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A célula é a unidade formadora de todos os seres vivos. Elementos e compostos químicos são importantes na
sua formação e manutenção. Entre os compostos químicos podemos fazer diferenciação entre os inorgânicos e os
orgânicos.
Dentre os compostos inorgânicos importantes para a vida, a água na forma líquida se destaca por suas
características físicas e químicas. Pelo conhecimento atual, é impossível imaginar a vida sem água. Representa de 60%
a 99% do peso corporal dos seres vivos. No ser humano adulto, em média, a água equivale a 75% do peso corporal.
Em indivíduos mais jovens a quantidade de água é maior e vai diminuindo com a idade. É no meio aquoso que os
elementos e compostos químicos da célula se encontram e é o local onde ocorrem reações químicas do metabolismo.
Quanto mais água, maior é a atividade metabólica.
Compostos orgânicos
Carboidratos ou açúcares Ribose e Desoxiribose formam RNA e o DNA. Glicose, frutose, galactose são
armazenadores de energia e são quebrados rapidamente nas células. Lactose é
reserva de energia no leite. Sacarose e reserva de energia em alguns vegetais.
Celulose forma parede celular e Quitina forma o exoesqueleto de artrópodos.
Amido é reserva de energia em vegetais e glicogênio é reserva de energia em
animais.
Lípides Gorduras, mais comuns em animais, e óleos, mais comuns em vegetais,
armazenam em energia. Ceras são impermeabilizadoras e protegem contra perda
de água. Fosfolípides são formadores de membranas celulares. Colesterol,
Estrógeno, Progesterona, Testosterona, Cortisona, Vitamina D e sais biliares são
exemplos de lípides complexos.
Proteínas Formadas por aminoácidos ligados entre si através de ligações peptídicas, são
moléculas que fazem a célula funcionar. Podem formar partes da célula e
organóides, atuam como enzimas, que são catalisadores biológicos. Têm função
de defesa quando atuam como anticorpos. Podem ser hormônios, como é o caso
da insulina.
Ácidos nucléicos Formados por nucleotídeos que podem ser de Adenina, Guanina, Timina, Citosina
e Uracil. Timina só é encontrada no DNA e uracil só é encontrado no RNA. Para
originar a fita dupla, as cadeias de DNA fazem pares perfeitos entre os
nucleotídeos: Adenina com Timina e Guanina com Citosina. DNA é a molécula que
armazena, codificada quimicamente, a informação sobre a vida. É o DNA que
orienta a célula na produção de proteínas. É uma fita dupla em forma de espiral
ou hélice. Alterações no DNA, chamadas de mutações, podem alterar esta
informação e impedir a vida. Para proteger o DNA, durante a evolução, a célula
passou a armazená-lo no núcleo. RNA, molécula de fita simples, existe de três
tipos: transportador, ribossômico e mensageiro. Atua na produção de proteínas.
Vitaminas são compostos orgânicos dos quais precisamos em quantidades diárias muito pequenas. São essenciais para
que nosso organismo funcione adequadamente e sua falta determina o aparecimento das doenças de carência. São
obtidas, normalmente, da dieta. São classificadas como hidrossolúveis (Complexo B e C) e lipossolúveis (A, D, E, K). As
vitaminas A e D, em excesso no organismo, são tóxicas.
Vitaminas
A Obtida em fígado de animais, leite integral, manteiga, óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo, cenoura,
tomate, vegetais verdes folhosos ricos em β -caroteno. Sua falta provoca dificuldade para enxergar em
ambiente com pouca luz ou cegueira noturna, cegueira permanente por xeroftalmia, ferimentos na pele,
parada no crescimento e anemia.
B1 Tiamina. Obtida de carne magra de porco, fígado, levedura de cerveja, cereais integrais, cutícula de arroz. Sua
falta provoca o béri-béri (eu não consigo em japonês) com polineurite, dores no corpo, dificuldade de
raciocínio, perda de memória, dificuldade para andar, problemas para funcionamento do coração e pode ser
mortal.
B2 Flavina. Obtida de carne magra de porco, fígado, levedura de cerveja, cereais integrais, cutícula de arroz. Sua
falta provoca rachadura da pele nos ângulos da boca, manchas vermelhas na pele com sensação de
queimação chamada de dermatite, depressão mental e pode ser mortal.
B3 Nicotinamida. Obtida de carne magra de porco, fígado, levedura de cerveja, cereais integrais, cutícula de
arroz. Sua falta causa a pelagra ou “doença dos 3D”: diarréia, dermatite e demência.
B6 Piridoxina. Obtida de carne magra de porco, fígado, levedura de cerveja, cereais integrais, cutícula de arroz.
Sua falta causa anemia, dermatite, “fígado gordo”, perturbação mental e convulsões.
B9 Folato ou ácido fólico. Obtido de fígado. Sua falta causa diminuição de síntese de DNA, anemia, alterações na
medula óssea. Fetos com defeitos no tubo neural.
B12 Hidroxicobalamina e Cianocobalamina. Obtida de carnes, rins, fígado, leite integral, gema de ovo, levedura de
cerveja, verduras e frutas frescas mas em menor quantidade. Sua falta causa anemia perniciosa e afeta a
bainha de mielina dos nervos, com paralisia e convulsões.
C Ácido ascórbico. Obtida de frutos cítricos, goiaba, caju, kiwi, morango, acerola, tomate, verduras. Sua falta
causa insuficiência de cicatrização, anemia, inflamação de mucosas, sangramento gengival e mobilidade
dental, vômito, febre, hemorragia cerebral ou escorbuto.
D Colecalciferol. Obtida de leite integral, gema de ovos, óleo de fígado de peixes, fígado. Necessidade de
exposição ao ultravioleta. Sua falta causa raquitismo e osteomalácia.
E Tocoferol. Obtida de gorduras vegetais, óleo de germe de trigo, verduras. Sua falta causa esterilidade aborto
espontâneo (em cobaias de laboratório), envelhecimento e morte celular, modificação das bainhas de mielina
do sistema nervoso com alterações nas funções nervosas.
K Naftoquinona. Obtida de bactérias do intestino, couve-flor, alho, verduras. Sua falta causa hemorragias.
Questões de fixação
(FCMMG)
O esquema acima representa a composição química percentual da matéria viva. Baseado nos dados, indique o
elemento que, além de não ser um dos quatro mais abundantes, é comum aos lípides da membrana plasmática e aos
ácidos nucléicos.
a) enxofre
b) fósforo
c) carbono
d) nitrogênio
2) (UFMG) – Segundo estudo feito na Etiópia, crianças que comem alimentos preparados em panelas de ferro
apresentaram redução na taxa de anemia de 55% para 13%. Essa redução pode ser explicada pelo fato de que o ferro:
a) cálcio
b) fósforo
c) potássio
d) iodo
e) ferro
4) (PUC-MG) - O cálcio é um elemento fundamental em vários processos fisiológicos dos organismos. Entre eles não
podemos citar:
a) contração muscular
b) síntese de glicose
c) formação de ossos
d) coagulação sanguínea
5) (UFMG) Devem constar da dieta humana íons correspondentes aos seguintes elementos químicos, EXCETO.
a) cálcio
b) cloro
c) ferro
d) sódio
e) mercúrio
6) (UEMG) - A homeostase do nosso organismo depende da integração neuro-endócrina. A figura a seguir ilustra a
exoftalmia, um sintoma de uma disfunção endócrina.
Sobre o grupo de moléculas representado por essa figura, é CORRETO afirmar que
A) o grupo é base do código genético.
B) o grupo pode ser sintetizado por todos os organismos.
C) sem ele não há atividade celular.
D) esse grupo pode ser fartamente obtido pela ingestão de pão.
8) (UNIUBE)
Na figura acima estão representados dois filamentos de ácidos nucléicos. Considerando as sequências apresentadas,
conclui-se que
10) (CESCEM-SP) Qual é a substância orgânica que exerce fundamentalmente função energética no metabolismo
celular?
a) proteína
b) carboidratos
c) fosfolípides
d) enzimas
e) vitaminas
11) (UEMG)
GABARITO
1 – B – 2 – A – 3 – D - 4 – B – 5 - E - 6 – C – 7 – C – 8 – C – 9 – B – 10 – B – 11 - C
CITOLOGIA
É o estudo da célula. Como todos os seres vivos são formados por células, se elas forem bem conhecidas e
entendidas, pode-se conhecer e entender mais sobre a vida. Existem apenas dois tipos de células: procariotas e
eucariotas. As células apresentam estruturação mínima formada por um envoltório, que é a membrana celular; uma
região onde as atividades gerais acontecem, que é o citoplasma, e uma região de controle, que é o núcleo nas células
eucariotas e o nucleóide nas procariotas. Nem toda célula apresenta todas estas estruturas. A hemácia ou eritrócito de
mamíferos, por exemplo, não tem núcleo nem organóides no citoplasma, mas isto é devido à sua especialização para
transportar oxigênio no sangue.
MEMBRANA CELULAR
Formada por lípides e proteínas = lipoproteica. Limita e contém a célula e realiza trocas de substâncias com o
meio. Água passa livremente pela membrana, de acordo com a diferença de concentração do ambiente ao seu redor.
Outras substâncias entram e saem da célula de acordo com o que ela permite passar pela membrana, o que se chama
permeabilidade seletiva.
Organóides celulares
Questões de fixação
2) (PUC-RJ) As células animais diferem das células vegetais porque estas contêm várias estruturas e organelas
características. Na lista abaixo, marque a organela ou estrutura comum às células animais e vegetais.
a) vacúolo
b) parede celular
c) cloroplastos
d) membrana celular
e) centríolo
3) (UFES) As moléculas de glicose atravessam a membrana celular das células intestinais, combinadas com moléculas
de proteínas transportadoras denominadas permeases. Esse processo é denominado:
a) difusão facilitada.
b) endocitose.
c) transporte ativo.
d) osmose.
4) (FUVEST) Células vegetais, como as representadas na figura A, foram colocadas em uma determinada solução e, no
fim do experimento, tinham aspecto semelhante ao da figura B.
Comparando as concentrações do interior da célula na situação inicial (I) , da solução externa (II) e do interior da célula
na situação final (III), podemos dizer que:
5) (PUC-RJ) Três funis, contendo substâncias diferentes, porém em mesmas quantidades, foram colocados em um
recipiente com uma determinada solução. Após algum tempo, o nível das substâncias no interior dos funis mostrava-se
como no esquema abaixo:
Com base nestes dados, podemos afirmar que a concentração da solução no recipiente é:
a) 0,5 %
b) 1,0 %
c) 1,5 %
d) 2,0 %
e) 2,5 %
6) (UFMG) O esquema abaixo representa a concentração de íons dentro e fora dos glóbulos vermelhos. A entrada de K+
e a saída de Na+ dos glóbulos vermelhos pode ocorrer por:
a) transporte passivo.
b) plasmólise.
c) osmose.
d) difusão.
e) transporte ativo.
8) A intolerância à lactose produz alterações abdominais, no mais das vezes diarréia. Na superfície mucosa do intestino
delgado há células que produzem, estocam e liberam uma enzima digestiva chamada lactase, responsável pela
digestão da lactose. Quando esta é mal digerida passa a ser fermentada pela flora intestinal, produzindo gás e ácidos
orgânicos, o que resulta na assim chamada diarréia osmótica, com grande perda intestinal dos líquidos orgânicos. O
texto apresentado acima e outros conhecimentos que você possui sobre o assunto PERMITEM AFIRMAR
CORRETAMENTE que
9) (UFRS) Além de armazenar secreções, como o suco pancreático, essa organela pode sintetizar polissacarídios, como
os que compoõem o muco intestinal, no homem. A organela a que se refere o texto é:
a) ribossomo
b) ergastoplasma
c) retículo endoplasmático
d) condrioma
e) complexo de Golgi
a) síntese proteica.
b) digestão intracelular.
c) síntese de aminoácidos.
d) circulação celular.
e) secreção celular.
11) (FATEC-SP) O esquema a seguir representa basicamente o processo da digestão intracelular. As estruturas
numeradas 1, 2, e 3 representam, respectivamente
12) (PUC) Os orgânulos celulares em questão podem ser encontrados, ao mesmo tempo, em uma:
a) hemácia humana.
b) célula bacteriana.
c) célula meristemática de uma
angiosperma.
d) célula embrionária de um mamífero.
e) célula de cianofícea.
GABARITO
1 - D - 2 - D - 3 - A - 4 - C - 5 - B - 6 - E - 7 – A – 8 – C – 9 – E – 10 – B – 11 – E - 12 – D
SÍNTESE PROTÉICA
É a produção de proteínas pela célula. Consta de dois fenômenos seqüenciados: informação do DNA para RNA
- transcrição
e ligação entre aminoácidos – tradução. É vital para a célula porque as proteínas é que fazem a célula funcionar. As
informações contidas no DNA e transcritas para o RNAmensageiro, devem ser traduzidas para que se forme a molécula
de proteína. No DNA, a informação é armazenada na forma de um código químico, chamado de Código Genético.
FOTOSSÍNTESE
É o mecanismo que permite captar energia luminosa do ambiente e armazená-la na forma de um composto
que pode servir como alimento, como é o caso da glicose. Depende da molécula de clorofila que está no organóide
cloroplasto. É dividida em duas etapas, a fase clara e a fase escura. A fase clara depende diretamente da luz e
acontece nas lamelas em regiões chamadas tilacóides enquanto que a fase escura depende indiretamente da luz
porque precisa de produtos obtidos na fase clara e acontece no estroma. É na fase escura que acontece a produção da
glicose. A equação geral da fotossíntese é
FERMENTAÇÃO
É um processo de obtenção de energia em que se quebra a molécula de glicose e se formam produtos
orgânicos. Pode ser de diversos tipos de acordo com o produto que origina, mas as mais importantes são a alcoólica e
a lática. Sempre acontece no citoplasma e várias células podem executar o processo de fermentação. Não é o melhor
meio de se obter energia. Células humanas, na falta de oxigênio, podem fazer fermentação lática.
RESPIRAÇÃO AERÓBICA
É um processo de obtenção de energia que quebra a molécula de glicose mais completamente, originando
CO2 e H2O com ganho energético melhor. Passou a existir depois que o oxigênio molecular foi liberado na atmosfera
pelos fotossintetizadores. Acontece no citoplasma para quebrar a glicose e na mitocôndria para continuar as reações
de quebra e transferir energia para o ATP. O ciclo de Krebs, que acontece na matriz mitocondrial acaba de quebrar a
molécula de glicose e nas cristas micotondriais a energia obtida é transferida para formar ATP. O rendimento
energético é muito bom, na faixa de 40%. É o oposto da fotossíntese.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1) (PUC-RJ) Células do fígado possuem até duas mil mitocôndrias, ocupando cerca de 20% do seu volume. O número
alto de mitocôndrias nestas células pode ser explicado porque as células hepáticas:
2) (MOJI-SP) A liberação de O2 e a fixação de CO2 realizadas pelas plantas verdes representam as trocas gasosas da:
a) respiração aeróbica
b) respiração anaeróbica
c) transpiração
d) fermentação alcoólica
e) fotossíntese
3) (UFRN) No interior de cloropastos e mitocôndrias são encontradas pequenas quantidades de DNA, RNA e
ribossomos. Tais componentes permitem que os cloroplastos sejam capazes de realizar:
4) (PUCCAMP-SP) Observe o esquema e na tabela a seguir, assinale a alternativa que identifica corretamente as
organelas e os processos celulares representados em I e II:
I II
a) ribossomo - síntese de mitocôndria - respiração
açúcares
b) cloroplasto - fotossíntese ribossomo - respiração
c) cloroplasto - fotossíntese mitocôndria - respiração
d) mitocôndria - respiração cloroplasto - fotossíntese
e) mitocôndria - síntese de ribossomo - respiração
açúcares
5) (UEMG) Em 1940 os biólogos George Beadle e Eward Tatum anunciaram:
6) (PUC-RJ)Para responder à questão use as informações a seguir: o aminoácido lisina é codificado pelo códon AAA;
leucina pelo códon CUG; fenilalanina pelo códon UUU e arginina pelo códon AGA. Qual será a seqüência de
nucleotídeos no RNAm para codificar a seqüência de aminoácidos: lisina, lisina, arginina, fenilalanina e arginina?
As informações contidas na figura acima e os conhecimentos que você possui sobre o assunto SÓ NÃO PERMITEM AFIRMAR que
8) (UF-Lavras) Observe o esquema que representa a obtenção de energia pelo ser humano
DIGESTÃO ETAPA 1
ENERGIA
Com base neste esquema e em seus conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar-se que:
9) (FMTM) Em um tubo de ensaio fechado e protegido da luz, encontramos água e substância indicadora de pH (que fica
amarela em meio ácido e azul em meio básico), e um ramo de alga Elodea. Há muito CO2 no meio, formando H2CO3.
Quando o tubo é iluminado sua cor passa a ser azul. Pode-se concluir corretamente, EXCETO:
a) O H2CO3 torna o meio ácido e é formado pela reação de CO2 com a água
b) O meio passa de ácido a básico porque o CO2 é removido pela Elodea apenas na presença luz
c) O CO2 é formado pela planta apenas quando ela está no escuro
d) A fotossíntese realizada pela Elodea remove CO2 do meio
GABARITO
1 - C - 2 - E - 3 - C - 4 - C - 5 - D - 6 - D - 7 - B - 8 - A - 9 - C - 10 - E
NÚCLEO CELULAR
Nem toda célula tem núcleo, como é o caso dos eritrócitos ou glóbulos vermelhos de
mamíferos, incluindo os humanos, mas o núcleo é presente na maioria das células. O núcleo
armazena a informação genética, armazenada no DNA em locais chamados de locus gênicos.
Controla as funções celulares. Formado por carioteca, nucleoplasma, nucléolo e DNA ligado a
proteína chamada histona. Nucléolo é o local do núcleo onde se formam as subunidades dos
ribossomos. DNA ligado a histona forma cromonemas, fios finos e longos que podem se enrolar
sobre si mesmos, sofrendo o processo de condensação ou espiralização, que origina
cromossomos. Durante a intérfase, que é o momento da vida da célula em que ela não está se
dividindo, os cromonemas ficam desespiralizados e, em conjunto, formam a cromatina.
Cromossomos encontrados durante a divisão celular, na etapa chamada metáfase, com alto
grau de espiralização e boa nitidez ao microscópio, são removidos da célula para estudo e são
montados os cariótipos. No cariótipo podemos identificar cromossomos que não interferem no
sexo do indivíduo (22 pares) e cromossomos sexuais (X e Y). Cromossomos a mais ou a menos
podem originar pessoas com síndromes.
Síndrome de Turner – 44A+X0 – Sexo feminino. O ovário não produz estrógeno nem
progesterona e não se desenvolvem caracteres sexuais secundários. O ovário não produz
óvulos, com infertilidade total. Estatura abaixo da média. Pescoço alado. Pode acontecer
retardo mental em graus variáveis.
Síndrome de Klinefelter – 44A+XXY – Sexo masculino. Testículos não produzem
testosterona nem espermatozóides. Não se desenvolvem caracteres sexuais secundários e a
infertilidade é total. Podem aparecer características femininas. Estatura acima da média.
Tronco curto, desproporcional aos membros. Retardo mental pode acontecer, mas não é
comum.
Síndrome de Down - 45A + XX ou XY. Também chamada de Trissomia do 21 porque o
indivíduo tem um cromossomo 21 a mais. Indivíduos sobrevivem até a puberdade na maioria
das vezes, mas com melhores cuidados, podem ter vida por tempo muito maior. Retardo físico
e mental em graus variáveis. Alterações de esqueleto, coração e intestinos. Hipotonia muscular
e problemas de dentição. Mulheres são férteis, produzindo metade dos gametas normais e
metade alterada para a síndrome. Maioria dos homens é estéril.
DIVISÃO CELULAR
A maioria das células, quando se divide, faz mitose, e podemos falar em ciclo de vida da
célula. Na intérfase, a célula aumenta de tamanho, duplica seus organóides e duplica o seu
DNA. Na divisão celular por mitose, que é uma divisão equacional e só acontece em células
eucariotas, origina duas células-filhas iguais entre si e iguais à célula-mãe. Finalidades da
mitose: reprodução assexuada para organismos unicelulares; crescimento do corpo de
organismos multicelulares; regeneração e cicatrização; formação de indivíduos por clonagem e
formação de gametas em vegetais.
Meiose é divisão celular muito especializada. Nos animais forma gametas enquanto que
nos vegetais, forma esporos. A meiose é divisão reducional porque reduz à metade o número
de cromossomos da célula-mãe. Forma sempre quatro células-filhas e o ideal é que sejam
todas diferentes entre si. As células resultantes da meiose são haplóides e, quando acontece o
fenômeno da fecundação, o número diplóide de cromossomos, que é o normal para as
espécies em suas células somáticas, é reconstituído. A meiose apresenta dois fenômenos
muito importantes para aumentar a mistura do material genético, o que favorece a formação
de indivíduos diferentes nas populações, a chamada variabilidade genética. Um destes
fenômenos é o crossing-over ou permutação ou troca de pedaços entre cromossomos
homólogos e o outro é a separação ou segregação independente dos cromossomos que são
homólogos. Os cromossomos homólogos ficam aos pares nas células diplóides e um deles veio
do pai e o outro veio da mãe. Humanos têm 23 pares de cromossomos homólogos. Nas células
haplóides não há pares de homólogos.
MITOSE
INTÉRFASE ETAPA FENÔMENOS
G1 Cromonemas simples,
desespiralizados formando
cromatina. A célula cresce.
S Duplicação do DNA ou replicação.
G2 Cromonemas duplos
desespiralizados formando
cromatina. Repouso antes da
divisão.
MITOSE ETAPA FENÔMENOS IMAGEM
Prófase No citoplasma há formação do fuso
mitótico e movimentação de
organóides para pólos opostos da
célula. No núcleo há espiralização
dos cromonemas, desaparecimento
do nucléolo e desaparecimento da
carioteca.
MEIOSE
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
a) contínua e ativamente
b) no período S
c) somente no período G1
d) somente no período G2
a) 4, 3, 1, 2
b) 2, 3, 1, 4
c) 2, 3, 4, 1
d) 1, 3, 4, 2
(I) A mitose é divisão celular no qual a célula se divide produzindo duas células-filhas iguais
(II) A duplicação do DNA ocorre na interfase
(III) Locus gênico é o local ocupado por um gen no cromossomo
4) Crossing-over é:
5) (UCS-RS) Observando o esquema da mitose de uma célula animal, pode-se concluir que pertence a um
organismo cujas células somáticas e gametas possuem, respectivamente:
a) 8 e 4 cromossomos
b) 4 e 8 cromossomos
c) 4 e 2 cromossomos
d) 2 e 4 cromossomos
a) metáfase I da meiose
b) metáfase da mitose
c) metáfase II da meiose
d) anáfase II da meiose
a) prófase
b) metáfase
c) anáfase
d) telófase
11) (PUC-MG) - O esquema representa células, 2n= 4 cromossomos, em diferentes fases de um
processo de divisão celular.
GABARITO
1 - B - 2 - D - 3 - C - 4 - A – 5 - C - 6 - B - 7 - C - 8 - A - 9 - B - 10- B - 11 - B - 12 –
B
GENÉTICA
LEIS DE MENDEL
Amarelo é dominante sobre verde, que é recessivo. Liso é dominante sobre rugoso, que
é recessivo. Quando a relação é de codominância os dois gens se manifestarão. Quando um
organismo tem dois alelos idênticos de um gen é chamado de homozigoto para a
característica que este gen manifesta. Se os alelos são diferentes, o organismo é chamado de
heterozigoto ou híbrido. Genes que determinam a morte do indivíduo são denominados
letais. Nos casos de heranças que envolvem genes letais, as proporções genotípicas e
fenotípicas são variadas, dependendo do gene letal ser dominante ou recessivo.
Em um mesmo locus pode ocorrer mais de uma mutação, dando origem a vários genes
alelos. Quando há mais de dois alelos para cada locus, fala–se em alelos múltiplos ou
polialelia. Apesar de existirem vários alelos para um mesmo locus, nas células de cada
indivíduo diplóide ocorrem apenas dois deles, pois são apenas dois cromossomos que
formarão o par de homólogos.
SISTEMA ABO
SISTEMA RH
NOÇÕES DE PROBABILIDADE
Probabilidade é utilizada para estimar resultados de eventos que ocorrem “ao acaso”,
como, por exemplo, o lançamento de uma moeda ou de um dado. A probabilidade de um
evento é definida pelo quociente do número de eventos desejados pelo número total de
eventos possíveis.Tomando como exemplo o lançamento de um dado, em que todas as faces têm a
mesma chance de ocorrer (são equiprováveis), pode–se calcular a probabilidade de uma das faces cair
voltada para cima. Por exemplo, a face 6:
A = evento desejado face 6
S = (1,2,3,4,5,6) eventos possíveis ou espaço amostral
P = probabilidade
Números de eventos desejados = 1
Número total de eventos possíveis = 6
Logo: P (face 6) =
Portanto, a probabilidade de sair o número 6 no lançamento de um dado é de uma em
seis.
Os resultados obtidos aproximam–se dos resultados esperados à medida que
aumentamos o número de repetições de eventos. Assim, se lançarmos uma moeda 100 vezes
ou mais, obteremos aproximadamente 50% de cara e 50% de coroa.
HERANÇA QUANTITATIVA
Nos casos estudados até agora, os fenótipos são descontínuos, ou seja, os fenótipos
são, por exemplo, verde ou amarelo; branco ou preto. Nunca há gradação entre eles. Existem
certas variações fenotípicas que são contínuas como a cor dos olhos, o peso de um fruto, a
altura e cor da pele. Estes são casos em que ocorre herança quantitativa ou herança
poligênica, ou, ainda, poligenia. Nos casos de herança quantitativa, o que importa é o número
de genes que somam seus efeitos para a formação do fenótipo. Estes são chamados de genes
efetivos e contribuem com uma parcela igual para a modificação do fenótipo, sendo
representados por letra maiúscula. Além deles, há os que não influem na modificação do
fenótipo: os genes não–efetivos, representados por letra minúscula. Exemplo da herança da
cor da pele humana, com dois pares de genes. Rrepresentando os genes de um par pela letra
N e os genes do outro pela letra B, os indivíduos NNBB são negros e os indivíduos nnbb são
brancos; entre eles verifica–se uma gama de classes fenotípicas.
O SISTEMA XY
Os genes estão localizados na região do cromossomo Y que não tem homologia com o
cromossomo X. Estes genes são denominados genes holândricos (holo = “todos”; andrico =
“masculino”) porque só aparecem nos homens. Um exemplo é a hipertricose auricular, ou seja,
crescimento excessivo de pêlos na orelha.
Genes que ocorrem nos dois sexos, mas só se manifestam em um deles, limitado ao
sexo do indivíduo, em função da ação de hormônios sexuais. Um exemplo é a manifestação
dos caracteres sexuais secundários no homem e na mulher.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) (MAUÁ–SP) A braquidactilia apresenta padrão de herança dominante. Suponha o casamento
entre um homem heterozigoto com braquidactilia e uma mulher normal. Quais as
probabilidades de, no caso de o casal ter três filhos, nenhum deles apresentar braquidactilia?
a) 1/2
b) 1/4
c) 1/8
d) 1/16
e) 1/32
3) (CARLOS CHAGAS) Para que um casal possa ter filhos com sangue tipo A, B, AB e O deve ter
a seguinte constituição genética:
Pela análise das informações contidas no heredograma e de outros conhecimentos que você
possui sobre o assunto, só se pode afirmar CORRETAMENTE que
6) (PUC–RS) Num casamento em que o homem é de visão normal para as cores e sua esposa é
também normal, porém filha de um homem daltônico, os seus filhos poderão ser:
a) indivíduos 46, XY que, na idade adulta, sofrem mutação nesse gene perdem as
características sexuais.
b) indivíduos trissômicos com cariótipo 47, XYY apresentam dois testículos a mais.
c) indivíduos trissômicos 47, XXY possuem órgãos reprodutores masculinos e femininos.
d os testículos estão ausentes nos indivíduos 46, XY com deleção do gene SRY.
11) (UFMG) - As pessoas podem detectar a substância química feniltiocarbamida – PTC – como
um gosto amargo ou, mesmo, não sentir qualquer sabor. Observe este heredograma para a
capacidade de sentir o gosto dessa substância.
Com base nesse heredograma e em outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que
Com base nesse esquema e em outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar
que
13) (FUVEST) – Lúcia e João são do tipo sangüíneo Rh positivo e seus irmãos, Pedro e Marina,
são do tipo Rh negativo. Quais dos quatro irmãos podem vir a ter filhos com eritroblastose
fetal?
a) Marina e Pedro.
b) Lúcia e João.
c) Lúcia e Marina.
d) Pedro e João.
e) João e Marina
14) (PUC-MG) - A charge abaixo foi produzida num momento em que no Brasil se discutem as
possíveis vantagens e desvantagens da liberação do plantio e comercialização de plantas
transgênicas. Analisando-se a charge de acordo com os atuais conhecimentos biológicos, é
CORRETO afirmar:
a) O que não faz mal para o homem não fará mal para os insetos.
b) As plantas transgênicas são perigosas para a saúde animal.
c) O que não é bom para os insetos pode não ser bom para os homens.
d) Se os insetos experimentarem, o homem poderá experimentar, pois a ingestão da planta
não fará mal.
15) Cinco mulheres alegaram maternidade de uma determinada criança e, como parte dos
exames, o seqüenciamento das bases em um sítio específico do DNA identificou a mãe
biológica. Em uma das duas cadeias do DNA da criança o sítio apresentou a seguinte
seqüência: GTACTCGA. O padrão de bandas da seqüência de oito bases deste sítio, de uma
das duas cadeias de DNA de cada mulher, está representado abaixo. Assinale a alternativa cujo
padrão com as oito bases corresponde ao da verdadeira mãe da criança:
a) uma proteína inserida nos adenovírus que impede que eles causem resfriado.
b) um gene que determina a produção de uma proteína que vai para a superfície do vírus.
c) uma proteína tumoral produzida por gene implantado na superfície viral.
d) uma proteína introduzida no núcleo viral e capaz de destruir o genoma de células tumorais.
GABARITO
1 – C – 2 – D – 3 – B – 4 – C – 5 – A – 6 – C – 7 – C – 8 – A – 9 – D – 10 – D – 11 – C
– 12 – D – 13 – E – 14 – C – 15 – A 16 - B
EMBRIOLOGIA
Blástula - cavitação na mórula por absorção de água. Cavidade é blastocele, delimitada por
células que constituem a blastoderme ou trofectoderma ou trofoblasto. O trofectoderma ou
trofoblasto tem células já diferenciadas e buscam alimento ativamente. Tamanho da blastocele
depende da quantidade de vitelo presente no ovo, quanto mais vitelo, menor é a cavidade. As
células do embrioblasto são indiferenciadas e podem se separar dando origem a gêmeos
idênticos e também podem ser utilizadas como células-tronco embrionárias. Blastocisto é o
nome da blástula de mamíferos e é a forma em que o embrião se fixa no interior do útero,
ficando mais seguro o seu desenvolvimento.
Placenta é anexo com parte relacionada com o feto cório - e parte relacionada com o
útero - endométrio. Faz troca gasosa, nutrição, excreção, proteção e tem função endócrina.
Fica ligada ao embrião ou feto pelo cordão umbilical. Persiste até o final da gravidez e, depois
do nascimento, é expelida do útero. Funciona como filtro e tem área de troca de
aproximadamente 14m2. Normalmente não permite comunicação direta do sangue da mãe
com o sangue do embrião ou feto. Apesar de oferecer barreira de proteção, bactérias da
erisipela, escarlatina, brucelose, sífilis, protozoários da doença de Chagas, malária e
toxoplasmose, além de vírus da varíola, rubéola, AIDS e sarampo a atravessam. Função
endócrina com produção de gonadotropina coriônica (hCG), estrógeno, progesterona e
relaxina.
I- Ovos telolécitos são ovos com grande quantidade de vitelo, formando um grande pólo
vegetativo em que o núcleo ocupa um espaço mínimo chamado de pólo animal. São
encontrados em mamíferos.
II- Durante o estágio de segmentação, o zigoto, por divisão de suas células, origina
blastômeros que formam uma mórula. Da mórula, origina-se a blástula, caracterizada por uma
camada de células que compõe a blastoderme, e por uma cavidade conhecida como
blastocela, que se apresenta cheia de líquido.
III- A blástula origina a gástrula, caracterizada por quatro folhetos germinativos: ectoderma,
endoderma, mesoderma e deuteroderma.
a) I
b) I e II
c) II
d) II e III
a) se somente 3 é verdadeira.
b) se somente 2 é verdadeira.
c) se somente 1 e 3 são verdadeiras.
d) se somente 2 e 3 são verdadeiras.
· Tire uma célula da pele e transplante o seu núcleo para um óvulo do qual o núcleo foi
removido.
· Dê condições ao clone de se desenvolver até a fase de blastocisto com aproximadamente 140
células.
· A massa celular interna do blastocisto são células-tronco que podem dar origem a qualquer
tecido humano,
menos à placenta.
a) 1, 2, 3, 4
b) 2, 1, 3, 4
c) 4, 3, 2, 1
d) 2, 1, 4, 3
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e lIl.
GABARITO
1–B–2–B–3–C–4–D-5–D–6–D–7-A–8–D
REINO VIRUS
São acelulares. Não têm metabolismo. São formados por capa de proteína (capsídio) e interior
de ácido nucléico. Há vírus com DNA como material genético, há vírus com RNA como material
genético sem terem que produzir DNA para a sua multiplicação e há vírus que têm RNA, mas
que dependem de formar DNA para se multiplicar. Estes são chamados de retrovírus. O vírus
da AIDS é um retrovírus.
REINO MONERA
Esporulação é um fenômeno que não está relacionado com reprodução, mas com a criação de
uma forma de resistência às variações ambientais. Quando o ambiente voltar a ser adequado,
o esporo volta à vida vegetativa e origina outras bactérias.
Disenteria bacilar Shigella Contaminação de agua ou A mais grave das infecçõess disentéricas.
alimentos
Streptococcus
pneumoniae
Pneumonia Inalação de ar contaminado. Localiza-se nos pulmoes.
Diplococcus
Intoxicação pneumoniae Ingestao de alimento no qual Os sintomas da doença sao causados
alimentar Micrococcus houve desenvolvimento pela toxina presente no alimento
ecladenes bacteriano com liberação de ingerido e nao pela proliferação das
Gonorreia Neisseria Contato sexual. Doença sexualmente transmissível.
gonorrhoeae
Coqueluche Hemophilus I nalação de ar contaminado. Afeta mais a criangas – a vacinação é
pertussis eficaz.
Tuberculose Mycobacterium Inalação de ar contaminado Ataca pulmões e outras partes do corpo
tuberculosis
Sifilis Treponema pallidum Contato sexual. Doença sexualmente transmissível
Cólera Vibrio cholerae Contaminação de agua ou Infecção intestinal grave que pode matar
alimento por desidratação
Meningite Neisseria Germes instalam-se nas meninges, levados
Inalação de ar contaminado
epidênuca meningitides pelos sangue
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
De acordo com o processo representado e com os seus conhecimentos, NÃO está correto
afirmar que
4) (UEMG) - Líquens são associações entre dois organismos. São tão específicas que recebem
uma classificação própria como se fossem uma espécie única. A seguir, está representado um
líquen do gênero Coccocarpia, em sua estrutura microscópica. Sobre os líquens e os
componentes representados na figura acima, está CORRETO afirmar que
5) (UEMG) - A gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. É altamente
contagiosa e ocorre de maneira epidêmica, mais no final do outono, inverno e início da
primavera. Existem três tipos deste vírus: A, B e C. O vírus Influenza A pode infectar humanos e
outros animais, enquanto que o Influenza B e C infectam só humanos. Qualquer pessoa pode
gripar. Contudo, pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica e
pessoas idosas têm uma tendência a infecções mais graves com possibilidade de complicações
fatais. As informações contidas no texto acima e outros conhecimentos que você possui sobre
o assunto, só NÃO PERMITEM AFIRMAR que
a) pela característica do Influenza A , este deve ser o ancestral dos vírus Influenza B e
Influenza C.
b) afetada pelo Influenza A, a pessoa não poderá ser afetada pelos outros Influenza, pois já
tem imunidade.
c) surtos epidêmicos podem ser explicados pelo comportamento dos humanos no período
referido no texto.
d) embora não curem o individuo doente, as vacinas são importantes para o controle de novos
casos.
6) (UEMG) - As infecções respiratórias são freqüentes durante o inverno. Tosse, espirros e
coriza – corrimento nasal - são sintomas observados nas pessoas infectadas. Utilizando os
conhecimentos que você possui sobre o assunto, NÃO está correto afirmar que
I. Pode ocorrer fermentação com produção de ácido lático que desmineraliza o esmalte
dentário.
II. No processo ocorre infecção bacteriana com destruição de polpa dentária.
III. A placa dentária é produzida por bactéria para sua fixação.
IV. Além da falta de higiene, fatores genéticos e nutricionais podem estar envolvidos com a
cariogênese.
a) tétano.
b) botulismo.
c) salmonelose.
d) pneumonia asiática (SARS).
GABARITO
1–B–2–B–3–B–4–D-5–B–6–B–7–A–8–D–9–D
REINO PROTISTA
Protozoários
Organismos como ameba e paramecium são protozoários de vida livre. Organismos como o
causador do mal de Chagas ou Trypanosoma cruzi ou como o causador da malária Plasmodium
falciparum são parasitas e causam grande dano à humanidade. Quando as condições
ambientais não estão favoráveis, muitos protozoários apresentam a capacidade de se
transformarem em cistos, uma forma resistente.
PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
Algas
Algumas algas são unicelulares e algumas são formadas por várias células, mas nunca formam
tecidos e têm estruturas simples, apesar de muitas vezes lembrarem plantas. Há vários
grupos.
a) Euglenófitas: tem dois tipos de nutrição, ou seja, são mixotróficos, o que significa dizer que
podem fazer fotossíntese e capturar alimento como qualquer animal. Maioria de água doce. O
gênero mais comum é a Euglena. As células não apresentam parede celular.
b) Pirrófitas: são biflagelados e muitos deles são marinhos. Podem ser chamadas de
dinoflagelados. São geralmente, amarelo-pardos ou amarelo-esverdeados. O aumento
excessivo da população de alguns dinoflagelados provoca desequilíbrio ecológico conhecido
como maré-vermelha, pois a água, nos locais em que há excesso desses dinoflagelados,
adquire comumente coloração vermelha ou marrom, e as algas secretam substâncias, como o
ácido domóico, que matam outras formas de vida. Alguns dinoflagelados têm a característica
de serem bioluminescentes, isto é, conseguem originar luz.
c) Crisófitas ou algas douradas: os mais comuns são as diatomáceas, algas microscópicas que
constituem os principais componentes do fitoplâncton marinho e de água doce. Além de
servirem de alimente para outros animais aquáticos, elas produzem a maior parte do oxigênio
do planeta, através de fotossíntese. A carapaça, geralmente impregnada de sílica, quando
depositadas no fundo do mar, formam uma terra muito fina, chamada terra de diatomáceas,
utilizada como abrasivos nos polidores de metais e em pastas de dente.
d) Clorofíceas (do gr. khloros, "verde"; phycon, "alga") ou clorófitas (do gr. phyton, "vegetal"),
são as algas mais comuns, ocorrendo em água doce e do mar, mas também em ambientes
terrestres úmidos, sobre troncos de árvores e associadas a fungos, formando uma estrutura
mutualística denominada líquen. Podem ser unicelulares ou pluricelulares, coloniais ou de vida
livre.
Reino Fungi
O reino fungi é formado pelos fungos organismos com características de planta e de animais e
pelos liquens.
Os fungos são conhecidos como bolores, cogumelos, trufa, champignon. São encontrados na
água ou na terra. Podem ser de vida livre ou podem ser parasitas, por exemplo, causando
micoses. A reprodução por esporos facilita muito a dispersão desses organismos através do ar.
Todos os fungos são heterótrofos e obtêm alimento por absorção. Alguns atuam como
decompositores ou sapróbios ou saprófitas. Alguns se associam a raízes de determinadas
plantas, formando as micorrizas. Filamentos formados pela células dos fungos são chamados
de hifas, que em conjunto formam o micélio. Não há tecido verdadeiros em fungos. Têm
parede celular de quitina. A substância de reserva é o glicogênio. Quando micélios de sexos
diferentes se encontram, suas hifas se organizam para processar a reprodução sexuada.
Liquens
São formados pela associação do tipo mutualismo entre cianobactérias ou algas e fungos. Os
fungos mais comuns são os ascomicetos e as algas geralmente são unicelulares. Verificou-se
em laboratório que, se colocados em condições favoráveis de desenvolvimento eles podem
viver separados. Porém quando os nutrientes estão escassos ocorre associação. O liquens se
reproduzem assexuadamente por fragmentos que possuem a alga e o fungo. Esses fragmentos
se destacam e são carregados pelo vento, recebendo o nome de sorédios.
Questões de fixação
1) (UEMG) - Belo Horizonte é hoje o município com alta densidade populacional que mais sofre
com a ocorrência da leishmaniose visceral (LV) e também o que mais investe em ações de
controle e prevenção da doença. Os primeiros casos humanos do município ocorreram no ano
de 1994, na Regional Leste. Desde então, a doença atingiu regionais limítrofes como Nordeste,
Norte, Venda Nova e mais recentemente Noroeste. Observe os dados na tabela a seguir:
a) grande número de cães vadios na área urbana, principalmente nas regiões periféricas.
b) urbanização do vetor uma vez que houve degradação do seu hábitat natural.
c) desinformação da população sobre riscos de manter cão doente assintomático, no ambiente
domiciliar.
d) descaso da população quando das campanhas de vacinação contra o protozoário.
3) (PUC-MG) - O mais novo aliado dos cientistas para deter a leishmaniose visceral é um verme
nematóide com menos de um milímetro de comprimento, mas que é capaz de infectar apenas
o Lutzomyia longipalpis (mais conhecido como mosquito-palha ou birigui), transmissor da
doença. O verme foi descoberto por biólogos do Centro de Pesquisas René Rachou, em Belo
Horizonte, que coletaram espécimes de mosquito-palha na gruta da Lapinha, município de
Lagoa Santa. Alguns dos insetos coletados se mostravam apáticos, e as fêmeas apresentavam
o abdômen estufado, embora não tivessem ingerido sangue. Investigando o problema ao
microscópio, os pesquisadores encontraram o verme em várias fases de seu ciclo de vida:
ovos, larvas, machos e fêmeas adultos dentro de cistos. A transmissão do nematódio parece
ocorrer quando larvas comem restos de companheiras mortas. (Texto modificado da Folha de
S. Paulo,18.01.2003.) De acordo com o texto e com seus conhecimentos, é correto afirmar,
EXCETO:
a) verdes
b) vermelhas
c) pardas
d) douradas
7) (FEI) A fotossíntese é a grande fonte de oxigênio livre e disponível para os seres vivos
terrestres e aquáticos. Sabe-se hoje eu quase 90% desse fenômeno fotobioquimico que ocorre
em nosso planeta é realizado:
a) pertence ao filo Mastigophora, cujos membros podem ser parasitas ou ter vida livre.
b) trata-se de um parasita heteroxeno, pois seu ciclo de vida envolve dois ou mais hospedeiros.
c) reproduz-se sexuadamente por esquizogonia com formação de esporozoítos.
d) uma das formas eventuais de transmissão desta parasitose ocorre por transfusão
sangüínea.
e) além da picada e ferimentos externos, mucosas pode ser via de penetração do flagelado no
homem.
GABARITO
1–D–2–D–3–A–4–5–B–6–C–7–D–8-C
ECOLOGIA
Os organismos da Terra não vivem isolados. Interagem uns com os outros e com o meio. E
ecologia é o
estudo das interações na “casa” em que moram os seres vivos, ou seja, a Terra.
A produtividade e o ecossistema
A atividade de um ecossistema pode ser avaliada pela Produtividade Primária Bruta, que
corresponde ao total de matéria orgânica produzida, durante determinado tempo, numa certa
área ambiental. Descontando-se desse total a quantidade de matéria orgânica consumida pela
comunidade na respiração durante esse período, consegue-se a Produtividade Primária Líquida.
A produtividade de um ecos-sistema depende de diversos fatores, dentre os quais os mais
importantes são a luz, a H2O, o CO2 e a disponibilidade de nutrientes.
- Biosfera: a Terra é um grande ambiente de vida. Os organismos vivem numa fina camada do
Planeta, que inclui a água, o solo e o ar. A biosfera é a reunião de todos os ecossistemas
existentes na Terra.
Interações na comunidade
- interações harmônicas ou positivas, em que há benefício para uma das duas espécies ou para
ambas e
- interações desarmônicas ou negativas, em que há prejuízo pelo menos para uma das
espécies. Atualmente, alguns autores preferem denominar de simbiose qualquer tipo de
interação biológica interespecífica. Para outros, simbiose seria sinônimo de mutualismo.
COLÔNIAS - Agrupamentos de seres vivos que geralmente surgem de um ancestral comum
por reprodução assexuada. Os indivíduos da colônia podem ou não, apresentar divisão de
trabalho. Podem ser fixas, como é o caso da maioria ou dotadas de mobilidade. Exemplo:
Obélia, Volvox globator, caravela
SOCIEDADES - Agrupamentos de indivíduos que vivem sem contato direto uns com os outros.
Representam reuniões instintivas para a divisão de trabalho. As sociedades podem ser
irregulares, quando os indivíduos não têm modificações no corpo de acordo com a função que
executam (gorilas, alcatéias, cardumes, espécie humana) ou regulares, quando os indivíduos
apresentam alterações no corpo para o desempenho de suas funções (abelhas, cupins,
formigas e vespas).
OBRIGATÓRIO
Chamado por alguns autores de SIMBIOSE MUTUALISTICA. Neste caso a coexistência dos
indivíduos é obrigatória, porque, se eles forem separados, ambos morrem. Exemplo: a)
LÍQUEN: união entre uma alga ou cianobactéria e um fungo. A alga ou a cianobactéria dá à
associação o alimento e o fungo dá a água e sais minerais. b) Associação entre cupins e
protozoários chamados hipermatiginos. O cupim consegue celulose, mas é incapaz de digerí-la.
O hipermastigino é incapaz de obter celulose, mas é capaz de digeri-la. O cupim não poderia
viver sem o protozoário nem o protozoário sem o cupim.
FACULTATIVO OU PROTOCOOPERAÇÃO
Quando a coexistência não é obrigatória. Exemplo: crocodilos parasitados por
nematódeos que vivem em suas bocas presos às partes moles e que, eventualmente, podem
lhes perfurar a traquéia e impedir a respiração. Os crocodilos permitem que determinada ave,
o pássaro-paliteiro penetre em sua boca para capturar os nematódeos. É mutualismo porque o
crocodilo é beneficiado por ficar livre dos parasitas e a ave porque obtém seu alimento com
facilidade. Não é relação obrigatória porque o crocodilo poderia ficar com seus parasitas e a
ave poderia buscar alimento em outra fonte.
FORESIA - Ocorre quando um indivíduo fornece transporte a outro ser vivo. Exemplo: Há um
crustáceo chamado Pagurus que se esconde dentro da concha de molusco. Nesta concha
podem se prender inúmeros outros indivíduos. Quando o crustáceo se locomove ele leva
consigo estes indivíduos, “de carona”. A rêmora e o tubarão ou raia também se relacionam na
forma de foresia quando se considera apenas a relação de locomoção.
INQUILINISMO - Estabelecida quando um ser vivo habita o corpo de outro indivíduo ou uma
abrigo ou cavidade produzida por outro ser vivo. Exemplos: 1) Peixe Fierasfer que vive na
cloaca de holotúrias. 2) O Pagurus que vive na concha de molusco. 3) Anelídeos, crustáceos e
peixes que vivem no interior de esponjas. 4) Andorinhas que vivem em ninhos de joão-de-
barro
PARASITISMO - Um indivíduo utiliza-se de outro para sua manutenção sem, contudo, levá-lo à
morte. A idéia é espoliar o indivíduo por maior tempo possível já que, se o indivíduo parasitado
morrer, o parasita também poderá morrer. Relações de parasitismo em que o hospedeiro sofre
alterações drásticas pela ação do parasita indicam que o parasitismo é recente em termos
evolutivos e que a relação ainda precisa sofrer ajustes. Parasitismo FITOFITICO acontece
quando um vegetal parasita outro vegetal. Pode ser: HEMIPARASITISMO - O vegetal parasita
suga seiva BRUTA do outro mas é capaz de fazer sua própria fotossíntese. Exemplo:
erva-de-passarinho; ou HOLOPARASITISMO - O vegetal parasita suga seiva ELABORADA do
outro. É incapaz de fazer fotossíntese. Exemplo: cipó-chumbo
COMPETIÇÃO - Ocorre sempre que dois indivíduos, duas comunidades, duas populações, têm um objetivo
em comum, ou seja, ocupam o mesmo nicho ecológico. O mais apto deverá sempre obter o que deseja com
tendência à eliminação do menos apto. Exemplo: a conquista de território para acasalamento em certas
espécies de aves é fatalmente seguida de disputas entre machos.
Populações
Populações são formadas por indivíduos de uma espécie que vivem em uma determinada área.
As populações possuem diversas características. Uma delas é o tamanho populacional, que
pode ser avaliado pela densidade, ou seja, pelo número de indivíduos componentes de uma
população por unidade de área ou volume.
O crescimento populacional
Por meio da análise de curvas de crescimento populacional pode-se ter uma noção da dinâmica
do processo. A curva S é a de crescimento populacional padrão e esperada para a maioria das
populações existentes na natureza. Ela é caracterizada por uma fase inicial, de crescimento
lento, em que ocorre um ajuste dos organismos ao meio de vida. A seguir, ocorre um rápido
crescimento, do tipo exponencial, que culmina com uma fase de estabilização, na qual a
população não mais apresenta crescimento. Pequenas oscilações em torno de um valor
numérico máximo acontecem, permanecendo, então, a população num estado de equilíbrio.
Uma vez instalada no meio, a população pode começar a aumentar. A fase geométrica do
crescimento tende a ser ilimitada em função do potencial biótico da espécie, ou seja, a
capacidade que possuem os indivíduos de se reproduzirem e de gerarem descendentes em
quantidade ilimitada. Há, porém, barreiras naturais a esse crescimento sem fim. A
disponibilidade de espaço e de alimentos, o clima e a existência de predatismo e parasitismo
são fatores de resistência ambiental. Assim, o tamanho populacional acaba atingindo um valor
numérico máximo permitido pelo ambiente, a chamada capacidade limite ou capacidade de
carga. O gráfico seguinte ilustra todos esses parâmetros.
Poluição
Podemos entender como poluição qualquer alteração causada no ambiente. Na verdade seu
uso tem sido mais restrito e é classificado como alterações feitas pelo ser humano e tem
diversos tipos: química, radioativa, biológica, mecânica, térmica, sonora e visual. Estes tipos de
poluição afetam a todos os ambientes na forma de impacto ambiental e prejudicam
grandemente os seres vivos. Todo ser vivo, ao interagir com o ambiente é capaz de tirar dele o
de que necessita à sua sobrevivência e é capaz de alterá-lo. A ação modificadora direta do
Homem na Natureza, contudo, difere da dos demais seres vivos em profundidade e extensão,
produzindo grande impacto nos ecossistemas com alteração muito rápida e às vezes
irreversível no ambiente. Atualmente, as formas de intervenção negativa do Homem sobre o
ambiente são os desmatamentos, os aterros, as barragens e a descarga de poluentes na
atmosfera, água e solo. O planeta Terra tem capacidade limitada para suportar estes impactos
Impactos ambientais
Componentes Fonte do impacto Impacto
Ar Indústria Poluição - Camada de ozônio
destruída (problemas de catarata,
câncer de pele, dificuldade para
fotossíntese)
Queimadas Efeito estufa
Água Desmatamentos Efeito estufa
Resíduo tóxico Queda na qualidade e quantidade
Terraplenagem Assoreamento
Capeamento de ruas Impermeabiliza solo
Vegetação Desmatamento Destruição de ecossistemas
Resíduos tóxicos Redução no O2
Capeamento de ruas Aumento do CO2
Solo Desmatamento Poluição
Terraplenagem Erosão
Resíduos tóxicos Empobrecimento do solo
Capeamento de ruas Compactação de terras
agricultáveis
Rebaixamento do lençol freático
Ar Liberação de gás metano - CH4 Efeito estufa
Clima Desmatamento Modificação do ritmo climático
Crescimento urbano Umidade excessiva
Poluição do ar Temperaturas alteradas
Fauna Poluição da água, ar e solo Extinção de espécies
Desmatamento Aumento de espécies nocivas
Perda de alimento
Homem Perda de qualidade de vida
Sucessão ecológica
As comunidades fazem reajustes para conservar sua integridade, com novas
adaptações às condições específicas do local que ocupam, mantendo com o ambiente um
equilíbrio dinâmico, chamado de homeostase. Fatores bióticos e abióticos interferem neste
equilíbrio dinâmico, determinando mudanças contínuas até que o equilíbrio seja atingido,
representando a chamada sucessão ecológica.
Vários fatores devem ser considerados durante a sucessão. Dentre os mais importantes
estão a velocidade em que a sucessão ocorre, o grau de aproveitamento da energia disponível,
a quantidade de biomassa formada e a diversidade das populações. De modo geral, a energia
vai sendo cada vez mais aproveitada à medida que a comunidade avança para o estágio
climax e a biomassa aumenta. O número de espécies, no início muito pequeno e com grande
número de indivíduos em cada uma delas, passa a ser muito grande no estágio climax e com
pequeno número de indivíduos em cada espécie. Cada tipo de ambiente físico-químico vai
apresentar uma comunidade climax particular.
Exercícios de fixação
3) (PUC-MG) - Em uma lagoa, duas espécies de insetos aquáticos vivem numa mesma região
de águas pouco profundas. Um deles é predador de animais vivos e o outro é detritívoro. É
correto afirmar que essas espécies de insetos apresentam, EXCETO:
a) mesmo habitat.
b) nichos diferentes.
c) níveis tróficos diferentes.
d) competição interespecífica.
Com base nas informações e nos conhecimentos que você possui, marque a alternativa que
completa CORRETAMENTE o enunciado abaixo.
a) o derretimento das calotas é um processo natural que ocorre de maneira cíclica ao longo
dos anos.
b) o fenômeno pode ser agravado por gases oriundos da pecuária brasileira e de plantações de
arroz na Ásia
c) a redução das calotas é acompanhada da redução da temperatura nas águas árticas.
d) a redução das calotas coloca em risco de inundação muitas cidades litorâneas.
6) (UEMG) - Nos últimos anos cresce o interesse em avaliar o equilíbrio do fluxo de carbono
devido ao fato das emissões de CO2 na atmosfera estarem aumentando, devido à combustão
de combustíveis fósseis, desmatamento e mudanças do uso da terra. A preocupação com a
redução das emissões de CO2 resultou na realização da conferência de Kyoto, em dezembro
1997, para definir metas de redução de dióxido de carbono na atmosfera. Nessa ocasião já
existia a preocupação com o efeito estufa e a elevação da temperatura global, os quais
produzem mudanças de clima, tais como furacões, enchentes, secas e a elevação dos níveis
dos oceanos. Considerando o que foi exposto no texto acima e outros conhecimentos que você
possui sobre o assunto, PODE-SE AFIRMAR CORRETAMENTE que:
a) os desmatamentos têm contribuído para o efeito estufa uma vez que representam perda de
superfície assimiladora de CO2.
b) a emissão de CO2, originado na respiração é processo exclusivo dos organismos
heterótrofos.
c) o CO2 associado ao efeito estufa é, ainda, a origem do O2 liberado para a atmosfera no
processo fotossintético.
d) a combustão é a única forma de retornar para a atmosfera o carbono retido no corpo dos
vegetais.
8) (PUC-MG) - Q U E S
ÃO2
Com base no texto dado, assinale a afirmativa INCORRETA.
Considerando que os seres vivos apresentados na figura tenham permanecido em contato com
o poluente, durante o mesmo período de tempo, assinale a alternativa QUE REPRESENTA em
qual ser vivo houve maior acúmulo do poluente.
a) Zooplâncton.
b) Peixes herbívoros.
c) Fitoplâncton.
d) Aves.
Com base nos gráficos e em seus conhecimentos, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa CORRETA.
GABARITO
1- C - 2 - A - 3 - B - 4 - B - 5 - C - 6 - A - 7 - B - 8 - B - 9 – D – 10 – D
Ganglionar Ganglionar
SISTEMA Ganglionar Ganglio
Ausente Difuso ventral ventral
NERVOSO ventral Ventral
anterior
Crustáceos:
glândulas verd
Sem estrutura.
SISTEMA Ausente Células-flama Ausente ou Aracnídeos:
Amônia é liberada pelas Nefrídeos
EXCRETOR Difusão. ou solenócitos Sistema em H glândulas cox
células
Insetos:
túbulos de Malp
Monóicos Dióicos com
Metagênese: Dióicos.
APARELHO e Dióicos. dimorfismo
Ausente. Sexuada e monóicos Monóicos Dimorfismo
REPRODUTOR Dióica com sexual.
Assexuada e dióicos. e dióicos. sexual
fecundação Fecundação
.
interna. interna
Aberto.
Aberto
Fechado e
SISTEMA (sangue incol
Ausente Ausente Ausente Ausente Cefalópodos
CIRCULATÓRIO Exceto
(sangue com
Crustaceos
Pigmentos)
Branquial Pulmonar,
Sem estrutura. Sem estrutura.
SISTEMA Cutânea “Pulmonar” traqueal,
Difusão direta de água Trocas gasosas Cutânea
RESPIRATÓRIO direta cutânea branqueal,
pata as células (difusão)
As Briófitas.
As briófitas são pequenos vegetais que crescem sobre solo úmido, pedras ou troncos de
árvores e, às vezes,
na água doce. Os musgos, hepáticas e antóceros constituem seus principais representantes.
Maioria tem dimensões inferiores a dois centímetros. A planta duradoura é o gametófito
haplóide, que apresenta estruturas de rizóide, caulóide e filóide. As briófitas são avasculares,
ou seja, sem vasos condutores de seiva. No gametófito, encontramos também órgãos
responsáveis pela produção de gametas: o anterídio e o arquegônio. O anterídio produz
gametas masculinos, os anterozóides, e o arquegônio produz o gameta feminino, de nome
oosfera. O esporófito diplóide, temporário, cresce sobre o gametófito feminino e depende dele
para a sua nutrição. No esporófito existem células que sofrem meiose, produzindo esporos. O
pequeno porte dessas plantas é consequência da falta não só de estruturas rígidas de
sustentação, mas também de um sistema de condução de seiva.
Reprodução
Muitas briófitas apresentam reprodução assexuada, à custa de gemas ou propágulos. O ciclo
reprodutivo é haplodiplobiôntico. Na maioria dos musgos, o sexo é separado: cada gametófito
possui apenas anterídios ou apenas arquegônios. O anterozóide chega até o arquegônio
nadando em uma película de água da chuva ou de orvalho. Ao alcançar o arquegônio, os
anterozóides nadam até a oosfera, ocorrendo então a fecundação. Após a fecundação, o zigoto
origina um embrião que permanece protegido no arquegônio. O embrião se desenvolve,
formando um esporófito diplóide, aclorofilado, que possui uma haste e uma dilatação na
extremidade, a cápsula. A cápsula é um órgão no qual se dá a produção de esporos. A
germinação do esporo origina filamentos chamados de protonema que levam à formação de
um novo gametófito, fechando o ciclo.
Pteridófitas
As pteridófitas são vegetais vasculares, isto é, possuem vasos condutores de seiva. A presença
desses vasos caracteriza os vegetais traqueófitos, representados pelas pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas, que já apresentam raíz, caule e folhas. Samambaias e as
avencas vivem em ambiente úmido. A fase duradoura é o esporófito. Possui folhas grandes
divididas em folíolos. De modo geral, a folha é a única parte visível da planta, pois o caule é
subterrâneo (rizoma) ou fica rente ao solo, com crescimento horizontal. O esporófito possui
esporângios, produtores de esporos que se agrupam em estruturas chamadas soros. Estes se
distribuem na face inferior ou na borda dos folíolos. O gametófito ou protalo é bem menos
desenvolvido que o esporófito e, na maioria das espécies, é hermafrodita ou monóico.
Reprodução
Além da reprodução assexuada por fragmentação, as pteridófitas apresentam um ciclo
haplodiplobiôntico típico. No interior dos esporângios, são produzidos esporos que são levados
pelo vento, germinando ao encontrar substrato suficientemente úmido, formando o gemetófito
ou protalo. O protalo, medindo cerca de um centímetro, tem vida autônoma. Por ser pequeno,
o prótalo fica facilmente coberto pela água da chuva ou pelo orvalho, possibilitando a
fecundação, uma vez que os anterozóides multiflagelados devem nadar até a oosfera. O zigoto
formado desenvolve-se num esporófito e o gametófito regride. Outras pteridófitas: licopodios e
fetos arborescentes.
As gimnospermas
Gimnosperma significa que as sementes estão descobertas ou expostas. Elas não se
encontram protegidas dentro de frutos, como nas angiospermas. Exemplares: pinheiro-
europeu, o pinheiro-do-paraná, cipreste, cedro do Líbano e a gigantesca sequóia. Entre as
coníferas, o pinheiro é o mais familiar. A planta, que é o esporófito, possui feixes de folhas em
forma de agulha para perder menos água. Existem folhas modificadas como estruturas
reprodutoras. As sementes se formam na superfície dessas folhas, que apresentam a forma de
escamas e que estão em estruturas chamadas estróbilos ou cones, de onde vem o nome
coníferas.
Reprodução
Nas gimnospermas, encontramos folhas modificadas para a produção de esporos pequenos
(micrósporos) e folhas especializadas na produção de esporos maiores (megásporos). Há dois
tipos de gametófitos: o masculino, vindo do micrósporo, que se chama grão de pólen; e o
feminino, originado do megásporo. Esses gametófitos são reduzidos e crescem dentro do
esporófito. No cone masculino formam-se os micrósporos haplóides. O micrósporo origina o
grão de pólen. O micrósporo tem duas células: a célula do tubo polínico, e a célula geradora,
também chamada núcleo reprodutor. Em volta do grão de pólen, há uma parede protetora com
duas expansões laterais em forma de asa. Os grãos de pólen são eliminados e facilmente
arrastados pelo vento (polinização anemófila), graças às "asas" que possuem e alguns deles
atingirão o cone feminino. Cones femininos contêm óvulos, que possuem uma abertura, a
micrópila. Em seu interior há uma célula-mãe de esporos, que origina o megásporo. O núcleo
do megásporo sofre mitose dando uma massa plurinucleada, com cerca de 2 mil núcleos, o
que corresponde ao gametófito feminino. Nessa massa, surgem dois ou mais arquegônios,
cada um com uma oosfera. Os grãos de pólen chegam até os óvulos e penetram pela
micrópila. Mais tarde, começam a germinar, formando o tubo polínico, que cresce em direção
ao arquegônio. No interior do tubo, a célula geradora produz dois núcleos espermáticos, que
funcionam como gametas masculinos. Um dos núcleos espermáticos se une à oosfera
originando um zigoto. Após a fecundação, o óvulo se transforma em semente. A semente
contém, no interior, um embrião do esporófito. O crescimento do tubo polínico torna a
fecundação independente da água e é um fator importante na conquista do meio terrestre
pelas gimnospermas. O embrião fica no meio de um tecido haplóide, o endosperma, que serve
de reserva de alimento e é formado a partir de restos do gametófito feminino. As escamas com
sementes formam o que damos o nome de pinhão e o cone, depois de fecundado, é chamado
de pinha. As sementes ajudam na adaptação à vida terrestre, protegendo o embrião contra a
perda de água. Em condições favoráveis, elas germinam dando um novo esporófito.
As angiospermas
As angiospermas são fanerógamas com flores típicas. No interior das flores, há folhas
reprodutoras, os carpelos, que se fecham formando um vaso, onde as sementes irão se
desenvolver. Após a fecundação, parte do carpelo se transforma em fruto, uma estrutura
exclusiva desses vegetais. Como todas as outras plantas vasculares, as angiospermas
apresentam clorofilas a e b, carotenos, cutícula impermeável com estômatos para o
arejamento e um sistema de vasos condutores de seiva bem desenvolvido. A planta
propriamente dita é o esporófito; o gametófito, extremamente reduzido, encontra-se incluso
nos tecidos do esporófito. O tamanho das angiospermas é muito variável: há desde pequenas
ervas até grandes árvores. O corpo dessas plantas apresenta raiz, caule, folha e flor.
A flor
Uma flor completa é formada por partes:
pedúnculo - haste de sustentação que prende a flor ao caule;
receptáculo - extremidade do pedúnculo, geralmente dilatada, onde se prendem os verticilos;
verticilos - conjunto de peças (folhas modificadas ou esporófitas) geralmente dispostas em
círculo. Observando a flor da periferia para o centro, encontramos quatro verticilos;
. cálice - mais externo, é um conjuntode folhas protetoras, geralmente verdes, chamadas
sépalas;
· corola - verticilo seguinte, é formada por pétalas. De colorido vivo, embora às vezes possuam
cor pálida ou branca, as pétalas servem indiretamente à reprodução, atraindo os animais
polinizadores com suas cores, aromas ou secreções adocicadas;
· androceu - é formado de folhas profundamente modificadas - os estames -, especializadas na
produção de esporos - os micrósporos -, irão dar origem ao gametófito masculino. O estame
possui um pedúnculo, chamado filete, com uma dilatação na extremidade - a antera - e um
tecido que une as duas partes da antera - o conectivo;
· gineceu - último verticilo, é formado por folhas modificadas - os carpelos ou pistilos -,
encarregadas da produção de megásporos, que irão originar o gametófito feminino. A base
dilatada é o ovário e na extremidade oposta há uma dilatação - o estigma. Ligando o ovário ao
estigma, há uma haste - o estilete.
Reprodução sexuada
As angiospermas possuem um ciclo haplodiplobiôntico com a fase haplóide muito reduzida.
A produção de micrósporos ocorre nos estames, onde há os sacos polínicos, eu correspondem
a microesporângios. Em cada saco polínico existem várias células-mães dos esporos, que
sofrem meiose e formam esporos haplóides. O esporo dentro do saco polínico, sofre mitose
formando um gametófito masculino ou grão de pólen. nessa mitose originam-se duas células: a
célula reprodutora ou geradora e a célula vegetativa, também chamada célula do tubo. O
conjunto é revestido por uma capa de duas paredes: a parede interna, celulósica, chamada
intima, e a parede externa, mais resistente, a exina)
A produção de megásporos ocorre no carpelo, No interior do ovário podem-se encontrar um ou
vários macrosporângios - os óvulos - presos ao ovário por um pedúnculo. Cada óvulo possui um
tecido, a nucela, protegido por tegumentos. O tegumento externo é a primina, e o interno, a
secundina. Esses tegumentos apresentam uma abertura, a micrópila.
Na nucela, a célula-mãe do esporo sofre meiose e dá origem a quatro células haplóides - os
magásporos -, das quais só uma sobrevive. O megásporo restante sofre divisões nucleares,
formando uma massa citoplasmática, com oito núcleos haplóides. Dois núcleos migram do pólo
para o centro, formando a célula central com dois núcleos, que por terem migrado dos pólos,
são chamados núcleos polares. Desse modo, surge o gemetófito feminino, chamado de saco
embrionário, constituído por sete células: uma célula central, três antípodas e uma oosfera
ladeada por duas sinérgides.
A polinização
A polinização pode ser feita pelo vento (gramíneas) ou por insetos e outros animais, que se
alimentam do néctar de um determinado tipo de flor. Com isso, há mais chances de um grão
de pólen ser levado justamente para outra planta da mesma espécie. Esse sistema de
"polinização dirigida" permite uma economia na produção de grãos de pólen.
Quando feita pelo vento, a polinização é chamada anemófila; por insetos, entomófila; por aves,
ornitófila e, por morcegos, quiropfila.
Quando o grão de pólen entra em contato com o estigma, ele desenvolve um tubo de
citoplasma, o tubo polínico, formado a partir da célula do tubo. O tubo polínico cresce em
direção ao ovário. Dentro do tubo, o núcleo da célula geradora se divide, originando, duas
células espermáticas haplóides, que funcionam como gametas masculinos.
Chegando ao ovário, o tubo penetra no óvulo pela micrópila, promovendo então uma dupla
fecundação, característica das angiospermas. Uma célula espermática funde-se com a oosfera,
originando o zigoto que através de mitose, desenvolve um embrião diplóide. A outra célula
espermática funde-se com os dois núcleos da célula central, originando uma célula triplóide, a
célula-mãe do albúmen. Esta célula sofre mitose e forma um tecido triplóide - o albúmen ou
endosperma -, que representa uma reserva nutritiva para o embrião (figura 15.8).
Como já mencionamos no estudo de gimnospermas, o tubo polínico permite que a fertilização
seja independente da água.
O fruto e a germinação da semente
Após a fecundação, o ovário transforma-se em fruto e os óvulos, no seu interior, transformam-
se em sementes. O fruto apresentará uma parede - o pericarpo -, formada de três regiões:
epicarpo, mesocarpo e endocarpo. O mesocarpo é geralmente a parte comestível, devido ao
acúmulo de reserva nutritiva.
A dispersão da semente promove a conquista de novos ambientes pela planta. Uma das
maneiras pelas quais o fruto colabora na dispersão da semente é por meio do acúmulo de
reservas nutritivas, que atraem animais consumidores dessas reservas. A semente passa
intacta pelo tubo digestivo do animal e é eliminada junto com as fezes. Outras vezes, o fruto
ou a própria semente são transportados pelo vento, pela água ou agarrados ao pêlo dos
animais. Em condições adequadas, a semente germina, originando um novo esporófito.
O embrião é formado pela radícula, caulículo, gêmula e cotilédone (folha com reserva
nutritiva). À medida que ele se desenvolve, as reservas do cotilédone ou do endosperma são
consumidas pela planta. Quando essas reservas se esgotam, já existe uma pequena raiz
originada da radícula. O caulículo dá origem à parte do caule - o hipocótilo -, e a gêmula origina
a parte superior do caule - o epicótilo -, bem como as primeiras folhas.
Reprodução assexuada
Em algumas angiospermas, como a grama e o morangueiro, o caule cresce horizontalmente e
os ramos laterais produzem raízes, tornam-se independentes e formam uma nova planta, que
assim vai se multiplicando pelo terreno. Um caule com vários pés de planta forma o que se
chama de estolão. Fato semelhante ocorre com caules subterrâneos como o da bananeira - os
rizomas. O caule subterrâneo da batata, por exemplo, forma tubérculos providos de gemas;
depois que o caule morre, as gemas dos tubérculos dão origem a uma nova planta. Na planta
conhecida fortuna, existem gemas nos bordos das folhas que originam novas plantas quando a
folha se desprende e cai.
Além de ser mais rápida, a reprodução assexuada produz indivíduos geneticamente idênticos
ao original. Desse modo preservam-se características que se quer manter ao cultivar uma
planta.
Classificação das angiospermas
As angiospermas correspondem modernamente à divisão Anthophyta e podem ser
subdivididas em duas classes: Monocotyledoneae (monocotiledôneas) e Dicotyledoneae
(dicotiledôenas). No primeiro grupo estão as plantas cujos embriões possuem apenas um
cotilédone; no segundo grupo, as plantas com embriões dotados de dois cotilédones. Vejamos
outras diferenças:
- As monocotiledôneas têm folhas com nervuas paralelas (folhas paralelinérveas), enquanto as
dicotiledôneas apresentam folhas com nervuras ramificadas(folhas reticuladas).
- As monocotiledôneas apresentam flores trímeras, isto é, suas pétalas são sempre três ou um
número múltiplo de três, o que é válido também para os outros elementos da flor (sépalas,
estames e carpelos). Já as flores das dicotiledôneas apresentam quatro, cinco ou múltiplos de
quatro ou cinco elementos florais. São as chamadas flores tetrâmeras e pentâmeras.
- A raiz das monocotiledôneas é fasciculada (não há uma raiz principal ), enquanto na raiz das
dicoiledôneas há um eixo principal do qual partem ramificações secundárias (raiz axial ou
pivotante).
- Nas monocotiledôneas, os feixes de vasos que levam a seiva estão espalhados pelo caule;
nas dicotiledôneas , os feixes estão dispostos em círculos na periferia do caule.
- Entre as monocotiledôneas, podemos citar; trigo, centeio, arroz, milho, cana-de-açucar,
capins, alho, cebola, coqueiro e orquídeas. Como exemplo de dicotiledôneas, temos: feijão,
ervilha, soja, amendoim, lentilha, tomate, pimentão, algodão, couve, agrião, repolho, rosa,
morango, maçã, pêra, café, cenoura, mandioca, girassol e margarida.
Histologia Vegetal
Colênquimas (kolla = cola) são tecidos de resistência semelhante aos parênquimas. São
encontrados em caules novos e pecíolos de folhas. Dão reforço elástico para os vegetais.
Podem estar relacionados com iluminação interna por serem refletores.
SISTEMAS HUMANOS
EVOLUÇÃO
Até a década de 50, as preocupações quanto à origem da
vida eram consideradas assunto especulativo, incapaz de
levar a conclusões mais decisivas. Era comum que
posições religiosas e dogmáticas impedissem uma
abordagem científica do tema. Hoje, não só muitas
perguntas relativas à origem dos seres vivos foram
respondidas como incontáveis experimentos de
laboratório reproduziram condições supostamente
vigentes na época. Obteve-se assim um conjunto de
informações que permitiu formular teorias coerentes e
plausíveis.
Os "tijolos" básicos
A Terra formou-se há cerca de quatro a cinco bilhões de
anos. Há fósseis de criaturas microscópicas de um tipo
de bactéria que prova que a vida surgiu há cerca de três
bilhões de anos. Em algum momento, entre estas duas
datas - a evidência molecular indica que foi há cerca de
quatro bilhões de anos - deve ter ocorrido o incrível
acontecimento da origem da vida.
O canibalismo inicial
No início, grande número de lagoas e oceanos foi se
convertendo numa "sopa" de "tijolos da vida". Como não
existiam ainda os seres vivos para comê-los, nem
oxigênio livre para decompô-los, sua concentração só
aumentava. A energia necessária à combinação entre
essas pequenas moléculas (que leva à síntese de grandes
moléculas como proteínas, gorduras e carboidratos) era
proveniente sobretudo do calor do Sol, mas também da
eletricidade.
Para o primeiro problema, a resposta é aparentemente paradoxal. Imaginemos uma pequena proteína
formada por cinqüenta aminoácidos, de vinte variedades. Desmontando-se essa proteína e
reagrupando-se seus aminoácidos, de todas as formas possíveis, isso resulta num número altíssimo:
a unidade seguida de 48 zeros. Portanto, se nos mares primitivos eram possíveis todas as
combinações (e eram, sem dúvida), por que razão vingaram as que produziram a vida? O paradoxo
está em que vingaram exatamente porque produziram vida.
Assim, a resposta para o primeiro problema - por que vingaram apenas certos tipos de
macromoléculas - depende da resolução do segundo: como apareceram indivíduos que eliminaram
aqueles incapazes de formar seus próprios sistemas de auto-reprodução.
A individualização
Primeiro, é preciso entender como surgiram as primeiras macromoléculas não dissolvidas no
ambiente, mas agrupadas numa unidade constante e auto-reprodutora. O cientista soviético
Alexander Oparin foi o primeiro a dar uma resposta aceitável: com raríssimas exceções as moléculas
da vida são insolúveis na água e, nela colocadas, ou se depositam ou formam uma suspensão
coloidal, o que é um fenômeno de natureza elétrica. Há dois tipos de colóides: os que não têm
afinidade elétrica com a água e os que têm afinidade. Devido a essa afinidade, os colóides hidrófilos
permitem que se forme á volta de suas moléculas uma película de água difícil de romper.
Existe ainda um tipo especial de colóide orgânicos. São os coacervados: possuem grande número de
moléculas, rigidamente licalizadas e isoladas do meio ambiente por uma película superficial de água.
Desse modo, os coacervados adquirem sua "individualidade".
Tudo era favorável para que na "sopa" oceânica primitiva existissem muitos coacervados. Sobre eles
atuou a seleção natural: somente as gotas capazes de englobar outras, ou de devorá-las, puderam
sobreviver. Imagine um desses coacervados absorvendo substâncias do meio exterior ou aglutinando
outras gotas. Ele aumenta e ao mesmo tempo que engloba substâncias elimina outras. Esse modelo
de coacervado, que cresce por aposição, não bastaria, porém, para que a vida surgisse.
Era preciso que entre os coacervados aparecesse algum capaz de se auto-reproduzir, preservando
todos os seus componentes. A esta etapa do processo evolutivo, a competição deve ter sido decisiva.
As gotas que conseguiram auto-reproduzir-se ganharam a partida. Elas tinham uma memória que
lhes permitia manter sua individualidade. Era o ácido desoxirribonucleico (DNA). As que não eram
governadas pelo DNA reproduziram-se caoticamente.
. O que é a evolução?
Evolução é o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao
longo do tempo, dando origem a espécies novas.
2. Evidências da evolução
A evolução tem suas bases fortemente corroboradas pelo estudo comparativo dos organismos, sejam
fósseis ou atuais. Os tópicos mais importantes desse estudo serão apresentados de forma resumida.
Por homologia entende-se semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente
a uma mesma origem embriológica. As estruturas homólogicas podem exercer ou não a mesma
função.
O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas
homólogicas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica. Nesses casos, não há
similaridade funcional.
Ao analisar, entretanto, a asa do morcego e a asa da ave, verifica-se que ambas têm a mesma origem
embriológica e estão, ainda associadas á mesma função.
A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo
ancestral comum, embora não indique um grau de proximidade comum, partem várias linhas
evolutivas que originaram várias espécies diferentes, fala-se em irradiação adaptativa.
Homologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos, sendo que essas
estruturas podem ter ou não a mesma função. As estruturas homólogas sugerem ancestralidade
comum.
Órgãos vestigiais são aqueles que, em alguns organismos, encontram-se com tamanho reduzido e
geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A
importância evolutiva desses órgãos vestiginais é a indicação de uma ancestralidade comum.
Um exemplo bem conhecido de órgão vestigial no homem é o apêndice vermiforme , estrutura
pequena e sem função que parte do ceco ( estrutura localizada no ponto onde o intestino delgado
liga-se ao grosso).
Nos mamíferos roedores, o ceco é uma estrutura bem desenvolvida, na qual o alimento parcialmente
digerido á armazenado e a celulose, abundante nos vegetais ingeridos, é degradada pela ação de
bactérias especializadas. Em alguns desses animais o ceco é uma bolsa contínua e em outros, como o
coelho, apresenta extremidade final mais estreita, denominada apêndice. que corresponde ao
apêndice vermiforme humano.
3. As Teorias evolutivas
Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se , entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin.
Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também denominada Neodarwinismo, que
incorpora os conceitos modernos da genética ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural.
Jean-Baptiste Lamarck ( 1744-1829 ), naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma
teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia
zoológica.
Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se
desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-
se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as
penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais
altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido
originadas as atuais aves pernaltas.
A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as
características adquiridas não são hereditárias.
Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações
genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
3.2 A teoria de Darwin
Charles Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da
moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem
adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um
número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para
aquele ambiente.
Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
· Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo,
portanto, indenticos entre si.
· O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
· Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos
indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o número de indivíduos na
espécie.
· Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem
têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos
favoráveis.
· Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como
há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
· Assim , ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou
melhora o grau de adaptação destes ao meio.
A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante
anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e
incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética,
extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de
sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes.
A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A
população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem
em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Para melhor compreender esta definição , é importante conhecer o conceito biológico de espécie:
agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente
isolados de outros grupos de organismos.
Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter
populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto,
colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes
férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes.
A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, no
caso dos organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução
assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em
espécies.
Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não
existe um indivíduo igual ao outro. Execeções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos,
mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o
mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio.
A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa
população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.
A compeensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é
fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a
transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na freqüência dos
genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na freqüência dos genes são
denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores
evolutivos , pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes
presentes nessa população. Assim , quanto maior é a variabilidade genética.
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas
categorias
Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação
cromossônica , recombinação;
Fatores que atuam sobre a variabilidade genética jás estabelecida : seleção natural, migração e
oscilação genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao
desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies.
Nos capítulos seguintes , esses tópicos serão abordados com maiores detalhes.
SURGIMENTO DAS ESPÉCIES
Nos capítulos anteriores, foram estudados os fatores evolutivos que promovem a variabilidade
genética e os que atuam sobre a variabilidade já estabelecida .Foi visto. Também que se pode
considerar natural atuando sobre a variabilidade genética. Assim populações de uma mesma espécie
podem desenvolver características novas em função de alterações na relação organismo – ambiente .
Neste capítulo , discutiremos como a interação de todos esses fatores pode originar espécies novas.
HISTOLOGIA ANIMAL
TECIDO EPITELIAL
Tecido que compõe-se quase exclusivamente de células, apresenta pouca substancia intersticial a
cimentar as células (do grego, epithelein construir sobre um supor).
Do ponto de vista fisiológico, o tecido epitelial tem por função atapetar superfícies. Na função
especifica, existem três tipos de tecido, mas para nós só interessa dois:
EPITÉLIO DE REVESTIMENTO
A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este
tecido sendo constituídas as glândulas .Sua principais característica e ser formado por células
justapostas, isto e, bem encaixado entre si de modo a não deixar espaços entre elas, a fim de evitar
penetração de microrganismos, e expresso (com muitas camadas de células, e, a fim de evitar a
perda excessiva de água, e impermeabilizado por queratina. Nos epitélios nunca se encontram vasos
sangüíneos.
Quanto ao numero de camadas celulares os tecido epitelial de revestimento são classificados em:
simples ou uniestratificados (formados por uma única camada de células. Os tecidos de
revestimento externo protegem o organismo contra desidratação, atrito e invasão bacteriana já o
tecido de revestimento externo, podem ser classificados: Estratificado, composto ou
multiestratificada (formado por várias camadas de células ); e pseudo-estratificado (uma só camada
de células com alturas diferentes).Os epitélios de revestimento podem ter diversas origens
embrionárias, dependendo de sua localização, e o epitélio que reveste internamente o intestino tem
origem endodérmica, e o que reveste o coração tem origem mesodérmica.O tecido epitelial de
revestimento forma em primeiro lugar a pele, também forma as mucosas(membranas que foram as
órgãos ocos, e sua superfície e muito úmida devida a secreção de mucinogenos, que, ao hidratar-se
transforma-se em muco que produz e forma uma camada protetora, e encontrada no tubo digestivo,
urinário genital, fossas nasais, boca, etc.
Os epitélios ainda podem ser classificados quanto a forma de suas células as quais variam alguns
casos as células são cúbicas(epitélios cúbicos ocorrendo no ovário); outros achatados com os de um
pavimento (epitélio pavimentoso, ocorre, Endotélio (revestimento dos vasos sangüíneos); Mesotélio
reveste as serosas: pleura (pulmão), pericárdio (coração), peritônio (estômago), etc; outros ainda são
prismáticas (epitélis prismáticos ).
É o segundo tipo de tecido, sua além de ser revestidora forma glândulas, produzem e eliminam
substâncias necessárias nas superfícies do tecido. Estas glândulas podem ser exócrinas(eixos, fora),
que tem origem através de um canal ou ducto e lança o produto de secreção na superfície ou seja
eliminam suas secreções para fora do corpo ou para a cavidade dos órgãos, tais como: as
sudoríparas, as lacrimais;
outras conduzem a secreção para um órgão oco com as salivares e o pâncreas.
No aspecto morfológico, as glândulas exócrinas podem ser tubulosas sendo as glândulas do
aparelho digestivo;
As acinosas sendo as glândulas salivares, e as túbulo-acinosa sendo as glândulas parótidas; E as
alveolares sendo as glândulas mamárias.
As glândulas também podem ser endócrinas(endo, dentro), não há formação de canal ou de ducto e
a glândula não pode lançar produtos de secreção na superfície do epitélio de origem mas elimina a
secreção diretamente nos vasos sangüíneos. Estas glândulas são geneticamente denominadas
hormônios, pôr exemplo: são a tireóide , que produz e libera no sangue o hormônio tiroxina, e a
hipófise, que libera, entre outros, o hormônio de crescimento (somatotrofina).No aspecto
morfológico as glândulas endócrinas podem ser cordonais ou vesiculares.
As glândulas se formam ainda no estágio embrionário, a partir de superfícies epiteliais. Glândulas
exócrinas e endócrinas formam-se de maneira parecida: células da superfície epitelial multiplicam-
se e aprofundam-se nos tecidos mais internos, formando um cor dão celular.
Existem ainda glândulas que possuem ao mesmo tempo uma parte exócrina, tais como mistas ou
mesócrinas ou anfícrinas, possuem funções exócrinas e endócrinas ao mesmo tempo , como é o
caso do pâncreas. As unidades glandulares chamadas ácinos pancreáticos que liberam no intestino o
suco pancreático (função exócrina), enquanto outras unidades secretoras, as ilhotas de Langerhans,
secretam os hormônios insulina e glucagon na corrente sangüínea (função endócrina).
TECIDO CONJUNTIVO
Esse tecido forma o arcabouço que sustenta as partes moles do corpo, apoiando e ligando os outros
tipos de tecido. Caracterizam-se pela grande quantidade de material intracelular e pelo
distanciamento das suas células e fibras.
Outros tecidos de sustentação possuem a função importante na difusão e fluxo de metabolismo.
Por fim., os tecidos de sustentação participam ativamente nas funções de defesa do organismo.
Todos esses tecidos de sustentação têm a mesma origem embrionária: origem mesodérmica.
Os tecidos de sustentação dividem-se em vários grupos dentre eles os principais são: Tecido
conjuntivo, adiposo, cartilaginoso e ósseo.
Têm como principal função o preenchimento de espaços e ligação de outros tecidos e órgãos.
material intracelular é abundante e as células se mantêm bem afastadas umas da outras .material
intracelular compreende uma matriz onde se encontram fibras colágenas, reticulares e elásticas.
A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente
por água e glicoproteínas. São encontradas abaixo do epitélio e tem a função de sustentar e nutrir
tecidos não vascularizados. Pode ser denso ou frouxo.
As fibras colágenas são grossas, flexíveis e resistentes; são formadas por uma proteína denominada
colágeno.
As fibras elásticas, são mais finas que as colágenas, têm grande elasticidade e são formadas por uma
proteína denominada elastina.
À variedades de tecidos conjuntivos assim com o frouxo que tem seus componentes igualmente
distribuídos: células, fibras e material intracelular. Ele preenche os espaços entre feixes musculares
e serve de apoio aos tecidos epiteliais, encontrando-se na pele, nas mucosas e nas glândulas. É
praticamente todos os órgãos do corpo, ele por exemplo forma a derme, a camada mais interna da
pele, e o tecido subcutâneo, ainda mais interno que a derme.
Há duas variedades desse tecido: o linfóide, encontrado no baço, timo e gânglios linfáticos, e o
mielóide, que forma a medula óssea.
Tecido linfóide produz alguns tipos de leucócito e o tecido mielóide, além de vários tipos de
leucócito, produz hemácias (ou glóbulos vermelhos) e plaquetas.
Sangue é um tipo especial de tecido que se movimenta por todo o corpo, servindo como meio de
transporte de materiais entre as células. É formado por uma parte líquida, o plasma, e por diversos
tipos de célula.
O plasma contém inúmeras substâncias dissolvidas: aproximadamente 90% de água e 10% sais
(Na,Cl,Ca,etc.), glicose, aminoácidos, colesterol, uréia, hormônios, anticorpos etc.
As hemácias apresentam, dissolvido no seu citoplasma, importante para o transporte do oxigênio.
As hemácias dos mamíferos têm a forma disco bicôncavo e não apresentam núcleo nem organelas, e
os demais vertebrados têm hemácias esféricas ou elipsóides, nucleadas e com organelas, e sua
forma facilita a penetração e saída de oxigênio, o que é importante para a função dessas células, que
é transportar oxigênio.
Os leucócitos são células incolores nucleadas e com os demais organóides celulares, tendo quase o
dobro do tamanho das hemácias. Encarregados da despesa do organismo, eles produzem anticorpos
e fagocitam microorganismos invasores e partículas estranhas.
Apresentam a capacidade de passar pelas paredes dos vasos sangüíneos para o tecido conjuntivo,
sem rompê-los, fenômeno este denominado diapedese. Distribuem-se em dois grupos: granulócitos
e agranulócitos, conforme tenham ou não, granulações específicas no citoplasma.
*Eosinófilos: apresentam geralmente dois segmentos ligados ou não por um filamento delicado e
material nuclear. Também realizam diapedese e fagocitose.
As plaquetas (ou trombócitos), são pequenos corpúsculos que resultam da fragmentação de células
especiais produzidas pela medula óssea. Elas detêm as hemorragias, pois desencadeiam o processo
de coagulação do sangue que é o fenômeno da maior importância para os animais vertebrado:
quando há um ferimento, externo ou interno, forma-se um coágulo, que age como um tampão para
deter a hemorragia. Apesar de aparentemente simples, sabe-se atualmente que a coagulação é
controlada por inúmeros fatores, incluindo-se aí fatores genéticos.
Tecido cartilaginoso
O tecido cartilaginoso tem consistência bem mais rígida que os tecidos conjuntivos. Ele forma as
cartilagens dos esqueléticos dos vertebrados, como, por exemplo, as orelhas a extremidade do nariz,
a laringe, a traquéia, os brônquios e as extremidades ósseas.
As células são os condrócitos, que ficam mergulhados numa matriz densa e não se comunicam. A
matriz pode apresentar fibras colágenas e elásticas, em diferentes proporções, que lhe conferem
maior rigidez ou maior elasticidade.
A cartilagem pode ser hialina quando tem somente fibras colágenas; elásticas, quando também
fibras elásticas; fibrosa, quando tem ambos os tipos de fibra, com predomínio das colágenas.
Tecido ósseo
O tecido é o tecido se sustentação que apresenta maior rigidez forma os ossos dos esqueletos dos
vertebrados. É constituído pelas células ósseas, os osteócitos e por uma matriz compacta e
resistente.
Os osteócitos são dispostos ao redor de canais formam os sistemas de Havers, dispõe-se em círculos
concêntricos ao redor de um canal, por onde passam vasos sangüíneos e nervos. As células se
acham alojados em cavidades na matriz e se comunicam umas com as outras por meio de
prolongamentos finos.
A matriz é constituída por grande quantidade de fibras colágenas, dispostas em feixes, entre os
quais se depositam cristais, principalmente de fosfato de cálcio. A grande resistência do tecido
ósseo resulta dessa associação de fibras colágenas com o fosfato de cálcio.
TECIDO MUSCULAR
O tecido muscular é constituído por células alongadas, em forma de fibras, que se dispõe agrupadas,
em forma de fibras, que se dispõe agrupadas em feixes. Essas células são capazes de se contrair e
conferem ao tecido muscular a capacidade de movimentar o corpo.
Há três variedades de tecido muscular: liso, estriado e cardíaco.
O tecido muscular liso tem células mononucleadas, alongadas, de extremidades afiladas. O
citoplasma apresenta miofibrilas (Miofibrila:mio, músculo, fibrila, pequena fibra),dispostas
longitudinalmente, formadas por proteínas contráteis. É o tecido que forma as paredes de vários
órgãos, com intestino, vasos sangüíneos, bexiga etc.
O tecido muscular estriado é capaz de contrações rápidas, sob o controle da vontade, denominado
esquelético, por se prender aos ossos. Suas células são alongadas cilíndricas e multinucleadas.
Apresentam estrias transversais típicas, formadas pela disposição paralela e regular das miofibrilas
no citoplasma. Essas miofibrilas são constituídas por duas proteínas contráteis: a actina forma
filamentos finos e a miosina filamentos mais grossos.
O tecido muscular cardíaco é um tecido estriado especial, cujas células apresentam estrias como as
do tecido esquelético, mas têm apenas um ou dois núcleos e são mais curtas. Além disso, as fibras
se fundem umas com as outras pelas extremidades.
TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso forma os órgãos dos sistemas nervosos central, periférico e autônomo. Ele tem por
função coordenar as atividades de diversos órgãos, receber informações do meio externo e
responder aos estímulos recebidos. É constituído por células nervosas ou neurônios e células de
apoio ou células da glia.
As células nervosas ou neurônios que é uma célula altamente diferenciada, de ciclo vital longo, sem
capacidade de divisão e de regeneração, têm prolongamentos ramificados, os dendritos, e um
cilindro-eixo, o axônio, geralmente mais longos que os dendritos. Muitas vezes o axônio é
protegido por um envoltório denominado bainha de mielina.
Os neurônios tem uma forma especial de reação, que consiste no impulso nervoso, produzido
sempre na mesma direção: dos dentritos são prolongados e partem do corpo celular, recolhem
impulsos nervosos e deste para o axônio.
Os neurônios relacionam-se uns com os outros pelas extremidades de suas ramificações, que não se
tocam mas ficam bem próximas. Essas áreas de conexão são denominadas sinapses. É através das
sinapses que o impulso passa do axônio de uma célula para os dentritos de outra.
Feixes de axônios revestidos por tecido conjuntivo formam os nervos. Conforme os axônios
apresentam ou não a bainha de mielina, os nervos são classificados em mielínicos ( nervos brancos)
e a amielínicos (nervos cinzentos).