You are on page 1of 1

Depois da Batalha

Ei-lo, triste e de p, de sua tenda porta.


Na plancie cessou o fragor da batalha,
E o silncio, por sobre essa paisagem morta,
Deixa agora cair a pesada mortalha.
Espraia o olhar, e nada o seu olhar conforta:
Corre o sangue; do fumo esgara-se a toalha;
O ar, um corvo, estendendo as asas negras, corta;
Por tudo uma tristeza infinita se espalha...
De sbito, o guerreiro, atento, a face inclina
Para o lado em que, doce e piedosa, tu desces,
Morte, sobre o sofrer a tua asa divina;
Qual se, de longe, um triste e confuso rudo
De resflegos e ais, de blasfmias e preces,
Lhe viesse ferir subitamente o ouvido...
Jlia Cortines
(Vibraes 1905)

You might also like