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o
ARTIGOS NESTE MATERIAL:
1. A face oculta da
numerologia..................................................................02
2. A farsa que está por trás da Programação
Neurolinguistica....................05
3. A urinoterapia - Ciência, filosofia de vida ou ato
religioso?.....................15
4. Aquário - O surgimento de uma
era.........................................................18
5. Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento - Mais
uma máscara do
ocultismo.................................................................................
.....................26
Página
7.
Ecorreligião..............................................................................
................40
8. Eubiose – A arte de bem
viver?................................................................46
9. Hipnose - A manipulação da
mente.........................................................52
10. Jogos de azar – o que
dizer?.......................................................................................
...........58
11. Logosofia - Uma nova roupagem para um antigo
engano.....................61
12. Nostradamus - Profeta ou
adivinho?.....................................................66
13. Porque não creio na
astrologia..............................................................72
14. Pró- Vida - A integração cósmica pregada pelo
movimento de Celso
Charuri.....................................................................................
.....................82
15. Raelianos – Somos clones dos ET
’s........................................................88
16. Reiki – A técnica esotérica que diviniza o espírito
humano...................98
17. Será que estamos sendo
vigiados?......................................................106
18. Teosofia – A filosofia religiosa que lançou as bases para
o atual movimento da Nova
Era.............................................................................115
19. Tratamentos alternativos e alternativas
perigosas..............................127
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Você sabia que a data do seu nascimento e o número da sua residência têm grande
influência sobre os acontecimentos que cercam a sua vida? E que o seu futuro pode
ser influenciado pelos números? Pois é justamente assim que crêem os seguidores da
numerologia, conhecidos como numerólogos. As perguntas que nos vêm à mente são:
“O que significam os números? Para que servem? Podem, afinal, influenciar as nossas
vidas?”.
Os estudiosos, desde épocas remotas, vêm atribuindo aos números valores filosóficos
e religiosos. Através dos números e dos séculos, pensadores e místicos têm
expressado seus ideais e conceitos. Na Bíblia, muitas vezes os números aparecem
como símbolos, mas não podemos dizer que todos os números nas Escrituras são
simbólicos. O costume de atribuir algum significado aos números vem do Oriente.
A origem da numerologia
Devido à harmoniosa sucessão do dia e da noite, das quatro fases da lua, dos sete
dias da semana, das quatro estações do ano, da simetria das partes e dos membros
do corpo humano, e também da seqüência dos anos, o homem foi conduzido à
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O que na verdade Pitágoras fez foi relacionar a realidade aos números. Assim,
podemos dizer, em primeiro lugar, que os números têm a chave para a explicação da
realidade e, em segundo, que eles são a própria essência da realidade. Como
dissemos anteriormente, Platão tomou as lições básicas de Pitágoras identificando
seu sistema de idéias e conceitos relacionado aos números. “Ele trabalhou com os
conceitos de limitado, não-limitado, determinado, não-determinado. Platão era
matemático e, naturalmente, deixava-se atrair por uma teoria que se relaciona à
própria realidade”.5
Raciocinando com a numerologia
De acordo com esse estudo, valores numéricos são atribuídos às letras. Um exemplo
disso seria que a letra “a” valeria 1 e a letra “z”, 26. As principais funções dessa
“matemática” é calcular o valor numérico do nome de uma pessoa junto com a data
do seu nascimento. “Por exemplo, Jesus é: J (10), E (5), S (19), U (21), S (19). A adição
desses valores é 74. Esse número é reduzido da seguinte forma: 7+4 = 11 e 1 + 1 =
2”.6 Se considerarmos o fato de que o nome Jesus no grego é Iesous, esta colocação
fica sem nexo, pois o nome Iesous contém oito letras, o que fornece outro valor
numérico.
Místicos por todo o mundo têm feito previsões baseadas na numerologia, e muitas
delas, concidentemente, têm-se cumprido, tornando este método popular entre uma
grande parcela da população que busca conhecer aquilo que está por vir. Tais
pessoas, no entanto, ao interessar-se pelos acontecimentos futuros visam apenas
resolver seus problemas amorosos, financeiros e profissionais. Na verdade, não estão
nem um pouco preocupadas em saber sobre as coisas espiritualmente saudáveis
reservadas para elas.
Como podemos ver, o assunto é sério, e precisa ser analisado à luz da Palavra de
Deus.
Reconhecemos que certos números na Bíblia possuem significado especial, mas isso
não quer dizer que devemos exagerar a respeito. O caso dos 153 peixes de João 21.11
vem sendo explorado por toda a história da Igreja. Outro exemplo de controvérsias e
especulações são as setenta semanas de Daniel (Dn 9.25-27), bem como a frase “um
dia para o Senhor é como mil anos” (Sl 90.4). É uma atitude totalmente sem nexo
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Sempre houve muitas especulações em torno dos números na Bíblia. Ao que tudo
indica, o único número da Bíblia que de fato pode receber interpretação simbólica é o
666: “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta;
porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”
(Ap 13.18).
Seja qual for a maneira usada pelo homem para praticar a adivinhação é abominação
diante de Deus. Vejamos o que diz Deuteronômio 18.10-12: “Entre ti não se achará
quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a
um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele
que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu
Deus os lança fora de diante de ti”. Levítico 19.31 também tem algo a dizer a
respeito: “Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis,
contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor”.
De acordo com o que diz a Bíblia, um dos motivos que levou Saul à morte foi
justamente o fato de ele ter recorrido à adivinhação: “Assim morreu Saul por causa da
transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual
não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1Cr
10.13). Samuel, ao contrário de Saul, havia desterrado todos os adivinhos (Samuel
temia o Senhor 1Sm 28.3,9).
O povo de Israel praticava adivinhações e foi duramente advertido pelo profeta Isaías:
“Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos,
que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor
dos vivos consultar-se-á aos mortos?” (Is 8.19).
Vivemos diariamente com pessoas que crêem em adivinhações. Para que suas vidas
sejam transformadas, precisamos mostrar-lhes a verdade da Palavra de Deus.
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Em relação a esse assunto, para que não caiamos nas armadilhas do inimigo,
devemos defender a fé que uma vez nos foi dada (Jd 3). Fica aqui, então, lançado o
desafio. Será que estamos dispostos a fazer pela verdade o que os numerólogos
fazem pela mentira?
Notas:
1 Defesa da Fé, nº 32, pp. 52-55.
2 Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, Mather & Nichols, Editora Vida, p. 341.
3 Pitágoras (570-495 a.C) importante matemático e filósofo grego. Entre seus mestres
é necessário citar Zoroastro, um sábio persa e grande conhecedor da cabala.
4 Pergunte e Responderemos, 1973, ano XIV nº 163, p. 309.
5 Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, Vl 4, R. N. Champlin e J. .M Bentes,
Editora Candeia, p. 551.
6 Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, Vl 4, R. N. Champlin e J. .M Bentes,
Editora Candeia, p. 552
O sucesso não ocorre por acaso. O que é sucesso? O que é felicidade? O que é sorte?
Por que algumas pessoas fazem sucesso na vida e outras não? Como alcançar o
sucesso? Qual o segredo das pessoas bem-sucedidas? São perguntas como essa que
a Programação Neurolingüistica – PNL, também conhecida como Ciência do Sucesso,
tenta responder; seduzindo milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive os
cristãos evangélicos.
tirar o S da palavra. Você terá a poderosa palavra CRIE, do verbo criar, ser criador. Ou
coloque um traço vertical sobre o S, e logo você tem um cifrão Cri$e, traduzindo:
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Uma técnica utilizada por profissionais de auto-ajuda que visa levar o individuo a
confiar no poder de suas próprias palavras, como fonte motivadora de transformação
pessoal, adquirindo, assim, valores positivos que determinarão o sucesso em todas as
ares da vida: emocional, profissional, financeira, etc. É assim que a Programação
Neurolingüistica se define.
No Brasil, no campo da PNL, o dr. Lair Ribeiro é a figura mais destacada. A filosofia
subjacente a essa técnica é a de que o homem é aquilo que ele pensa. Nisto está
imbuída a idéia de auto-suficiência. A PNL utiliza basicamente as técnicas de
Visualização, Meditação, Intuição, Hipnose ou regressão hipnótica e Confissão
Positiva; todas essas “técnicas” são utilizadas em conjunto.
O problema básico é que a visualização da Nova Era atribui à mente humana uma
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condição divina ou quase divina. Isso não só representa uma grande distorção da
natureza humana como pode também camuflar a manipulação da mente por
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Vestígios dessa pratica podem ser encontrados desde a antiguidade e ela é associada
com freqüência ao ocultismo. Os processos exatos que fazem a hipnose funcionar são
desconhecidos. Pesquisas cientificas foram conduzidas para suprir grande volume de
informação em relação ao transe hipnótico e sua suscetibilidade; todavia, o que é a
hipnose e com ela funciona são pontos ainda largamente discutidos. Afirmações
difundidas e freqüentemente exageradas são feitas quanto a sua aplicação na
medicina, na psicoterapia, na educação e em muitos outros campos.
relação ao uso de hipnose para tratar ou curar uma infinidade de problemas físicos e
pessoais – alergias, obesidade, câncer, baixa auto-estima, tabagismo e culpa, entre
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Mais profundamente, a confissão positiva busca exteriorizar aquilo que foi projetado e
reforçado na mente da pessoa através de todo trabalho de visualização, meditação,
intuição e hipnose, ou seja, suas palavras irão confirmar todo processo de
programação para o sucesso (PNL). Através da confissão positiva, a pessoa tornar-se-
á a criadora de seu próprio mundo, com prosperidade nos negócios e saúde para
família.
Neste caso, a confissão positiva confirma os ensinamentos da Nova Era que declara
que o homem é um deus, possuindo, portanto, a capacidade de criar a sua própria
felicidade. Esse conceito foi amplamente refutado ou adotado por lideranças
evangélicas em todo mundo. Hoje, esse movimento está confinado a pequenos
redutos denominacionais, pois no Brasil, em particular, não é tão simples assim
exercitar a “teologia do sucesso ilimitado”, e mesmo nos países desenvolvidos essa
teoria tem-se desgastado.
terei compaixão de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, isto não depende
do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que usa de misericórdia” (Rm 9.15,16),
logo, não é o homem que determina nada para si baseado nos desejos de seu
coração, mas o Senhor, que realizará todas as coisas de acordo com a sua vontade.
Como vimos a PNL busca substituir padrões considerados de “insucesso” por novos
padrões de “sucesso” alicerçados no homem. Em suas etapas de programação,
falamos da deletação, quando as pessoas programam suas mentes para apagar
conhecimentos adquiridos, eliminar experiências vividas e exterminar
comportamentos sedimentados ao longo da vida. Uma verdadeira lavagem cerebral.
Ou seja, um esvaziamento da alma do aluno.
O que a Bíblia fala sobre o perigo de uma casa vazia? (Lc 11.24-26)
“Ora, havido o espírito imundo saído do homem, anda por lugares áridos, buscando
repouso; e não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E chegando
acha-a varrida e adornada. Então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do
que ele e, entrando, habitam ali; e o ultimo estado desse homem vem a ser pior do
que o primeiro”.
Podemos afirmar que é possível uma pessoa, após passar por um programa como o
PNL, sofrer forte possessão demoníaca e diversos tipos de perturbações metais e até
físicas.
uma religião de consciência, razão e fé. Ninguém precisa entrar em transe para crer
em Cristo.
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A Bíblia nos fala ainda que devemos resistir ao diabo (Tg 4.7). Como então
aceitaremos um posicionamento de mente no qual a nossa resistência é totalmente
eliminada? “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor,
buscando quem possa tragar” (um Pe 5.8). Com tantas evidências de ocultismo e
praticas de magia e feitiçaria presentes na PNL, como poderemos ficar desarmados,
despreocupados e sem a lucidez necessária para discernir o que esta ocorrendo em
nosso derredor? (Veja Hb 5.14).
Não podemos baixar nossa guarda e ficar a mercê do diabo. Antes, devemos nos
revestir de toda armadura de Deus (Ef 6.10), através da palavra de Deus, porque o
diabo, de maneira astuta, cria verdadeiras arapucas para o homem incauto. “E não é
maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjos de luz”. (dois Co 11.14).
Em sua inclusão de novos padrões, a PNL destaca a tese de que o homem deve seguir
seu coração. Nos cursos, a pessoa em meditação consigo mesma busca dentro de si
respostas para sua vida e planeja, ou melhor, programa seu futuro através das
respostas encontradas em seu coração. Como podemos seguir o nosso coração se ele
é mais enganoso do que todas as coisas? Segui-lo nos trará como conseqüência a
destruição. Ainda em Mateus 15.19 podemos ler: “Porque do coração procedem os
maus pensamentos”.
Mas, como cristãos, devemos nos preparar “Para que não sejamos vencidos por
Satanás, porque não ignoramos os seus ardis” (2 Co 2.10-11).
O depoimento que você lerá agora é verídico. O irmão que viveu esta terrível
experiência preferiu omitir o seu nome para evitar qualquer complicação.
trabalho e estimulado por um gerente de vendas. Posso dizer que minha vida foi
separada entre o “antes” e o “depois” desse curso, pois não tive discernimento para
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Após esse primeiro contato, depois de haver passado as regras, começamos com uma
terapia chamada: feed back negativo, quando fazíamos uma roda e as pessoas
gritavam xingando umas as outras de “mentirosas”, “covardes”, “prepotentes”,
“falsas”, “desonestas”, entre outras coisas que não convém citar aqui. Colocavam
uma música muito fúnebre e alta. As pessoas não resistiam e muitas delas choravam
e gritavam. Pensei estar na grande tribulação, pois fiquei muito assustado com aquilo.
Depois disso, fomos aprender a abraçar. Uma pessoa ficava na frente da outra e a
abraçava bem forte. Fizemos isso durante um bom tempo. Aproximadamente 1h30,
nos ensinaram uma filosofia intitulada FILOSOFIA DO SUCESSO NAPOLEON HILL que
tivemos de decorar para recitá-la na manhã seguinte, às 8 horas, depois do café.
Fiquei a noite inteira tentando decorar a filosofia. Por esse motivo, assim como cerca
de 90% dos participantes, dormi muito pouco (30min) no primeiro dia. Apenas cinco
ou seis pessoas conseguiram recitá-la. Para os que não decoraram o texto, o castigo
foi formar uma fila fora do auditório até memorizarem. Enquanto tentávamos,
desesperados, decorar a poesia, o monitor ficava vendendo caixões de defunto de
vários tamanhos e preços. A lição, segundo ele, era para que não sofrêssemos,
antecipadamente, com as coisas da vida.
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de uma nova família chamada “Família Silva”. Algumas pessoas responderam que
não, mas a palavra ‘não’ não era aceita pelos instrutores e membros. Em razão disso,
eles ficavam insistindo com a pergunta até a pessoa dizer que SIM. Depois disso, iam
para outro participante.
No sábado a tarde, cada um de nós foi induzido a sentar perto de uma pessoa
desconhecida e a contar para ela algum trauma de infância. Tudo era feito ao som
alto de uma música fúnebre. As pessoas choraram muito enquanto contavam suas
tristezas e sofrimentos vividos na infância devido aos maus tratos dos pais. Após
esses períodos, seria realizado, às 19 horas, um bailão, e todos deveriam comparecer
a caráter. Dançamos todos os tipos de musica com todos, não importava se éramos
casados, noivos, ou namorados, ninguém era de ninguém. Mas os monitores não
deixavam ninguém ir além da dança, para não denegrir a imagem do curso.
Depois do baile houve uma coisa terrível. Todos os homens tiveram de se vestir de
mulher, se maquiar, colocar peruca, meia-calça, e depois desfilar para todas as
mulheres presentes. O objetivo dessa ‘terapia’ era eliminar todo e qualquer
preconceito. Depois da apresentação dos homens, foi a vez das mulheres. Elas se
fantasiaram com objetos eróticos sem qualquer pudor. A nossa mente, naquele
momento do curso, já estava aberta. Chegamos ao estado Alfa. Tudo o que nos diziam
era facilmente inculcado.
No domingo à tarde fizemos uma regressão até o útero materno. Pensando realmente
ter chegado lá, éramos obrigados a perdoar nossos pais por algum trauma de infância
que eles nos causaram. Aqueles que não quiseram perdoar passavam novamente
pelo mesmo processo. Éramos obrigados a similar um vômito para representar que
estávamos colocando de tudo de ruim pra fora. No final fomos tratados como
crianças, para que nos sentíssemos abertos para tudo que pudéssemos aprender.
Assim como eu, muitos perderam totalmente o senso crítico. Passei a mexer com as
mulheres. Para mim não a menor diferença em ser casado ou não, em ser crente ou
não. Estava em um processo de euforia muito grande, pois, segundo eles, eu era uma
criança de quatro anos.
A partir dessa fase passamos a ser ensinados em todas as coisas novamente. Assim
como uma criança, fomos aprendendo todas as coisas até a fase adulta, quando
então a ênfase positiva se voltou para nossa carreira profissional. Ouvíamos
mensagens do tipo: ‘agora tudo poderá ser alcançado por seus próprios esforços!’;
‘você não precisa mais de ninguém!’; ‘você é auto-suficiente!’; ‘o céu é o seu limite!’;
‘somente os melhores poderão ser aproveitados!’; ‘estamos em uma Nova Era!’.
Estávamos recebendo um tipo de doutrina na qual o centro da vida é próprio homem,
e Deus um figurante coadjuvante, perfeitamente dispensável.
trabalhava, pois achava que poderia encontrar algo melhor. Separei-me da minha
esposa, ficava, sem nenhum remorso, sem ver minha filha de dois anos por até quinze
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dias e achava que estava ótimo. Mudei meu estilo de roupa, meu penteado,
vocabulário e achava que estava mais bonito, que realmente tinha melhorado.
Mas toda essa mascara, essa camuflagem diabólica começaram a cair, arruinando
minha vida emocional, profissional e familiar. Sentia forte depressão (leia-se
opressão) e os conflitos espirituais quase me deixaram louco. Meus amigos da igreja
perceberam que eu estava desequilibrado e desorientado. Comecei a perder clientes
importantes e já não conseguia saldar minhas dívidas, sofrendo vários protestos e
inclusão nos órgãos de proteção ao consumidor (SPC e Serasa). Foi uma desgraça
total!
Até que, não suportando mais esse quadro, o Espírito Santo de Deus, por sua infinita
misericórdia, fez-me lembrar do Senhor Jesus. Então orei para que o Senhor me
ajudasse a renunciar à obra do diabo na minha vida e a todos os ensinamentos
aprendidos no curso de Programação Neurolingüistica (PNL). O Senhor Jesus me
entender claramente como todos aqueles conceitos antibíblicos e contrários ao plano
de Deus para o homem.
Associar – Dentro de uma experiência, enxergar através dos próprios olhos, de plena
posse de todo os seus sentidos.
Sinestésico – Relativo aos sentidos, ao aparato sensorial, que inclui sensações táteis,
sensações internas (como, por exemplo, as sensações lembradas e as emoções) e o
senso de equilíbrio.
Dissociado – Que não está dentro de uma experiência, que observa ou ouve de fora.
Down-Time – Ter todos os canais sensoriais voltados ao nosso interior.
Interiorização – Estado leve de transe em que a atenção se volta para dentro, para os
próprios pensamentos e sensações.
Meta – Radical que define o que existe em um nível lógico diferente. Derivado do
grego, significa “para além”.
Metáfora – Comunicação indireta que utiliza uma história ou uma figura de linguagem
e implica uma comparação. Na PNL, a metáfora engloba parábolas, alegorias e
similaridades.
pessoa o siga.
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3. A Urinoterapia
Segundo a Bíblia, devemos ser bons observadores (1Ts 5.21). Recentemente tive o
privilégio de seguir à risca esse conselho bíblico quando, no dia 18 de setembro,
assistia a uma reportagem num programa de televisão. Fiquei surpreso com o tema
em pauta: A “urinoterapia”. Curioso, minha atenção por aquele assunto se redobrou.
Entre os entrevistados, duas pessoas adeptas dessa prática e uma nutricionista
expuseram suas opiniões. Em meio à entrevista, um internauta fez a seguinte
pergunta: “Por que Deus não colocou o órgão genital masculino no lugar do nariz, pois
seria mais fácil para a ingestão da urina?” (risos na platéia). A resposta de um dos
entrevistados me abalroou, pois ele afirmou categoricamente que a urina era “a água
da vida” e que Deus teria mandado ingerir a nossa própria urina. E acrescentou,
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ainda, que tal impropério estava escrito na Bíblia. Diante de tudo que estava
assistindo e ouvindo, pude notar um tom um tanto religioso e místico, o que me
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despertou maior interesse pelo tema. Frases como “beba com fé”, “acredite”, “é a
água da vida”, “só funciona para quem acredita...”, deixaram bem claro que essa
terapia tinha um caráter mais religioso do que clínico e científico. Na procura por sites
sobre o tema fiquei surpreso com a abundância de informações que encontrei. Por
isso estou a minutar sucintamente sobre este assunto, abordando o seu lado científico
e religioso.
“A urinoterapia é uma das técnicas terapêuticas mais antigas e populares usadas por
várias culturas através dos tempos. Era amplamente usada na Índia, Tibete, Egito e
Grécia Antiga, e nas civilizações asteca, inca e maia. Ainda hoje é usada como
procedimento terapêutico respeitável na Nicarágua, Arábia e Alasca, para combater
males físicos. No Brasil, particularmente em áreas carentes de recursos, como no
Nordeste e em várias outras regiões do país, a tradição popular recomenda a
aplicação de urina de crianças nos casos de doenças de pele, urticárias e
queimaduras por venenos de animais, como taturanas e águas-vivas... A urina é um
produto puro do sangue e não um amontoado de elementos tóxicos diminutos, além
de ser um excelente medicamento natural que o organismo humano produz
gratuitamente. Sua composição é de 96% de água e 4% de elementos orgânicos e
inorgânicos” (http://www.entreamigos.com.br/menu.htm).
“... Quando havia alguém gripado, nos ensinaram a tomar urina em jejum - esse era
nosso remédio normal. Gripou, não se precisava perguntar o que tomar. A gente sabia
que índio pode sofrer qualquer tipo de doença, menos gripe. Porque a gripe neles leva
à tuberculose no mesmo dia. Eles tinham muito medo. Se soubessem que alguém
estava gripado, não se aproximavam. Tomavam muitos cuidados. Qualquer espirro,
eles tomavam urina e mandavam qualquer pessoa tomar urina. Para poder evitar, era
dito: ‘quem toma urina quando está gripado, a doença não prossegue... ela já vai
cortando’. Quando ficava com falta de ar, a criança tomava urina. Aí expectorava.
Quando a criança tossia, o catarro soltava. Vinha aquele catarro amarelo pra fora e
não acumulava” (http://www.vegetarianismo.com.br/index.htm).
Opinião médica
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Nossa ótica agora se volta para o lado religioso da questão, pois um dos adeptos
desse movimento afirmou que a urina é a “água da vida” e que Deus, através da
Bíblia, mandou que o homem ingerisse sua própria urina. Mas será que isso tem
fundamento? Seria a “urinoterapia” uma prática bíblica?
dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. Disse-lhe a
mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; donde, pois, tens essa
água viva?” (Jo 4.10,11).
No diálogo com a mulher samaritana, o Senhor Jesus se identifica como sendo a água
viva que sacia a sede humana e traz uma nova perspectiva de vida: “E no último dia,
o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamor, dizendo: Se alguém tem sede,
venham a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva
correrão do seu ventre.”(Jo 7.37-38). Aquela mulher nunca mais foi a mesma, pois ali,
na beira daquele poço, ela encontrou-se com aquele que podia saciar a sede de sua
alma. Portanto, a alegação do adepto da “urinoterapia” é uma blasfêmia. Não tem
nenhum alicerce bíblico. Jesus Cristo é a nossa única e suficiente água da vida!
“Na medida em que se bebe a própria urina... vai-se adquirindo qualidades místicas,
como poder, força física e espiritual... encontram-se, também, menções ao ato de se
comer as próprias fezes”.
Isso é um absurdo! Se clinicamente falando a urina não pode fazer bem algum, ao
contrário, pode até fazer mal, como, então, acreditar que tal prática seria de enlevo
espiritual? O mundo está cada dia mais doente e perdido! Sobre o único alimento
espiritual, Jesus Cristo disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra
que sai da boca de Deus...” (Mt.4.4). Ou seja, a Palavra de Deus é o alimento
necessário ao nosso crescimento espiritual, e não a nossa própria urina. O apóstolo
Pedro sabia disso quando afirmou: “antes crescei na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18).
Sobre a questão de ingestão das próprias fezes, não precisamos dar nenhum parecer
clínico, pois todos sabemos que tal ato é pura insanidade! A Bíblia diz que os ímpios
sim, figuradamente, comerão as próprias fezes: “Porque na mão do Senhor há um
cálice, cujo vinho espuma, cheio de mistura, do qual ele dá a beber; certamente todos
os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes...” (Sl 75.8).
A Nova era não é uma organização, ainda assim centenas de organizações promovem
seus ensinos. Não tem uma liderança central, no entanto, seus filósofos e mestres
provavelmente chegam a milhares. Não tem um livro oficial com seus dogmas e
crenças, mas seus adeptos encontram nutrição para sua fé em praticamente todas as
bibliotecas publicas do mundo. Não tem um Deus pessoal para adorar, mas com
freqüência promove a idéia de um deus que pode ser encontrado em toda e qualquer
parte.
Finalmente, entramos no novo milênio: o ano 2001. Este terceiro milênio tão
aguardado pelos adeptos do movimento Nova Era é conhecido como Era de Aquário,
época em que os homens entrariam na fase da maturidade, segundo o conceito de
Lauro Trevisan, autor do livro Aquárius, A “Nova Era Chegou”. De acordo com esse
escritor, o mundo passou pelas seguintes fases:
Infantil – quando o homem estava inteiramente voltado para o seu mundo exterior.
Da adolescência – surgimento dos grandes sonhos, das aspirações por uma vida
melhor, do desejo de conquistar a terra. Período em que os sonhos dos homens eram
maiores do que suas próprias realizações.
Da mocidade – quando o mundo atingiu uma evolução incrível. Invenções sobre
invenções tornaram a vida muito melhor.
Maturidade – como já dissemos, é a fase atual, na qual estamos entrando; ou seja, a
Era de Aquário.
Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus
Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo (2Jo 7).
O prefixo anti é derivado do grego e quer dizer contra ou oposto a. Todavia, pode
significar também em lugar de ou substituto de. O anticristo opor-se-á a Cristo. E fará
isso da forma mais diabólica e sutil possível. Fingirá ser o Cristo e, assim, tentará
subverter o cristianismo enquanto se faz passar por seu líder. Nada menos que isso
não seria uma obra digna do gênio de Satanás.
Alguns desses títulos aparecem em 2Ts 2.3,8: homem do pecado (v. 3); filho da
perdição (v. 3); o iníquo ( v. 8), e em Ap 13.1-3: a besta.
A Nova Era pretende controlar o mundo. E fará isso por meio de uma conspiração
conhecida como aquariana. O plano elaborado para essa Era consiste dos seguintes
pontos:
Estabelecer uma nova religião mundial e uma nova ordem política social.
A nova religião mundial será o renascimento da religião de mistério da Babilônia.
O plano será concretizado quando o Messias da Nova Era assumir o controle. Nesse
período o número 666 será aplicado e a nova religião estabelecida
Espíritos cósmicos irão ajudar a inaugurar a Nova Era e a aclamar o homem-deus
dessa era como o Mestre do mundo.
Paz mundial, amor e união serão os slogans da religião.
O ensino da Nova Era irá abranger o mundo todo.
Os líderes da Nova Era demonstrarão que Jesus não era o Cristo.
O cristianismo e as demais religiões serão integrados à religião mundial.
Os princípios cristãos serão desacreditados e eliminados.
Crianças serão seduzidas espiritualmente nas escolas para promover a Nova Era.
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Dos pontos acima expostos, apenas três são de importância fundamental para a Nova
Era: líder mundial, governo mundial e religião mundial. Por mais que achemos
mirabolante o plano da Nova Era para reger o mundo, temos de admitir que, através
da globalização, as nações estão sendo preparadas para receber o governo do
anticristo. Conforme apregoam os adeptos desse movimento, este é o tempo da Era
de Aquário dentro do novo milênio que ora se inicia.
A VERDADEIRA NOVA ERA: O REINADO DE JESUS CRISTO
Ao começar por Apocalipse 19.11, Jesus é visto como o Rei dos reis e Senhor dos
senhores, que voltará em glória, majestade e poder para julgar aqueles que o
rejeitaram e escarneceram. A esperança do glorioso reinado de Cristo está
solidamente registrada na Bíblia, de Gênesis a Apocalipse.
O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha
Siló; e a ele se congregarão os povos ( Gn 49. 1 0).
Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião (SI 2.6).
Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais
destruído; e este reino não passará a outro povo, esmiuçará e consumirá todos esses
reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre (Dn 2.44).
Eu estava olhando nas minhas visões de noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um
como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E
foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações, línguas
o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal,
que não será destruído (Dn 7.13-14).
Nas palavras do anjo Gabriel a Maria encontramos algumas promessas que ainda não
se cumpriram, e que certamente terão o seu cumprimento no reinado de Cristo. Disse
o anjo Gabriel:
E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de
Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o
trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá
fim (Lc 1.31-33).
O apóstolo João, na velhice, foi exilado na ilha de Patmos pelo imperador Domiciano,
perto do ano 90 AD. E lá ele obteve uma visão do futuro (Ap 1.10), principalmente
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sobre a segunda vinda de Cristo, quando o Filho de Deus aparece como o Rei dos reis
e Senhor dos senhores, cheio de glória, majestade e poder. O texto diz o seguinte: E
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seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos ... E da sua boca saía uma aguda
espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; ele mesmo é
o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na
sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores (19.14-16).
Quando lemos a invocação que Cristo possa voltar a terra, não se trata do Cristo cuja
vinda he registrada em centenas de passagens bíblicas. Os cristãos anseiam a sua
volta desde o dia em que o Senhor Jesus foi assunto aos céus e deixou a promessa de
que viria novamente: Mt 24.29-31; 2531-34; Jô 14.2-3. Trata-se de um outro Jesus,
identificado pelos adeptos da Nova Era como Lord Maitreya. Também conhecido como
o avatar da Nova Era. O escritor Benjamim Creme, tido como o João Batista desse
Cristo excêntrico, bem que lutou para que tivesse sua posição, como precursor,
reconhecida mundialmente. Sua mais feroz tentativa aconteceu em 3 de maio de
1982, quando publicou manchetes de primeira p á gina nos jornais de grande
circulação de vários paises. Aqui no Brasil, por exemplo, O GLOBO daquela data
estampou a seguinte notícia:
Minha tarefa será ensinar a vocês como viver em paz, como irmãos. Isto é, mais
simples do que vocês imaginam. Meus amigos, para isto é necessário apenas aceitar
a compartilhar. Como você pode estar satisfeito com o modo em que atualmente vive;
quando existem milhões de famintos morrendo na miséria, quando os ricos ostentam
sua riqueza na frente dos pobres; quando o homem é inimigo de seu vizinho, quando
nenhum homem confia em seu irmão?
Quando o veremos?
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Ele ainda não declarou o seu verdadeiro estado e o lugar onde está; é conhecido
somente por poucos de seus discípulos. Um deles anunciou que em Cristo vai revelar
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sua identidade e dentro de dois meses falará para a humanidade através de uma
transmissão mundial de radio e televisão. Sua mensagem será ouvida interiormente,
telepaticamente por todos os povos em seus próprios idiomas. A partir deste
momento, com sua ajuda, construiremos um mundo novo.
Luz, Minhas Vidas, A vida é um Palco, Em Busca do Eu, Você Também Pode Chegar Lá,
Não Caia da Montanha. Em Minhas Vidas, ela relata suas aventuras espirituais e jura
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que já teve seis outras vidas, inclusive uma existência na Atlântida. Está construindo,
na Califórnia, a Vila Uriel - uma espécie de retiro onde se poderá escolher entre
meditar, regredir a séculos passados ou tentar a cura de doenças por meio de sons e
cores.
Carmem Lúcia Balhestero Fundadora da Fraternidade Pax Universal, seu guia é Saint
Germain, misteriosa figura do alquimista francês, que apareceu em diversas épocas,
tem-se manifestado como uma entidade espiritual cercado de uma legião de seres
cósmicos.
Lauro Trevisan - Padre, autor de vários livros, tais como: O Poder Infinito de Sua
Mente, O Poder Intetior, O Poder Jovem, O Poder da Inspiração, Pensamento de Vida e
Felicidade, Os Outros Puderam Você Também Pode, Você Tem Poder de Alcançar
Riquezas, O Poder Infinito da Oração, Só o Amor é Infinito, Aquarius - a Nova Era
Chegou, Os Poderes de Jesus Cristo, A Vida é Uma Festa.
Luiz Antônio Gasparetto - Médium, psicólogo e apresentador de rádio e televisão.
Incorpora pintores famosos chegando, em ocasiões de possessão, pintar ao mesmo
tempo com as duas mãos e os pés, incorporando três pintores a um só tempo.
Mirna Grizich – Reconhecida como guru dos cristais desde 1980, estudou no famoso
centro de terapias alternativas: o Esalen Institute, na Califórnia (USA).
Paulo Coelho - Iniciou em 1970 os estudos sobre Magia e Ocultismo, que o levaram a
ingressar em diversas Ordens Místicas e participar de seminários no mundo inteiro.
Em 1986, depois de percorrer a pé a rota medieval de Santiago de Compostella,
escreveu os livros O Diário de um Mago; O Alquimista, Brida e As Valkírias, entre
outros.
A FALÁCIA DESTE MOVIMENTO
A Nova Era é, pois, uma tentativa de imitar o reinado milenar de Cristo profetizado
nas Escrituras. Os discípulos perguntaram a Jesus: Senhor, restaurarás tu neste tempo
o reino a Israel? Ao que Jesus respondeu: Não vos pertence saber os tempos ou as
estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder(At 1.6-7).
Algumas palavras que nos ajudarão a entender o Movimento Nova Era com
a posição Bíblica
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Mãe terra Caia, Isia, Astarte, Demoter, Hera, Deusa Juízes 10.6
da Fertilidade (feminismo).
O Brasil é um lugar onde a religião se manifesta em cada esquina. Templos por todos
os lados representam os inúmeros credos espalhados pelo país. A maioria deles
pertence a entidades religiosas conhecidas. Outros, porém, a entidades
desconhecidas, e chamam a atenção dos mais curiosos. Quem nunca ouviu falar do
Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento (CECP)? Quantos seriam capazes de
apresentar suas tendências doutrinárias? O que é e o que ensina o CECP?
religiosas.
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Esse movimento ocultista está sendo trazido a público, pela primeira vez, pela Defesa
da Fé e, sem dúvida, além de informar os leitores sobre mais um grupo religioso,
satisfará a curiosidade de todos quantos já viram ou ouviram algo sobre esse
movimento, mas de forma superficial.
O CECP foi fundado em 27 de junho de 1909, por Antônio Olívio Rodrigues, português
que chegou ao Brasil em 1890. Tinha apenas instrução primária, mas apreciava,
sobremaneira, a leitura de livros ligados ao espiritismo e ao ocultismo. Lia obras de
Helena Blavatsky (fundadora da Sociedade Teosófica Americana), Vivekananda,
Heindel, entre outros.
Sua sede principal está localizada em São Paulo, com ramificações por outras cidades
do Brasil.
Nas palavras do próprio grupo, seus objetivos podem ser vistos por meio de quatro
pontos específicos:
Procurando responder quais seriam os meios que conduziriam a este elevado fim, o
CECP diz que “o estudo, os exercícios respiratórios (a prática da ioga), a cogitação, a
concentração, a meditação, a contemplação e a unificação podem fazer o membro da
entidade atingir a harmonia entre os homens”.
morto todo aquele cujas faculdades espirituais ainda não estejam despertadas”.
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Seguindo a linha adotada por todo o movimento ocultista, que recusa identificar-se
como religião, o CECP também apresenta aos seus leitores a idéia de que não se trata
de um movimento religioso. Declara: “O Círculo não se põe em conflito com qualquer
religião, seita ou credo”. Dessa forma, consegue adeptos de vários grupos religiosos
que se unem ao Círculo sem saber que irão adotar idéias religiosas conflitantes com a
Bíblia.
Novos adeptos
Além de exercer forte atração, O CECP faz que seus membros levem mais adeptos
para a entidade. Diz: “Empregar todos os esforços na propaganda dos ideais do
Círculo, procurando angariar o maior número de trabalhadores adeptos, visto que,
quanto maior for o número dos trabalhadores, tanto mais poderosa será a sua ação”.
A tática é a difusão de promessas. Saúde, dinheiro e felicidade são alguns dos apelos
explorados pelo CECP.
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“Precisais de dinheiro? Imaginai que possuís um cheque com a quantia que desejais
ou que tendes as notas necessárias para perfazer a quantia desejada. Sempre deveis
formar uma imagem da quantia certa, até que ela pareça estar materializada e
possais vê-la diante de vós. Dirigi-vos, então, à Consciência Universal, dizendo: ‘Dai-
me esta criação’”.
“Sofreis? O vosso sofrer tem razão de ser? As causas ser-vos-ão reveladas pelos
ensinos da nossa Ordem Esotérica”.
Tudo isso pode, supostamente, ser alcançado por meio de um positivismo
exacerbado. É uma “técnica” semelhante à do movimento otimista japonês conhecido
como Seicho-No-Ie. “A Força Divina se manifesta em mim. Sou positivo, positivo,
positivo. Tenho o poder de destruir a doença e a ignorância”.
O homem, afastado de Deus não pode ser feliz (Sl 73.27,28). O sofrimento entrou no
mundo pela desobediência de Adão e Eva (Gn 3.19, Lm 3.39, Rm 5.12), e será
removido do mundo material, definitivamente, não da forma como apregoa o CECP,
mas da forma que está escrito na Bíblia. “E Deus limpará de seus olhos toda a
lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as
primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que
faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são
verdadeiras e fiéis” (Ap 21.4,5).
Esoterismo
Afirmam os seguidores do Círculo: “Deveis saber, todavia, que o ocultismo ensina que
a mente é o supremo poder [...] As principais forças ocultas da Natureza e do homem
são a força dos pensamentos, da vibração, da vitalidade, o magnetismo e o
hipnotismo”.
Em seus folhetos de propaganda para ganhar novos adeptos, o CECP afirma que “o
ser humano é atraído para tudo que é misterioso. Atrai-te o mistério, embriaga-te
essa poesia eterna, essa música silenciosa do ocultismo...”
Ignorar essa premissa nada mais é do que uma rebelião da criatura contra o Criador.
Tal atitude é considerada como pecado de feitiçaria (1Sm 15.23). Saul teve uma
experiência amarga quando consultou a pitonisa de Endor para saber sobre o seu
futuro e o do povo de Israel (1Sm 28.4-8). Seu final foi trágico: o suicídio e a derrota
do seu povo na batalha contra os filisteus (1Cr 10.13,14).
O livro Meditações diárias, oferecido aos associados, transmite alguns ensinos que
apresentam uma flagrante contradição com as doutrinas bíblicas. Vejamos alguns
desses ensinos:
Enquanto a maçonaria afirma que seu objetivo é “erguer templos à virtude e cavar
masmorras ao vício”, o Círculo oferece progresso moral e espiritual aos associados
por meio de esforços pessoais.
Nessa sessão, que muito se parece com uma sessão espírita, o Círculo evoca os
“Mestres Invisíveis”, quando todos os participantes unem seus pensamentos para o
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Reencarnação e carma
Seguindo a linha espírita kardecista, o CECP não acredita no céu nem no inferno como
lugares finais e definitivos depois da morte. Ensinam que: “Infernos são os mundos
atrasados ou inferiores; céus são os mundos elevados. Nestes, há espíritos atrasados
que sofrem por causa das suas impurezas. Nenhum ser, porém, é condenado a
permanecer eternamente num inferno. Todos os que fazem o bem, elevam-se por
seus próprios méritos”.
Obviamente, para que exista progresso depois da morte, até que alguém se torne um
espírito puro, não pode haver inferno nem céu na concepção daquele que adota o
conceito espírita da reencarnação.
Contra o panteísmo
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Conforme essa doutrina, Deus não tem personalidade distinta de sua criação. Mas
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Deus não faz parte da criação, pois a criou e a governa. Deus é transcendente e
imanente em relação à sua criação. Transcendente porque é independente e está
acima dela. Imanente porque toda a criação depende de Deus para existir e manter-
se (Jó 12.10).
O panteísmo nega a imutabilidade divina, já que o Universo faz parte de Deus e está
em constante mudança. Nega sua santidade, porque o mal do Universo também faz
parte de Deus. Nega a individualidade do homem e a pessoalidade de Deus, já que
Deus é tudo em todos. Por outro lado, a Bíblia deixa clara a distinção entre Deus e a
criação quando diz que o Senhor Deus dá a todos a vida e a respiração. Nele vivemos,
nos movemos e existimos (At 17.25,28). Em Cristo, tudo subsiste (Cl 1.17). E é Cristo
quem sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder.
Em suma, “Deus é aquele que está acima de tudo e em tudo, contudo é distinto de
tudo” (G.D.B. Pepper).
Contra a auto-salvação
“Nada que não seja gratuito é seguro para os pecadores [...] A não ser que sejamos
salvos pela graça, não podemos absolutamente ser salvos”.
Sobre tal prática, Deus revelou seu desagrado, dizendo, por meio de seus
mensageiros, os profetas, que isso lhe era abominável: “Quando entrares na terra que
o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações
daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a
sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem
encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem
consulte os mortos” (Dt 18.9-11).
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A Bíblia declara o seguinte: a morte entrou no mundo pelo pecado e nenhum filho é
castigado pelos erros dos pais. “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a
iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará
sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” (Ez 18.20, V. tb. Jr 31.29,30).
Jesus, certa vez, foi interrogado por seus discípulos, em relação a um cego de
nascença, se esse mal havia sido motivado pelos pecados dos pais daquele homem
ou pelos pecados do próprio cego, em vidas anteriores. Ao que Jesus respondeu:
“Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras
de Deus” (Jo 9.3).
Não é verdade que o homem já teve vidas anteriores e terá, ainda, outras vidas. A
Bíblia declara explicitamente que só existe uma única oportunidade para a salvação,
e esta oportunidade está reservada à vida presente: “Aos homens está ordenado
morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9.27).
O Senhor Jesus deixou claro que, após a morte, cada ser humano vai para um lugar
definitivo, segundo a escolha que fizer aqui na terra: “Entrai pela porta estreita;
porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os
que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à
vida, e poucos há que a encontrem” (Mt 7.13,14).
Jesus, ao expor a narrativa (parábola) do rico e Lázaro, mostrou o outro lado da vida
além-túmulo, onde os seres humanos se encontram em uma situação irreversível,
seja no céu ou no inferno (Lc 16.19-31).
A Bíblia nunca promete que todos serão salvos, e muito menos por seu próprios
esforços, pois existe o castigo eterno. Em Mateus 25.46, Jesus disse: “E irão estes
para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. O adjetivo eterno, que
qualifica vida (aionios), é o mesmo adjetivo que qualifica o tormento – tormento
eterno (aionios). O céu não é uma realidade que pode ser vista pelos olhos de carne,
mas uma realidade manifestada pela revelação divina e recebida pela fé. No caso dos
adeptos do Círculo, se não se convertam desse caminho, o inferno será uma realidade
percebida tarde demais!
Oramos para que estas informações panorâmicas sobre o Círculo possam servir como
um alerta para todos aqueles que seguem o ocultismo. Como cristãos e arautos da
verdade, devemos divulgar esta verdade a todos, a tempo e fora de tempo, sem
medo e sem fazer acepção de pessoas. Somente assim iremos alcançar o resultado
positivo que a Bíblia nos orienta:
“Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará
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Notas:
Ao ponderarmos as inúmeras linhas escritas por Joseph Smith Jr, Witness Lee, Allan
Kardec, os evangelistas da Nova Era, e muitos outros, nos vêm à mente perguntas
intrigantes como: “De que fonte poderia jorrar tanta imaginação?”, “De onde
procederia tamanha inspiração?”. É impressionante como, numa só seita herética,
podemos encontrar tantos desvios doutrinários. Como certos grupos religiosos podem
estar tão distantes dos parâmetros bíblicos. Alguns preceitos de determinadas seitas
são tão absurdos que chegam a ser exóticos, por assim dizer. Quase sempre seus
artífices atribuem aos escritos que produzem inspiração divina. E vão mais longe em
seus devaneios quando afirmam que seus ensinamentos têm mais autoridade do que
a Bíblia. Ou, na pior das proposições, que eles são condizentes com a Palavra de
Deus.
Manancial de erros
Existem três fontes para a doutrina. A que provém de Deus, irrefutável, infalível e
perfeita. A que provém do homem, discutível, falível e muitas vezes prejudicial. E a
que provém do diabo, nociva, anátema e enganosa.
Seguindo esse raciocínio, convém esclarecer que o opositor das nossas almas não
estagnou seu trabalho de destruição da raça humana. Ao contrário, está cada vez
mais disposto a “engolir” e desviar o homem do grande propósito de salvação do
Senhor Jesus para sua vida (1Pe 1.16). Cautelosamente, ele (o diabo) não deixa de
apontar seus dardos para a ambição humana com a intenção de iludir o homem de
que ele não é mera criatura, dependente, um ser inferior. Impressiona como uma
tática tão antiga ainda encontre em nossos dias pessoas que dão crédito a tamanha
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bobagem. Foi justamente isso que Satanás, a antiga serpente, incutiu na mente dos
nossos pais, no Jardim do Éden: a utopia de serem como Deus. O Senhor havia dito a
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Adão e Eva que poderiam comer de todos os frutos do jardim, menos os da árvore do
conhecimento do bem e do mal, para que não morressem. Mas Satanás deturpou essa
mensagem de Deus: “Então disse a serpente à mulher: Porque Deus sabe que no dia
em que deles comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o
bem e o mal” (Gn 3.4-5 - grifo do autor).
Infelizmente, como veremos a seguir, não são poucos que, ainda hoje, se deixam
enganar pelos ardis do diabo, assim como aconteceu aos nossos pais, Adão e Eva, no
Jardim do Éden.
Heresia complicada
Witness Lee explica: “O que então está na nossa alma? O ego. O nosso ego está em
nossa alma. Será que fomos impressionados com o fato de que todos os três seres:
Adão, Satanás e Deus –– estão em nós hoje? Somos bastante complicados. O homem
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Adão está em nós; o diabo, Satanás, está em nós; e o Senhor da vida, o próprio Deus.
Portanto, nos tornamos um pequeno jardim do Éden. Adão representando a raça
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O amado leitor está impressionado com esta espantosa declaração? Não é para
menos! Como poderíamos embasar biblicamente que nos tornamos um pequeno
jardim do Éden? Indubitavelmente, esta tarefa é bem mais complicada do que
entender a natureza humana à luz da Bíblia, especialmente pelo fato de que esta não
abona, em nenhuma de suas páginas, a doutrina Localista.
As Escrituras asseveram que não fomos comprados com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado
e incontaminado (1Pe 1.18-19). Através de seu sacrifício, Cristo nos resgatou para si
e, desde então, nos selou com o penhor do Espírito Santo em nosso coração (1 Co
1.22), nos fez templo de Deus, ou seja, habitação do Espírito (1 Co3.16). Aqueles que
pertencem a Deus não podem ser de Satanás! Onde a luz chega, as trevas são
totalmente dissipadas (Jo 1.4-5). O Espírito Santo conduz a igreja à santificação plena,
ou seja, o nosso espírito, alma e corpo são conservados irrepreensíveis para a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2.13; 5.23). Adão não está em nossa alma, assim
como Satanás não está em nosso corpo! Não há complicação na verdade! E devemos
crer, sem reservas, no que a Bíblia ensina!
O texto acima não declara, em nenhum momento, que o Senhor ofereceu divindade
ao homem. O apóstolo Paulo advertiu a igreja a se “revestir do novo homem, que
segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). Neste caso, a
relação entre Deus e o homem, através da criação, é moral. É uma exortação à
santidade cristã, ao despojo do velho homem que se contamina pela libidinagem do
engano.
O texto fala, ainda, sobre deixar a mentira, as palavras torpes, o furto, a ira, a malícia,
a blasfêmias etc. Paulo conclui dizendo que devemos ser benignos, perdoando-nos
mutuamente assim como Deus nos perdoou em Cristo. O homem fora criado para
desfrutar da eterna presença de Deus e este processo se inicia quando o homem
nasce de novo, rejeita as obras do passado e toda sorte de impureza no presente
(2Co 5.17), passa a andar segundo os parâmetros da ética divina, a seguir a justiça
que encaminha para a vida (Pv 11.19) e a buscar a santificação sem a qual ninguém
poderá ver o Senhor (Hb 12.14).
O apóstolo Paulo também aconselhou a igreja a “se revestir do novo, que se renova
Página
para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10). Neste caso,
a relação entre Deus e o homem, através da criação, é racional. A implicação aqui diz
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“Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas
fiqueis participantes da natureza divina...” (1Pe 1.4).
A natureza divina é o caráter de Deus. O Senhor requer que sejamos maduros na fé,
que sejamos moldados conforme a sua vontade, para que nos tornemos participantes
de sua natureza. Para tanto, devemos nos distanciar do mundo para nos
aproximarmos do Senhor. O apóstolo Pedro descreve as qualidades que devemos
possuir, como filhos de Deus e participantes de sua natureza: virtude, conhecimento,
domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor. Tais qualidades nos
tornam ativos e frutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (1Pe
1.5-8).
Todavia, o texto sagrado não está dizendo que os crentes são absorvidos pela
divindade. Cristo foi constituído herdeiro de tudo (Hb 1.2), e nós, como filhos do
Senhor, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17), podendo, por
intermédio do Senhor, usufruir das grandíssimas promessas e por elas nos tornarmos
participantes da natureza divina. Àqueles que crêem ser “uma classe de deuses”,
salientamos a reação de Paulo e Barnabé à atitude da multidão por causa da cura de
um homem coxo na cidade de Listra. O povo os aclamou deuses, e ouviram o
seguinte: “Ouvindo, porém, isto, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram suas vestes,
e saltaram para o meio da multidão, clamando, e dizendo: Senhores, por que fazeis
essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e
vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a
terra, o mar e tudo quanto há neles” (At 14.8-15).
O deus interior
Sim, somos pecadores. Mas também alvos do inseparável amor de Deus. É o que
afirma o texto de Romanos 8.38-39: “Pois estou certo de que, nem a morte, nem a
vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o
porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá
separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.
Jesus não nos ensinou a usarmos a denominada “ciência da mente”, portanto não
devemos ter nenhum envolvimento com esta filosofia, que não é infalível e muito
menos universal.
Apoiar tal raciocínio é promover o panteísmo, pensamento filosófico que ensina que
Deus é tudo e tudo é Deus. Como cristãos, somos monoteístas, cremos na existência
Página
de um único Deus, pessoal, distinto do homem, mas não distante de nós (At 17.27).
Impulsionados pelo Espírito Santo, devemos orar ao Pai, em nome de Jesus, para que
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Os deuses de amanhã
Os fiéis da seita mórmon crêem que Satanás falou a verdade quando ofereceu a
divindade a Eva. E por isso esperam tornar-se deuses após a morte, além de
ensinarem que há “muitos deuses, e os seres humanos podem vir a ser deuses e
deusas no reino celestial”6. Um de seus profetas, James E. Talmage, ratifica: “Como o
homem é, Deus foi, como Deus é, o homem poderá vir a ser”7.
A regra de fé mórmon, item oito, reza: “Cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus, desde
que esteja traduzida corretamente; cremos ser o Livro de Mórmon a Palavra de
Deus”8. E fazem uso seletivo dos textos, pincelando o que lhes parece conveniente.
Mas, ao analisarmos esses conceitos com as passagens bíblicas, concluímos que seu
alicerce (das seitas) é frágil e fácil de ser demolido.
O homem perfeito
“Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.48).
Argumentam os adeptos de seitas: “Daria Deus um mandamento que não pudesse ser
guardado?” Absolutamente! E nós, os cristãos, questionamos: “O que denota a
palavra perfeito nesse contexto bíblico?”. Resposta: “A palavra teleioi do texto,
traduzida por perfeito, na verdade significa completo, maduro”.
Sobre Noé, está escrito que ele alcançou graça aos olhos do Senhor. Noé andava com
Deus, era homem justo e perfeito em suas gerações (Gn 6.8-9). Sobre Jó, a Bíblia
relata que ele era homem íntegro, perfeito, temente a Deus e sempre se desviava do
mal (Jó 1.1). Noé e Jó não eram pecadores? (Rm 3.10, 23). Como pecadores podemos
ser maduros, completos, mesmo com a nossa limitação humana. Voltando ao texto
bíblico em pauta, o discurso de Jesus era um sermão cheio de princípios de santidade
e amor. E esses detalhes deveriam ser visados pelos ouvintes (Lv 11.44, 1 Jo 3.14).
Jesus queria o aperfeiçoamento dos discípulos para exercício do ministério e
propagação do evangelho (Ef 4.13). Dizer que Cristo estava requerendo de seus
discípulos perfeição nesta vida é colocar palavras na boca do Filho de Deus.
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“Eu disse, vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo” (Sl 82.6).
Jesus lança o texto de João 10.35 aos seus delatores para evidenciar que eles não
entendiam suas próprias Escrituras e, por isso, não estavam em condições de
condená-lo por ter afirmado ser Deus. Como vemos, assim como os judeus, os
mórmons também não entendem as Escrituras e não estão aptos para, através delas,
justificar suas asseverações!
Não obstante os mórmons almejarem a divindade no futuro, eles, no entanto, não são
muito afoitos para alcançá-las. Mesmo que sejam conformados em relação a esse
assunto, suas esperanças, porém, não passam de fantasias. Sobre Satanás, Jesus
afirmou o seguinte: “Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade,
porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio,
porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). O diabo não disse a verdade para Eva
porque simplesmente não há verdade nele. Deus é espírito (Jo 4.24). Existe um único
Deus verdadeiro (Dt 6.4, Is 43.10, 45.21). O Senhor Deus é o mesmo ontem, hoje e
eternamente (Hb. 13.8) O grande Eu sou não muda! (Êx. 3.14, Jo 8.58). Nele não há
mudança nem sombra de variação (Tg 1.17). O amanhã tão esperado pelos mórmons
há de chegar e, com ele, a eterna frustração!
O profeta Ezequiel repreendeu o rei Tiro pela sua ambição: “Assim diz o Senhor Deus:
Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus
me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que
estimas o teu coração como se fora o coração de Deus (Ez 28.2).
Qual deles mediu na concha das mãos as águas, tomou a medida dos céus aos
palmos, recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os
43
outeiros em balanças? Qual deles guiou o Espírito do Senhor ou, como seu
conselheiro, o ensinou? (Is 40.12-13). Qual deles pode encher os céus e a terra, estar
perto e ao mesmo tempo estar longe? (Jr 23.23-24). Qual deles conhece todos os
corações e tem todas as coisas nuas e patentes aos seus olhos? (Hb 4.13).
A voz da serpente permanecerá ecoando pelo pouco tempo que lhe resta, e nós,
como defensores da fé, devemos estar sempre preparados para responder com
mansidão e temor àqueles que pedirem a razão da esperança que há em nós (1 Pe
3.15).Devemos estar surdos à voz da serpente e prontos a escutar o que Deus nos
diz. Não devemos nos voltar para a insensatez (Sl 85.8).
Notas:
1 A economia divina. Witness Lee. Editora Árvore da Vida. Segunda edição revisada.
1990. p.19
2 A economia de Deus . Witness Lee. Editora Árvore da Vida. 5ª edição. 1996. pp. 219-
220.
3 Aquários, a nova era chegou. Lauro Trevisan. 11ª edição, p. 49.
4 Os poderes de Jesus Cristo. Lauro Trevisan, p. 234.
Página
5 Meditations of Maharish Mahesh Yogi. New York. Bantam, 1968, p. 178 –– Cristianity
in Crisis Hank Hanegraaff. Harvest House Publishers. 1997
44
Não são permitidos vácuos dentro do coração humano. Se Deus não ocupar, no
coração do homem, o espaço que lhe é devido, outra coisa o ocupará. A cultura
contemporânea rejeitou o Deus bíblico e colocou em seu lugar uma quantidade
enorme de outros deuses. Isso porque o homem é um ser que adora. Se o homem não
adora o Deus vivo e verdadeiro, adora a primeira coisa ou pessoa que se apresente
em seu caminho. E o movimento ecológico moderno forneceu aos praticantes da Nova
Era argumentos para adorar a criação no lugar do Criador. Não estamos falando aqui
de um legítimo amor e respeito à natureza, mas de uma idolatria neopagã, que tem
como álibi uma devoção ilegítima por tudo o que foi criado.
A hipótese Gaia
Como todo movimento religioso destes últimos tempos, a ecorreligião também foi
buscar respaldo na ciência por meio da hipótese Gaia, formulada na década de 60
pelo físico inglês James Lovelock e pela microbiologista americana Lynn Margulis. Os
dois afirmam que as características da Terra teriam sido criadas pelos organismos
vivos nela existentes, durante todo o seu processo de evolução. Para esses cientistas,
são os seres vivos que moldam o meio ambiente às suas características e criam as
condições necessárias para sua sobrevivência.
Página
regulador das condições foi chamado de hipótese Gaia, como era chamada a deusa
Terra dos antigos gregos. Vem daí o nome da hipótese, que influencia fortemente o
movimento ambientalista.1
Ecorreligião e neopaganismo
“A Terra é nossa mãe, precisamos cuidar dela. Em seu solo sagrado andamos a cada
passo...”3
Ainda segundo o mesmo jornal, alinhar-se com a natureza é “liberar a divindade que
há dentro de nós, é ser elevado a um estado superior do ser. É, ao mesmo tempo,
liberar o animal que está dentro de nós”.6
O neopaganismo tem forte ligação com as antigas religiões de bruxaria dos antigos
celtas, ligadas aos ciclos da natureza. A maior parte das religiões neopagãs tem
Página
poucos credos e não possui profetas. Sua base está firmada nas celebrações em
certas estações do ano (ciclos do plantio e da colheita), nos costumes e experiências,
46
e não na palavra escrita. Segundo Gordon Melton, do Instituto de Estudo das Religiões
Americanas, na Califórnia, a grande maioria das pessoas que se consideram feiticeiros
(as) “segue a adoração politeísta, voltada para a natureza, da Grande Deusa Mãe,
cujos nomes incluem Diana, Ísis, Demeter e também Gaia”.7
Embora toda a retórica da Nova Era seja recheada de cunho científico, sua prática,
porém, nada mais é do que puro culto pagão, no qual um Deus impessoal é
identificado com a criação, e a criação é adorada como deusa. Nem toda a
argumentação complexa formulada por tais ambientalistas pode livrá-los do fato de
serem ecólatras.8
“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder
como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão
criadas, para que eles fiquem inescusáveis. Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se
desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios,
tornaram-se loucos. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e
serviram mais a criatura [ou a criação] do que o Criador” (Rm 1.20, 21, 22, 25).
Até mesmo Eddie Van Feu, autora do livro Wicca – rituais, grande defensora da
bruxaria moderna, admite: “O que caracteriza a Wicca? O amor à Terra e à natureza e
o respeito a tudo e todos acaba fazendo muita gente, como os ecologistas, por
exemplo, ligar-se à Wicca sem o saber”.9
Diante de tudo isto, só podemos concluir que certos aspectos do movimento pela
ecologia foram “contaminados” por elementos religiosos ligados ao ocultismo. É
extremamente difícil, como sempre foi, separar o joio do trigo. Apoiar uma causa
ecológica qualquer pode significar envolvimento com crenças completamente pagãs e
esotéricas. A causa, como vemos, tem até mesmo sido utilizada pelos adeptos da
Nova Era com o intuito de atacar o cristianismo. Mas ficar calado, omitir-se de forma
total, pode significar concordância.
Amando as fábulas
Uma famosa apresentadora de TV revelou à imprensa ter visto um duende aos pés de
sua cama. E afirmou que, desde então, sua vida mudou. Adesivos com a declaração
Página
“Eu creio em duendes” estão espalhados nos vidros dos carros. Maçãs e outros frutos
têm sido oferecidos a pequenas imagens destes seres. É quase inacreditável que o
47
Observe como esses seres fictícios são cridos e descritos com um rigor quase
científico: “Os seres elementais são os espíritos da natureza. Eles surgem
espontaneamente dos quatro elementos básicos — terra, água, ar e fogo —, ganham
forma física (de acordo com a região geográfica e a cultura a que pertencem) e vivem
de 300 a 1000 anos. Após esse período, eles se desintegram e voltam ao seu
elemento original. Há referências à existência de espíritos elementais em
praticamente todas as civilizações. Na Índia, por exemplo, eles são chamados de
gandarvas e se apresentam como seres intermediários entre os anjos (devas) e os
homens. No Brasil, os espíritos da natureza também ganharam diversas formas: a
Iara, por exemplo, é o elemental da água, e o caapora é o espírito guardião das
matas. Mas foram os gnomos e os duendes, com aparência de camponês europeu,
que se tornaram mais populares no mundo todo. Talvez por conta das obras de um
alquimista suíço: Paracelsus (1493-1541), que os descreveu em sua obra Filosofia
oculta”.11
Gnomos (elementais da terra – minerais): são seres de pequena estatura e, por sua
íntima ligação com a Terra, desenvolveram grandes habilidades para lidar com ela.
Trabalham nas minas escavando minerais valiosos com os quais constroem suas
ferramentas. São de vários tamanhos – muitos deles bem menores que os seres
humanos, ainda que alguns tenham o poder de alterar à vontade sua estatura.
Salamandras (elementais do fogo): nenhum fogo é aceso sem o seu auxílio. Sua
atividade é intensa no subsolo. São responsáveis pela iluminação, calor, explosões e
funcionamento dos vulcões. Foram os movimentos “serpenteantes” desses
elementais no interior das labaredas de fogo, semelhantes aos movimentos sinuosos
das caudas dos lagartos e lagartixas, que lhes valeram esse curioso nome.
Página
Fadas (elementais das flores): foram criadas pelos deuses da mesma forma que os
seres humanos e os outros animais. São uma forma de vida paralela ao nosso mundo
48
Deus não os tornou céus e terra, mas os criou. A ausência desta simples distinção,
localizada no âmago da espiritualidade “novaerense”, faz a diferença entre os
verdadeiros adoradores e os idólatras. Toda espiritualidade que não é voltada para
Deus por meio de Jesus Cristo (Jo 14.6) não passa de um canal para a atuação de
espíritos malignos. As Escrituras não deixam dúvidas: o Criador e a criação não são
manifestações diferentes de um mesmo ser. A criação derivou do Criador, em um ato
livre e soberano.
Quando a Nova Era se refere a “deus”, com certeza não se trata do Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo. Seu “deus” deriva do panteísmo hindu, portanto sua
adoração é pura manifestação idólatra, mesmo quando camuflada de devoção à
natureza. O panteísmo é uma espécie de monismo, que identifica a mente e a
matéria, e que pensa que a unidade é divina. E, assim, o finito e o infinito tornam-se
uma e a mesma coisa, embora isso ocorra por meio de diferentes expressões de uma
mesma coisa. O universo passa a ser auto-existente, sem começo, embora sujeito a
modificações. De acordo com o panteísmo, todos os seres e toda a existência de Deus
devem ser concebidos como um todo. Essa noção é uma mentira na qual se agarram
os ecólatras da Nova Era, que nada mais fizeram a não ser alterar o foco da idolatria.
27).
Índia e caboclo
ALERTA! Quem pensa que o mundo “ingênuo” das fábulas não tem nada a ver com
religião engana-se completamente. Observe a acentuada devoção em uma oração-
modelo formulada para se invocar gnomos:
do elemento Terra,
Ajudai-me a transformar,
materiais,
árvore frondosa.
Gnomos,
Página
Mestres da Terra,
Amém
Notas:
1 Almanaque Abril.
2 Alterando o ponto: Ciência, Sociedade e Cultura Emergente, Fritjof Capra, p. 292.
3 Cântico da Roda de Cura em Honra à Mãe Terra.
4 O termo ecologia provém da raiz grega oikos, que significa “casa”, e da raiz logos,
que significa “a ciência” ou “o estudo de”. É um ramo da biologia que estuda as
relações dos organismos e grupos de organismos com seu meio, o qual permite
conhecer a estrutura da natureza e explica seu funcionamento, assim como as
diferentes adaptações dos seres vivos e os fatores que influem: solo, clima, presença
de outras espécies.
5 Compreendendo a Nova Era, Russel Chandler, p. 245-6.
6 Ibid., p. 245-7.
7 Enciclopédia dos Cultos Americanos, 1986, p. 211.
8 Ecólatras: são os adoradores da ecologia.
9P.13.
10 Ibid.
11 www.guruweb.com.br
12 www.belleangelencantados.hpg.ig.com.br/elementais/indexelementais.htm
Já há algum tempo, os apologistas brasileiros têm alertado sobre como o Brasil está
propenso a não só receber heresias com também a criar as suas próprias: Inri Cristo,
LBV, Cultura Racional, Testemunhas de Yehoshua, Santo Daime, Raulseixismo e
51
muitas outras. De receptores, estamos nos tornando produtores de uma infeliz safra
de doutrinas contrárias à Palavra do nosso Deus. É hora de a igreja evangélica
brasileira despertar para esta problemática e “abrir os olhos”, sendo mais aguerrida
na defesa do evangelho.
Desta vez, trataremos sobre a seita eubiótica e suas implicações teológicas. Todos os
apontamentos no decorrer deste pequeno comentário foram extraídos do site oficial
do grupo: www.eubiose.com
Definindo a terminologia
“É um neologismo formado pelas raízes gregas EU (eús, eú, bom, bem), BIO (bios,
vida) e OSE (osis, processo, ação, condição). Eubiose, portanto, significa: ‘ação,
processo ou condição de bem viver’”.
Fundação
A Sociedade Brasileira de Eubiose foi fundada em 1924, mas segundo seus adeptos,
sua etimologia perde-se em tempos primitivos. Podemos dizer que a procedência
desse movimento acha-se nos tempos adâmicos, quando a serpente tentou ensinar
novos dogmas espirituais ao homem (Gn 3). Entretanto, de acordo com a fé eubiótica,
o novo ciclo dessa “revelação” iniciou-se em 1899, numa confraria budista do Norte
da Índia, com o nome de Dhâranâ Sociedade Mental Espiritualista. Em 1928, passou a
se chamar Sociedade Teosófica Brasileira. E, finalmente, em 1969, Sociedade
Brasileira de Eubiose (daqui por diante SBE).
O fundador
Foi o professor Henrique José de Souza, nascido em Salvador, Bahia, em 1883, vindo a
falecer em 1963, em São Paulo, capital. Como em todo movimento sectário, o
Página
O atual líder do movimento é Hélio Jefferson de Souza (pelo que parece, a “vocação”
passa de pai para filho). No site do movimento, encontramos a constituição da
diretoria do grupo, e podemos ver como o mesmo é dirigido pela “iluminação” da
família Souza:
Os templos da SBE
A SBE, de acordo com o seu próprio site, também informa que tem sede nas maiores
cidades do Brasil e em países da América do Sul e do Norte e na Europa. Ao que
parece, já estamos exportando dogmas heréticos.
A SBE também emprega a Internet para levar seus ensinos aos interessados por meio
de cursos por correspondência ou on-line, usando-os como forma de “proselitismo a
distância”. O aluno pode se desenvolver no aprendizado até a quarta fase. Depois
disso, para aprender as “profundezas eubióticas”, deverá ir pessoalmente a uma
unidade da Sociedade.
Como já vimos anteriormente, a SBE possui templos, uma diretoria, ministra cursos
aos adeptos e apresenta uma didática pragmática por meio de seus livros. A diretoria
53
Observe o que é dito sobre o que o aluno aprenderá depois desse quarto nível:
“A Eubiose concebe Deus como a Suprema Lei que a tudo e a todos rege. Assim,
satisfaz ao intuitivo, ao artista, ao místico, que sentem Deus como Harmonia; e
também aos intelectuais, que têm de admitir, por sólida evidência, que há ordem no
Universo, que essa ordem se realiza por meio das leis naturais, que estas são efeitos
de leis ou causas mais abrangentes, e assim sucessivamente, até chegar à Lei Última,
que acaba sendo aquela mesma Entidade que os místicos chamam Deus”.
O Deus revelado na Bíblia é muito mais do que uma lei universal, do que uma ordem
ou força mística. O Deus cristão é pessoal, real e singular — é aquele que está acima
de tudo e de todos. A Bíblia não só revela Deus como o Criador de todas as coisas (Gn
1.1), mas também como o Mantenedor de todas as coisas (Mt 6.26; Lc 12.24; Hb 1.3).
A Palavra afirma que o Senhor fez tudo segundo o beneplácito de sua vontade (Ef
1.5,11), revelando assim seu grande propósito de salvação a todos os homens (1Tm
2.4).
tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o
mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes
54
O texto de Hebreus é claríssimo. O homem só morre uma vez. E por quê? Porque ele
só nasce uma vez. E ainda acrescenta: “vindo depois o juízo”, ou seja, à luz da
Palavra de Deus não há espaço para a teoria da reencarnação.
Se a reencarnação é uma lei de progresso, como afirma a SBE, onde está então uma
prova empírica dela? O que vemos, na verdade, é o contrário do que alega a doutrina
da reencarnação. O mundo deveria evoluir tanto moralmente como espiritualmente,
mas o que vemos é uma regressão de ambos. Ora, após milênios de evolução
humana, será que o mundo não deveria apresentar-se bem mais humano, bem mais
desenvolvido humanitariamente? Isto não deveria ser visível? Onde estão os espíritos
adiantados provenientes de tantas reencarnações e purificações?
(Para saber mais sobre os problemas que envolvem a teoria da evolução, leia, em
55
Defesa da Fé, nº 60, a matéria intitulada “Criação e evolução – dois pontos de fé: um
em Deus e outro no acaso”).
Além de ser um movimento com dogmas espíritas, a SBE assume que possui certa
característica ufológica. Afirma que seu mentor e professor teve revelações espirituais
sobre óvnis e mundos subterrâneos:
“O professor Henrique José de Souza tem o crédito dessas revelações (sobre mundos
subterrâneos e discos voadores), como atestam várias publicações. Mas apenas saciar
a curiosidade não contribui para os objetivos de transformação interna a que a
Eubiose se propõe. Mas esses e outros assuntos, tão ou mais surpreendentes, serão
abordados, com a devida profundidade, em contexto apropriado, no decorrer do
curso, posto que ajudam o aluno a ampliar a sua concepção do Universo. Depois, na
‘Série Interna’, tomará conhecimento direto do que foi deixado pelo Professor
Henrique José de Souza”.
O que realmente sabemos sobre óvnis, e podemos admitir com certeza, é que tudo o
que temos até o momento não passa de especulação barata, pois a ciência ainda não
descobriu nada sobre os tais discos ou objetos voadores. Com relação à tão sonhada
viagem ao mundo subterrâneo da Terra, isso não passou de lenda infanto-juvenil
escrita pelo renomado escritor Francês Júlio Verne (em 1864). Os cientistas já sabem
que não existe o tal mundo subterrâneo. Se o professor Henrique teve essa revelação,
isso só vem lhe valer o título de falso profeta, pois tal vaticínio não passa de uma
infeliz premonição.
A Palavra de Deus nos adverte: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme
as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às
fábulas” (2Tm 4.3,4).
vida. Pode-se conceber um Deus justo, como se espera da Suprema Lei, sem a lei do
carma? Seria como um pai perverso que criasse filhos imperfeitos para entreter a sua
56
eternidade em castigá-los”.
Segundo os ensinamentos bíblicos, a lei do carma, de modo algum, explica por que
uns nascem mais privilegiadamente que outros. A doutrina bíblica nos diz que nesta
vida o que o homem plantar ele colherá (Gl 6.7). Quando Deus colocou o homem no
jardim do Éden, havia uma vida abundante para todos: sem sofrimentos, dor,
desigualdades ou doenças. Mas o homem rejeitou a vida que Deus lhe ofereceu e
escolheu viver sua própria vida. Foi então que começou o que a Bíblia chama de
pecado. O pecado, diz o apóstolo Paulo, passou para toda a humanidade, e a
recompensa do pecado passou a ser a morte. Mas, apesar de o homem rejeitar o
amor de Deus, o Senhor Deus enviou seu único Filho, “para que todo aquele que nele
crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Aos cansados e oprimidos, Jesus diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei”.(Mt 11.28).
Aos que cometeram (ou cometem) faltas ou pecados, lhes oferece o perdão e o
“sangue que nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1.7), porque Ele veio trazer “vida, e
vida com abundância” (Jo 10.10).
Milhares de pessoas que outrora viviam cativas por filosofias religiosas como estas,
presas aos sofrimento, com a esperança enganosa de que um dia, após algumas
reencarnações, fossem ter seus problemas solucionados, obtiveram solução e paz, tão
almejadas por elas, na pessoa bendita do Filho de Deus – Jesus Cristo.
Na SBE, Jesus não é, como ensina a Bíblia, o centro e cabeça de tudo (At 4.11,12). Ao
contrário, Ele é apenas mais um avatar iluminado outorgado ao mundo e sem
Página
nenhum interesse de criar uma religião. Portanto, baseados no que a Palavra de Deus
nos informa, podemos afirmar categoricamente que esse movimento não é bíblico,
57
Sabemos que o Senhor Jesus veio trazer o fundamento para que sua Igreja fosse
edificada: “... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). E ainda: “Porque ninguém pode pôr outro
fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11).
Notas:
1 Mather & Nichols. Dicionário de religiões, crenças e ocultismo. Editora Vida: São
Paulo, 2000.
2 Documentário do Globo Repórter, jornalismo da TV Globo, exibido em 11 de julho de
2003.
“A partir deste momento, você vai começar a relaxar. A cada número que eu disser,
você deverá abrir e fechar os olhos, sem forçar a abertura ou o fechamento,
lentamente e com naturalidade. Cada vez que abrir os olhos, dirija-os a um ponto à
sua frente. Sempre ao mesmo ponto. Durante a contagem, você irá sentir os olhos
cansados, muito cansados. Suas pálpebras ficarão pesadas, muito pesadas, coladas.
Você terá muita dificuldade para abri-las. Quando sentir isso, permaneça com os olhos
fechados. Então, vamos começar: 1, abra e feche os olhos, 2, 3, ...1
Histórico
Na literatura antiga pouco se fala sobre o tema. Sabe-se, porém, que a hipnose foi
utilizada, pela primeira vez, pelo médico e hipnotizador James Braid como alternativa
para os termos “mesmerismo” e “magnetismo” animal.
Mesmerismo
Esse termo é derivado do nome do médico austríaco Freidch Anton Mesmer (1733-
1815).4 Mesmer era dado à prática da hipnose e realizou experiências com muitas
pessoas. Referia-se à humanidade como seres dotados de certa sensibilidade que os
capacita a estar em sintonia mental com aqueles que estão em volta e mesmo em
distâncias maiores.
Magnetismo animal
Termo usado por Mesmer para explicar a existência de um fluído rarefeito. Ele
acreditava que quando as pessoas eram submetidas ao estado de hipnose, esse
estado era capaz de controlar tal fluído, influenciando a saúde das pessoas para
melhor.5
Graus de hipnose
Leve: Sensação de leveza e entorpecimento geral dos olhos e membros. Alto grau de
relaxação e inibição de movimentos voluntários. Neste estágio, a sugestão é manter
os olhos fechados e não se mexer.
A auto-hipnose
O livro diz:
A Bíblia diz:
a- 2 Tm 1.7: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de
amor e de moderação”.
b- Tg 2.5: “Porventura não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na
fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?”.
c- Jo 5.15: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá
Página
Somente Deus conhece o interior do homem na sua plenitude, pois o homem é obra
das suas mãos (Gn 1.26). O desenvolvimento do “eu interior” é uma das práticas da
Nova Era, movimento que ensina ser o homem divino e com poderes psíquicos. O
homem é criatura, Deus é o Criador: “ele conhece a nossa estrutura e lembra-se de
que somos pó” (Sl 103.14). A Bíblia recomenda: “Deixai-vos do homem, cujo fôlego
está nas suas narinas; pois em que se deve ele estimar?” (Is 2.22).
Hipnose e medicina
Esse método controvertido de avaliação é hoje desacreditado por muitos, mas ainda
encontra lugar em consultórios de especialistas conceituados.
“O cristão não deve expor sua mente a manipulações humanas, antes deve sujeitar-
se a Deus, que conservará em paz aquele cuja mente está firme e nele confia” (Is
26.3).
A hipnose nem sempre funciona, mas, considerado sua eficácia em alguns casos
específicos, devemos analisar mais profundamente os aspectos ocultistas que
envolvem essa prática e que nos impedem de aceitá-la, como cristãos.
A clarividência
“É verdadeiro: diga a uma pessoa que ela possui faculdades clarividentes e ela
descreverá algo - e o fará de maneira tão convincente que será quase impossível
duvidar de sua boa fé” 12.
A reencarnação
Psicografia e psicometria
“E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e
morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em
tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai
Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do
seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse,
porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, e Lázaro
somente males; agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto
um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para
vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá”.
A capacidade de pintar, desenhar ou falar por inspiração dos mortos nada mais é do
que um engano do maligno, que usa de disfarces para iludir as pessoas: “E não é
maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2Co 11.4).
Controle mental
Deus, em nenhum momento, induziu sua criação a fazer algo contra a sua vontade.
Ou que fizesse alguma coisa e esquecesse depois, num estado de amnésia.
A nossa mente deve ser renovada em Deus. Devemos, com o nosso entendimento,
amar o Senhor (Mc 12.30-33), orar e cantar (1 Co 14.15), obedecer (2 Co 10.5),
guardar as suas leis (Hb 8.10).
1 Coríntios 2.16: “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-
lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
O que Paulo está querendo dizer com “nós temos a mente de Cristo” é que devemos
ter a mesma atitude, o mesmo discernimento e o mesmo ponto de vista que Cristo
sobre as coisas. E só possui a mente de Cristo aqueles que desfrutam de comunhão
com Ele (Gl 2.20-21; 3.27; Fp 1.8, Rm 13.14). O apóstolo Paulo assevera que, por
termos a mente de Cristo, somos capazes de discernir e julgar tudo e, nesse aspecto,
somos superiores ao homem carnal e natural.
A pergunta que surge, então, é: Poderia alguém que possua a mente de Cristo ser
manipulado ou enganado pelas sugestões e práticas ocultistas?
Outros motivos pelos quais a hipnose deve ser rejeitada pelo cristão são: ela pode
resultar em psicose profunda e desordem mental, além de causar ansiedade, suicídio,
Página
mídia, que quase sempre só informa ao público aquilo que lhes interessa, ocultando o
seu lado negativo.
Um desvio da verdade
A mente humana não deve ser alvo de brincadeiras, e seu controle não deve ser
submetido a ninguém, a não ser ao Senhor Deus. Devemos nos sujeitar somente a Ele
(Tg 4.7).
A hipnose é um dos escapes que o ser humano procura para resolver seus problemas.
Embora esse método, às vezes, pareça dar certo, o simples fato de constatarmos sua
explícita ligação com a Nova Era, o espiritismo e o ocultismo já é mais do que
suficiente para anatematizarmos tal prática. Está dado o recado. Ou melhor, o
conselho!
Notas:
A palavra sorte não significa apenas bom resultado, mas também anseio pela ajuda
de divindades que possam oferecer a vitória tão desejada. Os termos jogatina e
aposta são, às vezes, usados com respeito às atividades que envolvem risco ou
esperança de lucro. Geralmente, se definem como a maneira de arriscar,
voluntariamente, uma grande soma de dinheiro por meio de aposta, parada ou lance
em um jogo ou em qualquer outro tipo de atividade que envolva sorte.
Um ditado popular muito usado por pessoas dadas aos jogos de azar é: quem não
arrisca, não petisca. Com isso, justificam suas fezinhas em varias modalidades de
jogos, como por exemplo, o popular jogo do bicho, o bingo a Tele Sena e a loteria
esportiva. Ultimamente, a sorte está sendo lançada, com mais freqüência, na mega
sena. Quando é anunciado pelos meios e comunicação que a sena está acumulada
por alta de ganhadores, os brasileiros formam filas intermináveis nas casas lotéricas a
fim de tentar a sorte e ganhar a bolada. Nessa tentativa, as pessoas gastam o que
podem e o que não podem. Muitos começaram a jogar na Sena nessas ocasiões de
importâncias acumuladas e hoje o jogo já se tornou um vicio. Aquilo que começou
como uma brincadeira já se tornou parte na vida da pessoa que não consegue passar
uma semana sem fazer sua aposta. A sena oferece a oportunidade de enriquecer
rapidamente, e muitos sonham com o que fariam com o dinheiro caso botasse a mão
na bolada que o jogo oferece. Dizem de si para si: Alguém tem de ganhar e esse
alguém pode ser eu. Já imaginou o que eu faria com os milhões de Reais na mão?
Certos lideres políticos justificam os jogos de azar com a alegação de que muitas
obras sociais são realizadas com o dinheiro arrecadado dos jogos. Entretanto, deve-se
notar que os governos, ao promoverem as loterias, apelam para uma das qualidades
humanas mais baixas: a ganância. Na verdade, estão contribuindo para a corrupção, e
Página
não para a melhora da vida humana. Não se pode ignorar que a maioria dos
apostadores é composta por pessoas pobres, que, na ânsia de ganhar, arriscam o
65
leite e o pão de seus filhos. Com isso, prejudicam os que lhes são caros. Alem disso, a
ganância que envolve a jogatina é uma das causas primaria de grande parte dos
crimes e da violência que estão associados com serias operações.
Embora reconheçamos que a Bíblia não dá nenhuma base para qualquer regra rígida
contra cada tipo de aposta, ela nos ajuda a ver que a jogatina é um serio mal que
resulta no asfaltamento do homem de Deus. Vejamos os ensinos que extraímos das
Escrituras sobre os jogos de azar:
- A bíblia não trata claramente a respeito desse assunto. O único caso que pode ser
classificado como jogatina ocorreu quando os soldados romanos lançaram sortes para
decidir quem ficaria com a túnica de Jesus. Depôs de o crucificarem, repartiram entre
si as suas vestes, tirando a sorte (Mt 27.35).
- Alguns interpretes da Bíblia apontam Is 65.11-12 como prova de que ela condena
especificamente os jogos de azar. Deve-se ter presente, entretanto, que o texto
refere-se à deusa Fortuna, a quem os apostadores caldeus recorriam em busca de
ajuda. Quando qualquer israelita buscasse a ajuda dessa deusa, estava, na verdade,
praticando um ato abominável diante de Deus ao preparar um banquete para o citado
ídolo. Deram culto a seus ídolos, os quais se lhes converteram em laço, pois imolaram
seus filhos e sua filhas aos demônios (Sl 106.36-37).
- A jogatina, amiúde, induz a preguiça. Incentiva as pessoas a conseguirem algo sem
troca de nada, alem de levá-las a mentir e/ou a defraudar, a fim de obterem o que
desejam sem trabalhar. A Bíblia incentiva o homem a ganhar o seu próprio pão com o
suor do seu rosto. É justamente isso que Deus ordena em Gênesis 3.19: No suor do
teu rosto comeras o teu pão... Paulo recomendou: Se alguém não quiser trabalhar,
não coma também. Porquanto ouvimos que alguns entre vos andam
desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs (2 Ts 3.10-11).
Contestando essa atitude, Salomão aconselhou: Viste um homem diligente na sua
obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte (Pv 22.29).
- Encontramos na Bíblia advertências contra o amor ao dinheiro. Ainda o sábio
Salomão aconselhando a respeito desse apego inútil, afirmou: O que amar o dinheiro
nunca se fartara de dinheiro; e que amar a abundancia nunca se fartara da renda:
também isso é vaidade. Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito;
mas a fartura do rico não o deixa dormir (Ec 5.10-12). E o apostolo Paulo, por sua vez,
declara em 1Tm 6.10: Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males;
e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas
dores.
Causa do tropeço
Sendo Deus o Criador do mundo e de todo o ser criado como afirma a Bíblia: Os céus
proclamam a gloria de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl
19.1), devem os cristãos admitir sua condição de apenas administradores dos bens
Página
mais importantes que os Senhor lhes concedeu: vida e saúde para conseguir, por
meios lícitos (ou seja, o trabalho honesto), os bens materiais de que tanto precisam.
66
Os cristãos devem ter isso em mente sempre que forem tentados a fazer uma fezinha
nos jogos de azar. Os maus frutos da jogatina são tão notórios que, em muitos
lugares, os praticantes do jogo do bicho são tidos como maus elementos e encarados
com desdém.
Não é a toa que o cristão deve evitar o vicio dos jogos de azar: Não vos torneis causa
de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco par a igreja de Deus
(1Co 10.32).
Página
67
11. Logosofia - Uma nova roupagem para um antigo
engano
“E quando aos olhos de todos pareceria que a caravana da decadência não mais
haveria de deter-se, pondo em risco a sobrevivência da espécie, surge das entranhas
da América uma nova geração de conceitos e valores, desta vez de cunho
transcendente, patrocinados por uma superior concepção do homem e da vida, da
psicologia humana e do espírito, da redenção e do humanismo, da evolução e das Leis
Eternas, do Universo e de Deus [...] Era o dia 11 de agosto de 1930. Inaugurava-se, na
história da educação da humanidade, a Era da Evolução Consciente, tendo como
suporte doutrinário e pedagógico a Logosofia, a Ciência da Sabedoria, a Ciência da
Vida”.1
Nossa meta, nesta curta matéria, será apenas situar o leitor em relação ao que
apregoa a logosofia, portanto, não nos ateremos numa refutação exagerada, mesmo
porque este movimento não requer isso, pois seus desvios são facilmente
identificados por aqueles que conhecem os fundamentos da Palavra do Senhor.
Queremos apenas cumprir nosso papel como instituto de pesquisas religiosas,
fornecendo aos leitores o que julgamos ser o suficiente para se avaliar e entender a
logosofia.
O que é a logosofia?
“Seu nome reúne em um só vocábulo as raízes gregas ‘logos’ e ‘sofos’, que o autor
adotou, dando-lhes a significação de verbo criador e ciência original, para designar
uma nova linha de conhecimentos, uma doutrina, um método e uma técnica que lhe
são eminentemente próprios”.2
Página
Verdade” por excelência, que veio para substituir todas as religiões e filosofias. O
fundador, idealizador e único autor (por enquanto) foi o argentino Carlos Bernardo
González Pecotche.
Esta é a idéia central da logosofia. Mas, ao contrário do que ela proclama, não se trata
de um pensamento exclusivo seu. Esta filosofia é a base de todo o ensino da Nova
Era. Poderíamos chamá-la de “darwinismo espiritual”. É a idéia corrente de que a
atual fase da existência humana é apenas um estágio do processo de evolução, como
o foi a fase de símio4. O homem está destinado a ser algo mais do que ele é agora.
Difere da evolução espiritual pregada pelo kardecismo, pois não ocorreria com
espíritos desencarnados, mas com a humanidade como um todo. E a logosofia e todas
as doutrinas esotéricas modernas colocam-se como instrumentos desta evolução.
Alemanha. Ele era neto e filho de pastores protestantes e, em sua infância, ficou
conhecido como “o pequeno pastor”, pelo fato de ler a Bíblia com tal paixão que fazia
69
chorar seus ouvintes. Mas, aos dezoito anos, perdeu a fé no Deus de seus pais e
passou o resto da vida procurando uma nova divindade; pensou tê-la encontrado no
super-homem.7 É difícil estabelecer o que ele queria dizer com o seu super-homem,
ou como alcançá-lo, mesmo porque Nietzsche enlouqueceu e permaneceu por dez
anos neste estado de demência. Mas suas concepções influenciaram todo o
movimento esotérico moderno, no sentido de defender um tipo de “evolução
espiritual” que levará o homem a se superar.
Neste aspecto, a logosofia não se distingue das demais religiões esotéricas surgidas
no século XX, exceto pelo fato de que usa termos únicos e proclama ser o exclusivo
caminho válido da redenção humana. De uma forma simplificada, é a substituição da
crença e da devoção por um Deus transcendente, por uma fé no próprio homem,
como deificador de si mesmo. É a aceitação do fato de um Deus morto de Zaratustra
e uma confiança no seu super-homem. Mas “Todo homem, por mais firme que esteja,
é pura vaidade” (Sl 39.5).
Salvação
“Para que a própria redenção seja um fato, é essencial começar por não cometer mais
faltas: não acumular mais culpas ou dívidas. Este é o primeiro passo; mas surgirá a
pergunta: Que fazer com o já consumado? Cada falta tem seu volume e suas
conseqüências inevitáveis. Não percamos tempo em lamentações nem sejamos
ingênuos crendo que existem meios fáceis de saldá-las. As leis não se infringem
impunemente: nem cometendo faltas, nem pretendendo livrar-se delas. Mas o homem
pode, sim, redimir gradualmente suas culpas mediante o bem que representa para si
a realização rigorosa de um processo que o aperfeiçoe. Se esse bem é estendido aos
semelhantes — quanto mais, melhor —, assegurar-se-á a descarga da dívida.
Entretanto, isto será sob condição de não incorrer em novas faltas, pois se cairia no
mesmo erro dos que pretendem depurar suas almas nas cômodas posturas da
superficialidade religiosa”.8 (grifo do autor)
Em outras palavras, o homem efetua sua própria redenção. Nada mais velho na
história das religiões, nada mais de acordo com “os rudimentos do mundo” do que
isto. É difícil para o homem, em seu orgulho, aceitar uma salvação que lhe seja dada
gratuitamente por Deus, que não dependa do esforço humano. Já dizia Davi no Salmo
49.7,8: “Ninguém pode remir o seu irmão, ou dar a Deus o resgate por ele (pois a
Página
Esta é a salvação de Deus: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não
vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef
2.8,9). Somente o evangelho é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que
crê” (Rm 1.16), somente ele proclama que o “dom gratuito de Deus” é a vida eterna
(Rm 6.23). Por mais complexas e desenvolvidas que sejam as religiões antigas e
novas, e por mais simples que seja a mensagem do evangelho, eles não conseguem
absorver este conceito.
Pecado
“... é essencial começar por não cometer mais faltas: não acumular mais culpas ou
dívidas [...] Entretanto, isto será sob condição de não incorrer em novas faltas...”8
Não errar mais, não cometer novos pecados. É esta a proposta da logosofia. Será isto
possível ao homem? Esta atitude simplista assumida por seu criador está muito longe
da sensata visão bíblica a respeito da condição humana.
Deus
Mediação
“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo
14.6).
Expansão logosófica
Página
Esta doutrina já chegou até mesmo na Europa, tendo em Barcelona, na Espanha, seu
centro divulgador. Tem estado presente com seu stand em diversas feiras de livros
72
por todo o Brasil e, embora não tenha um peso numérico (em Belo Horizonte há
apenas setecentos adeptos e menos de quinhentos na cidade de São Paulo), conta
com muitos militantes da área acadêmica. Isto era de se esperar, devido à
complexidade de seu ensino.
Mas a logosofia não passa de apenas mais uma entre as inúmeras correntes místico-
esotéricas com conceitos estranhos que se expandem por todo o ocidente. Os
conceitos judaico-cristãos que por dois milênios cimentaram a cultura ocidental estão
agora sendo minados em suas raízes por um espiritualismo humanista que serve de
carona para toda sorte de doutrinas contrárias à Palavra de Deus. Espiritualidade não
é sinônimo de comunhão com Deus. Fora do Filho não há vida espiritual: “Quem tem o
Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1Jo 5.12).
Referências:
profeta?
O que se pode dizer de sua vida e de suas obras, à luz das Escrituras?
Desde cedo, demonstrou interesse pela matemática e pela astrologia, tendo recebido
orientação nesse sentido do seu avô, Jean. Fez o curso de medicina e trabalhou
intensamente no tratamento de vítimas da peste, epidemia que se alastrava na
França no século XVI. Em 1530, sua primeira mulher e seus dois filhos morreram de
peste.
Em 1555, então com 52 anos, ele publicou a primeira parte das suas ditas
“centúrias”. Ao todo são dez livros ou centúrias e cada centúria é composta de cem
quadras, daí o nome centúria, dado a cada um dos livros, embora a autoria de uma
parte de sua obra seja controvertida.
O problema da fonte
Mas Nostradamus nada teve em comum com esses profetas. Seus métodos estavam
Página
Diante disso, é fácil perceber, mesmo por seus textos mais famosos, elementos
comuns às artes mágicas e ao ocultismo, como fogo, transe e fumaça de enxofre. Em
sua famosa carta ao seu filho César, há inúmeras declarações nas quais ele deixa
transparecer seu ocultismo. Num trecho desta ele diz: “Certamente, meu filho, falo de
modo um tanto incompreensível. Mas os fatos ligados a previsões secretas,
transmitidos pelo espírito sutil do fogo, confundem, às vezes, o entendimento [...]
Todavia, uma vez por semana caio numa espécie de estado de transe. Por meio de
apurados cálculos, limpo posteriormente minhas anotações noturnas dos vapores de
enxofre, conferindo-lhes aroma agradável”.2
Não é novidade para nenhum biógrafo de Nostradamus que quando ele esteve em
Avinhão (cidade do Sul da França), surgiu-lhe grande interesse por tudo o que se
referia ao ocultismo, pois a biblioteca daquele lugar possuía muitos livros sobre o
assunto. Também é sabido que quando morava na cidade de Salon o andar superior
de sua casa foi convertido em um estúdio e, como ele mesmo narra em suas
profecias, fechava-se ali de noite com seus livros de ocultismo. Embora tenha
declarado haver queimado essas literaturas em ocasião posterior (o que prova que os
tinha e se utilizava deles), isso, provavelmente, foi uma manobra para despistar a
inquisição.
Mudando os termos
Outra fama adquirida por Nostradamus e que precisa ser devidamente analisada está
ligada à exatidão de suas previsões e do grande número de acertos. Até que ponto
suas previsões foram exatas? Quantas realmente podem ser comprovadas?
Ambigüidade
Um dos problemas que ocorria com as previsões dos adivinhadores pagãos sempre foi
as ambigüidades, ou seja, os duplos sentidos que suas profecias apresentavam, de
modo que qualquer cumprimento se encaixava em suas palavras.
Um célebre exemplo histórico que envolveu o oráculo de Delfos foi narrado por
Heródoto, considerado o pai da História. Ele conta que havia na cidade de Lídia um rei
muito rico, de nome Creso, que estava sendo atacado por Ciro, o persa. Como Ciro,
para chegar às suas terras, teria de atravessar um rio, Creso consultou o oráculo para
saber se aguardava a travessia do rio para lhe dar combate ou se ele atravessava o
rio para ir ao encontro de Ciro. A resposta do oráculo foi: “Se tu atravessares o rio, um
grande reino cairá”. Confiante que derrubaria então o reino da Pérsia liderado por
Ciro, Creso atravessou o rio e lhe deu combate. Foi completamente vencido e
aprisionado e, de fato, um grande reino caiu – o dele. A ambigüidade está no fato de
que ambos os reinos eram grandes e, portanto, independente do resultado, o oráculo
tinha assegurado seu “acerto”.
pela felicidade”.
Veja só o que Fábio Araújo, criador do site “profecias on-line”, disse sobre a quadra 72
Página
em 1999: “A primeira linha é clara e diz somente ‘em julho de 1999’. Entendo que a
expressão do céu virá pode ser entendida como um extraterrestre. Mas pode ser
76
também que esteja usando uma expressão para dizer que “um rei de assustar” será
um rei bom, ou seja, ele virá do céu e não do inferno [...] A terceira linha diz:
‘Ressuscita o grande rei de Angoulmois’, que designa, provavelmente, dois
personagens: o anticristo, vindo da Ásia, e o futuro salvador da Europa, que seria
descendente de Luís XVI, morto na guilhotina com sua esposa na Revolução Francesa,
em 1792. Bem, o conflito na Iugoslávia começou em março deste ano (1999) e a
hipótese de uma guerra mundial já foi colocada em cena pelo presidente da Rússia,
Boris Yeltsin, que ameaçou apontar mísseis russos para os países da Otan, a aliança
ocidental liderada pelos Estados Unidos que atacou a província de Kosovo. Seria este
o estopim da Terceira Guerra Mundial?”.3
Como vemos pelas expressões “pode ser”, “provavelmente”, “seria”, etc., seus textos
podem oferecer diversas aplicações. Seu relacionamento com a guerra de Kosovo
mostrou-se sem fundamento desde então e, provavelmente, voltará a ser aplicado a
outro evento qualquer. E o pior, provavelmente será crido por muitos.
Hermenêutica duvidosa
Na teologia bíblica foi desenvolvida, com o decorrer dos anos, uma hermenêutica que
possibilitasse interpretar corretamente seu significado. Portanto, existem regras de
interpretação que devem ser obedecidas.
Cumprimento pós-fato
“Ante o povo, pouco depois a rainha será guilhotinada e sua alma subirá ao céu. Será
lamentada por muitos. Seus parentes ficarão aflitos: as lágrimas e suspiros de sua
filha. Deixará de luto seus dois (cunhados)”.
Mas o texto original em francês não diz guilhotinada, até porque esta ainda não tinha
sido inventada no tempo de Nostradamus. Diz apenas que sua alma foi para o céu e
seu corpo para a lama. A expressão “cunhados”, que aparece entre parênteses na
tradução, foi apenas uma tentativa de adaptar a suposta profecia ao suposto
cumprimento.
A profecia bíblica
Página
Newton).
Uma breve comparação com a exatidão das profecias bíblicas já é o suficiente para
perceber a diferença entre esta e as centúrias de Nostradamus. Embora tenha sua
linguagem própria e sua própria hermenêutica, alguns fatores devem ser levados em
consideração:
Existem profecias no Antigo Testamento sobre cidades como Nínive, Babilônia, Tiro,
Petra, etc, que tiveram cumprimento literal. Tomando somente uma das cidades para
exemplo, temos que a probabilidade de se cumprirem todas as predições acerca de
Tiro é de 1 para 75.000.000. Isso prova que só Deus conhece infalivelmente o futuro.
Mas se isso tudo é assim, por que então as pessoas não se voltam para as profecias
bíblicas? Por que preferem ficar a mercê do subjetivismo e manipulação das
centúrias? Por que se predispõem a crer num “agoureiro”, considerado por alguns
estudiosos do assunto como o “profeta” da moda? Cremos que é possível encontrar
nas palavras do apóstolo Paulo pelo menos um indício disso: “O deus deste século
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2Co 4.4).
Notas:
“E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o
dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi. E fez
Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar
menor para governar a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus
para iluminar a terra, e para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a
luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
Os astrólogos sim, têm influenciado a atitude dos homens, levando-os a confiar mais
em supostas previsões, baseadas nos astros, do que no exercício do seu livre-arbítrio
diante de um Deus pessoal que exige deles uma resposta. As estrelas não têm nada a
ver com isso. Os que pensam estar sendo manipulados pelo Sol, pela Lua e pelas
estrelas, na verdade, estão sendo manipulados pelos astrólogos. Se pensarmos que
Página
dito e feito em seu nome. Os “analfabetos do espaço”, incapazes de ler o que dizem
as estrelas, sujeitam-se docilmente àqueles que alegam poder fazê-lo.
A astrologia tem sido um sistema de arte divinatória que tem influenciado a conduta
da humanidade por milênios. Mas nem sua antiguidade nem sua popularidade podem
torná-la veraz. Não há respostas satisfatórias para muitas perguntas concretas sobre
este assunto. Há muitos motivos pelos quais não podemos crer na astrologia. Se a sua
popularidade puder comprovar alguma coisa, então existem muitos outros absurdos
que deveremos aceitar como verdade.
As distâncias no espaço sideral são muito maiores do que podemos imaginar. São tão
grandes que são medidas por uma unidade de distância chamada ano-luz, que
equivale à distância percorrida pela luz no período de um ano. Se levarmos em conta
que a velocidade da luz é de 300.000 km por segundo, em um ano a distância
percorrida por ela seria de aproximadamente 9.000¹² km.
Quando imaginamos que depois do Sol a estrela mais próxima da terra se encontra há
muitos anos-luz de distância, concluímos que na verdade a luz da estrela que estamos
contemplando é uma luz emitida por ela há muitos anos. É complicado acreditar que
esta distância permita qualquer influência dos corpos celestes sobre nós. Cálculo
algum pode tornar coerente alguma influência deles sobre nossas vidas. Além disso, é
possível que tal luz possa ser o reluzir de uma estrela que já nem existe mais!
Porque não existe uma razão lógica para que a nossa vida e temperamento
sejam influenciados pelos astros
Que os astrólogos nos expliquem porque as posições dos astros influenciam nosso ser
e destino. Que nos expliquem qual é a interação existente entre a massa e o
movimento desses corpos celestes com o nosso modo de ser e com os
acontecimentos de nossas vidas. É uma energia? É uma força física, espiritual? Os
astros são deuses? Como podem atingir o nosso cérebro?
Ainda vale a pena mencionar a declaração de I.W. Kelly, em seu livro Astrologia
moderna: uma crítica. Ele não deixa dúvidas quanto à vaidade (futilidade) da
astrologia e quanto aos verdadeiros elementos por trás dessa prática: “A astrologia,
do modo que é praticada atualmente (seja na sua forma tradicional ou psicológica),
não é de qualquer relevância na compreensão de nós mesmos ou de nosso lugar no
cosmo. Seus defensores modernos não são capazes de explicar qual é o fundamento
das associações astrológicas com as questões terrenas, não têm qualquer explicação
plausível para suas alegações e não contribuíram com nenhum conhecimento de valor
para qualquer campo das ciências sociais. Além disso, a astrologia não tem os
recursos teóricos/conceituais para resolver adequadamente seus próprios problemas
internos ou anomalias externas, ou para se decidir entre alegações e sistemas
astrológicos conflitantes”.
Em segundo plano, vemos atitudes diferentes dos dois irmãos, as quais vão
determinar destinos diferentes. Enquanto Esaú não mostrou qualquer interesse por
aquilo que era seu de direito (Gn 25.32), Jacó fez de tudo para conseguir, inclusive
enganar seu pai (Gn 27.6-29). O Novo Testamento mostra claramente que o coração
de Esaú era bem diferente do de Jacó (Hb 12.16,17).
E, por fim, eles tiveram destinos bem diferentes, que não foi determinado de forma
alguma pelo dia ou ano de seu nascimento, visto serem praticamente idênticos. Suas
vidas foram um resultado de suas decisões e da ação de Deus nelas. Foram as
bênçãos de Deus ou a ausência das mesmas que causaram os respectivos resultados.
Nada no espaço interferiu nas vidas de Esaú e Jacó e em seus destinos.
Página
uma pesquisa, na década de 50, com mais de dois mil bebês nascidos quase
simultaneamente em um mesmo dia do mês de março, na cidade de Londres. Como o
mapa astral das pessoas é baseado na hora e lugar do nascimento, os cientistas
monitoraram esses bebês durante 45 anos na tentativa de identificar as
características semelhantes entre eles na vida adulta. Mas não encontraram nenhuma
semelhança no destino dos bebês, chamados de “gêmeos de tempo”. Também
compararam mais de 100 características pessoais, como, por exemplo, agressividade,
ansiedade, habilidade nos esportes e nas artes, desempenho nos estudos, etc., e
fizeram testes de inteligência. Não descobriram nada parecido entre eles. A única
conclusão a que puderam chegar foi que a astrologia é uma inutilidade.
Portanto, seja a Bíblia, sejam as pesquisas modernas, o que se pode concluir é que,
na prática, as previsões astrológicas não oferecem qualquer evidência empírica. Muito
pelo contrário, é evidente que o que menos influencia a vida e o destino de uma
pessoa é o momento do seu nascimento. É uma explicação inválida para a vida
humana e incapaz de apresentar qualquer sentido coerente para isto.
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a
vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua
descendência” (Dt 30.19; grifo nosso).
“Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra” (Is 1.19; grifo nosso).
“Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem” (Is 7.15;
grifo nosso).
“E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede,
venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22.17; grifo nosso).
O livre-arbítrio foi o grande presente de Deus ao homem, que o tem tornado distinto
das demais criaturas. O homem tem a possibilidade de refletir sobre sua situação e,
mediante sua razão, tomar decisões. Seu destino é a colheita de sua própria
semeadura (Os 8.7; Gl 6.7,8) e não a conseqüência cega do dia, mês e ano em que
nasceu. O futuro do ser humano não pode ficar atrelado às estrelas. Isto não seria
justo. Só pode ficar atrelado às suas próprias decisões nesta vida. Não é nada
consolador dizer a alguém que sofre por causa de uma tragédia que isto era
inevitável porque já estava determinado em seu nascimento.
Não se pode negar que se as proposições da astrologia forem levada a sério o homem
é um mero escravo de um determinismo planetário. Seu destino e ser estão escritos
nas estrelas. Assim como não pode mudar as leis fixas das estrelas (Jr 31.35),
também não pode mudar essas conseqüências em sua vida. Quando os astrólogos
Página
tentam desculpar-se, dizendo que a astrologia é apenas uma influência, então nos
perguntamos em que ela pode ser útil. O ser humano já é cercado, por dentro e por
83
Mais um detalhe: Se eu posso me desviar do mal (Jó 1.1; Pv 22.3), então não cairei
nele. Não posso aceitar que só porque nasci em tal data estou definitivamente fadado
a sofrer algo ou mesmo a obter algo. Este pensamento fatalista é deveras ruim para a
vida do homem sobre a terra.
Com a astrologia não é diferente. Sua popularidade não é proporcional à sua utilidade
ou veracidade, mas à publicidade que a promove e ao lucro que resulta disso. A ajuda
que ela oferece às pessoas, seja psicológica ou real, é “zero”. As bases para suas
afirmações são excessivamente frágeis. As pessoas que lêem e consultam horóscopos
e astrólogos dificilmente encontram apoio sólido para suas decisões. Alguém já disse:
“A falácia que me alegra é preferível à verdade que me entristeça”. As pessoas
preferem ser consoladas pela ilusão a ser confrontadas com a realidade. Mas os
valores movimentados por este segmento são altos o suficiente para mantê-lo vivo.
Embora qualquer pessoa séria perceba o engano por trás dessa crença, a aura de
misticismo que a envolve, aliada a uma propaganda maciça, transforma fumaça em
castelos sobre a rocha. Acaba se tornando um hobby, um hábito que será praticado
mesmo sem convicção, quase automaticamente. Já dizia Goebbels, chefe do
Departamento de Propaganda de Hitler, que “vinte e cinco mentiras valem por uma
verdade”. A máxima não pronunciada de que “se é popular, então é verdadeiro” é
que prevalece.
do que se tirasse a seção de astrologia. Mesmo que a astrologia do jornal não passe
de alguns conselhos “interessantes” emitidos por um jornalista qualquer, algumas
84
pessoas se tornam tão viciadas que não saem de casa sem lê-los. Para o jornal ou
revista, é uma questão econômica e não espiritual. A única questão envolvida é a do
retorno financeiro. (Uma jornalista que trabalhava para um grande diário confessou,
certa vez, que quando ficou encarregada da seção de astrologia misturava
“previsões” de edições antigas e as liberava para publicação).
Basta ler alguns dos horóscopos que circulam nos periódicos, mesmo nos
especializados, para perceber que não passam de conselhos e possibilidades que se
encaixam com qualquer pessoa, em qualquer lugar sobre a terra. Nada há de exato e
extraordinário. Mas não cessarão. A máquina econômica é muito lucrativa para que a
deixem morrer.
Por exemplo, Roy Gillet, presidente de uma das maiores associações de astrólogos do
Reino Unido, fez a seguinte observação política sobre W. Bush, presidente dos EUA, e
Tony Blair, primeiro-ministro inglês: “Descobri que o Blair tem a Lua em Aquário, coisa
de gente muito fechada, auto-suficiente. Ele e o Bush têm o Sol em Câncer, por isso
são tão amigos e não dão satisfação a ninguém. Fazem sempre o contrário do que o
mundo inteiro espera deles”.
Por que “ter a Lua em Aquário” faz alguém ser fechado? Não poderia fazer a pessoa
ser concentrada, ou analítica, ou extrovertida, ou alegre, por exemplo? Por que o fato
de ambos terem “o Sol em Câncer” os faz amigos? De onde vem o conhecimento de
que tal posição dos astros indica tal atitude nas pessoas? É algum tipo de lei da
natureza? São leis universais aceitas por todos os astrólogos de todas as épocas em
todos os lugares? Essas leis podem ser comprovadas? Ou são meros produtos da
opinião dos astrólogos?
Os nomes dos planetas: Vênus, Marte, Saturno, Plutão, não foram escolhidos por
acaso. Eram os nomes dos deuses do panteão greco-romano. Todavia, mais do que
nomes, os gregos e os romanos consideravam os astros como deuses. Vemos esta
associação com a explicação fornecida por uma astróloga referente ao planeta Marte:
“Do que a astrologia é capaz, afinal? Segundo Celisa Beranger, a astrologia é um
saber simbólico: faz associações entre movimentos celestes e eventos terrestres, e as
Página
Por outro lado, é maravilhoso ver que Moisés, instruído nas artes e ciências do Egito,
ensinou a Israel, pela revelação divina, a afastar-se desse tipo de idolatria. Disse ele:
“Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o
exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles
que o SENHOR teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” (Dt
4.19). Sua concepção era de um Universo criado por Deus para o bem do homem e
não de um Universo que era algum deus.
Por essas palavras, percebemos que a adoração aos astros era comum na
antiguidade. Mas aqueles que queriam ser fiéis a Deus fugiam disso: “Se olhei para o
sol, quando resplandecia, ou para a lua, caminhando gloriosa, e o meu coração se
deixou enganar em oculto, e a minha boca beijou a minha mão, também isto seria
delito à punição de juízes; pois assim negaria a Deus que está lá em cima” (Jó 31.26-
28).
“Caso de um acaso bem marcado em cartas de tarô. Meu amor, o nosso amor estava
Página
escrito nas estrelas, tava sim...”. Era a música de uma cantora pop da década de 80.
É fácil perceber o quanto a astrologia está próxima de outros tipos de magia e
86
A astrologia é irmã gêmea da magia. Em seu livro sobre magia moderna (wicca),
Eddie Van Feu afirma: “Todos os rituais devem seguir uma tabela planetária para uma
melhor eficácia...”. Segundo ela, “você precisa saber quais influências cada planeta
exerce e consultar as horas e os dias de acordo com seu ritual ou encantamento”. Lua
cheia, solstícios, influência dos planetas (cada astro exerce uma influência específica),
são elementos comuns à bruxaria.
Tem sido a porta de entrada mais comum para outros tipos de ocultismo. Embora em
sua comercialização assuma, muitas vezes, um caráter inocente, quase como que de
uma brincadeira popular, quando, porém, proferida e utilizada por verdadeiros
astrólogos, torna-se tão nociva espiritualmente quanto as outras formas de
adivinhação.
Quem deseja, pois, se afastar de todo tipo de práticas proibidas deve também se
afastar da astrologia, ainda que apresente aparência de inocência. “Quando entrares
na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as
abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a
seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem
mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é
abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora
de diante de ti” (Dt 18.9-12).
Por este motivo, o profeta Isaías, ao proferir seu juízo contra a idólatra Babilônia,
também não pôde deixar de profetizar contra seus “agoureiros dos céus”, aqueles
Página
que se diziam capazes de predizer o futuro por meio das estrelas: “Deixa-te estar com
os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias, em que trabalhaste
87
A vida cristã é concebida em termos do caráter de Cristo. “Já estou crucificado com
Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Somos transformados
pelo Espírito Santo (2Co 3.18) para nos tornarmos semelhantes a Cristo (Rm 8.29).
Antes disso, está escrito que éramos controlados por nossa carne, pensamento e,
também, por Satanás (Ef 2.2,3). Não podemos aceitar a “forma” deste mundo (Rm
12.2), e isto inclui rejeitar a crença na astrologia como fator determinante de nossa
personalidade.
A vida cristã é regida por chamado e ministério (At 20.24). Deus tem um propósito e
um futuro para a nossa vida (Jr 29.11), e devemos viver segundo este propósito para
que possamos chegar a este futuro que Ele nos tem preparado. Não há espaço para
confiar em coisas “escritas nas estrelas”. Nada que aconteça no espaço sideral deve
nos atemorizar. Nenhuma previsão astrológica deve causar qualquer preocupação em
nosso coração. “Não vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se
atemorizam as nações” (Jr 10.2). Um crente de verdade está seguro da sua vida nas
mãos de Deus e de modo algum vai se deixar enganar pelos absurdos da astrologia.
Nem seus conceitos, suas explicações, suas reivindicações. Não há nada escrito nas
estrelas sobre o destino individual de ninguém. Os astros definitivamente não
predizem o futuro. Definitivamente também não influenciam o comportamento
humano. Se quiserem, as pessoas podem mudar esses fatos ou continuar apegando-
se a crendices supersticiosas. Mas não podem ter uma confiança verdadeira em Deus
e nos astros ao mesmo tempo.
Se há algo para o homem entender quando olha para as estrelas, com certeza não é
seu temperamento nem seu futuro. Mas pode olhar para o céu e reconhecer um
Página
pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas
coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua
divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas” (Rm
1.19,20).
Pode também fazer como o rei Davi e perceber a bondade de Deus e a pequenez do
ser humano diante da grandeza do Universo:
“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;
que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o
visites? pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste.
Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste
debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as
aves dos céus, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares. Ó
SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!” (Sl 8.3-9).
De acordo com a tradição, pede-se para um astrólogo experiente traçar este mapa.
Em geral, este cobra uma taxa que inclui uma interpretação do mapa e os conselhos
aos respectivos conflitos descobertos.
Um dos aspectos mais poderosos que podem aparecer em um mapa são a oposição, a
quadratura, a conjunção e o trígono. Para interpretá-los, leva-se em consideração a
natureza dos planetas envolvidos. Abaixo, você encontra os exemplos pela posição
em Marte e Saturno. Veja:
Oposição
Quadratura
89
Este aspecto de quadratura revela um conflito entre Marte na quarta casa, que
governa a infância, e Saturno representa a autoridade e a disciplina, além da
paternidade e do relacionamento com o pai. Para os astrólogos, esse aspecto assinala
o conflito de alguém com o pai, bem como com outras figuras de autoridade.
Conjunção
Neste aspecto, que se costuma interpretar como sinal de luta interna, os planetas
Marte e Saturno aparecem na quinta casa, que se julga reger a criatividade. Neste
caso, Marte, que representa o desejo e as coisas físicas, está em luta com Saturno,
símbolo da disciplina; segundo a interpretação de um astrólogo, esta conjunção
poderia significar uma luta contra a letargia ou a dificuldade em impor disciplina a
uma energia física.
Trígono
Marte na sétima casa, que se supõe ser regente das relações e parcerias íntimas, seta
separado por 120 graus de Saturno na casa 11, que se supõe descrever tanto a
interação social quanto a criativa. Esse aspecto, dizem os astrólogos, cria uma
atmosfera na qual parcerias energéticas resultam em contribuições sociais
responsáveis.
Glifos planetários
No mapa natal, cada planeta, o Sol e a Lua são representados por um símbolo, ou
glifo. Os planetas retrógrados – aqueles que, vistos da Terra, parecem estar andando
para trás – são anotados com um símbolo especial, assim como os nodos Norte e Sul
da Lua, pontos em que a órbita mensal da Lua cruza a eclíptica.
Notas:
Página
90
14. Pró-Vida - A integração cósmica pregada pelo
movimento de Celso Charuri
Embora não possamos defini-lo como uma sociedade secreta religiosa, como a
Maçonaria, a Teosofia ou a ordem Rosa-Cruz, este movimento, porém, não deixa de
manter um certo “secretismo” em relação às suas atividades e doutrinas, restritas aos
seus membros. A curiosidade de alguns dos interessados só pode ser satisfeita com a
condição de a pessoa matricular-se nos cursos oferecidos pelo Instituto.
Quase todas as circulares, por meio das quais são oferecidas instruções aos
participantes do Instituto, apresentam a seguinte declaração (ou pergunta) em
manchete: “Como vai a sua mente?”. Com isso, demonstra que sua preocupação
maior é o desenvolvimento da mente, cujo objetivo é fazer que o participante chegue
ao que denominam “Integração cósmica”.
“Significa fazer que o homem amplie sua visão em relação ao ‘habitat’ em que vive.
Em simples palavras, significa sair do seu egocentrismo, depois de sua cidade, depois
do seu estado, depois de seu país, depois de seu planeta, depois de todos os planetas
e assim por diante, até descobrir que ele é uno e todo ao mesmo tempo, e que dentro
dele brilha a mesma centelha divina que também está presente numa bactéria do
mais longínquo planeta imaginável”.
E como a Pró-Vida conduz os interessados a este propósito?
“Por intermédio de nove cursos, nos quais são discutidos e analisados temas dentro
da esfera mental, física e espiritual”.
“Consiste numa série de processos, que visam a retirada dos véus que impedem ao
homem a captação de vibrações energéticas que nos cercam”.
“É, em resumo, o ato manifestado, ou seja, a ação que é própria do homem integrado
cosmicamente. Em outras palavras, é o privilégio de ser nas mãos de quem dá”1
(grifo do autor).
Diante dos pontos centrais expostos pela Pró-Vida, tecemos os seguintes comentários
a respeito:
Panteísmo
Pode-se afirmar que a Pró-Vida é mais uma entidade que integra o conceito do
Página
Movimento Nova Era. Que conceito é este? Administrar melhor a mente do indivíduo a
fim de alcançar, pelo desenvolvimento da mente, sua própria divindade, tornando-se
92
Um com o Todo. A Nova Era propaga que “Jesus nos ensinou a usarmos o que hoje a
Ciência da Mente reconhece que é uma lei infalível e universal: o que você pede, o
que você pensa e deseja, o que você mentaliza, acontece, porque o subconsciente é
acionado para executar. No âmago do subconsciente está o Pai, o eu superiror”.2
Quando lemos a respeito de conceitos como os expostos, logo nos lembramos que
este grupo admite um princípio religioso conhecido como panteísmo, ensino próprio
das religiões orientais, como o budismo, o hinduísmo, o taoísmo, entre outros. Este
ensino admite que tudo é Deus e porque tudo é Deus, então Deus, como um ser
pessoal espiritual, não existe. Para este conceito, a identidade Pró-Vida dá uma nova
nomenclatura: “integração cósmica”. Nos outros movimentos ocultistas, a expressão
é “consciência cósmica”.
Segundo o dr. Celso, “integração cósmica” é sair do egocentrismo [...] até nos
unirmos no Deus Uno e Todo.
A oração do Pai-nosso
Ao ensinar a oração do Pai-nosso, Jesus incluiu uma súplica que deveria ser repetida
todas as vezes que ela fosse feita: “... seja feita a tua vontade, assim na terra como
no céu” (Mt 6.10).
A vontade de Deus já não era mais importante para Lúcifer. Ele tinha decidido “fazer
a sua própria vontade”. E, com um terço das hostes angelicais, ele lançou a sua
rebelião. Foi um esforço abortado porque Deus reagiu rapidamente. As legiões de
anjos que acompanharam Lúcifer foram lançadas fora do céu como estrelas cadentes.
O domínio de Lúcifer foi imediatamente reduzido do estado celestial para um posto
distante do universo chamado terra. O seu espírito de anarquia contra-explodiu da
maneira mais terrível. No entanto, Lúcifer, agora Satanás, não admitiria derrota ou
erro. Então começou a procurar outras vítimas as quais pudesse enganar para fazer o
seu trabalho, como ele tinha feito com os anjos ímpios. Seus olhos caíram sobre Eva
e, imediatamente, pôs as mãos à obra.
“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR
Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda
a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim
Página
comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não
comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à
93
mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele
comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”
(Gn 3.1-5).
A frase de Satanás ainda não mudou: “É assim que Deus disse?”. Sempre lançando
dúvidas sobre a autoridade da Palavra de Deus. Deus tinha dado ordens específicas a
Adão e Eva para que não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do
mal, pois, caso o fizessem, certamente morreriam. Satanás lançou a idéia de que
talvez Deus estivesse enganado e que eles certamente não morreriam. Ao contrário,
seriam como deuses. Esta é a promessa do Movimento Nova Era e de seu Instituto
menor, a Pró-Vida.
Diz o dr. Celso que a “’integração cósmica’ é sair do egocentrismo [...] até nos
unirmos no Deus Uno e Todo”.
O próprio Deus afirma sua singularidade: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a
minha glória, pois, a outrem não darei” (Is 42.8).
O apóstolo Paulo ensina também que devemos descobrir “qual seja a boa,agradável,
e perfeita vontade de Deus para as nossas vidas” (Rm 12.2). Este Deus revelou-se na
Bíblia como o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt 3.16,17; 28.19; 2Co 13.13).
Em outras palavras, alcançar a paz por caminhos diferentes dos apontados na Bíblia.
Alcançar a Verdade, alcançar a Justiça, alcançar a Liberdade que levará o homem à
almejada Paz, por outros caminhos, como desenvolvimento por meio de cursos
mentais, é procurar algo em vão. Jesus declarou os meios pelos quais esta verdadeira
paz poderia ser alcançada: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou
como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).
O pecado afasta o homem de Deus e o torna infeliz: “De que se queixa, pois, o
homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados. Esquadrinhemos os nossos
caminhos, e provemo-los, e voltemos para o SENHOR” (Lm 3.39-40).
Jesus veio ao mundo para reconciliar o homem com Deus, perdoando os seus
pecados: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa
justificação” (Rm 3.25). Quando o homem aceita a Jesus Cristo como Senhor e
Salvador encontra a paz tão almejada pela humanidade: “Tendo sido, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
Certamente, o curso ministrado pelo movimento Pró-Vida jamais poderá oferecer aos
seus alunos e simpatizantes e paz que tanto almejam e procuram.
Cursos ministrados
Nas agendas das atividades físicas e mentais marcadas para cada mês encontram-se
as programações com as seguintes atividades: Torneio Robin Hood de Arco e Flecha,
Clarividência, Ginástica Aeróbica, Vôlei, Telepatia, Psicometria, Xadrez para iniciantes,
Feiras de Mitologia, Radiestesia, entre outras.
Ainda, como parte das festividades, programam o dia da Assembléia Central Geral do
Dízimo no Clube de Campo Pró-Vida. Existe também o Corpo de Baile da Pró-Vida.
psíquicos.
Feiras de Mitologia: ocasião em que certos objetos ligados à mitologia são expostos à
venda. Destacam-se incensos, perfumes, talismãs e amuletos de uso universal como:
figa, ferradura, trevo de quatro folhas, elefante em estatueta, forca, corcunda,
pomba, cobra mordendo a cauda, gato preto, sino, entre outros.
Proibição divina
Consideradas à luz do ensino bíblico, não vemos como possamos criticar qualquer
exercício físico que vise o bem do corpo: “Porque o exercício corporal para pouco
aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente
e da que há de vir” (1Tm 4.8). Contudo, outros exercícios que envolvem a mente em
práticas ocultistas são contrários aos ensinos bíblicos:
“Entre ti não se achará [...] nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro,
nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem
mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é
abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora
de diante de ti” (Dt 18.10-12).
Como convite irrecusável para os que se interessam pelo seu curso, a Pró-Vida
oferece: “O MUNDO BEM MELHOR JÁ É UMA REALIDADE PARA OS QUE
96
Fiquemos atentos!
Notas:
Não é a primeira vez que o mundo fica perplexo diante de um alarme assombroso.
Sejam relacionados à política, à ciência ou à religião, alguns acontecimentos têm
97
Segundo ensina esse grupo, Jesus Cristo é meio-irmão de seu fundador e sua
humanidade é fruto de experiências alienígenas realizadas há 25 mil anos, entre
outros contra-sensos. Como se essas estranhas doutrinas não fossem suficientes, o
movimento tem gerado ainda grande ceticismo e indignação entre os governos e as
comunidades médicas e científicas de todo o mundo com sua controvertida
declaração.
Segundo Rael, tudo começou no dia 13 de dezembro de 1973, quando ele foi
supostamente visitado por um ET, que se apresentou com o nome de Yahvé Elohim
(dois nomes hebraicos de Deus utilizados na Bíblia hebraica). O fato ocorreu na cidade
de Auvergne, região central da França.
Rael explica que “a palavra Deus é uma tradução malfeita do termo Elohim, que
significaria aqueles que vêm do céu”. Esse “ser” seria o presidente dos Elohim, seres
divinos subalternos que, em seu primeiro contato, teriam raptado Rael e o
transformado em um Messias. Na ocasião, esses seres lhe forneceram as origens
remotas da criação e de todas as suas religiões. Um detalhe importante, segundo
Rael, a mensagem dos ETs foi transmitida, impecavelmente, no idioma francês.
Página
Rael conta que, por ser uma pessoa normal e “humilde”, não havia entendido o
motivo de ter sido escolhido pelos Elohim, pois achava que eles deveriam ter
98
Mas a utopia de Rael continua, pois o principal motivo da escolha ainda não teria sido
esse. Os Elohim não queriam ser ocultados pelos governos, permanecer no
anonimato, o que fatalmente ocorreria caso se revelassem sem um planejamento, por
isso escolheram um jornalista desconhecido e independente, sem vínculos com
grandes organizações, um perfil ideal para suas finalidades.
Os raelianos hoje
No princípio de sua história, o grupo era chamado de Movimento Raeliano, mas sofreu
uma alteração em seu título, sendo atualmente conhecido como Religião Raeliana.
Mas como podemos observar, trata-se mesmo de mais uma nova seita, com uma
nova revelação e um novo líder. A diferença é que esta não declara ser fruto de uma
visão, sonho ou mensagem angelical, mas de um contato com extraterrestres.
Considerando a sua origem, alguns poderiam julgar que o movimento estaria fadado
ao fracasso, sem seguidores e sem repercussão. Ledo engano. Hoje, contam com a
adesão de 55 mil membros ativos e simpatizantes espalhados em 84 países.
Atualmente, estão sediados no Canadá, em Québec.
Afirmam ser uma instituição sem fins lucrativos e intitulam-se como um movimento
de caráter revolucionário constituído de livres pensadores, plenamente voluntários,
não conformistas, trabalhando para mudar a si mesmos e a sociedade com o fim de
acolher os seus “pais do espaço”, os Elohim.
Manancial de heresias
Como pode ser identificado na grande parte dos movimentos religiosos recentes, a
doutrina raeliana tem na Nova Era o seu manancial doutrinário. Os elementos em
comum podem ser flagrados sem o menor esforço. A crença em ETs é o pilar
doutrinário do grupo. Conforme ensina seu fundador, os Elohim lhe confiaram a
importante missão de edificar uma embaixada na Terra para recebê-los, e esses
embaixadores se identificam como os grandes profetas das grandes religiões.
A evolução dos tais deuses é tão distante da nossa que Rael arrisca ilustrá-la por meio
de uma comparação, afirmando que a clonagem entre eles é algo ordinário, comum.
Para eles, clonar um ser humano é tão simples quanto é para nós gravarmos um CD.
A idéia de que a raça humana é fruto de uma criação alienígena remonta a 1935,
quando Erick Von Daniken lançou seu livro Erinnerungen na Die Zukunft, em
português: Eram os deuses astronautas? A repercussão foi intensa e, desde então, os
adeptos da ufologia não pararam de crescer. Desde que surgiram os primeiros
“testemunhos” de contatos com esses seres até os dias de hoje, quase nada pôde ser
provado. Geralmente, as fraudes fotográficas e testemunhais dão conta de responder
ao “fenômeno”.
Veja em nosso site a matéria: Óvnis: estão os seres humanos sozinhos no universo?
O preço do serviço está estipulado em 200 mil dólares, cerca de 700 mil reais, e, com
o tempo, querem abater o valor para 175 mil reais. Mas não é só isso. Afirmam
oferecer ainda uma diversidade de serviços como: preservação de tecidos para futura
clonagem e clonagem de animais de estimação.
Rael comenta sobre as conseqüências de tamanho avanço no âmbito legal: “As leis
humanas terão de se adaptar às nossas mudanças de cultura e aos avanços
tecnológicos em incremento [...] Ainda passarão numerosos dias antes que tal coisa
aconteça, mas novas leis têm de ser promulgadas para definir os critérios segundo os
quais poderemos nos beneficiar desta tecnologia. Aqui como no planeta dos Elohim, o
número de clones deverá ser limitado a um para cada indivíduo - e unicamente depois
da sua morte”.
Os cientistas estão brincando de deuses! Esta sempre foi uma afirmação bastante
repetida no meio religioso em relação à questão. Entretanto, essa posição esbarra em
fatores relevantes. Um deles é o fato de Deus ter nos criado com imenso potencial, do
qual não utilizamos nem a metade de sua capacidade. Por que Deus nos criaria com
Página
homem o domínio pleno de sua criação? (Gn 1.26). De fato, não há quaisquer
advertências quanto a esse domínio, exceto o fato de que devemos observar o
mandamento do Senhor, amando nosso próximo como a nós mesmos e ao Senhor
com todo o nosso coração, alma, força e entendimento (Lc 10.27).
Para uma visão equilibrada da questão não podemos julgar a clonagem sem
considerar suas causas e circunstâncias. Se alguém nos perguntasse se somos a favor
de experiências com urânio, certamente responderíamos que não, pois
imediatamente nos viria à mente as implicações catastróficas das bombas nucleares.
Mas se a finalidade das experiências fossem benéficas, tais como, controlar radiações
para que possam combater certas doenças, então nossa resposta seria sim, pois a
boa causa abonaria as experiências. Assim, a nossa capacidade pode ser revertida
para a prática do bem ou do mal, logo, a aplicação dos resultados e seus objetivos
deveriam ser o cerne da questão. Reservada as devidas distinções, o mesmo conceito
poderia ser aplicado à clonagem, mas a polêmica não é tão simplista assim.
Para que se obtivesse um resultado satisfatório com a ovelha Dolly, foram necessárias
277 tentativas, algo que reputaríamos monstruoso, caso ocorresse o mesmo com os
humanos. Mas se no futuro esse obstáculo fosse transpassado com uma única
experiência bem-sucedida, então o problema acabaria. Mas ainda outros teriam de
ser solucionados. Como viveriam os clones sabendo que não são filhos de ninguém?
Haveria discriminação por parte da sociedade? Teriam outras diferenças em relação a
nós? São perguntas que merecem uma reposta.
Em detrimento de tudo, o elemento que mais tem trazido malefícios é a saga dos
laboratórios em querer se apresentar ao mundo como mentores pioneiros da
experiência. É uma corrida em busca da publicidade que, às vezes, não respeita a
ética. É difícil avaliar as intenções, os limites e os resultados a que chegaremos.
Talvez, num futuro próximo, as coisas sejam diferentes, mas hoje a clonagem põe em
risco vidas humanas, a do bebê e a da gestante, precipitando-se em uma área em
que a sociedade ainda não criou consensos.
Como toda religião, os raelianos advogam sua razão de existir. Para levarem a efeito
sua missão, a odisséia raeliana depende de uma mobilização que só pode ser
adquirida pela participação em seus eventos e seminários.
Página
4. Constituir um governo mundial e uma moeda única, com o fim de eliminar a fome,
doenças e sofrimentos e estabelecer, enfim, um mundo de realização e de lazeres
ativos para os quais a raça humana fora concebida.
Artigo 18
Como vimos, esse é um dos objetivos do grupo. Observação: a embaixada não pode
ser construída em qualquer lugar. Judeus, palestinos e agora ETs. É isso mesmo, eles
têm preferência. Jerusalém é o local ideal! Segundo os adeptos dessa seita, foi
próximo a essa região que os Elohim criaram os primeiros seres humanos.
Consideram os judeus descendentes dos Elohim e responsáveis por educar toda a
humanidade. Moisés, Jesus, Buda, Maomé e outros profetas, todos vivem hoje
harmoniosamente no planeta dos Elohim. Nem os ufólogos com todas as suas
fantasias conseguem conceber uma idéia tão excêntrica!
O primeiro templo judeu teria sido a primeira embaixada dos Elohim, em torno da
qual a antiga cidade foi edificada. A embaixada pretendida seria o tão anelado templo
que os atuais judeus anseiam reconstruir. Uma réplica dela seria construída perto da
original para dissipar a curiosidade pública. Todo o seu projeto já foi “revelado”
diretamente dos Elohim para Rael. O lugar seria o referencial espiritual do mundo
pelos milênios a seguir.
Assim como o ET de Steven Spilberg, os Elohim também são pacíficos e, por isso,
retardaram sua instalação em nosso planeta. Como poderiam eles entrar em contato
conosco sem invadir o nosso espaço aéreo, suscitando uma ameaça bélica? Sua
presença entre nós nos levaria ao pânico, a um colapso geral, os militares estariam
diante de cenas hollywodianas, mas reais! Com essas idéias alucinógenas, Rael
justifica o porquê de, até então, não termos avançado em nossa relação com os “pais
do espaço”.
Página
A embaixada deverá compreender 347 hectares, ou seja, 3.470.000 m², para que um
105
A concretização desta missão seria o início de uma nova era, marcada pelo
desaparecimento de todas as religiões primitivas, incluindo o cristianismo. “Somos os
seres humanos de hoje, usando a tecnologia de amanhã, com religiões e
pensamentos de ontem”, diz Rael.
A data para o retorno de Jesus
A data foi marcada para 2035. Não podia faltar. Esse é outro atrevimento corriqueiro
reprovado por Jesus e que pode ser encontrado na maioria das literaturas sectárias
(Mt 24.36). No caso dos raelianos, existe um diferencial a mais, Jesus voltará com
uma comitiva, mas não são seus anjos. Ensinam que Jesus voltará com os Elohim, os
grandes homens das religiões: Moisés, Buda, Maomé e companhia. A função deles
seria nos levar a uma compreensão religiosa unânime, estratégia usada por alguns
grupos hoje, algo impossível dentro dos padrões bíblicos (ler 1Co 6.14-18).
Uma reportagem como essa nos leva a reflexões importantes. Paramos para pensar
sobre o incrível poder de uma religião, a influência que um grupo religioso pode
causar, a repercussão que pode alcançar e, sobretudo, as almas que pode atrair para
si. Não importa quão estranhos e falsos sejam seus ensinamentos, sempre haverá
aqueles que lhes darão crédito. Alguns poderão abandonar o movimento, mas muitos
permanecerão. Trata-se de pessoas cegas. O deus deste século as cegou e, agora,
estão impossibilitadas de enxergar a luz do resplandecente evangelho da glória de
Cristo (2Co 4.4). E se recusam a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas
engenhosamente inventadas (2Tm 4.4).
Algumas das heresias aqui expostas são tão incoerentes que seria perda de tempo
utilizar-se da Bíblia para refutá-las. Mas todas elas originam-se de um único fator: a
necessidade do homem de cultuar algo superior a ele. Como diz Agostinho: “O
homem vive a vaguear até que se encontra com Deus”. Esse encontro é o verdadeiro
segredo da vida eterna: “E sabemos que já o filho de Deus é vindo, e nos deu
entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos,
isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1Jo 5.20 –
grifo do autor).
Quem entende isso não busca razão para sua existência em histórias imaginárias,
antes, pode afirmar como Pedro: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras
de vida eterna” (Jo 3.68 – grifo do autor). Os crentes em Cristo não apóiam suas
esperanças espirituais na clonagem, ou em qualquer outra conquista científica, antes,
a “nossa esperança é a vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu
Página
Não existem segredos nem exclusividades, não precisamos pagar nada pela vida
eterna, tudo já foi pago (1Co 6.20, 1Tm 2.6). Nesta fé prosseguimos até que
possamos desfrutar da verdadeira vida eterna em Cristo.
A literatura raeliana
A primeira publicação de Rael é O livro que diz a verdade, França, 1974. Em suas
edições em português, esta obra foi traduzida com o título O verdadeiro rosto de
Deus. O livro explica o desenvolvimento da religião raeliana até os nossos dias.
Poucos anos depois, Rael publicou outros dois livros: Acolher os extraterrestres (1979)
e Meditação sensorial (1980). Suas obras foram traduzidas para mais de 25 línguas. O
grupo publica também uma revista internacional de luxo, de periodicidade trimestral,
chamada Apocalypse, criada para promover a filosofia e a inteligência dos Elohim.
Clonaid no Brasil
A presidente da empresa planeja nos visitar em março ou abril deste ano. Ratifica o
interesse no Brasil devido à nossa grande tolerância religiosa, não encontrada em
outros países.
Rael, o fundador, também quer nos visitar. Fanático por automobilismo, afirmou, em
uma de suas entrevistas, que seu sonho é clonar seu ídolo, Ayrton Senna, o que
afirma ser possível se a família de Senna possuir conservado algum material genético
dele. Pretende visitar o país em maio, ocasião em que lançará um livro e tentará
contato com a família de Senna.
Seminários raelianos
Esses seminários contam com a presença de Rael e dos sacerdotes da seita. São tidos
como uma espécie de manual de instrução transmitido pelos criadores da raça
humana, os Elohim. “Tem como objetivo despertar o nosso potencial e expandir a
nossa mente, proporcionando uma vida plenamente satisfatória”. Isso se dá
principalmente por meio de técnicas de meditação. Consideram os momentos em que
passam no seminário como uma premonição do paraíso onde o “novo ser humano”
viverá.
Página
São realizados no Canadá e contam com uma ampla infra-estrutura. Possuem serviço
107
1 Júlio Verne foi um dos autores mais populares do século 19. Em histórias fantásticas
como Viagem ao Centro da Terra, 20 mil léguas submarinas e Da terra à lua, Verne
apresentou uma visão revolucionária da ciência que previu avanços modernos.
2 Teoria segundo a qual o homem é um todo indivisível, e que não pode ser explicado
pelos seus distintos componentes (físico, psicológico ou psíquico), considerados
separadamente.
3 Unidade de distância que equivale à distância percorrida pela luz, no vácuo, em um
ano, à razão de 299.792 km/s, e igual a 9 trilhões e 450 bilhões de quilômetros,
aproximadamente.
humano
108
Parece que a cada ano surge uma nova epidemia de “faça isso ou aquilo” para se alcançar
“uma boa qualidade de vida”. Dentre as inovações, o Reiki, uma espécie de massagem pela
imposição das mãos, é a última moda entre os artistas e demais personalidades brasileiras. A
posição dos militantes desse movimento é extremamente ousada. Certo comentarista dessa
técnica afirma que seu fundador, Mikao Usul, conseguiu recuperar as técnicas de cura
utilizadas por Jesus em seu ministério terreno.
Será que esse movimento tem algum fundamento cristão? Não! Como veremos, não existe
nessa corrente religiosa nenhum indício dos ensinos de Cristo, pois o Filho de Deus jamais
usou de técnicas para curar as pessoas, tudo o que fez foi pelo poder e autoridade de Deus.
É incrível, mas cada movimento oriental que surge insiste em afirmar que encontrou algum
tipo de solução para os problemas que afligem a humanidade. E, para arrebanhar adeptos,
apontam para o interior do homem que está sempre em busca de toda e qualquer resposta
para os seus dilemas, seja da mente ou do corpo. As formas esotéricas para a solução dos
problemas humanos são diversas. Entre elas, a meditação e a meditação transcendental. A
primeira é feita com ajudas externas, como a música e a visualização. A segunda só é bem-
sucedida pela respiração ritmada, pelo esvaziamento, pelo êxtase e pela recitação de
mantras.
A ioga, a acupuntura e o feng shui também são métodos utilizados nesse processo. Outros
canais externos são o uso da urina, das terapias da luz, do vento, da música, das cores e dos
líquidos. O incenso é utilizado pelos esotéricos como um canal de energização.
Segundo os místicos, existem também, fora os externos, os canais internos no corpo dos
pacientes pelos quais podem captar e/ou emanar energia vital. Esses pontos são chamados
de chacras – aliás, diversos movimentos espíritas usam os mesmos pontos e, quando não, a
mesma nomenclatura para defini-los. Seria apenas coincidência ou tais movimentos têm as
mesmas raízes?
A técnica esotérica
Reiki é a energia vital (Ki), direcionada e mantida pela sabedoria universal (Rei). “É a energia
natural, harmônica e essencial a todo ser vivente”, afirmou uma revista sobre terapias
alternativas ao comentar a respeito desse movimento.
Os “reiquianos” dizem que uma energia vital ocupa e abrange todo o corpo humano.
Segundo eles, é justamente essa energia que possibilita, enquanto dormimos, o trabalho vital
de respiração, irrigação e batimentos cardíacos sem a nossa consciente intervenção. Esse
corpo etéreo deve ultrapassar o corpo físico em aproximadamente 2,5 centímetros. Quando
algo está errado, ou seja, quando sentimos em nossa própria pele que não estamos bem, por
um órgão ou parte do corpo não está cumprindo suas funções harmonicamente, paramos
para cuidar dessa parte do corpo. Percebemos então que a saúde é justamente o estado de
perfeito funcionamento dos órgãos do corpo em si mesmo e em seu conjunto, e que a dor é
um grito de socorro desesperado do corpo para que possamos agir.
Página
Afirmam que esse corpo vital, etéreo, é responsável pela absorção da energia vital adquirida
pelos chacras, pontos que captam e emanam energia que interage com a natureza. Para o
109
equilíbrio do corpo etéreo com a energia vital (Ki) é necessário obter a sabedoria universal
(Rei) que se manifesta na interação com a natureza.
O Reiki é aplicado pela imposição das mãos a uma distância de três a cinco centímetros entre
o paciente e o aplicante. Todo o processo não dura mais do que cinco minutos e as mãos do
aplicador devem estar em forma de concha. No final, é feito um ritual para “fechar” o campo
áurico do paciente. Em seguida, o aplicante lava as mãos com água fria e corrente para
purificá-las.
Os objetivos das aplicações do Reiki, entre outros, são: curas físicas, combate ao estresse e
ativação da concentração e do raciocínio. Alguns astros e estrelas televisivos têm procurado
o movimento e testemunhado que, após as aplicações, alcançaram maior concentração
mental e capacidade para resolver questões pessoais, além de melhor qualidade de vida.
Os deuses do Reiki
A “sabedoria universal”, afirmam, “pode ser invocada com outros nomes”. A saber: Fonte
Primeira, Deus ou Deusa, Criador, Aquele que é, a Chama, o Buda, o Cristo, o Brahma, a
Ordem Natural, o Todo, Tupã e Energia”. Tudo vai depender da forma como ela é venerada e
conhecida em cada cultura mundial mediante seus ídolos. Prana, para os hindus; Chi, para os
chineses; Ka, para os egípcios; Pneuma, para os gregos; e Nefesh, para os judeus. E
prosseguem. Na Polinésia ela é conhecida como Mana e os russos a identificam como
bioenergia. Para os alquimistas ela é o Fluido da Vida e para os cristãos, Luz ou Espírito
Santo.
Suas divindades podem ser identificadas com quaisquer ídolos que tenham afinidade. Essa
possibilidade na prática do Reiki traz uma espécie de “desencargo de consciência”. Isto é,
“não vou ferir minha devoção se posso identificar meu deus (ou ídolo) como emanador dessa
energia”. Chamamos esse procedimento de sincretismo religioso.
Assim como os ecologistas místicos, os “reiquianos” também crêem que a terra é a “Grande
Mãe”, com influência mística. Essa influência é conhecida no Reiki como Karuna Reiki, o
aspecto feminino da energia vital. Na China, essa influência é simbolizada pela mãe Kuan Yin.
Na Índia, ela é conhecida pelo nome de Avalokitesbuara. No Tibet, é chamada de Chenrezig.
No Japão, de Kannon. E aqui, no Brasil, existem dois ícones: Nossa Senhora Aparecida e
Iemanjá.
Segundo esse movimento, a influência feminina, dócil e compassiva de Karuna Reiki traz paz
de espírito. Será?!
Por tudo que vimos, parece que o Reiki nada mais é do que um movimento espírita e
110
ecumênico em sua prática e ensino. As curas por imposição de mãos, recurso tão peculiar
nessa religião, podem ser atribuídas tanto a Iemanjá quanto a Maria (ídolo católico). Ou,
então, a Buda ou ao Jesus da Cristandade. Para os “reiquianos”, não importa a origem das
forças ocultas que atuam em suas sessões.
Os “reiquianos” dizem que o homem deve ser estudado de forma global: mente, corpo e
espírito. Esse ponto de vista indica que a pessoa interage com a natureza e que sua
disposição mental está intrinsecamente relacionada à saúde do corpo. A idéia é de que
somos “um” com o universo, ou seja, que o universo, a mente, o corpo e o espírito interagem
ou podem estar desequilibrados, causando doenças e outros distúrbios. Todos os tratamentos
medicinais para essas doenças ou distúrbios são apenas soluções paliativas, porque não
alcançam a causa do problema. Então, entra a propaganda mística de que a visão holística
proverá milagres! – “alcançará as causas e trará equilíbrio ao corpo, fazendo cessar os
sintomas”, afirmam.
De acordo com os mestres holísticos, o tratamento ideal é permitir que o corpo “fale” e
transmita o método apropriado para o tratamento. Um dos conselhos desses mestres é:
“Uma viagem; uma perspectiva de si mesmo mais suave; ou mesmo procurar um padre ou
um médium ou mesmo um médico – mas deixe seu corpo opinar”.
Tal conselho, no entanto, não é sábio, pois, segundo os princípios bíblicos, devemos
averiguar as fontes de nossas orientações. Além disso, confiar no sentimento interior para
uma decisão tão importante é algo gravíssimo. O nosso coração é enganoso (Jr 17.9), e
quando confiamos apenas nele dificultamos e embaraçamos a nossa vida.
Seu fundador é Mikao Usui, monge japonês e estudioso das religiões que procurava respostas
para a técnica de cura usada por Jesus. Mikao percorreu parte da China e da Índia em uma
busca incessante desse método. Sua procura foi interrompida no Japão, em um monastério
budista, onde supostamente encontrou o que tanto procurava. A descoberta que fez, no
entanto, não lhe proporcionou as verdades e práticas espirituais que transformam o homem
caído em uma nova criatura diante de Deus.
No monastério budista, Mikao achou alguns escritos “reiquianos” que ensinavam técnicas de
cura. “Uma coisa era conhecer a técnica, outra era saber como ativar a energia necessária à
aplicação da técnica”, afirmou o próprio Mikao Usui. Foi então que decidiu meditar e jejuar.
Subiu ao monte Koryama, no Japão, onde passou 21 dias em meditação. No último dia, foi
atingido por uma luz no chacra do terceiro olho (parte frontal da testa) e visualizou a
formação dos símbolos do Reiki. Depois da “visão”, ficou inconsciente por algum tempo. E
chamou essa experiência de sinal. Seria, então, o primeiro sinal de uma série deles que
comprovariam que de fato havia conseguido ativar a energia.
Ao descer do monte, ele feriu um dos dedos do pé e, ao passar a mão no local, foi curado.
Seria esse o segundo sinal. O terceiro sinal diz respeito ao fato de haver conseguido comer
uma modesta refeição depois de passar 21 dias em jejum. O quarto sinal está relacionado à
Página
cura de um atendente que sentia forte dor de dente. O homem alcançou o alívio da dor assim
que Mikao passou a mão pelo seu rosto. O quinto e último sinal que o consagrou como
portador do conhecimento “reiquiano” foi a cura, em um monastério, de um colega e mestre
111
Durante suas expedições, Mikao ficou abatido ao descobrir que suas “curas” eram
superficiais, ou seja, as pessoas não alcançavam uma mudança espiritual, como
aparentemente ocorria no corpo. Inicialmente, as pessoas se arrebatavam com a cura
alcançada, mas logo estavam novamente envolvidas com as mesmas dificuldades anteriores
e, então, o abandonavam. Daí, Mikao concluiu que precisava atingir a mente de seus
pacientes e não apenas o corpo.
Mikao morreu em 1930 e deixou alguns discípulos. Esses seguidores foram influenciados pela
escola Tendai, movimento budista tântrico japonês cuja base é o estudo do Ko-fo, arte iogue
de respiração e meditação para controlar as energias básicas do corpo.
Oito anos depois de seu falecimento, uma havaiana chamada Hawayo Takata submeteu-se a
um tratamento pelo Reiki e foi curada de sua moléstia. Após o “milagre”, ela foi para o Japão,
onde passou alguns anos aprendendo a técnica com Chujiro Hayashi. Voltou para o Havaí e
começou a ensinar e a divulgar o Reiki no Ocidente.
Não podemos nos esquecer de que o Reiki é um movimento eclético. Mistura seus
procedimentos e conceitos com os procedimentos e conceitos de outras religiões, como, por
exemplo, o espiritismo e o budismo. E não apenas isso. Se necessário, usa as mesmas
nomenclaturas. Quando um movimento lança mão dessa artimanha, simplesmente o faz
unilateralmente. No nosso caso, os cristãos, não compartilhamos nem emprestamos nossos
conceitos e terminologias a outros segmentos religiosos. O objetivo do Reiki ao esforçar-se
dessa maneira é tornar seu ensino mais “digestivo” para os incautos que desconhecem a
verdadeira fé cristã.
A energia Reiki (ou qualquer outra fonte espírita), segundo seus adeptos, alinha e restaura o
equilíbrio dos chacras, harmonizando-os. Somente assim o paciente receberá a energia da
natureza sem nenhum tipo de obstrução. Tal energia é adquirida por meio da luz, do ar, da
água, da terra, dos antepassados e das pessoas que cercam o paciente.
comum os ensinos espíritas que procuram anular a consciência do pecado, pois atribuem os
distúrbios de caráter, as doenças físicas e espirituais, as deficiências e a morte ao
desequilíbrio com o meio ambiente. Por isso os “reiquianos” buscam o equilíbrio nas práticas
112
esotéricas e em si mesmos a fim de obterem paz e saúde duradoura. Como o pecado para
eles não existe, concebem a idéia de que a humanidade caída não herdou nenhum pecado
original.
Quanto à ecologia, reconhecemos seus méritos. E, como cristãos, devemos colaborar com a
preservação da natureza, mas tais medidas não solucionam o problema em sua raiz – a
queda da natureza humana. Embora apoiemos as medidas ecológicas, e incentivemos o
contato recreativo com a natureza, não atribuímos, porém, influência mística à natureza. A
natureza é criação de Deus, e deve ser cuidada e preservada, mas não adorada (Rm 1.20-
23).
é negativa e está conduzindo cada vez mais o homem ao caos. Hoje, assistimos de perto aos
avanços da tecnologia e de todas as áreas do conhecimento humano, mas esses avanços
“mecânicos” não têm contribuído para solucionar os problemas sociais e espirituais da
humanidade. O interesse humano em conhecer-se a si mesmo não tem resolvido suas
questões primárias, e muito menos as questões mais complexas dos relacionamentos sociais.
A alma humana tem algum poder para curar a si mesma e aos outros? Obviamente que não.
É verdade que o homem fora criado por Deus com habilidades naturais sociais superiores às
habilidades dos animais irracionais. E, devido a essas habilidades, o homem tem condições
para crer e buscar o Criador e receber dele suas provisões. Mas isso não significa que o
homem, baseado em sua capacidade espiritual, possua poderes sobrenaturais em si mesmo.
Não pode absorver nenhum tipo de energia por meio de mantras, rezas ou símbolos do
ocultismo. Portanto, as habilidades propagadas pelas artes orientais são questionáveis.
O ocultismo e todos os seus segmentos são vistos pelas Escrituras como diferentes formas de
feitiçaria. As manifestações espíritas são as mesmas, quer seja no candomblé ou no vodu
praticado na Nigéria, quer seja em um transe kardecista ou em uma manifestação de um
xamã ou por meio da ioga. Em todas as experiências ocultistas os poderes manifestos não
provêm da alma, mas da possessão de entidades que se autodenominam mentores da luz,
cujo principal objetivo é a destruição moral e espiritual da humanidade.
• O ensino Reiki afirma que a origem das emanações pode ser atribuída a diversos ídolos e
deuses, inclusive ao próprio Cristo. Os movimentos orientais e ocidentais, principalmente a
Nova Era, não se preocupam em determinar a origem (ou fonte) de suas forças místicas. Sua
identificação com outros deuses, ídolos ou poderes impessoais é algo natural, ou pelo menos
uma forma de manter uma boa política.
O Criador dos céus e da terra se revelou por meio de sua Palavra. A Bíblia Sagrada é um livro
ímpar, ou seja, único. Nenhum outro livro considerado sagrado (os Vedas do hinduísmo, os
Três Cestos do budismo, as inscrições egípcias, entre outros) traz revelações sobre a origem
do homem, sua situação atual e seu futuro. Somente a Bíblia fornece tais informações. Além
disso, a Bíblia revela um Deus único e real que criou e se preocupou com sua criação,
orientando e punindo o homem, mas também fornecendo um caminho de salvação por meio
de um único Mediador, Jesus Cristo. As credenciais do Messias são claramente fornecidas no
Antigo Testamento e devidamente cumpridas no Novo Testamento.
A Bíblia fala da existência de um único Deus e Salvador, Jesus Cristo. E também do culto
único ao Criador, excluindo divindades intermediárias, exaltação do ser humano, atribuições
de poderes místicos e curadores a objetos, sinais esotéricos e quaisquer meios materiais de
purificação espiritual. A mediunidade espírita (ou interação com entidades espíritas) e o culto
Página
a ídolos também estão fora das páginas sagradas. As Escrituras não aceitam o sincretismo
religioso.
114
Em 1 Samuel 5.1-4, temos um exemplo que demonstra o costume eclético das religiões
pagãs. Lemos no texto em pauta que os filisteus tomaram a Arca da Aliança de Israel e
trouxeram-na a Asdode, na casa de Dagom (deus filisteu). Ao agir dessa forma, os filisteus
estavam dispostos a adorar tanto o seu deus quanto a qualquer outro deus associado. Mas o
Senhor Deus reprovou essa atitude jogando ao chão a imagem de Dagon que, além de caído,
estava decapitado e sem as mãos. Esse julgamento condenatório demonstra que o único
Deus não comunga com o sincretismo e o ecumenismo.
Além do Todo-Poderoso, não existem outros deuses ou mediadores. Por isso a Bíblia proíbe o
sincretismo e o ecumenismo. Quem são os supostos mediadores e ídolos das nações? A
Palavra de Deus responde: “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam
aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (1Co
10.20).
Por ser um movimento eclético, o Reiki apresenta os mesmos conceitos hindus, espíritas e
esotéricos sobre os chacras e suas funções. Veja o quadro.
mãos.
É o centro que reúne
informações,
115
sentimentos e
Região lombar, percepções e depois os
Plexo Solar
acima espalha e movimenta
do umbigo por todo o corpo. Rege
o sistema digestivo, o
fígado, o baço, o
estomago e o intestino.
No alto da É o portal da
espiritualidade pelo
Coronário cabeça qual nos ligamos ao
universo.
Rege o cérebro.
Energias primárias
como a paixão fluem
Sacro Órgãos genitais por este chacra.
Rege os rins, o sistema
reprodutor, o
circulatório e a bexiga.
Está relacionado à
vontade de viver, ao
Final da espinha corpo e à terra.
Básico dorsal Segurança física e
emocional. Rege as
pernas, os pés e os
ossos.
É o universo se
transformando a cada
instante. É o que traz a
Cho Ku Rei
energia para o mundo
físico. É o símbolo do
poder.
Incorpora a energia do
chacra, trabalha o
Dai Koo Myo alinhamento com o
espírito e é o símbolo da
capacitação.
Página
dimensões. É o caminho
sem tempo e espaço entre
a matéria densa e o
etéreo e entre o passado,
o presente e o futuro. Age
sobre o corpo mental
consciente e sobre o
carma.
É a unidade e a
correspondência, do céu e
da terra, do que está em
cima e do que está
embaixo, da matéria e do
Sei He Rei
espírito, age sobre o corpo
emocional, o mundo, o
carma e a vida. Libera
emoções. É o símbolo do
equilíbrio.
Em 1859, quando Charies Darwin publicou seu livro "A origem das espécies", a teoria
da evolução iniciou uma jornada que a levaria ao status de única explicação sobre as
nossas origens, Na mesma época, fraudes e equívocos acompanharam essa teoria e
117
Tais visitações eram excitantes para os humanos que lhes imputavam, aos
astronautas, a posição de deuses. Como observadores, como os seres humanos, que
desconheciam qualquer tecnologia mais avançada, poderiam expressar as visitações
desses astronautas? Os estrondos, os aspectos cintilantes e as roupas espaciais
tinham um esplendor tão magnífico que forneciam aos homens as visões registradas
nos livros sagrados (devemos entender que, segundo os ufólogos, todas as
civilizações tiveram algum tipo de interferência extraterrestre que ocasionou tais
escritos).
Por outro lado, alguns ufólogos dizem que determinadas decisões governamentais são
fruto das interferências alienígenas. Isto é, os extraterrestres visitavam a terra
periodicamente e comunicavam alguma orientação aos povos. Isso, afirmam, foi feito
aos diversos povos espalhados pelo mundo. Em outras palavras, veríamos traços
alienígenas em todas as civilizações. Semelhantemente, afirmam que as intervenções
divinas na nação de Israel seriam intervenções alienígenas, e não do próprio Deus
vivo.
Uma visita dos astronautas? Em Ezequiel 1, lemos que o profeta estava no meio dos
cativos e teve visões: "abriram-se os céus, e eu tive visões de Deus". O povo que
Página
estava com Ezequiel não teve as mesmas visões, logo não houve qualquer visitação
de astronautas! "Os céus foram abertos". Então, a partir desse momento, Ezequiel
119
Em Ezequiel 8, encontramos outro relato das visões do profeta. Nessa ocasião, ele
estava em casa, junto aos anciãos de Israel, mas somente ele foi transladado e teve a
visão, "em espírito", das coisas ocultas em Jerusalém. O que aconteceu aqui? Uma
visitação de extraterrestres ou uma visão divina? Obviamente, uma visão divina, pois
os demais companheiros do profeta não participaram dessa visão, apenas ouviram
seu relato. Isso contraria profundamente a afirmação dos ufólogos, que dizem que as
visitas dos extraterrestres causavam transformações nas culturas primitivas.
Vejamos seu cumprimento: três anos após a profecia, Nabucodonosor sitiou a cidade
de Tiro. Lemos, na Enciclopédia Britânica: "Depois de treze anos de cerco (585-570
aC.) por Nabucodonosor 11, capitulou e reconheceu a soberania babilônica. Em 538
aC. Tiro, com o restante da Fenícia, passou para a soberania da Pérsia aquemênida. A
cidade continental foi destruída em 573 aC. (Predição 1). Em 333 aC. Alexandre 111,
depois de derrotar Dario 111, marchou para o sul. Demoliu a velha Tiro, localizada no
continente, e com o entulho construiu um molhe de 60 metros de largura,
atravessando o estreito que separava a antiga e a nova cidade, edificando torres e
engenhos de guerra na ponta do molhe" (Predição 5). "A marinha utilizada por
Página
Alexandre foi composta pela contribuição de várias cidades e regiões: Sidom, Arado,
Biblo (essas contribuíram com 80 navios à vela), 10 de Rodes, 3 de Solos e Malos, 10
120
de Lícia, um bem grande da Macedônia, e 120 de Chipre " (Predição 2). "A parte maior
do local onde outrora havia a grande cidade é hoje em dia um local plano como o alto
de uma Penha" (Predição 3). "E um lugar próprio para os pescadores, que ainda hoje o
utilizam para espalhar e secar suas redes" (predição 4). Até hoje não foi construída"
(Predição 6). "Suas ruínas foram lançadas ao mar e seu nome não más é encontrado".
Plínio, o Velho, apresenta uma grande conclusão: "Tiro... outrora famosa, mas hoje
toda a reputação de Tiro se limita ao nome de um molusco e de um corante de cor
púrpura5 (Predição 7).
Quando tais profecias poderiam depender da interferência dos extraterrestre?
Cumpriram-se em todos os seus detalhes até os nossos dias. Isso totaliza 26 séculos!
Stoner comenta que: "Se Ezequiel tivesse em sua época olhado para Tiro e tivesse
feito essas sete predições pela sabedoria humana, essas estimativas indicam que as
chances de todas elas se concretizarem seria de apenas uma em 75 milhões. Todas
se concretizaram nos mínimos detalhes".6
pelo misticismo oriental, certo dia, em estado de transe, recebeu mensagens de seres
extraterrestres. Eles afirmavam que Jesus estava vivo e morava em Vênus.
122
Tanto aqueles que dizem ter falado com 'anjos' quanto os que afirmam ter-se
comunicado com Ets possuem todas as características supracitadas. Os conceitos de
pecado e a condição geral da humanidade parecem muito com as atuais filosofias
materialistas e liberais.
Muitos sinais luminosos são apenas reflexos dos mais diversos satélites utilizados pela
telefonia. Mesmo a atmosfera pode refletir luz, dando a impressão para muitos de que
essa luz seja algum OVNI. Portanto, se dividirmos os testemunhos de pessoas que
avistaram OVNIs encontraremos o seguinte: fraude fotográfica e testemunhal,
reflexos na atmosfera, reflexos dos satélites e visões paranormais.
As Escrituras afirmam que a "terra era sem forma e vazia". A mesma condição é vista
124
nos planetas vizinhos e naqueles que podem ser observados por diversos meios. Por
outro lado, as Escrituras admitem existir vida fora da terra. Pelo relato do apóstolo
Paulo, ele claramente nos dá a entender que existe vida fora da terra e que estamos
em luta contra esses seres. Em Efésios 6.12, escreveu: "Porque não temos de lutar
contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade
nos lugares celestiais". As Escrituras também nos advertem quanto aos riscos que
corremos quando nos envolvemos com essas entidades (seres) espirituais que
vagueiam no espaço entre o céu e a terra: "Vós bem sabeis que éreis gentios, levados
aos ídolos mudos, conforme éreis guiados" (1 Co 12.2).
Embora as Escrituras admitam a existência de outros seres, além dos humanos, e até
mesmo atribui-lhes poder sobre-humano, não encontramos, porém, em suas páginas,
nenhuma afirmação de que existam seres em outros planetas. Elas apenas afirmam a
existência de dois níveis de hábitat: o terrestre e o celestial.
Por outro lado, alguns processos cristãos liberais afirmam que existem outros mundos
habitados e que estes, talvez, tenham sido também visitados por Jesus depois de sua
morte e ressurreição na terra. Se no período em que Cristo visitou esses mundos
tivesse morrido em favor de tais extraterrestres, esses também seriam alcançados
por Ele e salvos. Quanto a esse assunto, encontramos alguns problemas no contexto
bíblico que não podemos deixar de considerar. Primeiro, a morte de Cristo para o
perdão de pecados é única: "assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para
sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos
que o aguardam para a salvação" (Hb 9:28). A manifestação de Cristo é clara.
Primeiro Ele veio para tirar o pecado e virá segunda vez para aqueles que o
aguardam. A intervenção de Deus na criação diversas vezes em mundos diferentes
através de Cristo está fora do contexto bíblico. O livro de Apocalipse relata a
exaltação de Cristo diante de todo o universo, e não sistematicamente nos
quadrantes do universo (Ap 12.12; 18.20). Se de fato existissem outros mundos, eles
estariam sujeitos ao juízo que está ocorrendo no céu (devido à rebelião de Satanás) e
ao juízo que está por vir sobre a terra (por causa da condição caída da humanidade).
Será que Deus não poderia criar outros mundos no vasto universo? Sim. Mas temos
de concordar que houve um princípio, um início criativo. E, pelas Escrituras, a
seqüência da criação é bem conhecida: "No princípio criou Deus os céus e a terra".
Nos céus Deus criou os anjos, em diversos níveis, e na terra, a natureza, os animais e,
finalmente, o homem. A citação quanto à criação dos animais, dos répteis e das aves
é bem clara. Se houvessem outros mundos, isso seria relevante e registrado pelas
Escrituras. Podemos encontrar apenas três naturezas em todo o universo: a divina,
subsistente na Trindade; a celestial, que se aplica a todas as classes dos anjos; e a
humana. Uma quarta natureza está sendo preparada: a incorruptível, que os santos
(mortos e vivos) adquirirão somente na manifestação do Senhor Jesus (1 Co 15.51-
53).
Página
Temos apenas duas ferramentas de identificação dos OVNls: o equívoco daqueles que
tiveram tais experiências e os frutos que produzem. Vamos primeiro aos equívocos,
125
Enfim, as 'criaturas' que aparecem nas retratações daqueles que afirmam ter visto
algum extraterrestre não passam pelo crivo das Escrituras, pois Deus sempre
testificou que sua criação era boa. Definitivamente, os supostos seres extraterrestres
não trazem a assinatura de DEUS (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31)
"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações
em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas" (Lc 21.25).
Notas:
5 Veja pormenores sobre essa profecia no livro Evidência que exige um veredicto, Vol.
1. Autor: Josh McDowell. Editora: Candeia. São Paulo, pp. 340 - 343;
126
Seita ou religião?
doutrina cristã e que não seria correto um cristão participar das reuniões promovidas
por eles e nem mesmo ler os livros, revistas e outras publicações teosóficas, a menos
que o faça para pesquisar e refutar com conhecimento de causa.
Duas mulheres
Helena Blavatsky faleceu em 8 de maio de 1891 e foi sucedida por Annie Besant.
Annie Wood Besant nasceu em 1847, em Londres, e se casou, ainda muito nova, com
Frank Besant, com quem teve dois filhos. Ela também abandonou o marido. Com a
morte de Helena Blavatsky, Annie Besant colocou-se à frente da sociedade.
Página
filho, como o futuro Mestre e Salvador da humanidade. Segundo ela, Jiddu era o Cristo
reencarnado. O tal jovem já havia supostamente passado por 32 encarnações,
gastando, para isso, 72.000 anos. Como sabemos, Jesus nos exortou a estarmos
alertas contra o surgimento de falsos cristos e Jiddu, ao que consta, seria esse falso
cristo, tido como salvador do mundo.
Atentemos para o prognóstico de Jesus: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo:
“Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;
porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios
que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito”
(Mt 24.5, 23-25).
Organização e atividades
Estão organizados em mais de sessenta países em seções nacionais e estas, por sua
vez, compõem-se em Lojas e Grupos de Estudos. A maioria das lojas e grupos de
estudo realiza reuniões públicas com palestras, cursos, debates e outros eventos
desse tipo. Existem outras atividades de confraternização entre membros e
simpatizantes. No Brasil, há dois ramos distintos: a Sociedade Teosófica no Brasil,
filiada à Sociedade Teosófica fundada por Helena Petrovna, e a Sociedade Teosófica
Brasileira, também conhecida como Sociedade de Eubiose, fundada por Henrique José
de Souza e com sede em São Lourenço, Minas Gerais.
Objetivos
Para que uma pessoa se torne associada da Sociedade, tem de concordar pelo menos
com o primeiro objetivo. Os outros dois são opcionais.
Fonte de autoridade
Página
O livro mais importante da fundadora é A doutrina secreta (1888). Suas outras obras
são: A voz do silêncio (1889), Isis sem véu e A chave da teosofia. Embora a palavra
130
teosofia signifique a sabedoria de Deus, essa nova sabedoria, no entanto, não tem
nada em comum com a verdadeira sabedoria de Deus (1Co 2.6-13).
A pergunta que se faz é: “Em que se baseava a escritora para afirmar que a teosofia é
a essência de todas as religiões e da verdade absoluta?”. Por incrível que pareça, ela
se baseava no testemunho de videntes, isto é, de mestres iluminados do Tibete, no
ensinamento da Loja Branca, da Hierarquia dos Adeptos e na cultura do pretenso
continente Atlântida, que não passa de mera ficção literária de Platão.
Tal posição é oposta ao que Cristo afirmou sobre si mesmo, dizendo: “Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6). Por
sua vez, Pedro, em sua segunda carta, declara: “Porque não vos fizemos saber a
virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente
compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus
Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o
meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do
Página
céu, estando nós com ele no monte santo; e temos, mui firme, a palavra dos profetas,
à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até
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que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações” (2Pe 1.16-19).
Tais homens, tidos como mahatmas (mestres iluminados), não passam de falsos
cristos, indicados por Jesus em Mateus 7.15.
A teosofia e a Bíblia
Declaram que a atual “raça-trono” ariana já teve até agora cinco cristos, ou seja,
cinco encarnações do Supremo Mestre do Mundo, que foram: Buda, Hermes,
Zoroastro, Orfeu e Jesus. Afirmam que Cristo usou o corpo de Jesus. Desta forma,
Jesus não deve ser considerado o único Filho de Deus, o Deus homem. Ele é apenas
uma das muitas manifestações ou aparições de Deus através dos séculos. Cristo é
distinto de Jesus. Cristo é uma idéia perfeita de Deus – o despertar da divindade
inerente. Jesus tem a consciência crística ou espírito crístico mais desenvolvido do
que outros, mas cada um pode desenvolver seu espírito crístico ou consciência
cósmica. Não bastasse tudo isso, ainda aguardam a chegada de um novo cristo, que
será mais poderoso do que o Senhor Jesus Cristo. Esse novo cristo unirá todas as
religiões em uma só, dizem os teosofistas.
Jesus e Cristo são dois nomes para a mesma pessoa. Jesus não se tornou o Cristo
como pessoa adulta, mas nasceu o Cristo (Lc 2.11,26; Jo 1.41; Mt 16.13-16; Jo
11.25,27). O Cristo da Bíblia é o Jesus de Nazaré histórico e o eterno Filho de Deus.
Ele se tornou homem, viveu uma vida sem pecado, sofreu a morte vicária e ascendeu
aos céus, ao seu Pai (Gl 4.4,5; 1Co 15.3,4; At 1.9-11).
A Bíblia apresenta Jesus como a única manifestação de Deus na carne (Jo 1.1-3,14;
8.58; 14.8-10) e admoesta que tenhamos cautela com relação aos falsos Cristos (Mt
24.4,5, 23-25).
Pedro declarou que Jesus, o Cristo, é o Filho do Deus vivo (Mt 16.16), sendo elogiado
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por Jesus, que lhe disse ter sido iluminado por Deus para fazer tal declaração (Mt
16.17-18). Jesus disse de si mesmo que era o único caminho para que o homem
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pudesse chegar a Deus (Jo 14.6). O apóstolo Pedro, por sua vez, reiterou que só no
nome de Jesus há salvação (At 4.12). João disse que aqueles que negam que Jesus é o
Cristo são anticristos (1Jo 2.22-23).
Teosofia: Tudo é um
Toda a realidade é um todo unitário. Ou seja, toda a realidade (e aqui estão incluídos
Deus, a humanidade, o universo criado, a terra, o tempo e o espaço) faz parte do
todo. Esta idéia é conhecida como monismo e é basicamente um conceito hinduísta.
O Deus da Bíblia criou o homem, que é uma pessoa distinta e à parte do Criador (Gn
1.27).
É um espírito pessoal (Jo 4.23,24), com vontade própria (Rm 12.1,2; Hb 10.9).
É um Deus Trino: três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, mas numa só
essência ou natureza divina (Mt 28.19; 3.16,17; 2Co 13.13; Gl 3.20).
O objetivo da vida é despertar o deus que dorme no interior do ser humano. Cada
pessoa é mais do que sublime, porque somos divinos. “Não é o temor do Senhor o
princípio da sabedoria, mas o conhecimento do EU que se torna a própria
sabedoria”.1 3 “O homem traz latentes no seu interior todos os atributos da divindade
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A Bíblica ensina que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn
1.26,27). Deus é distinto do homem (Ec 5.2; Nm 23.19; Os 11.9). A própria ignorância
do homem sobre a sua suposta divindade mostra que ele não é Deus. Vejamos
algumas diferenças entre Deus e o homem:
a) Deus é Todo-Poderoso (Mt 19.26); o homem tem poder limitado (Hb 4.15).
O problema do homem é ignorar sua divindade. Desde que não exista o problema do
pecado, ele também não tem necessidade de salvação. Conseqüentemente, Jesus não
morreu na cruz para providenciar a salvação do pecador. Os homens precisam de
iluminação para reconhecer sua divindade. Pela reencarnação, uma pessoa pode
retornar a Deus. A única coisa que o homem precisa é de iluminação, para reconhecer
sua divindade. A iluminação ou alteração da consciência é chamada também nova
consciência. As técnicas para a alteração da consciência ou nova consciência são:
meditação transcendental, ioga, hipnoses, mantras, diálogo com canalizadores, entre
outros.
O Jesus bíblico ensinou que sua missão foi prover, por sua morte na cruz, expiação
pelo pecado da humanidade (Mt 20.28; 26.26-28). Ensinou, ainda, que a salvação do
homem só é possível por fé nele (Jesus), e não por iluminação ou nova consciência (Jo
3.16).
A vida e o destino do homem são governados pela lei do carma (ação em sânscrito), a
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lei da causa e efeito.15 O homem precisa progredir muitas vezes até chegar à
unidade com o Um. Se o homem adquire bom carma (reação a toda ação), benefícios
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O tipo de reencarnação adotado pela teosofia não é igual ao de Allan Kardec. O mais
importante argumento contra a reencarnação é o esquecimento geral das vidas
passadas. Se é verdade que já vivemos algumas vezes, como se explica o
esquecimento geral das vidas anteriores?16
A reencarnação constituiria um castigo injusto. Pois: de que serviria a uma alma voltar
à carne se ignora as etapas que já percorreu na sua purificação espiritual? A
reencarnação prende-se, geralmente, ao falso conceito de Deus; ou seja, ao
panteísmo, junto com o qual a reencarnação é professada na Índia. De fato, se não há
um Deus pessoal, a quem o homem possa invocar, é o próprio homem quem tem de
remir a si mesmo.
Por outro lado, o homem que crê em um Deus pessoal e distinto do mundo, sabe que
é amado por este Deus que provou o seu amor doando seu Filho Jesus para que
pudéssemos obter redenção (1Jo 4.8). “Nisto se manifesta o amor de Deus para
conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos
amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.9,10).
Jesus ensinou aos discípulos a orar (Mt 6.9-13). Freqüentemente, Jesus era encontrado
em oração de manhã, de tarde e de madrugada. Pedro foi livre das mãos de Herodes
pela oração da Igreja em seu favor (At 12.5-8). Paulo recomendou que os cristãos
devem orar sem cessar (1Ts 5.17).
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Falando sobre a redenção efetuada por Cristo, L.W. Rogers declara: “É esta perniciosa
doutrina de que o erro cometido por um pode ser consertado pelo sacrifício de outro.
É simplesmente surpreendente que tal crença tenha sobrevivido à Idade Média e
continue a encontrar milhões de pessoas que a aceitam nesses dias de pensamento
claro. O homem, que busca comprar a felicidade, através da agonia de outro, é
indigno do céu, e não poderia reconhecê-lo, se estivesse lá. Um céu habitado pelos
que vêem no sacrifício vicário um arranjo feliz, o qual lhes permite viver no prazer e
bem-estar, não é digno de ser possuído”.18
Cristianismo: a base da redenção é o sangue de Cristo (Mt 26.28; Ef 1.7; 1Jo
1.7,9).
“Não há religião superior à verdade, este era o antigo lema da família de Kasi, ou
Varanasi, também adotado como lema da Sociedade Teosófica”.19 A verdade
essencial da teosofia é que existe a unidade por trás de toda a diversidade.
Concordamos com o fato de que as inúmeras religiões não são superiores à verdade,
entretanto, é salutar esclarecer que verdade é esta, e, neste intento, é adequado
apontá-la como nosso lema, cujo fundamento é exarado de forma explícita e absoluta
na Bíblia.
senão por mim” (Jo 14.6), “em nenhum outro há salvação” (At 4.12) e “um só
mediador” (1Tm 2.5). De acordo com as Sagradas Escrituras, Jesus é a verdade.
Qualquer religião que ignorar ou deturpar este lema não poderá oferecer a verdadeira
salvação.
Entre outros, este é um dos principais atrativos que a Nova Era resgatou de sua
precursora, isto é, o ideal de harmonizar e unificar valores religiosos em busca da
verdade, apresentando, com isso, uma religião sincrética. Logicamente, em nossos
dias, essa pregação simpática encontrará o acolhimento de pessoas que não querem
se comprometer com uma verdade moral e um Deus pessoal. Nós, em contraste,
continuaremos irredutivelmente apregoando a mensagem da verdade, independente
de como ela for recebida. Afinal de contas, como Charles Haddon Spurgeon disse: “mil
erros podem viver em paz uns com os outros, mas a verdade é um martelo que os
quebra a todos em pedaços”.
Vejamos:
Fonte: http://www.mcanet.com.br/lotusbranco/simbologia.htm
RELIGIÕES
SEITAS
Logosofia (1930)
Perfect Liberty (1946)
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FILOSOFIAS E PRÁTICAS
Homossexualidade
Gnosticismo
Ecumenismo
Sincretismo
Panteísmo
Monismo
Holismo
Astrologia
Ufologia
Ecologia
Cosmologia
Cosmogonia
Bruxaria
Bruxaria
Alquimia
Feng-Shui
Reiki
Vodu
Ioga
Entre outros
Notas:
ressurreição de Cristo. Ao que parece, foi uma das primeiras heresias cristãs, visto
que, conforme a opinião de alguns, os escritos do apóstolo João foram redigidos
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“As emoções negativas são a causa primária de muitas doenças. Se intensas, podem
distorcer a manifestação dos ideais de força, sabedoria e beleza, preexistentes na
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natureza humana”.
É com esse enunciado que começa determinado artigo incentivando o uso dos Florais
de Bach, considerado um regulador das vibrações que nos equilibram com a natureza.
Muitos cristãos têm indagado se devemos ou não substituir ou adicionar os
tratamentos alternativos aos cuidados alopáticos (Alopatia: Sistema terapêutico que
consiste em tratar as doenças por meios contrários a elas, procurando conhecer suas
causas e combatê-las).
Primeiramente, devemos distinguir os tratamentos alternativos das alternativas
espiritualmente perigosas, muito em moda hoje em dia. A maioria dessas alternativas,
bastante veiculadas pela mídia, está altamente comprometida com a holística.
Ao falarmos em qualquer tipo de tratamento, não podemos nos esquecer de que, seja
qual for ele, a automedicação não é aconselhada. É muito comum encontrarmos por
aí consultores sem nenhuma formação ou habilitação profissional atuando como
conselheiros ou terapeutas. O que pode ser benéfico para uma pessoa poderá ser
inócua ou até mesmo nociva para outra. Portanto, o cristão que deseja tratar-se
através do naturalismo deve primeiro verificar a fidelidade do proposto pelo
medicamento. Também se faz necessário conhecer as credenciais dos consultores
naturalistas.
O uso de plantas medicinais conta, ainda que com restrições, com o apoio científico.
Como tais plantas são selecionadas e que critério é usado? Inicialmente, a sabedoria
popular é a responsável pela sugestão de uso de diversas plantas e pela maneira
como devem ser utilizadas. Às vezes, a mesma planta é citada para algumas doenças
ou para todas. Excluindo os excessos, podemos encontrar muitas utilizações
realmente eficazes. Em 1982, a CEME (antiga Central de Medicamentos) implantou
um programa para pesquisar as plantas de uso popular em solo brasileiro. Objetivo?
Estudar possíveis substâncias ativas que servissem para preparados fitoterápicos
científicos. Novamente, a sabedoria popular, o receituário do povo, foi o cabedal para
selecionar as plantas e ervas candidatas.
O primeiro passo da pesquisa foi nominar corretamente as plantas com seu nome
latino, para que não ocorresse o costumeiro erro de se dar o mesmo nome a plantas
diferentes, ou nomes diferentes a plantas iguais, dependendo da região e do nome
popular a elas atribuídos. O segundo passo foi verificar se tais plantas atuariam
realmente nos males que o receituário popular apregoava. Os resultados positivos
foram surpreendentes. Hoje, diversas indústrias farmacêuticas têm oferecido
produtos exclusivamente bulados nestas ervas.
Alternativas perigosas
O cristão deve tomar sua decisão pessoal quanto aos ramos mencionados acima.
Contudo, quando algo mais está envolvido, o que deve ser feito? Existem muitos
remédios aparentes, representativos. Conseqüentemente, não são reconhecidos pelos
órgãos competentes de saúde. Observe o parecer técnico do Ministério da Saúde
(Vigilância Sanitária) sobre as essências florais:
A composição desses florais não representa riscos aos usuários, geralmente é feita de
água mineral, conhaque de uvas, arbustos ou árvores silvestres. Administrados em
doses pequenas, cerca de quatro gotas, não fazem mal, mas também não são
eficazes, conforme parecer do Ministério da Saúde: não podem ser apresentadas
indicações terapêuticas com finalidades preventivas ou curativas, induzindo o
consumidor ao erro ou à confusão. Se as composições desses florais são ineficazes,
por que devemos considerá-los?
Tratamentos holísticos
Muitas pessoas, por usarem palavras como Deus, Cristo, espírito e alma são
consideradas simpáticas ao cristianismo. Todavia, não devemos nos confundir.
Obviamente que alma, espírito, Deus e Cristo não são termos científicos ou
medicinais, mas, sim, religiosos. Aqueles que lançam mão de tais palavras
certamente têm o seu próprio conceito a respeito do significado delas, e isso refletirá
no seu modo de vida.
O conceito holístico poderia ser expresso assim: a visão de que o todo não se explica
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fora de suas partes e estas não podem ser compreendidas fora do todo. A visão
holística tem integrado áreas do conhecimento de forma abrangente, ultrapassando
as fronteiras religiosas. Absorvem conceitos de todas as religiões e cultos, buscando a
verdade em sua essência. O homem deve ser tratado como um todo, nele mesmo e
através da natureza. Logo, o bem-estar espiritual do homem depende de seu
equilíbrio com a natureza.
A cor, a forma e o aroma das flores veiculam o espírito da natureza. Esse dom,
alegam, pode ser adquirido pela absorção de algumas gotas do florais. São dezenas
de essências florais. E cada uma delas é aplicada conforme suas atribuições. Ao
escolher aquela que corresponde à sua necessidade espiritual, o usuário alcançará o
reequilíbrio emocional. Tais conceitos afirmam que estamos em um universo onde as
forças impessoais estão em constante luta. Trata-se do bem e do mal, da luz e das
trevas. Longe de qualquer vitória entre essas forças, os adeptos do conceito holístico
afirmam que precisamos equilibrá-las, pois elas são essenciais ao universo.
Talvez alguém seja realmente curada ao fazer uso de algumas raízes ou folhas.
Erram, portanto, quando adicionam misticismo ao elemento natural. Como cristãos, o
que devemos fazer a respeito? Excluir o místico e usufruir apenas do natural. Um
exemplo do que estamos falando é o uso da folha de arruda atrás da orelha, simpatia
atribuída ao natural, o que significa adesão ao misticismo idólatra. O servo de Deus
deve rejeitar isso.
Talvez alguém possa estranhar o tema em pauta, entretanto ele é um dos mais
recentes assuntos do mundo das religiões. Apesar de os seguidores desse movimento
‘do Viver de Luz’ dizerem que não se trata de mais uma religião, não é o que vemos
na prática, pois usam uma linguagem metafísica na propagação da sua “ciência”.
Abaixo faremos várias citações que, na sua maioria, foram extraídas do site:
http://www.vivendodaluz.com/PT/articles/jas/lol_update_2001.html
Segundo uma das adeptas do “Viver de Luz”, Alice Domingues (Centro Holístico do
RJ), uma das maiores autoridades deste assunto é a escritora australiana Jasmuheen,
autora do livro “Viver de Luz”. Ela já esteve no Brasil várias vezes dando entrevistas e
palestras. Mas parece que o movimento criou mais força após Evelyn Levy Torrence
(uma das mais aguerridas defensoras desse ensino) ter sido entrevistada num
programa televisivo, provocando polêmica ao afirmar que estava há dois anos sem
comer, somente vivendo da luz. Incentivando as pessoas a pararem de comer -
“comida é veneno”, disse ela.
A opinião científica
O que é a metafísica?
Vamos elucidar o que é metafísica, pois esse vocábulo é muito aplicado pelos
seguidores dessa doutrina. Metafísica “é a divisão da filosofia que se ocupa de tudo o
que transcende o mundo físico ou natural” (Enciclopédia Britânica do Brasil
Publicações Ltda). Ou seja, acreditar na metafísica é ser místico ou religioso, de
alguma forma.
Evelyn induz que Jesus Cristo e a Bíblia defendem seu ponto de vista e corroboram
com a idéia de viver de Luz. (Veremos esse assunto mais adiante). Também afirma:
“A purificação e a desintoxicação do corpo permitem que o físico alcance uma
vibração energética muito mais fluida, deixando, com isso, o espírito livre para se
movimentar com muito mais facilidade para dentro e para fora do corpo. A não
alimentação provoca um poder espiritual mais ativo e isso permite que a pessoa
possa viver novas e diferentes realidades pessoais. O ser purificado trabalha no
campo invisível com a consciência, realiza viagens astrais, desperta a intuição, abre
sem medo o coração e aceita totalmente o mundo espiritual como verdade”. Ou seja,
segundo Evelyn o parar de comer traz enlevo espiritual e provoca poderes
sobrenaturais. É claro que isso gira em torno de uma ótica religiosa e
sobrenatural/esotérica.
O prana
Na realidade, não é que eles não se alimentam de nada: a “comida” deles é “prana”,
energia universal que é obtida a partir da respiração e da absorção da luz solar. Algo
como a fotossíntese realizada pelas plantas que, no caso dos humanos, seriam feitas
pelas glândulas pineal e hipófise. É o que afirma Evelyn.
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Dos mestres Astrais. Diz Evelyn que “Os mestres astrais sempre ensinam que uma
ação externa só tem poder e valor se dermos esse poder e valor a essa coisa. Os
mestres me ouviam, me mostravam, me contavam e eu lia e lia e lia... Um dia recebi
a orientação de encontrar um mestre virtual para me ajudar a passar pelos obstáculos
de minha vida cotidiana... me foi indicado que estudasse com um índio Tolteca
chamado Don Juan. Don Juan era amigo da morte... muito amigo... Don Juam me
ensinou muitas coisas valiosíssimas, foi ele quem me ensinou a não temer mais a
morte. Foram doze anos de um aprendizado diário com Don Juan, através de
Castaneda, praticando todos os ensinamentos”.
Dos livros e sites: “Aconselho seguindo algumas etapas, que são: Ler livros sobre o
assunto, investigar sites, conversar consigo mesmo sobre essa possibilidade de vida e
recolher a maior carga possível de poder pessoal para tomar a decisão de não desistir
de maneira nenhuma”.
Tudo começa com o processo dos 21 dias. Vejam o que atesta Evelyn em seu site:
“Esse processo não é e nem pode ser considerado como uma nova dieta de
emagrecimento. Essa nunca foi a proposta do trabalho, que visa única e
exclusivamente a desintoxicação orgânica humana e reconexão interna com o Eu
Superior... Para se tomar a decisão de parar de alimentar-se de elementos sólidos é
preciso muita consciência e visão, para que o processo possa ser realizado com
absoluto êxito... O Processo dos 21 dias foi elaborado pela australiana Jasmuheen, há
cerca de 10 anos. Jasmuheen, depois de pesquisar e estudar a influência dos
alimentos na vida humana, recebeu a autorização espiritual para ensinar às pessoas
mais conscientes como se reconectar com seu Eu Superior através de uma
reprogramação física, energética, mental e espiritual... Esse processo de
reprogramação alimentar foi dividido em três grupos de sete dias, totalizando um
programa de 21 dias, que começa com a decisão interna de parar de comer... Essa
decisão pode ser tomada de diversas e diferentes maneiras: ir parando aos poucos
(quando a pessoa gradativamente reduz a alimentação, cortando os alimentos mais
pesados); aplicando jejuns alternados; entrando numa dieta à base de frutas; parando
completamente a alimentação com uma data marcada (neste caso a pessoa precisa
estar 100% consciente de sua decisão radical)”.
Entretanto, o dr. Regis Barbier afirma: “Tornar as glândulas pituitária e pineal capazes
de absorver a energia solar e nutrir o corpo significa realizar uma transmutação
biológica. Isso nunca foi feito por cientistas. E se isso for possível a um ser humano,
não acredito que alguém o faça em apenas 21 dias”, justifica. “Seria necessário um
processo alquímico capaz de transformar fótons em proteínas e açúcares”.
alimentar. Isso seria cômico se não fosse levado a sério pelos indivíduos praticantes
do “viver de luz”.
Refutação teológica
É uma religião. Apesar de ter ouvido categoricamente de Alice Domingues que esse
movimento não é religioso, é só perscrutar um pouquinho e veremos que tudo não
passa de esoterismo/nova era, sendo uma das mais recentes maneiras religiosa de
expressão. Frases como: “A não alimentação provoca um poder espiritual”; “Recebeu
a autorização espiritual para ensinar as pessoas mais conscientes”; “O Eu divino”;
“Está escrito até na Bíblia...”. Enfim, são inúmeras expressões religiosas usadas em
toda a doutrina desse movimento, fazendo dele mais uma religião, ou melhor, seita -
a seita do Viver da Luz.
A Palavra de Deus também condena esse excesso: “E olhai por vós, não aconteça que
os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da
vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc 21.34). Observem que a Bíblia
condena a glutonaria, mas não instrui ninguém a se privar das boas iguarias.
Adão e Eva. Sobre o primeiro casal e a queda, Evelyn diz: “Tudo começou com uma
linda e cheirosa maçã! Dizem as Escrituras que Eva não resistiu ao encanto da fruta e
pela primeira vez na vida sentiu vontade não só de tocar, cheirar e apreciar, mas de
ingerir aquela fruta tão linda e atraente. Ao experimentar o primeiro pedaço, Eva
sentiu o prazer do paladar e apresentou sua descoberta para seu companheiro Adão
que também experimentou e gostou da maçã. Até aí não aconteceu nada de errado,
pois a maçã era um dos presentes de Deus e nunca fora proibida de ser degustada
com amor e prazer... Porém, Eva se tornou dependente daquele prazer...”.
Bem, provavelmente a tal “árvore proibida” e o tal fruto não era a macieira e
conseqüentemente a maçã, provavelmente era uma figueira e o fruto um figo (leia Gn
3.7). Evelyn não conhece nem o básico das Escrituras e tenta usá-la para apoiar seus
devaneios. Entretanto, a problemática do contexto do livro de Gênesis é outra. O
pecado de Eva não foi em si comer um fruto ou uma maçã, pois a Palavra havia dito:
“E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e
boas para comida” (Gn 2.9). Ou seja, a questão não era alimentar ou dietética, mas
de obediência ao Senhor. Aquela determinada árvore foi a prova de obediência que
Adão e Eva tiveram para optar em obedecer a Deus ou não: “De toda árvore do jardim
comerás livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não
comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17).
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Após a queda do primeiro casal, Deus ainda deu liberdade para que o homem se
alimentasse de carnes: “Tudo o que se move, e vive
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, ser-vos-á para alimento” (Gn 9.3). Adão e Eva nunca viveram de Luz!
Um corpo imortal como o espírito. A Palavra de Deus diz que o nosso corpo é
corruptível e que enquanto estivermos nele seremos sujeitos à morte (1Co 15.52,53).
Ainda é enfatizado pela Palavra que ao homem é ordenado morrer (Hb 9.27). Só em
Cristo Jesus podemos ser salvos da morte, pois Ele já a venceu e ressuscitou. Apesar
disso Evelyn afirma: “... o corpo pode ser imortal e carregar o mesmo espírito por toda
a existência, ou por quanto tempo quiser”.
O apóstolo Paulo qualifica movimentos desse tipo como doutrinas de demônios. “Mas
o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios... proibindo o
casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem
recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade;
pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é
recebido com ações de graças; porque pela palavra de Deus e pela oração são
santificadas” (1Tm 4.1-5). Tudo o que é bom e saboroso Deus tem prazer que seus
filhos desfrutem: “Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra” (Is 1.19).
É claro que algo que tenha bom sabor, mas que causa algum malefício ou vício deve
ser evitado, pois: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.
Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”
(1 Co 6.12).
é mencionado um caso que terminou mal: “É verdade que existiu um caso de uma
senhora que morreu durante o processo...”.
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A incógnita é: quantos ainda serão vitimados por permitirem que coisas desse nível
sejam ventiladas pela mídia sem que ninguém tome as devidas providências? Onde
estão as autoridades do nosso país? Ou será que a nossa democracia permite
qualquer lance? Alguma providência precisa ser tomada, esse ensinamento absurdo e
lunático não pode continuar sendo vinculado sem que haja a preocupação com os
receptores! Sabemos que há pessoas que não têm estrutura neuropsicológica para
agüentar esse tipo de idéia e podem enveredar-se por um caminho sem volta, e isso
poderá gerar um verdadeiro caos. Que o leitor ore e procure se informar muito bem
sobre esse mais novo ensino em nosso meio.
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