Professional Documents
Culture Documents
no Hospital SEPACO,
São Paulo
2009
1. INTRODUÇÃO
Geral
Identificar a melhor terapia nutricional para casos iguais ao do paciente
estudado.
Específicos
1. Caracterizar cada patologia apresentada pelo paciente;
2. Realizar diagnóstico nutricional;
3. Avaliar a ingestão alimentar habitual do paciente, tanto no hospital
quanto em casa;
4. Determinar as necessidades nutricionais específicas à esse paciente;
5. Indicar a melhor terapia nutricional adequada ao conjunto de patologias.
3. METODOLOGIA
5. Antecedentes médicos
Diabetes Mellitus tipo 2 e hipertensão arterial.
6. Antecedentes familiares
Pai – Diabetes Mellitus tipo 2 e má circulação;
7. Histórico social
Corado e hidratado.
9. Medicamentos
Medicamentos utilizados
Posologia
utilizada
Medicamento Indicação Efeitos colaterais
no
Hospital
O ácido acetilsalicílico pode provocar
irritação da mucosa gástrica e sangramento
Para o alívio sintomático
digestivo, sobretudo em dose alta e
da cefaléia, odontalgia, dor de
tratamento prolongado.
garganta, dismenorréia, mialgia ou
Embora pouco comuns, podem ocorrer casos
artralgia, lombalgia e dor artrítica 200mg 1x
ASS de hipersensibilidade manifestada por
de pequena intensidade. ao dia, VO
broncoespasmo, asma, rinite, urticária e
No resfriado comum ou na gripe,
outras manifestações cutâneas.
para o alívio sintomático da dor e
O uso prolongado do ácido acetilsalicílico em
da febre.
altas doses tem sido associado com
diminuição da função renal.
Possibilidade de hiperuricemia, hiperglicemia,
glicosúria, depleção
potássica, alcalose metabólica, distúrbios do
Edemas renais, hepáticos, por
ritmo cardíaco; desidratação
insuficiência cardíaca e devidos a
com hipovolemia, hiponatremia e hipotensão
corticóides e estrógenos. 50mg 2x ao
Clorana ortostática;
Hipertensão arterial, isoladamente dia, VO
náuseas,vertigens, parestesias, astenia,
ou associada a outros
cefaléias, manifestações alérgicas, distúrbios
medicamentos.
hematológico, e
fotossensibilização; anorexia, náuseas,
vômitos, icterícia colestática, pancreatite.
Controle da hipertensão Podem ocorrer bradicardia, piora da
essencial, renal, insuficiência cardíaca, hipotensão postural, 40mg 2x ao
Inderal
da angina pectoris, da maioria das fenômeno de Raynaud, confusão, tontura, dia, VO
arritmias cardíacas, profilaxia alterações de humor, pesadelos, psicoses e
daenxaqueca, controle do tremor alucinações, distúrbios do
essencial, controle da ansiedade sono, hipoglicemiaem crianças, distúrbios
e taquicardia por ansiedade, gastrintestinais, púrpura, trombocitopenia,
controle adjuvante da alopecia, olhos secos, reações cutâneas
tireotoxicose e crise tireotóxica, semelhantes à psoríase, rashes
controle da cardiomiopatia cutâneos, parestesia, broncoespasmo em
hipertrófica obstrutiva e controle pacientes com asma brônquica ou história de
de feocromocitoma (com um queixas asmáticas, distúrbios visuais e fadiga
bloqueador dos receptores alfa-
adrenérgicos)
As seguintes reações adversas foram
relatadas mais freqüentemente em pacientes
com insuficiência cardíaca
congestiva: edema periférico, alergia, morte
Insuficiência cardíaca congestiva súbita, mal- estar, hipovolemia.
leve ou moderada (classe II ou III Cardiovasculares: sobrecarga de fluidos,
hipotensão postural. Sistema nervoso central
de NYHA) de origem isquêmica ou
e periférico: hipestesia, vertigem.
cardiomiopática, junto com Gastrintestinais: melena, periodontite.
digitálicos, diuréticos e inibidor da Sistema hepático e biliar: ALT aumentada,
ECA, para reduzir a progressão AST aumentada. Metabólicas e nutricionais:
hiperuricemia, hipoglicemia, hiponatremia,
da doença, evidenciada pela fosfatase alcalina aumentada, glicosuria.
morte cardiovascular, Plaquetas, sangramento e coagulação:
hospitalização cardiovascular ou a protrombina reduzida, púrpura. Psiquiátricas:
sonolência. Reprodutivas, homens:
necessidade de ajustar outros
impotência. Sistema urinário:
medicamentos para a insuficiência função renal anormal, albuminúria.
cardíaca. Pode ser usado em Hipertensão: em geral, foi bem tolerado em 25mg 2x ao
Carvedilol doses de até 50 mg ao dia. A maioria das
pacientes incapazes de tolerar um dia, VO
reações adversas relatadas durante o
inibidor da ECA. Pode ser usado tratamento foi de gravidade leve a moderada.
em pacientes que estejam ou não A incidência geral de reações adversas
aumentou com o aumento da dose. Para
recebendo tratamento com
reações adversas individuais, isto pode ser
digitálicos, hidralazina ou nitratos. percebido para vertigem, que aumentou na
Hipertensão: também é indicado freqüência de 2% a 5% quando a dose diária
para o controle da hipertensão total aumentou de 6,25 mg para 50 mg. Os
eventos adversos a seguir foram relatados
essencial. Pode ser usado como possível ou provavelmente
isoladamente ou em combinação relacionados com em pacientes com
com outros agentes anti- hipertensão ou insuficiência cardíaca
congestiva:
hipertensivos, especialmente
cardiovasculares: isquemia periférica, taquica
diuréticos tiazídicos. rdia. Sistema nervoso central e periférico:
hipocinesia. Gastrintestinais: bilirrubinemia,
enzimas hepáticas aumentadas. Gerais: dor
no peito subesternal, edema. Psiquiátricos:
nervosismo, distúrbios do sono, depressão
agravada, concentração prejudicada,
raciocínio anormal, paroníria, instabilidade
emocional. Sistema respiratório: asma.
Reprodutivos, homens: libido reduzida. Pele
e
anexos: prurido, rash eritematoso, rash macu
lopapular, rash psoriasiforme, reação de
fotossensibilidade. Sentidos
especiais: zumbido no ouvido. Sistema
urinário: freqüência de micção. Sistema
nervoso autônomo: boca
seca, sudorese aumentada. Metabólicos e
nutricionais: hipocalemia, diabetes mellitus,
hipertrigliceridemia.
Hematológicos: anemia, leucopenia. Os
eventos a seguir são potencialmente
importantes: bloqueio AV completo, bloqueio
de ramo, isquemia do miocárdio, distúrbio
cerebrovascular,
convulsões, enxaqueca, neuralgia, paresia,
reação anafilactóide,
alopecia, dermatite esfoliativa,
amnésia,hemorragia gastrintestinal,
broncospasmo, edema pulmonar, redução da
audição, alcalose respiratória, nitrogênio
uréico do sangue (BUN) aumentado,
lipoproteínas de alta densidade (HDL)
reduzidas,pancitopenia e linfócitos atípicos.
Interação fármaco-nutriente
A interação entre drogas e nutrientes é um evento que ocorre quanto se
produz um desequilíbrio de nutrientes por ação de um medicamento, ou
quando um efeito farmacológico é alterado pela ingestão de algum nutriente ou
pelo estado nutricional do paciente (CUPPARI, 2007).
Um maior conhecimento em relação a este processo conduz a um controle
mais efetivo da administração do medicamento e da ingestão de alimentos,
favorecendo, assim, a adoção de terapias mais eficazes. Portanto, o presente
artigo tem como objetivo apresentar os diversos aspectos envolvidos na
interação fármaco-nutriente (MOURA & REYES, 2002).
Assim sendo, é importante que, ao considerar uma terapia nutricional,
deve-se levar em conta qua a conduta abrange cada interação possível e que
esta pode variar de indivíduo para indivíduo. Dessa forma, de acordo com os
efeitos apresentados em cada um, modificações dietéticas podem apresentar-
se varias vezes repetidas ou contrárias no mesmo medicamento. Portanto, a
conduta deve ser priorizada de acordo com o estado do paciente (CUPPARI,
2007).
Suporte nutricional
Energia
Carboidratos
Proteína
Lipídios
Potássio
Cálcio e magnésio
Líquidos
Outros nutrientes
Suporte Nutricional
Energia
As dietas hipocalóricas e a perda de peso normalmente melhoram o
controle metabólico a longo prazo. Sugere-se uma restrição energética
moderada com ingestão diária de 250 a 500 Kcal a menos do que o usual e um
plano alimentar nutricionalmente adequado (CUPPARI, 2007).
Carboidratos
Segundo Cuppari (2007), os carboidratos devem ser ingeridos da seguinte
forma:
Amido 15 3 --
Carnes 0 7 5
Vegetais 5 2 0
Frutas 15 0 0
Leite e substitutos
12 8 0
(desnatado)
Gordura 0 0 5
1 caqui pequeno 17
TOTAL 45
Gorduras
A quantidade de gorduras da dieta, de maneira resumida, de acordo com
Cuppari (2007) ocorre da seguinte forma:
30% VCT:
- Gordura saturada menos do que 10%;
LDL:
- Saturada: < 7 % VCT;
Proteína
Dados sobre recomendações de proteínas para diabéticos ainda são
fracos. Até o momento, as evidências sobre quantidades maiores ou menores
do que as recomendadas à população geral são insuficientes. Aconselha-se,
então, um aporte de 10 a 20% de proteínas em relação ao valor energético
total da dieta diária, tanto de origem animal como vegetal (CUPPARI, 2007).
Vitaminas e minerais
A perda de potássio em pacientes que fazem uso de diuréticos pode
direcionar a sua suplementação. A hipercalemia que irá direcionar a restrição
desse nutriente pode ocorrer nos pacientes com insuficiência renal ou nos que
estão utilizando inibidores de enzimas conversoras da angiotensina
(CUPPARI, 2007).
Sódio
As recomendações de sódio para portadores de Diabetes Mellitus são
semelhantes à população em geral, em torno de 2.400 a 3.000 mg/dia, para
indivíduos com hipertensão leve a moderada não mais do que 2.400 mg/dia
(CUPPARI, 2007).
Cálcio
A ingestão diária de 1000-1500 mg de cálcio, principalmente em indivíduos
idosos com diabetes, é recomendado (AMERICAN DIABTES ASSOCIATION,
2008).
10.3. Hipertensão Arterial Sistêmica
Maior ingestão de
Controle da Diabetes
alimentos ricos em Medidas antiestresse
Mellitus
potássio
Exercícios físicos
-------------- --------------
regulares
Suporte Nutricional
Energia
Deve ser adequada ao gasto energético e caso o paciente esteja acima do
peso, estabelecer uma planejamento de perda de peso (SILVA & MURA,
2007).
Sódio
Em termos práticos, temos que considerar como sal de adição 4 g, o que
corresponde a cerca de 70 mEq (sódio extrínseco) e o restante,
aproximadamente 26 a 30 mEq, deve ser proveniente do sódio intrínseco. Os
pacientes precisam evitar molhos prontos, caldos de carne, temperos prontos,
entre outros (tabela 4) (CUPPARI, 2007).
Salsicha 0,95
Salame 1,06
Mortadela 1,24
Mostarda 1,25
Maionese 0,60
Azeitona 2,02
Sal 40,00
Potássio
A recomendação de potássio é de 2 a 4 g/dia não sendo necessária a
suplementação deste eletrólito na dieta. Esta recomendação deve ser
alcançada mediante maior consumo de alimentos ricos em potássio como
frutas, leguminosas e vegetais (CUPPARI, 2007).
Cálcio e Magnésio
A recomendação desses eletrólitos devem seguir a Recommended Dietary
Allowances (RDA), o que é assegurado com o consumo de uma dieta variada e
equilibrada. Podem-se citar como fonte de cálcio: leite e derivados, vegetais
folhosos, sardinha e salmão; como fontes de magnésio tem-se: cereais
integrais, leguminosas e vegetais verde-escuros (CUPPARI, 2007).
ERITROGRAMA
Uréia (mg/dL) 10 – 50 48
Alterações
Creatinina: os valores alterados de creatinina se deve as alterações
ocasionadas pelo ICC, no entanto não é considerada uma alteração
significativa.
URINA I
pH 5–7 6
Sedimentos na urina
Glicemia
25/09 93 98 143
02/10 98 100 97
Glicemia Normal:
- 2 horas após a ingestão de 75g de Glicose < 140 mg/dl (MILECH, 2002).
- 2 horas após a ingestão de 75g de Glicose: ≥ 140 a < 200 mg/dl (MILECH,
2002).
Diabetes
Conclusões
Raio X de tórax
Ecg
Observações:
Discussão:
1 unidade Laranja
1 unidade Banana
4 fatias Presunto
4 fatias Mussarela
Distribuição calórica
Lanche da 5 0 100 0
manhã
Observações
Necessidades Consumo
Nutrientes % adequação Diferença
nutricionais usual
Vitamina A
900mcg 49,78mcg Aumentar 1707% 850,22
(Retinol)
Vitamina C
(ácido 90mg 277,62mg Diminuir 67,58% 187,62
ascórbico)
Vitamina E
15mg 0,24mg Aumentar 6150% 14,76
(tocoferol)
Observações
100 ml Café
300 ml Leite
4 sachês Adoçante
½ escumadeira Arroz
½ concha Feijão
300 ml Chá
1 sache Margarina
Lanche da
15:00
tarde
1 sache Geléia
4 saches Adoçante
½ escumadeira Arroz
½ concha Feijão
100 ml Café
300 ml Leite
4 saches Adoçante
12.4.1. Quantidade de Nutrientes e Calorias Ingeridas no Hospital
Distribuição calórica
Lanche da
5 - 100 -
manhã
Lanche da
15 7,52 300 160,64
tarde
Observações
Necessidades Consumo
Nutrientes % adequação Diferença
nutricionais usual
Vitamina A
900mcg 912mg Diminuir 1,3% 12
(Retinol)
Vitamina C
(ácido 90mg 92mg Diminuir 2,22% 2
ascórbico)
Vitamina E
15mg 13,4mg Aumentar 10,6% 1,6
(tocoferol)
Observações
Quadril: 97 cm;
Razão cintura/quadril = 0,93, sendo indicativo de risco de desenvolvimento
de doenças (CUPPARI, 2007).
FA = fator atividade;
FT = fator temperatura;
FL = fator lesão.
Sódio: 1300mg/dia;
Cálcio: 1200mg/dia;
Ferro: 8mg/dia;
Vitamina C: 90mg/dia;
Vitamina E: 15mg.
A dieta deve ser hipossódica, tanto por causa da hipertensão, quanto pelo
ICC, e restrita em açúcares por conta da diabetes mellitus tipo 2. De acordo
com os cálculos, sua dieta deve conter 2000 Kcal/dia, sendo dividido em: 55%
de carboidratos, 15% de proteínas, 30% de lipídios.
Teor de fibras
O efeito das fibras solúveis (aveia, castanha, nozes, feijão, ervilha, soja e
lentilha) na redução da velocidade de absorção da glicose vem sendo atribuído
tanto ao retardo do esvaziamento gástrico como em decorrência da adsorção e
interação com os nutrientes, conferindo uma menor superfície de contato direto
com a parede do intestino delgado. A maior resistência à difusão através da
mucosa ocorre em virtude da viscosidade conferida ao bolo alimentar de uma
dieta rica em fibras (SARTORELLI & CARDOSO, 2006).
Líquidos
Realize seis refeições ao dia e evite ficar muito tempo sem se alimentar;
Consuma diariamente 3 colheres de sopa de farelo de trigo, aveia ou gérmen
de trigo em água, leite ou suco, distribuídas durante o dia. Poderá, também,
ser adicionado a preparações como: feijão, sopas, ensopados, mingaus,
farofas, pães, etc. As fibras auxiliarão no controle da glicemia;
Prepare todos os alimentos sem sal e sem temperos prontos salgados. Após o
alimento pronto, já no prato, distribuía um grama de sal (uma colher rasa de
café). Então será um grama no almoço e um grama no jantar;
Leia sempre o rótulo dos produtos industrializados, para garantir que o que
está comprando não tem sal e açúcar (observe, também, as palavras sódio e
sacarose);
Alimentos gordurosos podem aumentar o risco de descontrole da pressão
arterial;
Reduza o consumo de óleo. Dê preferência aos óleos vegetais;
Consuma com moderação alimentos como: arroz, macarrão, batata, mandioca,
polenta, farinha, pães, biscoitos;
Consuma até quatro porções de fruta (quando possível com casca) por dia,
porém devem ser distribuídas durante o dia todo. Consumir mais de uma
porção por vez pode aumentar a glicemia;
As verduras também são rica sem fibras, por isso prefira consumi-las cruas e
duas vezes ao dia;
Os produtos denominados light podem conter açúcar, portanto fique atento;
Controle seu peso, pois o excesso de peso altera os valores de glicemia e
pressão arterial;
Pratique atividades físicas regularmente, porém somente após orientação
médica (SANTOS, 2007).
13. CONCLUSÃO