou para que se possam colocar essas
vftimas na seqüencia dos Apostólos, de S. Inácio de Antioquia, de S. Poli-
carpo de Esmirna, etc.''; ainda que alguns mentores e o povo por eles
conduzido os proclamem mártires, tal proclamado carece de validade
oficial. A Igreja no século X quis precisamente por termo ás "canoniza-
coes por aclamacSo" que até entáo ocorriam no povo de Deus, por causa
dos equívocos que assim se verificavam; eram tidas como santas pessoas
que haviam impressionado o público, mas cujo teor de vida, atentamente
considerado, nSo fazia jus ao título. A partir de 993, a Igreja realiza rigo
rosos processos de canonizado para certificar-se de que pode apresen-
tar, como modelos de vida e intercessores, pessoas que realmente se te-
nham distinguido pela heroicidade de suas virtudes (sabemos mesmo
que em tais processos funciona sempre um "advogado do diabo", que
procura por em relevo os obstáculos á canonizacSo). Foi em parte por
causa das "canonizacóes por aclamado" dos primeiros séculos que o
Martirologio e a hagiografía se encheram de nomes e estórias espurias
- o que levou a Igreja a fazer a revisáo do catálogo e das legendas? dos
santos após o Concflio do Vaticano II. •
2.2.Objec6es
"Pode ser chamado de mártir aquele que dá a vida pela mesma causa
pela qual Jesús deu a sua vida. Jesús entregou a vida pelo Reino e todo
aquele que morre pelo Reino é Mártir.
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OS MÁRTIRES DA AMÉRICA LATINA? 15
3. Conclusáo
■ '
Mais urna vez repete-se o que se tem dado nao raro no decorrer da
historia da Igreja: a Liturgia é utilizada como instrumento de doutrinacáo
espuria do povo de Deus. No sáculo IV eram os arianos que déla se ser-
viam para incutir nos fiéis o conceito de "Filho, criatura do Pai e subordi
nado a Este"; na época do Galicanismo (sáculo XVII-XIX), o calendario
litúrgico foi enxertado de festas que ¡neulcavam o poder do monarca (as
sim a festa de S. Napoleao, com referencia a Napoleáo Bonaparte).
Em nossos dias, a Liturgia é transformada em veteulo de politizacüo do
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É por este motivo que muitos fiéis, mesmo os mais carentes, tém
abandonado as assembléias de culto católicas para freqüentar as protes
tantes; nestas o povo procura a ocasiáo de se reabastecer interiormente e
se elevar a Deus em oracáo, em vez de se acirrar na luta política (da qual
já falam muito os sindicatos e outras ¡nstituicóes). Se na igreja se repe-
tem os dizeres das assembléias de profissionais, o povo de Deus é logra
do ou traído e com razáo poderá queixar-se dos seus mentores. Nao é
condizente com o Espirito de Jesús Cristo fazer das celebracóes litúrgicas
ou paralitúrgicas a ocasiáo de que os fiéis "clamem por punicáo dos ad
versarios", porque "estáo em tempos de guerra e no chao desta Patria é
grande a peleja" (p. 9); é preciso "continuar a luta dos mártires" (p. 10).
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Tres fivros sobre
0 que é a loga
1Ed. Loyola, SSo Paulo 1985, 140 x 210 mm, 115 pp. TraducSo de Luiz
Joáo Gato.
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1. "Que é a loga"
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OQUEÉAIOGA 19
Dizem os sabios que a auténtica loga deve ser integral, isto é, reunir
os elementos dos diversos caminhos. Urna loga meramente corporal, li
mitada á ginástica do corpo e a higiene, sem exercfcio da mente, sería in
suficiente para levar á libertacáo plena; vice-versa, a meditacSo, sem a
procura do dominio do corpo e da respectiva higiene, vem a ser mais ou
menos estéril.
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Eis a resposta:
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É preciso ter presente também que na matoria dos centros ióguicos falta
o nivel de seriedade científica que 6 de se desejar. e porisso com freqOéncia
distorcem a personalidade, em vez de orienta-la" (p. 68).
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"É ¡negável que temos urna serie de centros espirítuais que inñuem em
nossas glándulas de secrecáo... O controle oestes centros está em boa parte
em nossas máos. E o que 6 controlar estes centros senáo dispó-bs para re-
ceber a energia vital do universo e transmití-la ao nosso organismo? Que é
controlá-tos senáo tratar de situá-los e comunicá-los com as tontes de energia
universal? Em termos cristaos, esta tente 6 Deus. A alma, para continuar nos
mesmos termos, faz o corpo viver e vive ela mesma por essa torga que rece
be do cosmo circundante, que transmite e comunica aos outros seres, mas
que, em última análise, senté que vem de um principio absoluto e transcen
dente que 6 Deus" (pp. 46s).
^Está claro que as Pessoas divinas nSo devem ser entendidas em sentido
unívoco com as pessoas humanas; há apenas analogía entre aquetas e estas.
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Feita esta ressalva, eremos que o livro de I. Quíles poderá ser útil a
muitos leitores.
2. "Sementes de Harmonía"
"Ouando vocé trabalha o corpo na toga, vocé nao mexe com músculos,
ñervos, ossos, etc., mas um TEMPLO, onde habita urna centelha cósmica,
urna sementé divina" (p. 22).
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ter descoberto, a fim de que possa reluzir, na sua integridade, aos outros.
Já os antigos diziam: "Amicus Plato, magis árnica ventas. Amigo é Pla-
táo; maís amiga, porém, é a verdade".
(continuacao da p. 178)
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Vinte e cinco anos após a sua morte:
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TERESA NEUMANN 29
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TERESA NEUMANN
fundo o assunto, verificaram que Teresa tinha razáo: a expressáo que ela
ouvia, era precisamente a que se usava nos tempos de Cristo.
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TERESA NEUMANN 33
3. Conclusáo
Isto, porém, n§0 quer dízer que Deus n8o se queira manifestar,
num ou noutro caso, através de fatos impressionantes, mais eloqüentes
do que os habituáis; os milagres nao estáo excluidos do plano de acáo da
Providencia Divina. Todavía háo de ser devidamente identificados como
sinaís de Deus; no caso, a vida humilde, entregue a Deus e santa de Tere-;
sa, como também os frutos (conversóes, fortalecimento da fé, genufnas
curas».} obtidos em Konnersreuth poderlo contribuir para autenticar os
fenómenos registrados nessa aldeia e levar a conclusáo de que Deus, por
essa via, quer despertar os homens - crentes e nao crentes - para reco-
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(contínuagáo da p. 192)
Toda a vida de Svetlana foi um desastre. Teve um pai que, a seu modo,
a amava e que ela amou, descobrindo mais tarde que ele era um monstro
(expressao usada pela própria Svetlana); teve urna mSe suicida. Foi, a prin
cipio, adulada como filha do 'pai dos povos', com um misto de reverenda,
terror e inveja; depois rejeitada como urna espade de herdeira do reino do
terror e do sangue. Foi renegada pelos dois filhos deixados em Moscou, com
os quais esperava reconciliarse ao voltar; mas também nisto iludiu-se.
(continua na p. 171)
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Aleksandr Ogorodnikov escreve:
* * *
Urna etapa fundamental da sua conversáo foi assinalada pelo filme "O
Evangelho segundo Mateus" de Pasolini, que, na qualidade de estudante do
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A tonga lista se encerra assim: "Além de tudo isto, em sete anos nSo
recebi urna visita particular (sempre foram canceladas); tive urna só visita
breve (de duas horas, em julho 1982);tiraram-me todos ospacotes e proibi-
ramrne de fazer compras na loja vinte e nove vezes".
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dentáis. Nao faltam, porém, pedidos de perdao: "Mamáe. papai, Helena, per-
doem-me as palavras fortes, ásperas e cheias de censura. Perdoem-me miseri
cordiosamente todas as maldades que Ihes disse. Mas eu sentia dentro de
mim urna grande dor e, ao exprimi-la, rompí os diques".
* * *
O TEXTO DE OGORODNIKOV
Mamáe can'ssima.
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CARTA DE CAMPO DE CONCENTRACÁO 39
A Igreja de Cristo existe há dois mil anos e criou urna civilizacáo gran
diosa, urna profunda cultura espiritual, mas onde estSo o sentido de fraterni-
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Ora o Centro propfie aos leitores que se interessem por dois prisionei
ros católicos, escrevendo-lhes cartas: Kirill Popov e Sander Riga.
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* * *
APÉNDICE
1) Curso Bíblico;
2) Curso de Iniciacio Teológica;
3) Curso de Teología Moral;
4) Curso de Historia da Igreja.
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Itinerario acidentado:
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1. O correspondente de Svetlana
Conta Garbolino: "Em 1967 eu estava nos Estados Unidos e vi pela te-
tevisao a primeira entrevista dada a imprensa por Svetlana, que acabara de
chegar a Nova lorque após fugir de Moscou. Impressionou-me e causou-me
dó: apresentava-se ansiosa, agitada, frágil, respondía com fadiga a todas
aquelas perguntas, que as vezes eram brutais. Resolví escrever-lhe sem demo
ra, utilizando as poucas palavras russas que eu conhecia. Tres dias depois,
chegou-me sua primeira carta, escrita em perfeito inglés".
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"Nestes días pensó muito no Padre Nicolai, porque faz cinco anos que
fui balizada por ele na religiSo ortodoxa em Moscou, na ¡greja do Véu.
Aquele foi um dos poucos días serenos em minha vida. Agora, caro padre,*
eu tenho V.Revma. como diretor espiritual. O Sr. me fala como falava o Pe.
Nicolai; o Sr. compreende fundo os meus desgostos e as minhas ansias, mes-
mo antes que eu os exprima".
"Se ler nos ¡ornáis que os meus filhos me rejeitaram e repudiaran), nSo
acredite. Eles me amam, mas vivem num país totalitario e fascista, onde a
populafSo nao pode e nSo ousa desobedecer ás ordens de quem manda. Sei
por que nao me escrevem: no Estado Soviético é perigoso corresponderse
com urna criminosa política, como é a mSe deles. Por vías indiretas, envía-
ram-me um anel que me era caro e que eu deixara em Moscou. Querem que
eu o use sempre como penhor dos tacos que me unem a eles, é minha térra.
' A cana era redigída em inglés, mas caro padre vinha em italiano.
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SVETLANA STAUN 47
á minha casa. Nada no mundo pode ser tSo eloqüente testemunho do amor e
da dedicapSo de meus filhos".
Ñas suas cartas, Svetlana fala freqüentemente de José, que, por oca-
si So da fuga da máe, tinha 22 anos, e de Catarina (17 anos): "José tem um
espontaneo sentimento religioso. Certa vez disse-me que quería ser batizado
também ele; mas perdemos tempo; o padre Nicolai morreu e José nao quis
falar com outros sacerdotes. — Ao contrario, Catarina na*o tem nocao de
Deus; é muito jovem e talvez infantil; alias, pertence á sua geracáb, que nao
se preocupa com a fé. Mas, caro padre, ambos gostam de música de Bach, e
isto me leva a compreender que dentro deles existe algo de espiritual".
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Svetlana passou quinze anos nos Estados Unidos. Depois fo¡ para a
Inglaterra, onde ficou dois anos: "Espantava-me o permissivismo das escolas
americanas", escrevia ao seu diretor espiritual. Daf por diante, a correspon
dencia se rarefez, reduzindo-se a cartoes de festas de Natal.
Eis, porém, que em marco de 1986 Svetlana, mais urna vez muito im-
previsivelmente, pediu as autoridades soviéticas a licenpa para deixar a Rús
sia com sua filha Olga.
3. Observapáo final
Tal é o caso assaz doloroso de Svetlana Stalin, que procura nao somente
urna patria, mas também procura a própria identidade; a vida no Ocidente e
a vida na URSS sao tipos de vida bem diferentes, que supoem personalidades
diferentes. A instabilidade topográfica de Svetlana nSo será sinal de sua pró
pria instabilidade pessoal e emocional?
(continua na p. 178)
UN.■■!•«'•'■ - f-F-5
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TV .. .S.
Dado o crescente interesse pela espiritualidade dos primeiros Mongesdo
Oriente e a espiritualidade crista do Ocidente, a CIMBRA (Conferencia de In
tercambio Monástico do Brasil) vem publicando Conferencias e Temas vividos
pelos Padres do deserto. Em brochuras xerografadas:
5. Historia Lausfaca, por Paládio (ano 419) - Contém urna serie de fatos ou
historias curtas de Pais e Maes do deserto, edificantes ou nao, que o autor
conheceu pessoalmente ou sobre os quais recebeu informagóes de outros. i
o primeiro a empregar a expressao "Pai do Deserto". Nao apresenta nenhu
ma teoría ascética, embora o espirito seja de Evágrio. — 156 págs.
- Cz$ 130,00
D. PIORO
MARÍA
ÚLTIMO BISPO DO RIO OE JANEIRO NO IMPERIO
(1868- 18901
EMCOMUNHÁO
Revista bimestral, editada pelo Mosteiro de Sao Bento. destina-se
aos Oblatos e as pessoas interessadas em assuntos de espiritualidarie
monástica. Além da conferencia espiritual mensal de D. Estéváo Betien-
court para os Oblatos, contém traducóes de comentarios sobre a Reqra
beneditina e outros assuntos monásticos. - Assinatura anual em 1987'
CzS 50,00.