[1] Se algum engenho, juzes, existe em mim (eu sinto quo seja ele exguo), ou se algum exerccio de oratria,

, em que, no nego, sou algo versado, ou se alguma doutrina dessa matria, proveniente da minha disciplina e dos meus estudos das artes timas, da qual, confesso, em nenhum momento da minha vida me afastei, este A. Licnio deve, em primeira mo e por direito prprio, pedir de volta a mim o fruto de todas essas coisas. Com efeito, at onde o mais distante possvel capaz minha mente de lanar os olhos aos tempos passados e se recordar da mais antiga lembrana da minha infncia, vejo, de l at hoje me lembrando de tudo (passando tudo em revista), que esta foi para mim a primeira/principal figura, para que eu no s admirasse esses estudos, como tambm a eles me dedicasse. QUOD se estas palavras, conformadas pela exortao e pelo preceitos deste, a alguns/algum j foram de salvao, em favor deste prprio, de quem recebemos isso com que podemos salvar alguns e ajudar os outros, sem dvida, devemos levar, quanto haja em ns, no s auxlio, como tambm meio de salvao. [2] Para que ningum, contudo, por acaso se admire de que essas coisas estejam sendo ditas assim por ns, porque neste existe uma certa outra faculdade de engenho e no esta minha doutrina e disciplina oratria, nem sequer ns a este nico estudo fomos jamais inteiramente dedicados. Efetivamente, todas as artes que dizem respeito humanidade tm um certo vnculo comum e mantm entre si uma espcie de parentesco.