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ANESTRO PÓS-PARTO EM BOVINOS: MECANISMOS

FISIOLÓGICOS E ALTERNATIVAS HORMONAIS VISANDO


REDUZIR ESTE PERÍODO – UMA REVISÃO

POSTPARTUM ANESTROUS IN CATTLE: PHYSIOLOGICAL


MECHANISMS AND HORMONAL ALTERNATIVES TO REDUCE
THIS PERIOD – A REVIEW
Viviane Rohrig Rabassa1; Luiz Francisco Machado Pfeifer2; Augusto Schneider³; Elias
Moura da Luz3; Eugênio Roberto Medeiros Costa4; Marcio Nunes Corrêa5.

RESUMO
O objetivo desta revisão é descrever os principais aspectos fisiológicos do anestro pós-
parto em bovinos, assim como as alternativas hormonais visando reduzir este período. O
anestro pós-parto é o período que vai do parto até a manifestação do primeiro estro fértil. Em
vacas leiteiras de alta produção, a ocorrência de balanço energético negativo (BEN) atua
regulando a liberação de GnRH. A mamada em vacas de corte aumentam o período de
anestro, sendo que o desmame reestabelece a atividade ovariana. A exposição a touros no pós-
parto induz um aumento na concentração de LH. A involução uterina é influenciada pela
ocorrência de alterações no período periparturiente. O anestro pós-parto é geralmente maior
em vacas prímiparas devido ao BEN ser mais intenso nesta categoria. Com o objetivo de
reduzir este período, podem ser utilizadas práticas como o desmame precoce ou temporário ou
restrição da mamada, ao lado de tratamento hormonais utilizando progesterona ou GnRH,
associado com PGF2 , estradiol e eCG. Portanto, a duração do anestro envolve vários
mecanismos fisiológicos que atuam individualmente ou em conjunto previnindo a ocorrência
de ovulação, sendo que pode ser reduzido por tratamentos hormonais.
Palavras-chave: anestro pós-parto, tratamentos hormonais, bovinos.

1
Méd. Vet., Mestre UFPel, Campus Universitário – 96010 900 - Pelotas/RS e-mail: nupeec@ufpel.edu.br
2
Méd. Vet., Doutorando em Zootecnia - UFPel
3
Graduação em Medicina Veterinária - UFPel
4
Méd. Vet., Residente em Medicina Veterinária – UFPel
5
Méd. Vet., M.C., Dr., Professor Adjunto – Dpto Clínicas Veterinária - UFPel
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 139-161. 2007
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ABSTRACT
The objective of this review is to deal with the physiological aspects of postpartum
anestrous in cattle, as well as hormonal alternatives aiming the reduction of this period. The
postpartum anestrous is the period that goes from the birth until the manifestation of the first
fertile estrus. In high producing dairy cows, the occurrence of negative energy balance
(NEBAL) acts regulating the liberation of GnRH. The suckling in beef cows increases the
period of anestrous and its removal restores the ovarian activity. The exposure to bulls
postpartum induces an increase in LH concentrations. The uterine involution is influenced by
the occurrence of alterations in the period around birth. The postpartum anestrous generally is
longer in primiparous due to NEBAL being more intense in this category. Aiming to reduct
this period, it can be used practices as precocious or temporary weaning and suckling limited,
besides hormonal treatments using progesterone or GnRH, associated with PGF2 , estradiol
and eCG. Then, the anestrous lenght involves several physiological mechanisms which act
individually or together preventing the occurrence of ovulation and it can be reduced through
hormonal treatment.
Key words: postpartum anestrous, hormonal treatments, cattle.
mecanismo endócrino que controla a
INTRODUÇÃO
manifestação de estro e subseqüente
O anestro pós-parto é o período que ovulação (SHORT et al., 1990; YAVAS &
vai do parto até a manifestação do primeiro WALTON, 2000).
cio fértil (YAVAS & WALTON, 2000), O prolongamento do período de
tendo a sua duração influenciada por anestro pós-parto leva a perdas econômicas
diversos fatores. Os principais fatores que (YAVAS & WALTON, 2000), por
influenciam o anestro pós-parto são: o aumentar o intervalo parto-concepção e,
estado nutricional pré e pós-parto conseqüentemente, comprometer a
(HOLNESS et al., 1978), a involução eficiência reprodutiva de um rebanho
uterina (EL et al., 1995; YAVAS & bovino impedindo que se atinja a meta de
WALTON, 2000), o estímulo da mamada um parto/vaca/ano. Isto causa uma
(LAMB et al., 1997), a produção leiteira diminuição na produção de terneiros e no
(BARTLETT et al., 1987), o número de seu peso ao desmame na bovinocultura de
parições e a exposição a touros após o parto corte e diminuição do número de lactações
(FERNANDEZ et al., 1996). Esses fatores com conseqüente menor produção de leite,
atuando negativamente interrompem o
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na vida útil da vaca leiteira. O intervalo em vacas em anestro, geralmente em função


entre partos ideal, para que se obtenha o do estado nutricional (BUTLER, 2003).
máximo da eficiência reprodutiva de uma O objetivo desta revisão é descrever
fêmea bovina é de 12 meses, com intervalo os principais mecanismos fisiológicos
parto-concepção próximo a 85 dias relacionados ao anestro pós-parto, além de
(YAVAS & WALTON, 2000). Vacas de abordar tratamentos hormonais que podem
corte com cria ao pé, especialmente as ser utilizados visando reduzir este período.
primíparas (GRIMARD et al., 1997; MECANISMOS FISIOLÓGICOS
YAVAS & WALTON, 2000), e vacas ENVOLVIDOS NO PROLONGAMENTO
leiteiras com baixa condição corporal (CC) DO ANESTRO PÓS-PARTO
no pós-parto (BUTLER, 2003) são as A eficiência reprodutiva de bovinos
categorias que apresentam maior incidência é dependente do tempo decorrente entre o
de anestro pós-parto prolongado. parto e o retorno a ciclicidade pós-parto.
Com o intuito de aumentar a Dentre os fatores envolvidos na duração do
eficiência reprodutiva de bovinos, podem período de anestro em bovinos, destacam-se
ser empregadas técnicas para diminuir o o estado nutricional pré e pós-parto, a
período de anestro pós-parto. Entre estas ocorrência de balanço energético negativo,
pode-se citar o uso de tratamentos o estímulo da mamada e a alta produção de
hormonais para indução de cio e ovulação vacas leiteiras. Estes fatores influenciam o
(FIKE et al., 1997), e ainda técnicas de funcionamento do eixo hipotalâmico-
manejo como desmame precoce (60 a 90 hipofisiário, pois atuam na regulação da
dias) ou interrompido (48 a 96 horas), e liberação de GnRH e gonadotrofinas
restrição da mamada (uma ou duas vezes ao hipofisiárias (WILLIAMS et al., 1996).
dia). São descritos na literatura vários Os vários mecanismos que atuam na
protocolos hormonais para indução de regulação do anestro pós-parto podem atuar
ovulação (BEAL et al., 1984; isoladamente ou de forma conjunta,
DEJARNETTE et al., 2001; DUFFY et al., podendo haver interação entre mecanismos
2004; FIKE et al., 1997; FONSECA et al., hormonais, sensoriais, nutricionais e
1980; GRIMARD et al., 1997; MIALOT et comportamentais na regulação da
al., 2003), os quais podem ser associados, reprodução no período puerperal
ou não, com desmame dos terneiros, tendo (WILLIAMS et al., 1996).
resultados variáveis na indução da ovulação Estado nutricional pré e pós-parto

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O estado nutricional das fêmeas no efeitos do balanço energético no


período pré e pós-parto é um dos principais desenvolvimento folicular ovariano de
fatores determinantes para o prolongamento bovinos. Os hormônios IGF-I e insulina têm
do anestro pós-parto (ECHTERNKAMP et importante função no crescimento folicular,
al., 1982; LALMAN et al., 1997) e muitas estimulando a mitogênese e
vezes limitante para a adequada resposta esteroidogênese, mediante indução do LH,
aos tratamentos de indução de cio das células tecais (SPICER et al., 1995).
(BARUSELLI et al., 2004). SPICER et al. (2002) observaram que existe
Em vacas leiteiras de alta produção, relação entre os níveis de IGF-I e a CC de
o principal fator determinante para o vacas de corte, mas não encontrou relação
prolongamento do anestro pós-parto é o entre esta e o tempo para aparecimento do
balanço energético negativo (BEN), devido primeiro folículo dominante no pós-parto.
à excessiva perda de peso após o parto A suplementação de energia no
(BUTLER, 2000; 2003). Neste período o período pós-parto leva a um retorno mais
requerimento nutricional aumenta precoce a ciclicidade (BELLOWS &
abruptamente, devido ao rápido aumento da SHORT, 1978; HOLNESS et al., 1978;
produção leiteira, enquanto que o momento ROBERTS et al., 1997; STAGG et al.,
de capacidade máxima de ingestão de 1995). Embora não haja diferença no
matéria seca ocorre somente 4 a 6 semanas período para a detecção da emergência da
após o pico de produção, resultando em um primeira onda folicular pós-parto entre
período de BEN que pode se prolongar por vacas com altos e baixos níveis de energia
10-12 semanas após o parto (BELL, 1995). na dieta, vacas recebendo baixos níveis de
O BEN durante as primeiras 3-4 semanas energia possuem um maior número de
após o parto é altamente correlacionado ondas foliculares antes da primeira
com o intervalo para a ocorrência da ovulação. Isto se deve provavelmente às
primeira ovulação (BUTLER, 2003). concentrações insuficientes de LH para
Existem várias evidências de que os estimular a maturação final do folículo pré-
hormônios metabólicos, como o hormônio ovulatório (STAGG et al., 1995).
do crescimento (GH), insulina, fator de Em vacas de corte primíparas com
crescimento semelhante à insulina (IGF-I) cria ao pé recebendo dieta com alto nível de
(ROBERTS et al., 1997) e leptina (BARB, energia há um acréscimo nas concentrações
1999; DELAVAUD et al., 2002; SPICER et de LH, além de uma maior liberação de LH
al., 2002) são importantes mediadores dos em resposta a aplicação de benzoato de
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estradiol (BE) e menor intervalo entre a anestro (LALMAN et al., 1997). Em um


aplicação e o pico máximo de LH experimento realizado por LALMAN et al.
(ECHTERNKAMP et al., 1982). Foi (1997), vacas primíparas foram submetidas
proposto também (CARRUTHERS et al., a dietas com restrição de nutrientes no pré-
1980) que períodos de restrição de energia parto, parindo com CC média de 4 (escala
afetam o desempenho reprodutivo em nível de 1 a 9), tendo como conseqüência um
hipotalâmico ou hipofisiário, por inibir a período de anestro pós-parto de 121±6 dias,
liberação de GnRH e/ou reduzir a concordando com resultados de outros
sensibilidade hipofisiária ao GnRH. Isto estudos (DEJARNETTE et al., 2001;
pode levar a uma menor eficiência dos RICHARDS et al., 1986; SPITZER et al.,
protocolos de indução da ovulação, devido 1995) que indicam que vacas parindo em
a uma liberação insuficiente de LH em baixas CC têm o período parto/primeira
resposta a aplicação de GnRH exógeno ovulação prolongado.
(CARRUTHERS et al., 1980). A suplementação de gordura para
A CC pós-parto é um reflexo do vacas no pós-parto acentua o crescimento
estado nutricional pré-parto, sendo que a folicular ovariano, promovendo o
função reprodutiva é mais afetada pelos crescimento de um grande número de
níveis de energia antes do parto do que folículos com tamanho ovulatório. Além
depois deste (PERRY et al., 1991). Porém, disso, há um aumento da CC e taxa de
vacas que sofreram restrição energética no prenhez, mas não há alteração no período
pré-parto, mas que no momento do parto de anestro (JOHNSON et al., 1987).
apresentaram CC moderada (5 a 6, numa Entretanto, um estudo (THOMAS et al.,
escala de 1 a 9), não tiveram sua 1997) concluiu que a suplementação de
performance reprodutiva pós-parto afetada gordura na dieta pré e pós-parto aumenta a
(MORRISON et al., 1999). Além disso, eficiência reprodutiva por diminuir o tempo
uma dieta rica em energia no pós-parto para ocorrência do primeiro estro pós-parto.
diminui, mas não elimina totalmente o Sendo assim, não está claro se a
efeito negativo de uma dieta pré-parto suplementação de gordura é favorável ou
deficiente (PERRY et al., 1991). não para a redução do anestro pós-parto.
Quando vacas de corte primíparas Dentre as formas de gordura que podem ser
estão em BEN pré-parto, a variação na CC fornecidas, a gordura poli-insaturada é mais
no parto é o mais importante fator eficiente que a gordura saturada ou
determinando a duração do período de altamente poli-insaturada para estimular o
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crescimento folicular (THOMAS et al., aumentar a eficiência reprodutiva (GONG


1997). et al., 2001).
Outro aspecto relevante em vacas de
Produção leiteira
alta produção leiteira, diz respeito a
Vacas com alta produção de leite disfunções ovarianas, tais como o
são mais suscetíveis ao desenvolvimento do prolongamento da fase luteal, que também
anestro prolongado (BARTLETT et al., podem prolongar o anestro pós-parto
1987). A seleção de vacas para alta (SHRESTHA et al., 2004).
produção leiteira tem sido acompanhada
por um decréscimo na eficiência Estímulo da mamada
reprodutiva (BAGNATO et al., 1994; O estímulo da mamada aumenta o
NEBEL et al., 1993) e nas concentrações período de anestro e sua remoção
sanguíneas de insulina no pós-parto recente restabelece a atividade ovariana pós-parto,
(BONCZEK et al., 1988; SNIJDERS et al., por eliminação de seu efeito supressivo na
1998). Este mediador metabólico tem um liberação de gonadotrofinas hipofisiárias
efeito estimulador na esteroidogênese (ACOSTA et al., 1983; RUND et al., 1989;
ovariana (PORETSKY et al., 1999) e falhas SCHALLENBERGER & PETERSON,
na ovulação da primeira onda folicular 1982; ZALESKY et al., 1990), sendo o
estão associadas a baixos níveis de insulina intervalo entre o parto e a primeira
(BEAM & BUTLER, 1997). ovulação menor em vacas em que o terneiro
Um estudo conduzido para avaliar o é desmamado ou é impedido seu contato
efeito de uma dieta que induz altas com o úbere da fêmea após 13 dias do parto
concentrações de insulina, em vacas com (LAMB et al., 1997). O efeito supressivo da
alto e baixo mérito genético para a mamada na ovulação pós-parto é mediado
produção leiteira, nos primeiros 100 dias pelo estímulo tátil na área inguinal da vaca,
pós-parto, verificou que esta dieta não só enquanto estimulada por sua própria cria
reduziu o intervalo do parto ao primeiro (STEVENSON et al., 1994; VIKER et al.,
serviço e concepção, como aumentou a taxa 1993), ou mesmo, uma outra cria após
de concepção no primeiro serviço e o estabelecimento de uma nova relação
número de serviços por concepção. Este materna (LAMB et al., 1997). Esta inibição
fato indica que o fornecimento de dietas na liberação pulsátil de LH é modulada por
que aumentam as concentrações séricas de estrogênios ovarianos, ou seja, a mamada
insulina no início da lactação podem aumenta a sensibilidade do hipotálamo para

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o feedback negativo do estrogênio, O mecanismo envolvido na


resultando na supressão dos pulsos de LH supressão da liberação de LH em função da
(ACOSTA et al., 1983; RUND et al., 1989; presença do terneiro se dá através da ação
SCHALLENBERGER & PETERSON, dos opióides endógenos durante o período
1982; ZALESKY et al., 1990). de anestro pós-parto (CHAO et al., 1986;
Entre os dias 10 e 30 pós-parto, MYERS et al., 1989; WHISNANT et al.,
ocorre um aumento na produção e liberação 1986), sendo que a remoção do terneiro
de LH na hipófise (MOSS et al., 1985). resulta na interrupção da inibição do
Após este período, a ausência dos pulsos de opióide na secreção de LH. A concentração
LH é dependente da mamada. Assim, o de β-endorfina (opióide) no hipotálamo é
desmame completo, temporário (48 a 96 negativamente correlacionada com a
horas) ou parcial (restrição da mamada em concentração de GnRH (MALVEN et al.,
uma ou duas vezes ao dia) causa o aumento 1986). Além disso, a concentração de
da freqüência dos pulsos de LH e, RNAm para proopiomelanocortina
conseqüentemente, um aumento da (precursor da β-endorfina) no hipotálamo é
concentração de receptores foliculares para maior em vacas amamentando do que em
LH e FSH, ocorrendo ovulação em poucos vacas não amamentando e a sua
dias (WALTERS et al., 1982a e c). Além concentração é negativamente
disso, em protocolos de indução de cio correlacionada com a concentração de LH
associados ao desmame temporário, o (BYERLEY et al., 1993). Sendo assim, os
retorno das vacas à presença dos terneiros opióides têm influência no retorno à
diminui a freqüência dos pulsos de LH e atividade ovariana pós-parto, inibindo a
diminui a amplitude dos picos, além de produção de GnRH no hipotálamo e
diminuir a resposta do LH a aplicação de indiretamente suprimindo a liberação de LH
GnRH exógeno (CARRUTHERS et al., pela hipófise.
1980). Portanto, a mamada do terneiro tem O intervalo entre parto e primeira
influência na secreção de LH, sendo que ovulação é maior em vacas com cria ao pé e
vacas amamentando têm uma menor com restrição da mamada em duas vezes ao
secreção deste hormônio, quando dia. Porém, em vacas com terneiros
comparadas com vacas que não estão desmamados permanentemente,
amamentando (CARRUTHERS et al., ordenhadas, ou com terneiro, mas sem
1980; EDWARDS, 1985; RANDEL et al., contato deste com o úbere, o período de
1976). anestro é encurtado (LAMB et al., 1999).
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Assim a restrição da mamada em duas possibilidade é que o estímulo do touro atue


vezes ao dia não é suficiente para diminuir diretamente sobre os ovários, aumentando o
a duração do anestro, suprimindo a número de receptores foliculares ao LH
atividade ovariana tanto quanto a mamada (CUSTER et al., 1990).
permanente. Os feromônios presentes na urina do
Os glicocorticóides têm importante touro podem também acelerar o início da
atuação na lactogênese e a remoção do leite puberdade em novilhas (IZARD &
é associada à aumento na sua concentração VANDENBERGH, 1982). Estes
sérica (CONVEYB et al., 1983). O possível feromônios são secretados por machos e
efeito dos glicocorticóides na ciclicidade fêmeas e, aparentemente, alguns são menos
pós-parto não está claro, necessitando de voláteis e só são detectados pelo órgão
maiores estudos. De acordo com vômero-nasal. Este órgão é conectado por
(CONVEYB et al., 1983) os dois pequenos canalículos ao lábio superior
glicocorticóides podem atuar inibindo o induzindo ao comportamento característico
retorno a ciclicidade pós-parto, ainda que de elevação da cabeça e lábio superior
este efeito nem sempre seja evidente em conhecido como flehmen (SENGER, 1997).
vacas amamentando. Vacas expostas ao touro
constantemente logo após o parto ou com
Exposição a touros após o parto
30 dias pós-parto apresentam um menor
Estudos indicam que a exposição de intervalo entre o parto e a primeira
fêmeas à presença de touros após o parto manifestação de cio. Já em vacas expostas
diminui a duração do período de anestro, intermitentemente ou isoladas da presença
por estimular o reinício da atividade de touros, este intervalo é maior
ovariana (FERNANDEZ et al., 1996; (FERNANDEZ et al., 1996).
LANDAETA-HERNÁNDEZ et al., 2004).
O “efeito touro” atua aumentando a Involução uterina
sensibilidade do hipotálamo ao feedback O tempo necessário para que ocorra
positivo do estrogênio induzindo a a involução uterina pós-parto tem relação
liberação de LH da hipófise. Porém, o com a duração do período de anestro, sendo
mecanismo que leva a este aumento ainda influenciada principalmente pela condição
não está bem esclarecido, sendo em parte puerperal (EL et al., 1995).
devido à liberação de feromônios Fêmeas sem complicações
(REKWOT et al., 2000). Outra puerperais têm um período de inatividade

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ovariana pós-parto menor do que aquelas Com o intuito de encurtar o período


com anormalidades puerperais (distocia, para ocorrência da primeira ovulação
retenção de placenta, infecção uterina, podem ser utilizados protocolos de indução
cetose, hipocalcemia puerperal) (EL et al., de cio visando induzir o crescimento
1995). Além disso, a atividade folicular é folicular e posterior ovulação em fêmeas
suprimida no ovário ipsilateral ao corno que se apresentam em anestro. Vários
previamente gestante entre 14 e 28 dias protocolos são descritos pela literatura, os
pós-parto (REKWOT et al., 2000). Cabe quais apresentam resultados variáveis,
ressaltar, que a exposição de vacas de corte dependendo da condição sanitária e
no pós-parto à presença de touros não tem nutricional das fêmeas. Para a escolha do
influência na involução uterina protocolo, devem ser analisadas as
(LANDAETA-HERNÁNDEZ et al., 2004). condições individuais de cada rebanho,
levando em consideração as condições
Número de parições
citadas anteriormente, além da relação
O número de parições tem custo/benefício do seu uso (MORAES et
influência na duração do período de al., 2001).
anestro, sendo que com o decorrer das Os principais hormônios utilizados
parições durante a vida útil da vaca, a na indução do cio e/ou ovulação são
duração do anestro tende a diminuir progestágenos e GnRH, os quais muitas
(BELLOWS et al., 1982). vezes são utilizados em associação com
O intervalo pós-parto geralmente é outros hormônios, como PGF2 (e seus
mais longo em vacas primíparas do que em análogos sintéticos), estradiol e
multíparas (YAVAS & WALTON, 2000), gonadotrofina coriônica equina (eCG).
devido ao BEN ser mais pronunciado em Estas associações visam aumentar a
primíparas (BELLOWS et al., 1982). Isto se fertilidade do cio induzido e aumentar a
deve às vacas primíparas ainda precisão do momento da ovulação, quando
apresentarem-se em fase de crescimento se utilizam protocolos de inseminação
após o parto. artificial em tempo fixo (IATF).
Progesterona e suas associações
ALTERNATIVAS HORMONAIS PARA
hormonais
REDUZIR O PERÍODO DE ANESTRO
A progesterona e sua associação
PÓS-PARTO
com outros hormônios é amplamente
empregada no tratamento do anestro pós-
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parto em bovinos, tendo resultados O uso de Norgestomet (progesterona


variáveis na indução de cio. Os resultados sintética) associado à remoção dos terneiros
variam de acordo com o tipo de tem demonstrado eficiência na indução de
progesterona que é utilizada (natural ou cio ovulatório em vacas em anestro
sintética) e com o tempo de tratamento (MARES et al., 1977; SMITH et al., 1987).
(PERRY et al., 2002; STEVENSON et al., Além disso, o uso de Norgestomet,
2003; NATION et al., 2000) associado ou não à remoção dos terneiros, é
A administração contínua de mais efetivo na indução de cio do que
progesterona por alguns dias (5 a 9 dias) somente a realização de desmama
inibe a liberação de LH e quando há a (WALTERS et al., 1982b).
interrupção de seu fornecimento, é Utilizando-se Norgestomet
desencadeada uma onda de LH capaz de associada ao valerato de estradiol em
induzir o crescimento final do folículo pré- animais em anestro, as concentrações
ovulatório, culminando com a ovulação plasmáticas de progesterona são iguais ou
(MORAES et al., 2001). superiores aos animais que apresentavam
A frequência da secreção pulsátil de ciclo normal, e uma quantidade
LH aumenta com o uso de tratamento insignificante de fêmeas apresenta ciclo de
contínuo de progesterona por 5 dias no curta duração. Com relação a indução da
período pós-parto (MACMILLAN et al., liberação de LH, grande porcentagem das
1995), além de aumentar a resposta de fêmeas em anestro apresentam pico de LH
expressão de cio à administração de após o tratamento.Além disso, tanto as
estradiol (MCDOUGALL, 1994). Assim, o vacas quanto as novilhas em anestro
tratamento com progesterona alcançam o pico de LH em um tempo
aparentemente sensibiliza vacas em anestro inferior às cíclicas (HIXON et al., 1981). A
em resposta ao nível folicular de estradiol. taxa de ovulação é maior em vacas tratadas
No entanto, NATION et al. (2000) quando com GnRH do que aquelas tratadas apenas
estudou o efeito da progesterona em vacas com Norgestomet. Porém, o pico de LH e
leiteiras primíparas, com baixa CC na concentrações médias de LH são maiores
terceira semana pós-parto, não observou em vacas previamente tratadas com este
uma resposta efetiva na indução de uma progestágeno do que nas vacas tratadas
onda de LH, ovulação e estro em vacas somente com GnRH. Além disso, as taxas
anovulatórias. de prenhez são maiores nas vacas tratadas
com a associação destes dois hormônios do
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que naquelas tratadas somente com GnRH que o MGA não induz ciclicidade em vacas
ou Norgestomet. A iniciação de uma nova em anestro, como relatado em outros
onda folicular após o GnRH na presença estudos.
deste progestágeno tende a estimular A utilização de progesterona natural
maiores diâmetros foliculares e mais no tratamento do anestro pós-parto tem
estradiol-17β em vacas não-cíclicas demonstrado resultados superiores aos
comparadas com aquelas tratadas apenas obtidos com MGA, principalmente por
com GnRH. Isto indica que esta associação diminuir a ocorrência de corpos lúteos de
hormonal é eficaz na indução de cio em curta duração após o tratamento de indução
vacas em anestro, e que o GnRH dado de cio (PERRY et al., 2004). A forma de
individualmente ou após a exposição ao utilização mais comum de progesterona
Norgestomet aumenta a ocorrência de natural é como aparato de plástico em
atividade luteal normal após a ovulação em forma de Y para uso intravaginal,
vacas de corte com cria ao pé denominado CIDR®, o qual pode conter
(THOMPSON et al., 1999). Comparando-se 1,9 ou 1,38g de progesterona, sendo que
o efeito da aplicação de eCG ou estradiol na este último é mais utilizado nos Estados
taxa de expressão de cio após remoção de Unidos (PERRY et al., 2004).
implante de Norgestomet, em vacas de Outra forma de aplicação de
corte com cria ao pé não cíclicas, não há progesterona natural é através de aparato
diferença no número de vacas detectadas plástico na forma de espiral, para aplicação
em cio. As vacas tratadas com eCG no intravaginal, denominado PRID®. Na
estágio de pré-seleção do folículo realização de indução de cio em vacas de
dominante tiveram maior taxa de ovulação corte com PRID® e eCG, a aplicação de
que as vacas tratadas com estradiol, e PGF2α 48 horas antes da remoção do
somente vacas tratadas com eCG tiveram progestágeno, aumenta as taxas de indução
múltiplas ovulações (DUFFY et al., 2004). de cio e concepção (MIALOT et al., 1998).
A taxa de concepção é maior em O acetato de medroxiprogesterona
vacas tratadas com acetato de melengestrol (MPA), utilizado na forma de pessário
(MGA) do que em vacas que foram intravaginal, contendo 250 mg de
sincronizadas com PGF2α e sem MGA progestágeno, é amplamente utilizado na
(LALMAN et al., 1997; PATTERSON et sincronização de cios em bovinos. Este
al., 1990; SMITH et al., 1987). Porém, progestágeno, quando associado ao
estudo (PATTERSON et al., 1995) concluiu benzoato de estradiol (BE), é efetivo na
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 139-161. 2007
Rabassa, V.R. et al. 150

indução de ovulação em vacas em anestro, A sincronização da emergência da


com alta taxa de ovulação (ROSS et al., onda folicular e da ovulação com GnRH
2004). aumenta a taxa de uso da inseminação
Segundo estudos (FIKE et al., 1997; artificial em bovinos de corte, devido ao
RASBY et al., 1998; RHODES et al., pequeno número de intervenções que são
2002), a adição de BE após o término do necessárias, precisão do estro e alta taxa de
tratamento com progestágeno é fertilidade obtida. Em gado leiteiro, onde a
particularmente efetiva no tratamento do IA é mais utilizada e a detecção de cio é
gado em anestro, com uma grande problemática, o GnRH permite a realização
proporção de vacas sendo induzidos ao da IATF. Sendo assim, o GnRH aumenta a
retorno à ciclicidade. precisão da sincronização de cios em vacas
ciclando e em anestro
GnRH
(TWAGIRAMUNGU et al., 1995).
O hormônio liberador de Um estudo avaliou os efeitos do
gonadotrofinas (GnRH) é produzido no GnRH no período pós-parto, onde foram
hipotálamo e, através do sistema porta utilizadas vacas de corte com cria ao pé. O
hipotalâmico-hipofisiário, chega à hipófise, pré-tratamento com GnRH aumentou a
onde atua estimulando a produção e taxa de prenhez durante a estação de monta
liberação das gonadotrofinas hipofisiárias nos animais com CC maior ou igual a 5,5,
(LH e FSH). A administração de análogos mas não teve efeito na taxa de prenhez de
do GnRH atuam da mesma forma, animais com baixas condições corporais
estimulando a liberação de gonadotrofinas (DEJARNETTE et al., 2001).
(RANDEL et al., 1996), e assim estimulam
o crescimento folicular e induzem a Prostaglandina e GnRH
ocorrência da ovulação. O GnRH em associação com a
A aplicação de GnRH no início do PGF2α, também conhecido como protocolo
período pós-parto em vacas de alta Ovsynch®, é utilizado para indução de cio
produção leiteira com lenta involução do (RANDEL et al., 1996). Em vacas de corte
trato reprodutivo diminui a duração do em más condições nutricionais, o protocolo
anestro e aumenta a taxa de prenhez em Ovsynch® juntamente com remoção dos
vacas com mais de 85 dias pós-parto terneiros é capaz de induzir uma ovulação
(THOMPSON et al., 1999). fértil em vacas em anestro. Com este
protocolo, a taxa de prenhez pode ser

Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 139-161. 2007
151 Anestro pós-parto...

superior à obtida com Norgestomet e REFERÊNCIAS


remoção dos terneiros. Ainda que alguns ACOSTA, B., G.K. TARNAVSKY, T.E.
estudos indiquem que o protocolo PLATT, D.L. HAMERNIK, J.L. BROWN,
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CONCLUSÕES
Modulating Neuroendocrine Function.
Assim, a duração do período de
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anestro pós-parto em bovinos envolve
diversos mecanismos fisiológicos que
BARTLETT, O.P.C., J. KIRK, P. COE, J.
podem atuar isoladamente ou de forma
MARTENIUK, B.C. MATHER. 1987.
conjunta, interrompendo o mecanismo
Descriptive epidemiology of anestrus in
endócrino que controla a manifestação de
michigan holstein-friesian cattle.
estro e subseqüente ovulação. Para que este
Theriogenology, 27:31.
período anovulatório seja encurtado são
empregadas técnicas de manejo e
BARUSELLI, P.S.; E.L. REIS, M.O.
tratamentos hormonais de indução da
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