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1. Introdução
O Estágio Supervisionado é uma atividade de extrema importância na
formação inicial do professor, logo que, é o momento em que estagiários vivenciam
as diversas situações do contexto escolar: o trabalho em sala de aula; a interação
professor/aluno; os métodos de avaliação do professor; os recursos utilizados pelos
professores. “O estágio é o eixo central na formação de professores, pois é através
dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da
construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia” (PIMENTA E LIMA, 2004).
Para Silva (2005) no cotidiano acadêmico é perceptível que os graduandos se
envolvam com muita disposição e ânimo quando a universidade lhes proporciona a
participação em que consiga colocar conhecimentos teóricos em prática,
acompanhados de um profissional supervisor. É necessário que o estagiário
aprenda a observar e identificar os problemas, estar sempre aprendendo e
buscando informações, questionar o que encontrou além de buscar trocar
informações com professores mais experientes.
De acordo com Francisco e Pereira (2004) o estágio surge como um processo
fundamental na formação do aluno estagiário, pois é a forma de fazer a transição de
aluno para professor “aluno de tantos anos descobre-se no lugar de professor”. Este
é um momento da formação em que o graduando pode vivenciar experiências,
conhecendo melhor sua área de atuação. “O Estágio Supervisionado consiste em
teoria e prática tendo em vista uma busca constante da realidade para uma
elaboração conjunta do programa de trabalho na formação do educador (GUERRA,
1995)”. Este “possibilita ao graduando desenvolver a postura de pesquisador,
despertar a observação, ter uma boa reflexão crítica, facilidade de reorganizar as
ações para poder reorientar a prática quando necessário (KENSKI, 1994:11 citado
por LOMBARDI, 2005)”.
Após muitos estudos teóricos chegou o momento de aplicar os
conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, bem como confrontá-los com o
exercício pedagógico propriamente dito, buscando firmar uma prática que seja
significativa.
2. Caracterização da Instituição
A Escola Municipal Antonia Fernandes de Moura foi criada em 1993, é uma
instituição mantida pela Prefeitura Municipal de Santa Rosa do Purus, têm um corpo
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3. Observação e Co-Participação
Um período onde tudo o que acontece é novidade, principalmente para
estagiários que ainda não têm ou possuem pouca experiência em sala de aula. É um
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4.3 “No meio do caminho tinha uma pedra....” por isso “É preciso aprender a
viver – Giovanna Maria de Matos Souza
A aula teve início às 15h00min do dia 08 de Outubro de 2009, iniciei as
atividades com a dinâmica da flor artificial, onde coloquei uma flor em um vidro, com
isopor em cima, representando os obstáculos que a impedem de crescer,
contextualizando com a vida real, as dificuldades da vida. Falei que um pouco de
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confiança faz com que todas as dificuldades da vida sejam afastadas e os projetos
sejam retomados. Por fim Derrubei água sobre os isopores que caíram, fazendo a
flor subir à superfície.
Após este trabalho, apresentei aos alunos o poema ”No meio do caminho”, de
Carlos Drumonnd de Andrade, cuja função predominante é a poética, fiz indagações
sobre a repetição do verso “no meio do caminho tinha uma pedra”, que procura
reproduzir o cansaço, a monotonia e o eterno enfrentamento de obstáculos.
Mostrando aos alunos que essa repetição traz a idéia da impossibilidade de fuga dos
problemas: não importa a direção ou o sentido que se toma, a pedra está sempre no
meio do caminho. Debati sobre o terceiro verso que transmite a impressão de
mecanismo emperrado, girando sobre si mesmo? Em seguida, os alunos foram
apresentados à música “É preciso saber viver”, composição de Roberto Carlos.
Momento em que ouviram e acompanharam a canção com a letra em mãos.
Na seqüência, a turma foi dividida em grupos e proposto aos alunos que cada
grupo falasse um pouco sobre o poema e sobre a música, quais as diferenças
marcantes, o que eles entendem por “pedra no meio do caminho” e porque “é
preciso saber viver”, os alunos foram levados a fazer uma comparação entre o
primeiro e o segundo texto, sobre a mensagem que cada um transmite, então
escolheram um representante de cada grupo para que viesse a frente e expusessem
suas idéias.
Com o desenvolvimento dessas atividades procurei junto aos alunos destruir
preconceito, mostrando a eles que, poesia não é só sentimento, coisa melosa e
piegas, como muitos alunos pensam. Poesia é uma forma de protestar ou analisar
as situações vividas cotidianamente, maneira de expor sentimentos que nem sempre
falam de amor ou melancolia. Através das comparações os alunos puderam ver a
diferença entre um texto em prosa e outro em versos.
A aula terminou com todos os alunos cantando a música “é preciso saber
viver” no karaokê.
fundo no momento da leitura dos poemas, podíamos ouvir a música “aquarela”; após
alguns minutos perguntei se todos já haviam escolhidos suas poesias, assim
separaram-se em grupos onde recitariam as poesias escolhidas, para que todos
participassem, elaborei junto com as professoras auxiliares um esquema de gincana,
onde ganharia a turma que melhor recitasse as poesias.
Por fim dei espaço para que todos pudessem recitar poemas e versos de
autoria própria.
As razões pela quais trabalhei a leitura e a oralidade com os alunos, foram
pela razão de acreditar que centrar o ensino na leitura de textos é ocupar-se e
preocupar-se com o uso da língua. Quer dizer, que se trata de pensar a relação de
ensino como o lugar de práticas de linguagem e a partir delas, com a capacidade de
compreendê-las, não para descrevê-las, como faz o gramático, mas para aumentar
as possibilidades de uso exitoso da língua.
5. Conclusão e Recomendações
Analisando o Estágio Supervisionado I, por meio de suas etapas, desde a
observação passando pela co-participação até a sua culminância na regência,
verificou-se quão complexo e cheio de por menores é a sua consumação, como a
parte burocrática dos papéis (documentos), os planejamentos, planos diários, planos
de ação, tudo isso se torna um tanto complicado. É como juntar peças de um grande
quebra-cabeça que é o estágio em toda a sua estrutura.
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6. Referenciais
ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do caminho. Disponível em
http://www.youtube.com.br.
LAJOLO, Marisa. O texto não é pretexto. In: Zilberman, Regina (org.). Leitura em
crise na escola: as alternativas do professor. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.
P.51-62.
7. Anexos