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Linguagem – A sua importância

A linguagem não é um mero instrumento de expressão do pensamento, mas sim


um sistema activo que o molda e o predetermina de um modo específico.

A Linguística (ciência da linguagem humana) e a Psicologia são disciplinas que têm


andado quase sempre associadas, recorrendo a métodos específicos de cada uma
para a resolução de problemas.

A linguagem fornece ao sujeito a possibilidade de expressar o pensamento. A


linguagem dá forma ao conteúdo do pensamento, não se concebendo este sem a
forma linguística. Pensamento e linguagem são mutuamente indispensáveis, já que
o primeiro se materializa no segundo e este, por sua vez, tem uma função de
significação.

A criança nasce e cresce numa sociedade humana e são os adultos que lhe
transmitem o uso da palavra. A linguagem surge na criança por volta dos 2 anos de
idade e desenvolve-se a par da formação do símbolo e da construção do objecto. O
desenvolvimento do pensamento simbólico é universal, manifestando-se em
crianças de qualquer nacionalidade e cultura, pela utilização de signos e símbolos. A
criança vai descobrindo que cada coisa tem um nome e que aprendendo-os
consegue ordenar o mundo que a rodeia. Progressivamente, vai tomando
consciência da existência de uma relação social que desenvolverá através da
linguagem. Ou seja, através da linguagem a criança está em contacto directo com a
realidade.

A linguagem é o objecto de transmissão social, adquire-se através da imitação na


transmissão social e permite-nos organizar o conhecimento que temos de nós
próprios e do mundo externo.

Quando é dominada pela criança é um instrumento do pensamento e proporciona o


raciocínio verbal.

A criança pode utilizar de forma adequada a linguagem, mas não quer dizer que
domine a estrutura lógica da linguagem, o que só acontece por volta dos 11-12
anos, com as operações lógico-formais.

A linguagem costuma reflectir o pensamento e pode ser tida como o elo final da
cadeia de processos psíquicos que se iniciam com a percepção e terminam com a
palavra falada ou com a escrita.

É costume ter-se por certo que não existem pensamentos que não sejam
formulados por palavras, ao ponto de se poder afirmar que todo o pensamento
corresponde a uma determinada expressão verbal. É por isso que não se
estabelecem diferenciações entre as perturbações do pensamento e as alterações
da linguagem.

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