ARTIGO: Justia Ambiental e modelos de desenvolvimento
O autor afirma que a concentrao crescente do poder de controle dos
recursos naturais nas mos de poucos agentes e o processo de privatizao do uso do meio ambiente comum acabam por destruir formas de apropriao no-capitalistas. Entretanto, acabam ocasionando a abertura de frentes de resistncia social (lutas por terra, gua, seringais) que precederam a questo ambiental tal como contemporaneamente formulada, e que lutaram por modos alternativos de apropriao da base material da sociedade, contra projetos que inviabilizam sua permanncia em territrios fundamentais sua identidade (p.123). Muitos deles trazem construes identitrias que traduzem os efeitos da ao do Estado (atingidos por barragens, mobilizados pela sobrevivncia da transamaznica) ou a insero mais permanente em conflitos abertos (povos da floresta, ribeirinhos). (p. 131) O autor aborda a questo das polticas ambientais implcitas e explcitas que no sero tratadas no trabalho. Por fim, o autor conclui que: da ao crtica desses atores sociais que se pode esperar, dento do Estado, uma maior compreenso de que a questo ambiental no representa necessariamente um entrave ao desenvolvimento, mas uma dimenso constitutiva de um modelo de desenvolvimento que se quer democrtico e inclusivo. (p. 132)