meus pertences e meu carro, um sentimento de tristeza me tomou. Não a tristeza dos bens levados, mas sim o sentimento certo que esse tipo de coisa não acabará tão cedo e ainda por cima é encorajado pela impunidade. Contudo, antes de continuar, quero mais uma vez agradecer a Deus por me haver livrado do tiro disparado pelo infeliz, que ao que parece, ficou nervoso ao ver a minha calma e minha tentativa de dissuadi-lo a não levar meus documentos. Agradeço pelo livramento e por não ter levado nenhum dos meus filhos ou esposa no carro. Voltei para casa então do jeito que saí dela: Sem nenhum arranhão. O Senhor me levou e me trouxe de volta intacto. Glória a Ele por isso. Voltando ao sentimento de tristeza. Lembro-me quando criança que andávamos pelas ruas sem medo, íamos ao cinema, à praça ao parque muitas vezes à pé, sem que andássemos sobressaltados com medo de cada pessoa que se aproxima ao longe, em sua direção. Vejo que isso não será dado aos nossos filhos, eles não andarão sem medo, sem evitar certos locais a certas horas e isso é triste. Estamos nos fechando dentro de nossas casas, nos privando da liberdade porque os que deveriam estar presos estão livres. Como cristão, não sou a favor da pena de morte. Acho que, com regras simples, o problema de segurança poderia melhorar. Se nós cidadãos precisamos trabalhar para ganhar o pão, porque os encarcerados culpados não trabalham e ainda assim recebem tudo pago pelo Estado (nós) ? Acredito que o Estado poderia utilizar esta mão de obra em construção de estradas, túneis e semelhantes. Então, para comer, teriam que trabalhar. Assim, as mentes que , no presídio ficam soltas a maquinar o mal, estariam trabalhando e produzindo para retorno da sociedade. Gerariam receita ao invés de despesa. O gasto com a vigilância dos mesmos seria pouco a pouco recompensado com o término das obras com mão de obra farta e barata. A tecnologia para monitorar qualquer tipo de fuga existe a preço bem em conta. Poderia ser uma versão do que foi visto no filme “Wedlock" (1991) traduzido como “O Colar da Morte”. Retirando-se apenas o explosivo do colar, claro...