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A infecção do trato respiratório é a segunda infecção hospitalar mais freqüente, com mortalidade de 20 –
75% e letalidade de 50-70%. As maiorias das pneumonias hospitalares estão relacionadas à ventilação
mecânica. Os fatores de risco são inúmeros e podem ser classificados em modificáveis e não modificáveis.
Odds ratio = Razão de Chances.
¾ Equipe multiprofissional
Medidas Preventivas:
¾ Treinamento técnico para profissionais de saúde.
¾ Vigilância em pacientes de UTIs (> risco).
¾ Higienização das mãos antes e após o contato com o paciente, mesmo que tenham sido usadas luvas.
(Precaução Padrão).
¾ Não realizar rotineiramente culturas de vigilância (secreção traqueal, equipamentos, etc), pois a
relação entre um microorganismo isolado de secreção traqueal e o agente etiológico da pneumonia
hospitalar apresenta uma especificidade próxima a 10%.
¾ Não administrar antimicrobianos rotineiramente para prevenção de pneumonia.
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¾ Elevar a cabeceira 30 – 45O (Caso não haja contra indicação).
¾ Higiene oral: paciente consciente (uso de escova de dente, pasta dental e líquido antisséptico
bucal 3 vezes ao dia), paciente inconsciente (uso de líquido antisséptico oral 3 vezes ao dia).
¾ Verificar rotineiramente a posição da sonda enteral com a finalidade de eventuais broncoaspirações.
Preferir dieta oral sem sonda, sempre que possível. Evitar o jejum.
¾ Usar líquido estéril para sucção de secreções ou nebulização.
¾ Descartar líquidos condensados do tubo, quando mobilizar o paciente, evitando o refluxo de líquido
para o pulmão.
¾ Promover a retirada do IOT dentro do menor período possível.
¾ Estimular a deambulação precoce, no pós-operatório com exercícios específicos.
¾ Controlar a dor no pós-operatório
¾ Pacientes no pós-operatório devem ser estimulados a fazer inspiração profunda, tosse e mobilização
do diafragma com exercícios específicos e deambulação precoce.
¾ Atenção para pacientes com risco de broncoaspiração (pacientes com rebaixamento do nível de
consciência e em uso de SNE).
Paciente Entubados:
¾ Deve-se usar luvas estéreis, máscara, óculos de proteção e avental.
¾ Evitar a contaminação da cânula antes da introdução na orofaringe.
¾ Preferência para entubação orotraqueal.
¾ Uso de ventilação não invasiva se possível.
¾ Caso não exista contra indicação, elevar para 30-45° a cabeça da cama do paciente para evitar
aspiração do conteúdo gástrico.
¾ Verificar rotineiramente a posição da sonda enteral.
¾ Antes de manipular o cuff da cânula endotraqueal para sua remoção ou para ajustar a pressão, aspire
adequadamente as secreções acima da região glótica.
Aspiração Orotraqueal:
¾ A aspiração deve ser realizada sempre que houver necessidade e não a intervalos pré-fixados.
¾ O calibre da sonda de aspiração não deve ser superior à metade do diâmetro do calibre da cânula
endotraqueal. O cuff deve ser testado antes do procedimento.
¾ Sonda: para a aspiração orotraqueal deve-se usar sondas descartáveis e esterilizadas que deverão
ser desprezadas a cada uso.
¾ Quando houver necessidade de aspirar a boca do paciente entubado, realizar este procedimento após
a aspiração traqueal com outra sonda.
¾ Se houver secreção espessa, podendo ocasionar obstrução da cânula, usar água destilada estéril para
fluidificar a secreção.
¾ As extensões dos aspiradores deverão ser lavadas e submetidas a desinfecção de alto nível ou à
esterilização na saída do paciente.
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Traqueostomia:
¾ A traqueostomia deve ser realizada com técnica asséptica preferencialmente em sala cirúrgica,
¾ A cânula de traqueostomia, deverá ser substituída por outra esterilizada sempre que necessário,
usando técnica asséptica com luvas estéreis.
¾ O curativo da traqueostomia deve ser trocado diariamente, ou quando úmido/sujo.
Outros pontos:
¾ Desinfecção de alto nível ou esterilização: após o uso do ressuscitador manual (ambú), máscara ou fio
guia, antes de serem usados em outro paciente. Estes materiais devem ser guardados e mantidos em
embalagens plásticas fechadas.
¾ Os inaladores devem ser limpos e desinfetados a cada uso e mantidos em embalagem plástica
(mesmo junto ao leito)
¾ Usar óculos de proteção e luvas para manipular secreções respiratórias ou objetos contaminados com
secreções respiratórias de qualquer paciente. Trocar as luvas e higienizar as mãos entre cada
paciente.
¾ Seguir a Rotina de Troca de Equipamentos Respiratórios padronizada pelo DCIH.
Referências Bibliográficas:
- Guideline for Preventing Health Care Associated Pneumonia CDC, 2003.
- Prevenção das Infecções Hospitalares do Trato Respiratório – Manual da APECIH, 1997.