You are on page 1of 12
rate ee eu AS O ciclo do combustivel DT at Tg Cee en Onn eee ead CO ee en Rca quimico da natureza em que se descobriu a capacidade de Ee eet R ech tne ee ed 2 outro). Esa radiacio, se descontrolada, pode provocar os Perea eee ee eee ees Cee rc ae ec cy Set Oe CeCe Oe cia en ie as paraaa geracdo de energia elétrica ~ as chamadas usinas eee ee nee eo eons See Conese eae te Peon ear eee eg cry lentamente, manifesta-se sob a forma de calor. Se éliberada rapidamente, manifesta-se como luz. Nas usinas termonu- cleares ela éliberada lentamente e aquece a 4gua existente no interior dos reatores a fim de produzir 0 vapor que movi- eet Perec Cec ee ome ce eee er Seon eee cen eed creer eae eee er in en are ot altamente radioativa,citcula quente por um gerador de va- ppor, em circuito fechado, chamado de ciruito primério. Esse eC t caeeres Poe eee ee tee vapor, acionando a turbina para a geracio de energia elética Cee ee eee Pesquisadores buscam obter energia também a partir da eee ne eee ea ce re ean ener tate esa sen ORC acne ce Re ea ceo contrério: passa por um processo bastante complexo de Pee ee ee ean er ae ee Moe one eae a ‘mento, na qual o minério é extraido da natureza e enviado ‘uma unidade de beneficiamento, onde é purificado e con- centrado, dando origem auma espécie de sal de coramarela, eer er eee nese eee eee eres ee vido, purificado e convertido para o estado gas0s0 (94s UF) A terceira fase, de enriquecimento, caracteriza-se pelo au: OOS ecco Ue ect Pe ae ee Ue ee Peat eee ete rey necessérios cerca de oito quilos de yellowcake. Ceres Cr a eek ir Lome ates mado “ciclo do combustivel nuclear’ abrange, ainda, a dest Peer een ecco eet sy eee ce ce Re een eee eee eee cs Renee ete rea etn renee tr como éxido misto (MOx). Explicagdes detalhadas de todo 0 ciclo do urdnio podem ser encontradas no site da World Nu- clear Association (wwwoworld-nuclearorg) ou no site da In Prete et ee eet Pee ‘eonbe = oo Energia Nuclear | Capitulo 8 Energia Nuclear 8.1 INFORMAGOES GERAIS ‘Aenergia nuclear, produzidaa partir do tomo de uranio, vou’ agenda internacional da produao de eletricidade como alterna- tiva importante aos combustives féssels. Conhecida desde a dé- cada de 40, nos tims anos passou a ser considerada uma fonte limpa, uma vez que sua operagio acarreta a emissio de baixos ‘volumes de gs carbénico (CO,), principal responsive pelo efei- to estufa e,em conseqiéncia, pelo aquecimento global, Além da caracterstica ambiental, contibui para a tendéncia 3 expansio a ‘existéncia de abundantes reservas de uriniono planeta~o que, _médioe longo prazos, garante a seguranca no suprimento, Em 2006, a energia nuclear ocupou © pentitime lugar entre 2 principals formas para producdo de energia elétrica do mundo, segundo a International Energy Agency (IEA). Como ‘mostra 0 Gréfico 8.1 abaixo, fol superada por hidreletricidade, ‘98s natural e carvio e superou apenas o petréleo. 48% a 35% 50% a 0 | ] 15% 10% 5% ‘Gis Nata Hiretticn Gréfico 8.1 Geragée de energia elétrica por: Forte 2008 de combustivel (200 Nuclear Peraloo ‘Outs Atlas de Energia Elétrica do Brasil \11 \ conitle 8 | Energia Nutear ‘Ainda assim, as usinas nucleares tem participagio importante nna matriz da energia elétrica, De acordo com as ultimas es- tatisticas da IEA, em 2006 responderam por 14,8% da produ- «40 total, conforme destacado na Tabela 8.1 a seguir. Como 2 energia nuclear é usada quase que exclusivamente para a Tabela 8.1 - Energia elétrica ne mundo (2006) eves se soo796 tenant a 520895 ode us sores ieetica 60 som owas » 838 Vn produgio de energia elétrica, sua participagio no ranking global de fontes de energia primaria (que também considera outros usos da energia) é menor: 6,2% ou 727,94 milhoes de toneladas equivalentes de petréleo (Mtep), segundo a IEA (Tabela 82 e Grifico 82 a seguir) ‘Tabela 8.2 - Oferta de energia priméria (2006) ono 260 sane pee oe seesa “anal 295 240691 cee @ m9 Hele 2 25830 out 107 138628 2 : Lo Pale Grafico 8.2 Produsés (© uriinio figura como fonte primaria da matrizenergética mun- dial desde meados dos anos 60. Entre este perlodo € o final dos anos 70, 0 mercado das usinas nucleares viveu um vigoroso Ciclo de crescimento, A intertupgao ocorreu em fungio de ele- _mentos negativos que coincidiram no tempo: a ecorréncia de dois acidentes (Three Mille Island e Chernobyl) ¢ os elevados Investimentos necessétiosainstalagao de uma central. Durante Ghat Nat ereliea fe energiaelétrica e oferta de energia priméria ne mund. _quase trinta anos, 0s novos investimentos foram praticamente paralisados ea producio de energia nuclear sofreu forte opos+ 640, principalmente por parte dos ambientalisas Além da ocorréncia dos acidentes, outro fator que motivou {3 oposicio as nucleares fol 0 fato de que o processo de fs so do atomo de uranio é 0 mesmo que dé origem & bomba 120 / Atlas de Energia Elétrica do Brasil atémica. Assim, 0 pals que domina a tecnologia de processa- mento e transformagio do minério pode utilizé-la tanto para a produsio de energia elética quanto para fins bélicos Nos ditimos anos, porém, essa oposicd0 tornou-se mais mo- derada. Lado a lado com os riscos, passaram a ser enume- rados 0s pontos favordveis 8 instalacéo de novas centrais, Entre eles, a disponibilidade de combustivel (urdnio) ea bai- xa emissio de didxido de carbone (CO,) ou qualquer outro {985 que contribua para o efeito estufa - o que transforma a fenergia nuclear em energia limpa. Além disso, investimen- tos em desenvolvimento tecnolégico buscam aumentar 2 seguranca das unidades, embora ainda nao exista uma solu- (40 definitiva para os rejeitos produzidos- 0 elemento mais perigoso do processo nuclear. Finalmente, no Ambito da geopolitica internacional, paises como a Russia, apés o final da Guerra Fria, comprometeram- se formalmente a desativar os artefatos bélicos 2 utilizar © urinio decorrente dessa iniciativa na produgio de ener dla elétrica, Além disso, a Agéncia Internacional de Energia a. Energia Nuclear | Capitulo 8 ‘Atomica (AIEA, organizagio auténoma constitulda em 1957 no Ambito das Nacbes Unidas) ampliou a sua esfera de atu a4o. nicialmente se propunha a garantir 0 uso pacifico da energia nuclear e contribuir com as pesquisas cientificas. Att almente, com 137 palses-membros, passou a inspecionar e Investigar suspeitas de violagdes do Tratado de Nao-Prolifer=- 80 Nuclear das Nagdes Unidas. 0 futuro da energia nuclear é dfuso. AIEA projeta quatro cené- rios até 2025 (Gréfico 83 abaixo):referéncia, forte recuperagio, fraca recuperagio e Tratado de Kyoto. No mais otimista, de for ‘te recuperagio, a poténcia instalada passaria dos 361,2 GW (9 {gawatts)existentes no inicio dos anos 2000 para 570,1 GW. No nuclear fraco, 0 mais pessimista, recuaria para 2968 GW. Con- forme registra o estudo sobre geracio termonuclear, do Plano Nacional de Energia 2030 produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a configurasao de qualquer um desses cen Flos dependeré de virios fatores. Entre eles: competitividade do custo de geracio, disponibilidade de uranio, seguranga no fornecimento de outros combustveis e acetagio pela socieda- de da seguranca das unidades nucleares. 0. 5703 Ba 0 20 “a an e Trtado de Kyo Grafico 8.3 Cendrios IEA para energia nuclear ne mundo. as 1 1088 790 e Refriria e Ncarface Atlas de Energia Elétrica do Brasil 8.2 RESERVAS, PRODUGAO E CONSUMO NO MUNDO ‘A matéria-prima para a producio da energia nuclear 0 min io de uranio, um metal pouco menos duro que 0 aco, encon- ‘ado em estado natural nas rochas da crosta terrestre. Desse rminétio 6 extraido o stomo de urinio utiizado na geragio ni Clear. Como mostra a Tabela 83 abaixo, em 2007 essas reservas totalizaram 46 milhées de toneladas distribuidas por 14palses, com destaque para a Austria, Cazaquisto e Canad que, jun- tos, respondem por mais de 50% do volume total No Brasil. apenas 2586 do territéro foi prospectado em busca ddo minétio. Ainda assim, o pals ocupa 0 7¢ lugar do ranking, cor 278,7 mil oneladas em reservas conhecidas ¢ correspon- ddentes a cerca de 6% do volume total mundial. As jazidas es- ‘0 localizadas principalmente na Bahia, Ceard, Parané e Minas Gerais, conforme informacées da Indistrias Nucleares do Brasil {INB).A principal delas, em Caetité, Sabla, possui 100 mil tone- ladas, volume suficiente para abastecer 0 complexe nuclear de ‘Angra | ell por 100 anos. {A distribuicdo mundial do consumo, porém, no acompanha a localizagso ou a capacidade das reservas, mas a disposi¢io oa osela 1.008 conagastio neon oie sul 10596 Naa ams Nota sis9 rs ven Ubegustio nes naa ano ong 950 Vn do pais parainvestirna geracao nuclear ce energia elétrica.Se- sgundo a International Energy Agency, 0s trés malores consum!- ores so Estados Unidos, Franga e Japio. Em 2007, eles foram também os maiores produtores, com participagio de, respect ‘vamente, 30,9%, 16% € 10,1% no ranking mundial, como mos- traaTabela 84 abaixo ea Figura 8.1 na pagina seguinte. Caen wa rs = soe veo ie a tos se ve onc ses 2 oo 0s 5 cont ms vets ns “ oe o as one es » ee na oe a ‘A extragio do urinio nio é a Unica forma para obtencio do combustivel utlizado nas centras nucleares Existern também asfontes secundérias, compostas por: material obtido com a de- sativasao de artefatos bélicos;estoques civis e militares; repro- ‘cessamento do urd js utlzado e sobra do material usado no processo de enriquecimento, Em 2006, segundo a IEA, © urdnio extraldo das reservas respondeu por 54% da energia nuclear produzida no mundo. O restante veio de fontes secundaria. (© urinio é comercializado sob a forma de yellowcake (espécle de sal amarelo, 0 U,0,), gs UF, ¢ uranio 235 (sob a forma de. barra, produtos derivados das trés principais etapas de pro- ‘cessamento do material bruto (ver Box 8), Seu comércio & righ damente controlado tanto pelos governos nacionals quanto pela Agéncia Internacional de Energia Atomica (AIEA), uma vvez que se trata de material radioativo. 122 / Atlas de Energia Elétrica do Brasil Energia Nuclear | Capitulo 8 oman fy em caene sete mrss © comportamento dos precos refletearelagio oferta/consumo, na década de 80 e se mantiveram em baixa durante quase 20 como demonstra 0 Gréfico 8.4 a seguir referente ao yellowcake. anos, pararegjstarligerarecuperagio apés 0 ano 2000 periodo Ospregossubiram de maneiraacentuada duranteafasedeexpan- em que se nota um aumento no numero de unidades instala- sio da construgio de usinas nucleares, ecuaram bruscamente das e de MWh (megawatts-hora) produzidos. sin [=~ “ TY ‘.. fj —_\ i” 7 ZA AS So en 8 8 7 8 a 8 8 8 6 8 8 8 8 wo — ussa0s = — ussconens Grafico 8.4 Evolugie histérica do preso' de éxido de urinio (U,0,). Atlas de Energia Elétrica do Brasil \. 1 Projegées da AIEA indicam que os estoques de urinio resul- tante da conversio de armas atémicas devem acabar entre 2020 e 2030, o que poders implicar em aumento dos presos. Outro fator de alta poders ser a entrada em operacio de no- vos geradores, com licenciamento em curso nos Estados Un- dos, que expandiré o consumo. Atendéncia, no entanto, poderd ser atenuada por outras va- ivels, como a configuracao do cenrio de fraca recupera- (0 da IEA (ver Tépico 8.1), a exploragao de novas reservas U0 aumento da eficiéncia das usinas (produgio de maior uantidade de energia com a mesma quantidade de com- bustivel) proporcionada por investimentos em tecnologia realizados atualmente. [No Brasil, apenas a Indstrias Nucleares Brasileras (INB) & au- torizada pelo Governo Federal a extraire processar 0 urinio e

You might also like