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PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado da Bahia


Gabinete do Desembargador José Olegário Monção Caldas

QUARTA CÂMARA CÍVEL


AGRAVO DE INSTRUMENTO N.7236-8/2009
Comarca: CANAVIEIRAS
Agravante: DENISE OLIVEIRA FAVARO
Advogado: VERONIQUE KYOKO TATEISHI
Agravado: MINISTÉRIO PÚBLICO
Relator: DES. JOSE OLEGÁRIO MONÇÃO CALDAS

D E C I S Ã O

Vistos.
ELIAS CÂNDIDO CABRAL DE ALMEIDA, já
qualificado nos autos, formula, em 16.03.2009, pleito de
reconsideração do decisum de fls.122/127 que outorgou
efeito suspensivo ao presente agravo.
De sua vez, DENISE OLIVEIRA FAVARO noticia,
em 27.03.2009, a ausência de cumprimento, pelo Juízo de
1º grau, da ordem ali consignada, no sentido do imediato
retorno do menor ao convívio materno.
Verifico que, ao despachar, adverti:
“Cumpra-se com urgência, dando-se ciência à relatoria,
recomendando-se presteza ao Juízo, em observância ao
princípio da celeridade processual.”
Todavia, só nesta data os autos retornam
conclusos, sem que se tenha notícia da efetivação da
ordem emanada da Instância Superior.
Inaceitável a leniência.
Injustificável a desídia.
À Câmara, cumpre envidar meios para
expedir, com diligência, as ordens e comunicações
contidas nas decisões das autoridades judiciárias
competentes.

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AI 7236-8/2009 (JOMC6)
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
Gabinete do Desembargador José Olegário Monção Caldas

Do 1º grau, velando, inclusive, pelos


princípios do respeito e da dignidade da Justiça, espera-
se, por dever de ofício, faça cumprir integralmente os
comandos judiciais.
As partes não podem ficar à mercê da
morosidade e da omissão – duas das mais perversas formas
de negativa de jurisdição !
Dessa forma, passo a decidir:
1. Mantenho, em todos os seus termos, a
suspensividade atribuída ao recurso, indeferindo o pleito
de reconsideração que não se fez instruído com prova de
motivo superveniente a ensejar o juízo de retratação.
2. Defiro o quanto requerido na fl. 247,
para fins de se oficiar à eminente Corregedora das
Comarcas do Interior, com cópia desta decisão, daquela
que deferiu liminarmente a suspensividade e da petição de
fls. 246/7, para que sejam adotadas as cabíveis e
necessárias providências, inclusive para assegurar o
efetivo cumprimento das ordens expedidas por este
Tribunal ao digno magistrado a quo.
3. À Secretaria da Câmara, expeça Carta de
Ordem ao juízo de 1º grau, para urgente cumprimento da
suspensividade já deferida, com prazo de 05 (cinco) dias
para devolução.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador(BA)14 de maio de 2009.

Des. JOSÉ OLEGÁRIO MONÇÃO CALDAS


Relator

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AI 7236-8/2009 (JOMC6)

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