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(breve tirocnio falhado para poema de amor)

I
da rosa quero apenas
o perfume atravessando
a penumbra dos dedos
(que)
caules so coisas para plantar
nas casas, (linhas)
para dizer a pretexto de
para dizer que soobra sempre
depois dos olhos
a mais extrema doura dos lbios
colhida em nforas
II
ora, vejamos, pois bem: "o pretexto
deforma a expresso"
mas comea-se sempre por querer
sem saber
as mos aflitas
sobre a roupa
desatentas ao perfume
a boca debruada sobre o aroma
III
comea-se sempre por dizer
o que no se sabe: cisternas
abertas dentro do vero
esses gestos de to-s disseminar odores
para ver que o poema impe
a expresso como ordlio do pretexto
IV
no h deus mais justo
que aquele que nos d:
os gestos contornados pelo sabor
e depois toda queda mais sombria
ordlio:
da rosa, quero apenas no falar de mim
de mim, quero apenas a pele, e o aroma
do poema quero apenas
a justeza perfeita de falar
com toda a voz dos outros
e, do amor quero apenas a rosa
sem pretexto
aquele gesto que desponta da florao
do sal,
e tudo aquilo que dizemos
sempre sem saber

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