COMO NOS LIBERTARMOS Jesus nos mandou a orar e vigiar.

Pela prece sincera elevamos o nosso teor vibratrio a planos superiores. Mas se no estivermos vigilantes, essa prpria tentativa de elevao excitar o nosso orgulho e estufara a nossa vaidade. Comearemos a julgar-nos superiores aos outros. O fermento velho far levedar a massa do nosso egocentrismo. S a vigilncia ntima, esse se precaver do perigo que caracteriza uma conscincia desperta, nos garante a libertao. Deixemos de lado as pretenses da reforma ntima e tratemos de nos colocar em vigilncia ntima. Quem vigia no esconde a cabea na areia e pode perceber todos os perigos. Vigiar manter o esprito alerta, atento a tudo que se passa dentro e fora de ns. A vigilncia do homem do mundo o torna senhor das circunstncias, ativo e eficiente na rotina mundana. Mas a vigilncia do homem no mundo o despertar da conscincia para o seu prprio destino. Um esprita vigilante e que sabe orar adquire uma aplice de seguro contra as mistificaes de fora e a falsificao de si mesmo. No precisamos de frmulas, de amuletos, de voz melflua nem de gestos em cmara lenta para sermos realmente espritas. Precisamos somente de trs coisas: conhecimento doutrinrio, orao e vigilncia. Os que dizem que no precisamos de orao revelam desconhecer os princpios doutrinrios. So homens do mundo que misturam alhos com bugalhos. Pensam que estar no mundo ser do mundo. A demonstrao desse estado de confuso tira-lhes toda a autoridade para falarem sobre problemas espritas. O Espiritismo uma doutrina exigente. Ou o compreendemos em sua plenitude ou nada entendemos a seu respeito. O esprita se liberta do mundo vivendo no mundo com liberdade. Basta referir a Deus tudo o que faz, tudo fazer com a clara conscincia de que est no mundo como o estudante em sua escola, preparando-se para concluir o curso e voltar casa paterna com seu dever rigorosamente cumprido. J. Herculano Pires