Professional Documents
Culture Documents
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
O Trabalho Infantil
"Ñervo Exposto"
529
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
<
3. Mateus S. Marcos S. Lucas S.Joáo
Weiss 1890 70 69 80 95
531
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
A nossa revista é muito grata ao Pe. José Miguel García pela vali
osa colaboracáo que Ihe presta.
I. Introducáo
"A maioria dos nossos irmáos, por excesso de seu amor e de seu
afeto fraterno, esquecendo-se de si mesmos e unidos uns aos outros,
visitavam sem precaugáo os enfermos, serviam-nos com abundancia,
cuidavam deles em Cristo eaté morriam contentíssimos com eles, conta
giados pelo mal dos outros; atraiam sobre si a enfermidade do próximo e
assumiam voluntariamente suas dores. Muitos que curaram e fortalece-
ram a outros, morreram, transferindo para si mesmos a morte daqueles
e convertendo em realidade o dito popular, que sempre parecía mera
cortesía: 'Despedindo-se deles como humildes servidores'. Em todo caso,
os melhores de nossos irmáos partiram da vida deste mundo, presbíteros
- alguns -, diáconos e leigos, todos muito elogiados, ¡á que este género
de morte, por multa piedade e fé robusta que entranha, em nada parece
ser inferior ao martirio. Assim, tomavam com as palmas de suas máos e
em seus regagos os corpos dos santos (cristáos), limpavam-lhes os olhos,
fechavam suas bocas e, agarrándose a eles e abragando-os, depois de
lavá-los e envolvé-los em sudarios, os levavam nos ombros e os enterra-
vam. Pouco depois, recebiam eles estes mesmos cuidados, pois sempre
os que ficavam seguiam os passos de quem os precederam."
533
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
534
A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS
535
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
536
A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS
3. A Crítica Moderna
537
10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
demos enfrentam um dado que nao se pode evitar: a existencia dos Evan-
gelhos e o tato de que neles se afirma que um homem, Jesús de Nazaré,
é considerado Filho de Deus por um grupo de judeus da Palestina do
século primeiro. Ao nao aceitar a explicacáo que a Igreja deu desde suas
origens, criaram urna explicacáo alternativa. Segundo esta explicacáo,
os Evangelhos seriam o resultado de um processo de mitificacáo da pes-
soa de Jesús, segundo o qual quem nao era mais que um profeta foi
transformado em Filho de Deus. Com efeito - afirmam -, ao se difundir a
fé crista pelo Imperio Romano, os missionários cristáos tiveram que com
petir com os fundadores de outros grupos religiosos, descritos como se
res surpreendentes, de qualidades divinas, capazes de realizar atos pro
digiosos. Esta circunstancia obrigou-os a engrandecer aquele judeu, Je
sús de Nazaré, que estava na origem da nova fé. Para isso, nao duvida-
ram em atribui-lhes fatos que nao realizou ou colocar em seus labios
palavras que nao pronunciou. Os Evangelhos, segundo esta concepcáo,
sao o produto da fé e da vida da comunidade primitiva e nao o testemu-
nho fiel que nos permite chegar á verdade histórica de Jesús.
538
A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS
É fácil observar que o texto grego dos Evangelhos que chegou até
nos, está cheio de anomalías. Estas podem ser fundamentalmente de
dois tipos: 1) um texto grego gramaticalmente correto e claro, mas cujo
conteúdo é estranho e, com freqüéncia, está em contraste com o con
texto, 2) urna formulacáo estranha ou, até, impossível dentro da gramá
tica grega.
540
A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS 13
541
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
542
A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS ]5
turne. De Sao Mateus, costuma-se dizer que, em linhas gerais, seu rela
to da Paixáo é uma versáo literariamente melhorada do segundo Evan
gelho. Neste caso da libertacáo de Barrabás, podemos falar certamente
de melhor redacáo em Sao Mateus, porém nao é seguro que venha a
dizer o mesmo que Sao Marcos. Impóe-se, portanto, um atento estudo
do relato como o lemos no Evangelho de Sao Marcos, que os estudiosos
consideram ser o mais primitivo.
543
16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
Urna vez mais, a explicacáo deste estranho texto grego de Sao Mar
cos e a eliminacao da nao menos estranha anistia pascal nos sao dadas
pela origem aramaica. Vejamos. Se por baixo do imperfeito do verbo grego
fazer supomos um participio do verbo aramaico que tenha o mesmo signi
ficado (o aramaico utiliza com muita freqüéncia os participios, quando nos
usamos outras formas verbais), nos nos encontramos perante o paradoxo
de que o participio aramaico deste verbo pode ser lido como ativo ou como
passivo. O texto grego de Sao Marcos neste versículo, com suas estranhe-
zas de redacáo, é o resultado de se haver concedido ao participio aramaico
o valor ativo cujo sujeito - implícito, nao se esqueca - é Pilatos. Mas pode
ocorrerque na passagem do aramaico para o grego se lera mal, ou seja, se
interpretara como ativo um participio passivo escrito com as mesmas con-
soantes. Nesta confusao está a causa da estridencia do texto que hoje
lemos. Bem agora, no aramaico o participio passivo do verbo "fazer", além
de "feito", pode significar "acostumado a"; e, construido em oracáo nominal,
pode equivaler a "acostumar".
5. Conclusáo
545
18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
ricos. Seria necessário recordar o que dizia Hamlet a seu bom amigo
Horacio: "Existem mais coisas no céu e na térra, Horacio, que na tua
filosofía", isto é, a realidade é maior do que a nossa percepcáo ou con-
cepcáo da mesma.
Fontes
546
A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS 19
2 H. Riesenfeld, p. 20 - 22.
6 C. Guignebert
10 W. Shakspeare, Hamlet.
1 Ed. Paulus, Sao Paulo 1997, 135 x 210mm, 666p. Tradugáo de Magda Fuñado de
Queiroz.
548
"A HISTORIA PERDIDA E RECUPERADA DE JESÚS DE NAZARÉ" 21
Este se deixa levar por pesquisas feitas sobre o próprio texto e a sua
lingüística, ao passo que aquele está muito imbuido de espirito
reducionista preconcebido, tendente a hipóteses mais ou menos gratui
tas que destroem um tanto da credibilidade dos Evangelhos.
1. O Livro
550
"A HISTORIA PERDIDA E RECUPERADA DE JESÚS DE NAZARÉ" 23
2. Que dizer?
O autor aborda urna questáo que nao pode ser resolvida satisfa-
toriamente a quase dois mil anos de distancia e com tao escassa docu-
mentacáo. Como podemos nos hoje definir o que é que Jesús sabia e o
que Ele ignorava em seu íntimo? Como o penetrar a tal intervalo de
551
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
552
"A HISTORIA PERDIDA E RECUPERADA DE JESÚS DE NAZARÉ" 25
553
26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
554
Tragedia silenciosa:
1. Dados do Problema
555
28 TERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
1 Pedofilia vem do grego país, paidos, menino, e pht'lia, amizade. Designa a "amiza-
de colorida" de quem se quer satisfazer com menores de idade.
556
A EXPLORAQÁO SEXUAL DE CRIANQAS 29
557
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
558
A EXPLORAgÁO SEXUAL DE CRIANQAS SH
559
32 TERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
4. A Conferencia de Estocolmo
Este apelo é muito nobre, mas encontra seria resistencia por parte
do enorme lucro financeiro que a exploracáo sexual proporciona aque
les que a praticam. É preciso que estes se convencam de que o dinheiro
ganho com o turismo sexual nao compensa os ingentes sofrimentos físi
cos e moráis, a perda da saúde e dos valores espirituais decorrentes da
exploracáo sexual. Milhares de seres humanos, inocentes e indefesos,
sao assim sacrificados. Tal dinheiro, que sua sangue, é maldito.
560
A EXPLORAQÁO SEXUAL DE CRIANgAS 33
561
Outro abuso clamoroso:
O TRABALHO INFANTIL
1. O Problema
562
O TRABALHO INFANTIL 35
ñas casas abastadas tem idade entre sete e dez anos e, por vezes,
trabalham até de noite. Em geral, as meninas sao pagas com sapatos e
vestes já usadas; desnutridas e desconsideradas, sao freqüentemente
obrigadas a sofrer humilhacóes e abusos sexuais da parte dos membros
da familia.
563
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
564
O TRABALHO INFANTIL 37
565
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
566
O TRABALHO INFANTIL 39
zem) e nao a vida. Esta contradicáo deve ser tida como pecaminosa,
pois, em última análise, ela se deriva do egoísmo dos individuos e das
nacóes, da sede de poder e dinheiro, da procura de prazer requintado,
mesmo que este redunde em destruicáo perversa de pessoas iracas e
indefesas, como sao os menores e as enancas dos países pobres.
567
Pergunta protestante:
1. O Conteúdo do Panfleto
568
"HÁ OUTRO CRISTO?" 41
2. Que dizer?
2.1. O Padre
570
"HÁOUTRO CRISTO?" 43
2.2. A Eucaristía
Mais: deduz-se do texto sagrado que Jesús nao quis apenas tornar
se presente estáticamente sobre os altares, mas quis instituir a
celebracáo do sacrificio da nova e eterna Alianca ou da sua Páscoa,
pois a Cruz de Jesús é inseparável da Ressurreicáo do Mestre; Jesús
nao é "um Cristo morto", como diz o panfleto em foco. - Com efeito;
merece atencáo o fato de que na última ceia o Senhor nao ofereceu
apenas o seu Corpo e o seu Sangue aos discípulos como alimento, mas
ofereceu-os pelos discípulos, em favor destes (hyper hymoon) - o
que incute o caráter sacrificial do rito (cf. Le 22,19s).
571
44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
572
"HÁOUTRO CRISTO?" 45
- Ele o fez para que a sua Igreja, os fiéis, se oferecessem com Ele
ao Pai na qualidade de oferentes e oferecidos ou na qualidade de
sacerdotes (cada qual participando, a seu modo, do sacerdocio de Cristo)
e hostias (cada qual participando da condicáo de Cristo-Hostia). A oblacáo
de Cristo na Cruz nao é um ato meramente pretérito, mas é algo que se
perpetua sobre os altares para que o cristáo, enxertado em Cristo pelo
Batismo, ofereca sua vida, suas tarefas, labutas e esperanzas ao Pai
com o Senhor Jesús.
573
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
574
Resposta a Rubem Alves:
1. Os Dizeres do Autor
Responderemos
ÍNDICE
578
ÍNDICE GERAL DE 1997 51
579
52 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
581
54 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
583
56 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
585
58 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
EDITORI AIS
LIVROS APRECIADOS
586
ÍNDICE GERAL DE 1997 59
587
60 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 427/1997
AOS AMIGOS
588
Liturgia da Missa
ORDINARIO
para celebrado da Eucaristía com o povo
25a edicáo (atualizada)
Traducáo oficial revisada para o Brasil pela CNBB, aprovada pela Santa Sé, contendo 11
OracSes Eucarísticas, inclusive a mais recente. "Para diversas circunstancias" (8 novembro
91), com acréscimo de aclamacoes e novos textos. Impressáo em 2 cores, com tipos bem
legíveis. 110 págs. Formato de bolso (15x11) RS1.45.
RITOS DE COMUNHÁO
Para Ministros Extraordinarios da Comunháo Eucarística (M.E.C.E.).
Normas, Ritos, indicacoes de leituras, com base em documentos da Santa Sé, compila
dos por Dom Hildebrando P. Martins OSB. 8a edicáo. 68 págs RS4.80.
1998
1. RIQUEZAS DA MENSAGEM CRISTA (2a ed.), por Dom Cirilo Folch Gomes
O.S.B. (falecido a 2/12/83). Teólogo conceituado, autor de um tratado completo
de Teologia Dogmática, comentando o Credo do Povo de Deus, promulgado
pelo Papa Paulo VI. Um alentado volume de 700 págs., best sellerde nossas
Edicoes R$34,80.
3. LITURGIA PARA O POVO DE DEUS (4a ed., 1984), pelo Salesiano Don Cario
Fiore, traducáo de D. Híldebrando P. Martíns OSB. Edicáo ampliada e atualiza-
da, apresenta em linguagem simples toda a doutrína da Constituicáo Litúrgica
do Vat. II. É um breve manual para uso de Seminario, Noviciados, Colegios,
Grupos de reflexáo, Retiros, etc., 216 págs R$7,20.