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COMO CONSTRUIR Estabilizagao com solo-cimento Marcio Rocha Pitta Engenelr, assessor tenico da ABGP-Associagdo Brasileira de Cimento Portland 41. Detinigses Para a estabilizario de solos com a utllizagio da técnica de solo~ cimento, é importante que sejam definidos os materiais consttuintes as diferentes espécies de esabilizagto com cimento. Assim: * Solo: qualquer ocorréncia natural. contendo pedregulho, pedra ou suas ilimitadas combinacoes de alto-forno e a cinza volante sto também wiilizaiveis como matéria- prima na estabilizagio com cimento; * Cimento Portland: todos os cimentos Portland fabricados no pais normalizacos pela ABNT sao utilizaveis ilizagao, resguar- dada a viabilidade especifica da aplicagio em cada caso; * Solo-cimentor & 0 produto endurecid resultante da cura vimida de ‘uma mistura compactada de solo pulverizado, cimento Portland e {jqua, em proporcdes previamente determinadas por ensaios espect- ficos, que definam a qualidade do material resultante,relacionando- a com padres fisicos de endurecimento preestabelecidos. Os ‘ritérios para a avaliago da qualidade sto a resistencia & compressto simples e, secundariamente, a perda de massa softida apds 0 ensaio de durabilidade por molhagem e secagem. Considera-se camo teor minimo admissivel de cimento o valor de 5% em massa (teor de cimento em massa é a relagio entre a massa de cimento ¢ a massa de solo seco. Teor de cimento em volume é o volume de cimentoem relacao a0 volume de solo-cimento compactado) © solo-cimento para emprego em pavimentos & normalizado peta ABNT, estando disponiveis os regulamentos NBR 11798 (Materiais para sub-base ou base de solo-cimento), NBR 12023 (Solo-Cimento * Ensaio de Compactagio), NBR 12024 (Solo-Cimento ~ Moldagem © Cura de Corpos-de-Prova Cilindricos), NBR 12025 (Solo-Cimento ~ Ensaio de Compressao Simples de Corpos-de-Prova Cilindricos), NBR 12253 (Solo-Cimento ~ Dosagem para Emprego como Camada de Payimento) e NBR 12254 (Execueio de Sub-Base ou Base de Solo- mento), A ABNT dispde também de normas registradas sobre tijolos e biocos de solo-cimento para habitagao, estando em vorar2o as de paredes monolitieas 2. Solo melhorado ou modificado por cimento Tratase de uma forma de establizicio em que o cimento Portland ‘age purimente como fator de alteracio das propriedades do solo pulverizado solto, isto €, nto compactado. As alteracdes sto obtidas deixando-se curar, em estado solto e por um certo tempo, uma ‘mistura Gmida de solo ¢ cimento Portland, s6 entao compactando- Geralmente & aplicada a materiais que nao preenchem certas exigencias correntes nas especificacdes, como valor minimo de supore, indices fisicos ou expansibilidade, © produto resultante € ‘um solo modificado, cujas caracterfsticasfisicas e mecinicas diferem acentuadamente daquelas do solo original, raduzindo-se emaumen- to do valor de supore ¢ diminuigio ou anulagio do indice de plasticidade e da expansiio volumettica. A faixa de teores de cimento € de 2% a 49% em massa, 3. Solo-cimento pléstico ou fluido Eo produto obtido de uma mistura homogénea de solo pulverizado, cimento Portland e Agua em quantidade suficiente para conferirlhe, ‘quando recém-misturado, consisténcia de argamassa, Se a opgao for pela consisténcia mais seca, os processos dle dasagem sto similares 10s do solo-cimento; caso a definicio seja pela fuidla, os critérios de ‘qualidade serio o tempo de fluidez da mistura, a porcentagem de contracio volumétrica e, complementarmente, 4 resisténcia a com- pressio simples. Os teores de cimento em massa sto superiores.a 10% , em alguns casos, podem aleancar até 40%. © solo-cimento plistico, com consisténcia seca (nao fluido), € recomendado para revestimento de canais e similares part a cestabilizagao de encostas ¢taludes. Quando fluido, pode ser empre gado para injegio de reforco e recuperagio de placas rigidas, ¢ no Fevestimento e impermeabilizagio de tineis, prineipalmente aqueles construidos pelo processo de couraga (shield), 4. Usos recomendados As diversas formas de estabilizacao com cimento tém, naturalmente, uso diferenciado. As principais aplicagées sio: base ou sub-base de pavimentos em estradas, vias urbanas, pitios industeais, estaciona- ‘mentos € aeroportos: is vezes, como base revestimento, desde que para trifego muito leve ou apenas de pedestres e bicicletas; ‘revestimento de barragens de terra, eanais, diques e reservat6rios; ‘estabilizacao de taludes e encostas; + revestimento ¢ impermeabilizacao de tanels ‘reconstituicao da fundagio e algamento de placas de concreto; *tijolas, blocos e painéis para a construcao de moradias; ‘melhoria de suporte de fundacdes fracas de pavimentos. O.solo-cimento como base de pavimento tem excelente desempenho ee baixo custo iniial, quando usadlo em rodlovias ou vias urbanas de trilego de intensidacle media ou leve, no havendo contraindicacto ao seu emprego em situagoes de tifego pesado ou muito pesado; sua aplicagio em aeroporios de médio ou pequeno portes tem sido muito bem-sucedida, Sob a forma de sub-base, € utilado em qualquer espécie de pavimento e trifego, mas oferece melhor desempenho ‘como sub-hase de pavimentos de concreto, Nessa situacao, otimiza as condigdes de fundacio, tomando uniforme o suporte disponivel, © climina o fendmeno danoso do bombeamento de finos do subleit, incrementando ainda o valor do coeficiente de recalque. E também aplicado sob a forma de revestimento de montante em barragens de terra, diques, reservatérios e em canals, Sua utlizacio como tijolos, blocos ou painéis vem crescendo significativamente Pode ser e tem sido usado intensivamente na estabilizicio de taludes ede encostas. Nesta tea, lt 0 exemplo clissico da cidade do Rio de Janeiro, apés as chuyas catastroficas da década de 60. (© sole melhorado ou modificado com cimento € re como base apenas em pavimentos sujeitos a trifego le intensidade quanto em magnitude de carga. E excelente como subs base, para qualquer circunstincia. E usado, ainda, nos mesmos casos e condigoes em que € empregado um solo estabilizado granulometricamente, O dimensionamento da espessura da cama da costuma considerar, inclusive, valor estrutural idéatico 20 das ccamadas puramente granulares 5, Mecanismos da estabilizagdo dos solos com cimento 5.1 Definicao, tipos e grau de estabilizagao A estabilizagao de um solo tem duds etspas definidas: a primeira comeca com a descoberta da relacio entre 4 umidade © a massa especitica do solo na compactacao, feita em 1929 pelo engenheito Robert R. Proctor, do Califérnia Water Board; a segunda, por C. A. Hogentogler, que estabeleceu as bases te6ricas para 0 conlhecimento cientiico dos processos de estabilizacto. Ele estatuiu que -estabilizar tum solo natural € propiciar-he resistencia ao cisalhamento © 2 abrasto, de modo que seja capaz de supontar cargas ou agentes eexternos, sem deformacoes excessivas ou prejudiciais e sob qualquer izagho incluema compactagiio, oadensamento ea adicio de outros materiais e substancias. Em todos eles, tanto a FICHA ‘granulometria quanto a umidade eo grau de compactagio t&m muita importineia para a oblengio de um adequado grau de estabilizagio, Este pode ser conceituado como adequado ou satisfat6rio quando 6 material, sob a acao dos agentes mecinicos e das intempéries, Penmanece isento de sinais de deterioraglo, sejam de natureza funcional, sejam denatureza estrutural, durante o perfodo de projet. 5.2 Estabilizagao granulométrica E a forma de estabilizacio em que apenas o solo ¢ responsive pela resistencia aos agentes externos de atrto intemo entre as particulas ¢, consequentemente, grande resistencia ao. cisalhamento, de modo a evitar as. deformagdes rovocadas pelo carregamento. As duas caraceristicas dependem da ‘massa espeeifica aparente, da forma das particulas e da granulome tria do material, sendo esta tikima o principal fator, especialmente a proporeio entre as fracoes fina e gratia, Um solo que contenha pouco ov nenhum material fino tem sua estabilidade dependente do contato de partcula com particula € € altamente permeavel e de dilicil manuseio no campo, por nto ser coesivo. Materiais que contenham quantidade suficiente de finos, de ‘modo a preencher sem excesso 05 vazios entre os grios griticos, estabilizam-se também pelo contato entre as particulas, mas pos suem maior resist?ncia 40 cisalhamento. Sua massa’ especifica aparente ¢ elevada e tém balxa permeabilidade, sendo timos do pponto de vista da facilidade de estabilizago, jé que mantém coesio € resistencia a0 cisalhamento consideravelmente altas, mesmo em ‘estado nao confinado. Se 0 teor de finos for excessivo, as particulas ‘graudas ficam completamente envolvidas por eles e desaparece o Contato entre os gros; 0 solo tomna-se allamente impermedvel, prem com baixa massa especifiea aparente Em qualquer desses casos, a estabilizacao é alcangada pela com- pactagao do material, ou seja, pela reducao artificial do volume de vazios. Se ocorrer saturacao por Agua apds a compactacdo, a presenca desta em excesso lubrifica as particulas, diminuindo o atito interno e reduzindo, proporcionalmente, a resistencia mecanica. Dat a necessidade de garantie a permanéncia ou aumento do grau de estabilizacao ao longo do tempo, sem que a penetracao de ‘gua prejudique ouelimine. Aadicio de cimento Portland & um dos meios ‘mais nobres e seguros de consegui-lo, Vejamos como isto corre (© material deve possuir alto Valor 5.2.1 Mecanismos da estabilizacao de solos com cimento Os processos pelos quais uma mistura de solo com cimento atinge lum certo grau de estabilizacio sio muito complexos. Apesar do longo tempo decorrido desde o inicio do emprego da estabilizago ‘om’ cimento, somente aps o desenvolvimento de técnieas requinta- dasdeandlise—como a difratometria de raiosX, a termogravimetria, 4 anilise termodiferencial ¢ a microscopia eletrénica -, foram Propostas hipdteses sobre os seus mecinismos, pela determinagao atureza dos compostos produzides nas diferentes fases ct hidratagao do cimento e sua ago sobre a microestrutura do solo. Os estudos mais conhecidos tratam clo assunto com a especializagio a profundidade a ele aplicaveis, os quais fogem do contexto deste artigo, Somente serio analisados e diseutidos aqui, cle forma pritica, 05 fatores mais simples envolvidos pela questao, AAs misturas de um solo coesiva com uma pequena quantidade de cimento, colocadas em estado timido e solto, apresentam forte tendéncia ater sua plasticdade inicial - devida A fracio argilosa do solo original ~drasticamente minorada ou anulada, Essa é a primeira ocorréncia notivel deniro do processo de estabelecimento. a estabilizago — a reducao de plasticidade, O fendmeno ¢ causado, provavelmente, pela liberacao de fons de cilcio no decurso das Feagdes iniciais de hidratagto do cimento; ocome uma troca de cations, ou uma sauuragio de citions adicionais nas particulas de argila, 0 que provoca a mudanca de carga eletrica ao redor destas, que entio formam, pela atracao eletrica, conglomerados cujos «didmetros sto muito superiores 20s das particulas naturais, As novas particulas assim formadas, comportam-se como se fossem silte os areia fina, com baixa ou nenhuma plasticidade e coesio, O grau de redugio da plasticidade depende, poranto, do tipo de solo, da Porcentagem de finos, das caracteristicas dt argila, dos teores de antes do cimento € de umidade, e do tempo de repouso da mist SHNE 17 TE Estabilizagao com solo-cimento Se a mistura de solo ¢ cimento for compactada em presenga de lumidade, ocorrera o que se denomina cimentagao. De natureza principalmente quimica, a cimentac’o aumenta de intensidade com © desenvolvimento das reages de hidratagio do cimento e pode ser definida como a ligacao ou encadeamento quimico de graos de cimento vizinhos e de grios de cimento e particulas de solo adjtcentes cles. liberacao de cal dusante o processo temimportante papel na cimentagio, principalmente no caso de solos coesivos © muito plasticos, Parecem existir duas maneiras distintas de ocorrencia dt cstabilizagao com cimento: uma, quando o solo é predominante- mente fino; outra, quando ¢ granulai Processo de execugao | Processo de execucao na pista, ‘com pulvimisturadora ou similar Espalhamento feito na pista ‘com distribuldora de agregados Processo de execugao ‘em usina central ‘Compactagao com rolo de pneus ‘Cura e aspecto final com pintura impermeabilizante betuminosa COMO CONSTRUIR Estabilizagao com solo-cimento 5.22 Solos tinos Nos solos finos, os mecanismos de estabilizacio levam a0 surgi- mento ce matrizes hexagonais, similares a um favo de mel, geracias pelas ligagdes quimicas entre as particulas de solo e os graos de iment, A mauriz envolve fortemente as particulas conglomeradas., \lo-se por sua vez as matrizes contiguas a ela, impede 0 deslizamento de umas sobre as oUt, ou sea, gera, ou auMenta, sistencia ao eisalhamento, Ao mesmo tempo, 0 conjumto tende omnar-se impermeavel, impedindo que « sigua penetre no interior das células, 0 que poderia provocar a sensibilizacao.c conseqiente fexpansiio volumetrica das particulas finas nao estabilizadas que se fencontram, em maior ou menor quantidade, envoltas pelos elos ‘cimentados, Isto poderia provocar a explosio da estrutura > & funcio direta dos elos extemos ‘cimentados, j4 que as particulas finas do interior pouco ou nada ‘contribuem para isso. Os solos finos exigem, em geral, teores tlevados de cimento para a estabilizacio; certossolos muito plisticos podem requerer teores to altos qu: You 20% de cimento em massa e, quanto maior a plastici ri a quantidade rnecessisia de aglomerante. Os solos granulares estabilizam-se pel tago nos pontos de contato entre os agregadas que os compsem — particulas de areia, pedregulhos ou pedras. A formagio da estrutura cimentada ocorre por uum processo similar a0 que acontece no concreto de cimento Portland, guardadas as diferencas: no solo estabilizado com cimento, pasta nao ocupa todos os vazios, por serem as quantidades de 4gua € cimento muito inferiores as que formama pasta no concreto e, por isso, a estrutura resultante € muito menos resistente ~ por ses vvazia e menos densa ~ do que no concreto. Pode-se afirmar, poranto, que os solos granulares de graduacio Fechada © nao uniforme deverio conduzir a resultados mais signi- Ficativos quanto & qualidade da estabilizacio, quando comparados ‘com solos granulares uniformes ou abertos. Isto porque os primeiros tere maior niimero de pontos de contato e superficie especfica e menor indice de vazios. (Os solos granulares, nommalmente, pedem menos cimento para estabilizar-se do que os solos finos, posto que, em geral, sio sensive ‘aos efeitos de expansio ¢ retragio volumetticas pela molhagem secagem (ou, se aplicavel, congelamento e degelo). 5.2.3 Fatores principais Na eaabllinele Com cmento sio, portnto, de grande importincin 2) 0 tipo de solo: 1) 0 teor de cimento; ©) as condigoes de densiicas2o, divididas em: ‘teor de umidade da misturs na ocasio da compactagio; & grau de compactagao Nesse processo, sto secundrios ‘6 grau de homogeneidade da mista; as condligoes de cura Perit onc eed Contetdo de Tipode solo | cimentoem | Resistencia 8 compresso (MPa) ‘masea (%) Ties 28 dias Granular 308100 B0a4s 75a 100 rm | S008 | 508700 15835 20845 agioso| 504100 10830 1540 6. Pequeno histérico da estabilizagao de solos com cimento [As primeiras noticias de tentativas contemporineas de obter, pela mistura de solos com cimento Portland, um material de consiruci0 econdimico, durivel e de propriedades teenol6gicas bem definidas ‘vem de Sarasota, Florida (BUA), quando um consirutor de grande imaginacao ¢ criatividade experimentou pavimentar uma rua da cidade empregando um composto de conchas marinhas, areia de praia e cimento Portland. Isso ocorreu em 1915, Sabe-se que o projeto oxiginal previa um pavimento rigido, tendo a idéia da modificagio ocorride ao empreiteiro apés uma séria avaria do fequipamento de mistura do concreto, |Afalta, na época, de uma tecnologia de pavimentac2o que pemmitisse ‘controlar a obra e prever os resultados invalidou diversas experién: clas, realizadas na cécada de 20 pelos departamentos de estradas de rodagem dos Estados de lowa, South Dakota, Ohio, Calif6mia © ‘Texas, Curiosamente, sabe-se que, em 1917 € 1920, foram expedidas patentes comercials para uso em pavimentos de misturas de terra ¢ Cimento Portland, sob as denominagoes de Soilamies Soilcrete, respectivamente. Ap6s 1919, com a revolucionaria descoberta da relaclo entre a lumidade e'a massa especifica aparente na compactagao de solos, encontrou-se a chave que permitiu 2 realizacio dos estudos Cientiicos que definiram, pouco a pouco, a atual técnica de estabilizacao de solos com cimento, © Departamento de Estradas de Rodagem de South Carolina, preocupado em obter “pavime1 tos de baixo custo, mas trafegiveis com qualquer tempo”, fou experimentos de laboratorio e de campo, entre 1932 € 1934, construii um trecho experimental, em dezembro de 1933, com 160 m de comprimento, 6 m de largura, 15 cm de espessura e ‘consumo de 160 kg de cimento por metro cdbico de solo-cimento compactado, Os resultados aleancados mostraram quao promis- Sor era 0 material obtido "um produto endurecido, que ndo se deteriorava sob a aco dos pneumatics nem se deformava em tempo timido, nao se desintegrava nem formava lama’, Esses trabalhos deram ensejo, em 1935, a que a PCA-Portland Cement [Association pesquisasse de forma intensiva meios cientificos de fixaro teor timo de cimento para cada espécie de solo, garanti do a durabilidade do produto acabado quando solicitado por fagentes externos ~ cargas mecinicas, varlacdes térmicas © de lumidade e agentes agressivos. (© BPR-Bureau of Public Roads, em conjunto com o Departamento de Fstradas de Rodagem de South Carolina €4 PCA, supervisionou, também em 1935, 4 construcio de 2,5 km de pista experimental proximo a Johnsonville (Carolina do Su), que confirmou a validade das técnicas de ensaio desenvolvidas nos estudos de laborat6rio da PCA. A partir de entio, diversos Estados comecaram a executar ‘obras de solo-cimento, principalmente em ruas e estradas, desen- Volvendo cada vez mais as técnicas de construgno e controle. Por Volta de 1940 a area pavimentada jéatingia 6,5 milhOes de m entre 1941 © 1944, @ pavimentagio de aeroportos durante 0 esforgo de guerra chegou 4 cerca de 20 milhoes de m'; em 1960, a area total Pavimentada com base de solo-cimenta era de 250 milhoes dem? €, hoje, aleanca mais de 1 bilhao de m* 6:1 Aplicagées no Brasil ‘A pionetra aplicagio de solo-cimento no Brasil ocorreu em 1940, por iniciativa da ABCP-Associacio Brasileira de Cimento Portland € autorizada pela Diretoria da Aeronautica Civil, na construcio da pista de circulagao do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Logo @ seguir, em marco de 1941, construfa-se um [pequeno trecho da ento chamada estrada de Osasco (SP); mais tarde, a estrada de rodagem federal Caxambu-MG/Areias-SP © um trecho da estrada-tronco principal em Alcantara-R). Em meados de 1973, um levantamento razoavelmente preciso indicava a existe cia de 96 milhoes de m2 de solo-cimento em estrad eroportes brasileiros, enquanto que, no final de 1980, projetava- se um total de 110 milhdes de m2para o mesmo tipo de aplicacao, dos quais o Estado de Sao Paulo possula 45%; a reglao Sudeste (Sto Paulo, inclusive), 51%; a regito Sul, 269%; a regio Centro- Ceste, 14%; © a regio Nordeste, 996, Hoje, 0 total pavimentado supera, seguramente, os 20 mil km equivalenies de pista com 7,2 m de largura. Além da forma chissica ~ 0 solo-cimento tradicional =, focorrem outras variedades dle estabilizacao de solos com cimento, de caracteristicas fisico-mecnicas distintas e empregos variados’ ‘0 solo melhorado ou modificado com cimento € 0 solo-cimento phistico ou fluid. FICHA TECHNE 17

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