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20 tee Scie PROSA EXPERIMENTAL NO BRASIL! Rosesto Ventura A prosa de ficcao pés-64 E. artigo de 1980, pergunta-se Haroldo de Campos acerca da possibilidade de existencia de uma literatura experimental, de vanguarda, em um pais subde- senvolvido. Partindo da reflexao de Oswald de Andrade nos anas 1920, propbe-se Campos a pensar o nacional em relacio dialégica e dialética com o universal, re= correndo a “antropofagia” oswaldiana como “pensamento da devorasio critica do legado cultural universal"? Ao enfocar o nacional como “movimento dialogico da ferenca”, procura Campos descentrar a questao da origem da literatura brasileira ¢ latino-americana a partir de uma *razio antropofigica”, a partir da qual escrito- tes de culturas supostamente periféricos se apropriaram da tradigio ocidental, rovocando uma redefini¢ao da relacéo cultural entre a Europa ea América Latina ‘Osanos 1970 foram caracterizados, em termos de produgdo literétia no Brasil, por um "boom editorial”, correspondence sabretudo & prosade fcgao? O “boom” a fceao taz um predomiinio de obras de tendéncia rimésic, proximas do reali ‘mo, em que se procura denuncia as contradicoes da sociedade brasileira no perfo- do posterior ao golpe militar de 1964. Surge uma prosa de ficcdo proxitma Ga ‘verossimithanga realist, em uma especie de neonaturalistao ou neo realism, te- lacionado as formas de representacao do jomal, seja pela adocio do molde do romance-reportagem seja pela imitacéo de técnicas jornalisticas, como a monta- gem Configura-se a opgdo por uma literatura orientada pela relerencialidade ‘mareada pela vontade de representa, através da alegoria, a realidade politica do pals, Essa opcéo por una “literatura-verdade” se faz em dettimento de uma lin. ‘guagem menos figurada e mais ficcional.” "Int no Bas. Exide de Diich Breet, Helmut Feldmann, iver Sentago (Gu) Brana ton dere rer S64 96) sen, Bt 2 de Camp, Da mat anos dogs aiecy na cla basin”, Bltin gic iwc Marg de Anat, Sn Pal, s4.n Tsp. 109ml 198) Hace de lls NA Goncen Poincar die daa rss 1 nA 7, de nk, 2 Bap 15791989, Dm Arig "Joram lg romance bale cen ir Aha toate ti, i nn Fal * Flor Send, icra vida canta Polis, dios & relay, Rod Jaci, Zahar, 1985, p. 10. me Se Seneis, Fao Vor om opined msl 241 Ao lado dessa literatura de tendéncia mimética desponta uma outa vertente, em que se enfatiza a constugto itera efccional que chega, por vezes, Aadogso de uma esria eqperimental. Essa literatura experimental se encontra menos com prometia com o mercado editorial e com as exigéncas do publice de romances, cujaexpansto se relaciona ao proceso de modernizagio econémica ede expansio urbana do Brasil nas décadas de 1960 1970. literatura experimental se afasta do pad realist, recorrendo a estétics do fragmento, dissolucao de gener0s, a contaminacdo ence prosa de fcgio esritaensaistca, tensfo dos limites entre rosa e poesia, incorporagao da linguagem e das técnias do cinema e das midias eletronicas, como a teevisto eo rio Serio abordados alguns textos que se destacam pela esrita experimental: Ga- laxias, de Haroldo de Campos; Trés mulheres de rés ppes, de Palo Enso Salles Gomes; Catatau, de Paulo Leminski; e Em libedade, de Silviano Santiago. Neles aparecem com cera requiénca os temas de “viagem” e “pristo”. Em Galas ¢ Carat, constitu a viagem principio organizador da escrta, em que o desloca- rentogeogtafco-cultural se articula ao experimentalismo. Em conteaparte Viger, itrompeo tema da prisao,confinamento espacial, pelo qual se exercem a violencia «a repressio, como no Em liberal, Me segura queu vou dar um to, de Waly Salomio, Zer (1975), de Ignécio de Loyola Brando, A festa (1976), de Ivan An gelo, Quatro olhos (1976), de Renato Pompe, Em cinara lena (1977), de Renato Tapajés. Ouca variate da pristo so a instuigdespsiquiticas em Armadila para Lamartine (1976), de Carlos & Carlos Sussekind, Quatro olka, de Renato Pompeu e Confissces de Ralf, de Sérgio San Anna, em que a loucura se apresena come forma de resistncia conta 6 autoriarismo A viagem textual de Galaxias Em Galdxias, de Haroldo de Campos, realiza-se uma viagem no teritério da linguagem e da escrita: “e comego aqui e mego aqul este comego e recomeco € ar- remesso e aqui me meso quando se vive sob aespécie da viagem’.* Afrma-se uma literatura com estatuto metalinghistico, em que se abolem as distingdes entre Fcs30 € ensafsmo, tomando a reflexao sobre fazer ltervio parte do pracesso criatvo: “por isso comeco a eserever mil piginas escrever miluma paginas para acabar com 4 eseritura para comecar com a escritura para acabar-comesar coma escritura” Dissolvevse distincio entre poesia e prosa em uma eseritura nio linear, que ccolocs em questio a trama e a verossimilhanca realists, © livro se aproxima do ‘ensaio no duplo sentido de ensaismo ¢ de tentativa, tateio, recomego do liv: “todo livro € um livro de ensaio de ensaios do livro”. Esse cardter de “ensaio”™ cexplica taco circular e recorrente de Galdxias. © projeta do livro de Mallarmé, ‘com sua escita circular, a0 mesmo tempo fragmento e totalidade, aqui se maniles ta; “um livro onde tudo seja nao esteja seja um umbigodemundo-livro um umbigodolivromunde”, * H.de Campos, Gass, Sto Paulo, Ex iis, 1964, em referencia de pga 24 eau eS Caracterizase H. de Campos Galaxias como “livo-viagem” coneebido como epifania" ‘extomaginado no extrema dos mies a poet ca proms, polo boccrtralemexpirsio liter ene esses dots formate ama om conan (tendo porn temic riage ® mols on Ito como rem, e por lio mesmo enendido tami coma ur re de tio, hoje, eospeevamente, eu tenders a we-o somn uma insinuapo pica gue Se rerovew una epic, O projeto pico teria evadoo autor uma slugaoepifinica,Epfania designs, 1 concepolo de Joyce, uma subita manifesta espinal, captada pelo escitr € concebida como imagem esttica. A respeito da nogdo joyceana de “epifani", b= serva Umberto Eco: “Para Joyce, 0 que caracteria a epfania € a sensagio que o asta experimenta quando a imaginagio comega a conceber uina aparicao en quanto imagem esteiea"? As “golnias” se referem ao conjunto mulipliidade de espagosurbanos em «que se desenrola o percurso do tarista interexta: Granada, Stuttgart, Genedra, Joto Pessoa, Roma, San Sebastin, Paris, Colénis, Madr, Toledo, Tubingen, Nova York, Cidade do Mexico, San Francisco, Veneza, Washington, Maiana,s40 al- suns dos referentes urbanos dos ensais textais de Galas As “galaxias” de- signam ain os enssos textuais, em gue essas marcas urbanasaparecem de forma rulifaetad,colocando em xeque a idéia de relerencialidade, Ocaritergalatico € multespacal do livr-viagem se manifesta na pluralidadelingatstica do texto, ‘com intereréncias do espanhol,alemio, japon, ingles, italiano, lati, grego Em Reptura des generos na literatura latinoamericana (1977), observa H. de ‘Campos que a inupeio da tematia metalingusia produit, na literati lato americana, a contaminacdo da prosa de flo pelo ensaio ertco, abalando a “pt reza" ds gineros. Cnsideraquea poesia concreta teria surgi de uma mediagao critica de formas, realizando um “entreeruzamento de media” pela inco:poracdo das téenias de montagem do cinema, da tora idcogramatica de Eisenstein, de Prineipios da mista da pinta ede recutss do oral, do carta eda propaganda * ‘A orientagio modernizante do projet literti de H, de Campos se elaciona éalase ente os tesicos epraticantes do concretsmo na “poesia de exporiagio™. A “reduedo etétia” ea “sintese” de formas da poesia internacional e nacional eriam petmitio, segundo Campos, superaradependencia cultural, substituindo wma ‘poe- sia de importagio" por uma de “exporagio” eelimnando a dfasegem ent os ‘ovimentosierirosbrasileios¢ os europeus Localza-se Galas nos limites de uma concepsto moderna de lteraura.A poesia coneretadefende uma modermidade * Uberto Eco, “Sobre ua nodiojoyceana n Jc € 0 esto de romance made, Sto lo, Maj, 1974, p. 554. "He Campos, Rupr dos gncrs nara lenosoercan, Sto Palo, Perspect, 1977, p46 nn Yor ‘so api ao Baul 248 cultural, recorrendo ao discurso da modernizagio socal no programa de uma *poes de exportagio": “O movimento de poesia concretaslterou profundamente o can texto da poesia brasileira .. No plano internacional, exportau ides e formas"? ‘ obra textual de Haroldo de Campos, englobando poesia, prosa, critica € traducio, enfaticaocardter experimental econstrutvo da linguagers, Desiaca assim obras como as de Mallarmé, Joyce, Pound e Cummings como “eixos radiais" do “campo vetorial ds arte poética” contemporinea,"° paudeuma concreto se orienta por um critico valorative, que determina a selecio de autores marcados pelo experimentalismo. A partir dessa énfase empreende Campos uma “revisio” da literatura brasileira, redescobrindo escricores, como Gregorio de Matos, Qorpo- Santo, Sousindrade ou Oswald de Andrade, nto privilegiados pela histrialiterdria tradicional Estabelece a partir da poesia de Osweld de Andrade uma “linha de postica substantiva”, “de poesia contida, reduzids ao essencial do processo de signos”, que passaria por Drummond na década de 1930 e enformaria a obra de Cabral de Melo Neto, projetando-se na poesia modemn."" A viagem aos trépicos e a escritura barroca Catstau (1975), de Paulo Leminski, constrd-sea partir da possibilidade ima- sgindria de que Descartes, frequentador da Corte de Mauricio de Nassau em Hala, livesse vindo ao Brasil na expedicio holandesa do século XVI. O livro mostra as reflexdes de "Renato Cartesis”, “tropicalizado” em termos de pensamento e lin~ guagem pelo meio brasileiro. Como resultado do abalo do sew sistema perceptive ente uma realidade que desafiao método cientifico, confundem-se ese embaralham. seis pensamentos,o que se manifesta na escrta baroca do filosofo: "Meus pens ‘mento leva-os e me deixa com calor Nada me lembra nada. Elogaéncia, e nin- ‘gum comigo" > Se Descartes, no Discourse la méthode (1937), trata da busca do conhecimento pelo individuo, enfatizando a universalidade do espirite humane e a importancia da ulilizagao do “método para reconhecer a verdade’, 2 realidade enconttada pelo Cartesius de Catatau se afasta da “geometria", conligurande um mundo “torto" “ah! Brastlia, foras exatae no fora. o mundo sain da cabeca de Deus geometria vista sob a agua, comegou a fear tonto”. "A. de Campos, D.Pigata, de Camper, Teri dx pla concre, SEo Pal, Duts Cie 4s, 1873.07 de Campos, "A cba dea sbers i Ade Campos, D.Pgntart H, de Campos, Tria 4a poss concreta, So Plo, Duns Cede, 1975, 30 "Ht de Campos, “Da sto anroplige: log edlemnga na cuca brasil, ot 2 de Campos, “Una potia de ratcadade’, 9 . ce Andrade, Poesias reas, fo de Janel, Ciilaeao Basie, pe P Leminsh, Catt, Cart, m, 1975, p50. "idem de, 244 Uns »Scaie CCartesius se exercita na busca do conhecimento observando a natureza brasi- leira: ‘Do parque do principe, «lentes de luneta, contemplo a consideraro cas, 0 ‘may, as nuvens, 05 enigmas ¢ prodigios de Brasilia". Detém-se nas estranhas fata & fora locais, que passam povoar os Essa opcao se mescla a ‘um tom confessional, que no exclui a autoironia, a0 comentar 0 estilo pouco Lradicional do livro: “A pontuagao delirante a canstructo atomizante (por certo procedimentos suspeitadamente ‘vanguardistas’, atrasados e epetilos) néo escon- ddem que o autor derrapa no mito colonialienador do grande artista" {8 Schware, “Sobre as ues mulheres de ts pps © pat fii otras sur, Rio de ase Tea, 1978p. 130 EE Salles Gomes Ts mules des pps, Sao Pelo, Perspect, 1977, p10. 2 Schwa, “Sobre as wes meres de Wes POPE, oa 1. 2 WSallrmonn, Me segue eu vou dar am no, Rs de anc, ose Ala, 1972, p45 Repu cata ems W. Salmo, Giga debitels, Sep Paulo, Brasllense, 198, p. [1 "We Salormoon, Me segura uta vou drum t,o cit. 10. Je 26 Uren eSecelte Em Macistno inferno (1983), uiliza Valencio Xavier recursos do cinema mudo, alternando a narrativa com imagens de cenas,letreiros dos dislogos, patiuuras de ‘lsica.Assisteonarrador pelicula "Maciste no inferao” da qual fo reproduzidas imagens, letreros e parttura. Enquanto na tela se assste a luta de Maciste contra ‘0 demonio que corrompera sua irma, procutao espectador seduzir mulher sentada ‘a0 seu lado.” Em Me segura quieu vou dar um erogo encontra-se presente a experiéncta da ‘pristo e do confinamento, tema recorrente na literatura da década de 1970, como sem Zero, de Ignacio de Loyola Brandio, Zero (1975) se passa em um "pats da América Latindia”, que se encontra unificado pelos midias eletrénicos, transmi- tindo mensagens oficiais grotescas e arbiteiias: sto proibidos bejos e abragos em ppablico e mis cas profanas, determina-se o tipo de sapato a ser usado ou se ordena .© suicido coletivo da populagdo, Recorre Loyola Brandao & montagem € a0 apro- ‘veitamento do espaco tipogrfico, incorporando a linguagem do jornalismo, dos telatorios secetose interrogatérios policais, dos comunicados governamentas © -da publicidade.* ‘Em meio literatura que trata da pristo, surge a imagem da pristo visa “de fora” de Em liberdade (1981), de Silviano Santiago. O romance-ensaio de Santiago -€ um diftio Petco de Gracliano Ramos, apés a sua saida da prisio em 1937, -constituindo tma suposta continuaczo das Memarias do carcere. Nesse jogo de ‘espelhos, aparece Santiago como “editor” do didrio “em liberdade” no Rio de J ‘neito; 0 “suicidio™ do poeta Cliudio Manuel da Costa em Minas Gerais, em fins do século XVI. ¢ a morte do jornalista Wladimir Herzog em uma pristo de Sto Paulo, na décsda de 1970, En lerdade faz pouca alusto a experiéncia da pristo, voltando-se para os dlilemas politicos existenciais do G. Ramos ficional e & sua posicéo quanto 20 ‘papel do escrior e do intelectual, O pouco destaque da experiéncis da prisio no romance de Santiago se deve acrtica do martrio como base de sustentagao da lta ppolitica. Rebels-se 0 personagem Gracliano contra aqueles que querem transfor. ‘mat a sua condigao de perseguido politica em fator de mobilizagao conta o re ime de Getilio Vargas ecco, ¢ que queram — no fando - redurieme a condigi de eterno enuulado, de ‘tins pare odo o sempre. Toda qualquer uta polis que ge repusa sce a piso © 9 ressentinens candus 20 nada, no maximo = uma Ideolgladeerlicados ¢ mates que ‘exminarm por stem os lacsador hel dn cuss” [Na recusa a converter a experiéncia da pristo em bandeira politica irrompe 0 Ficcional no interior de Em liberdade, levando a incerpretacdo dos fatos historicos 2°Y, Nave, Mace o inferno, Curia, Cra, 1983. 1 de Loyols Bando, Ze le de Jenin Ed Bras, 1970, HT, 5, Samng, Em Ierdade io de Jet, Pas eT, 1981, p99, ec Yr rsa stint eo Bil 247 va fegio, Em viagem a Sto Paulo, sonba Gracliano, de acordo com seu “diario”, com o suicidio do poeta Claudio Manoel da Costa em Vila Rica, cidade de minas de ouro, Segunda a versio oficial das autoridades portuguesas, teria C. M. da ‘Costa se suicidado na cela em ques: encontrava detido apés ofracasso da rebellio contra o regime colonial em 1789, No sonho de Graciliano, o poeta ¢ afixiado por alta figura da administracio portuguesa, que a seguir simula 0 seu *suicidio" ‘Procura G. Ramos reunie a partir dai informagdes sobre a rebeliao de Vila Rica, de modo a repenser em termes fccionais a morte de C. M. da Costa: io quero ums feo qe sj per dematsdagarada do dias do ebldes podero- sot ura repens sem peconcuos, oda a ama udida or Gan aque chamamos adie hotea™ Em “fiegdo dentro da ficgao” apresenta tima significacto alegorica, a0 tracar paralelos entre C.M. da Costa eo “sticidio" no Brasil recente do jornalista Wladimir ‘Herzog, Discute assim Santiago a posiglo do intelectual na processo de abertura politica e tansicao democritica dos thimos anos, A partir de uma composicio complexa, o romance constri-se em trés movimento: histéricos, apresentados através de divers tipos de discursos: 0 autobiografico, cortespondente a0 ditio fctcio de G. Ramos; onirico, o enko em que se encena o “svicidio” de C. M. da Costa; o alegérico, sugerindo paralelos entre essa morte ea de W. Herzog; 0 ecional, que funda a “fasa verossimilhanca’ de Em lberdade eabordagem da Inconfidéncis. ‘Mineira pelo personager G, Ramos, Em "Pierre Menard, autor del Quijote”, anaisa J. L. Borges a obra de um ‘scritor ficticio, eujo feito mais singular teria sido a tentativa de reescrever El Quijote, de Cervantes. O Quixote fragmentirio de Menard, cujo texto coincide linhs por linha com o de Cervantes, € elogiado por Borges como obra mais rica € suri do que sua fonte de inspirapio pela tarefa quase impossivel de reeriar,em pleno século XX, o tema.” ‘A “éenica do anacronismo” do Menard de Borges pressupde uma histéra lite- rirla como jogo de espelhos, em que as relacdes entre autores ¢ obras ullrapassem as regras da cronologia ou os mecanismas das fontes ¢ influgncias. A fegio de Silviano Santiago parte, em uma possive fiiagéo borgiana, de um anacronismo eliberado, que busca iluminar o presente pelo cruzamento de referentes hist6ri- cos e formas de enunciacio, Se os temas de “pristo” sto frequentes na literatura brasileira da década de 1970, Fm lberdade realiza um interessante deslocamento ro romance politico, dando ao diio confessional um tom faso e construindo ‘uma narrativa que vai além da l6gica histérea, °* (de, 9,208 25 Borgen, ioe Mes 1974, 1 8, sat del Qi i Obras comply, Buenos Aes, Ente,

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