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O tratamento psicoterapêutico e sua contribuição para

a saúde mental e inclusão social1

Caroline Neves Alves


Débora Pereira Dias
Josiane Rodrigues Carrijo
Vanessa Fernandes Peixoto
Vilma Tavares

A pessoa que procura um profissional de saúde geralmente tem como objetivo


encontrar a cura, pois o sofrimento e a fragilidade que a doença nos impõe remetem-nos à
finitude, que é o limite da condição humana. O processo psicoterápico deverá se atentar e
valorizar o processo de sofrimento do paciente, entendendo-o como uma forma de
comunicação, observando minuciosamente seus desejos, medos e angústias, de forma a que o
paciente possa ter capacidade para lidar com suas aflições, e não simplesmente, sufocando-as.
Vivemos em uma sociedade de consumo, imediatista, onde não há lugar para o
sofrimento. As necessidades do paciente se caracterizam como resultado de todo um processo
de exposições e exigências que a sociedade contemporânea impõe, pois é preciso estar sempre
bem, sempre sorrindo, disposto e produzindo. A prática clínica deve sustentar a condição de
sofrimento, possibilitando um espaço para que a pessoa exponha e entenda seus sofrimentos e
sintomas conseguindo assim, elaborar seus conflitos, lutos e perdas, para que consiga preservar
um estado saudável.
Dentre os objetivos de algumas psicoterapias está a busca da reestruturação psíquica
do indivíduo, fortalecimento do ego, para que este saiba enfrentar as vulnerabilidades futuras e
ser resiliente² ao mal-estar que o afeta, visto que os mesmos frequentemente fazem parte do
cotidiano.
Assim, o indivíduo, perpassado por sua subjetividade e inserido em contextos sociais,
poderá ter a possibilidade de acesso à psicoterapia, devendo esta, ser incluída na luta dos
direitos da população, sem quaisquer restrições, para que seja essa prática um instrumento de
promoção de saúde, inclusão e transformação social.

1
¹ Texto produzido para o trabalho interdisciplinar dos alunos do 8º período do curso de Psicologia da
UNIMINAS. Uberlândia-MG – Novembro de 2009.
² Resiliência é freqüentemente referida por processos que explicam a "superação" de crises e adversidades em
indivíduos, grupos e organizações (Yunes & Szymanski, 2001, Yunes, 2001, Tavares, 2001).

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