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Evandir Megliorini STN & YUU wy of U 7 AWN AL) SERRE Vc est Mo Sumario Prefécio. Tnivodngao. Capitulo 4 Introdugio Métodos de custeio Objetivos da contabilidade de custos O significado de custos e despesas na demonstragao de resultados. 1.4.1 Empresa industrial 1.4.2 Empresa comercial 1.4.3 Empresa prestadora de servigos ‘Terminologia aplicada.. Classific 1.6.1 Custos diretos e custos indiretos.. 1.6.2 Custos fixos ¢ custos varidveis. 1.6.3 Resumo da classificagio dos gastos ... 1.64 Outras classificagdes de custos Questdes e exercicios propostos.. Capitulo 2 Custeio por absorcio Introdugac Matéria-prima 2.2.41 Perdas de matéria-prima. 2.2.2 Composigdo do custo da matéria-prima 2.2.3 Métodos de avaliagao dos estoques. 2.2.4 Requisi¢ao de material... 2.2.5. Sobras de material. 2.2.6 Administragio de materiais Mao-de-obra direta.. 2.3.1 Encargos sociais e trabalhistas.. 2.3.2 Jornada de trabalho e apontamento de horas... 2.3.3. Tempo ocios0 . vi Sumério 24 25 Questdes ¢ exercicios propostos... 2.3.4 Outros gastos com a mao-de-obra. 2.3.5. Exemplo resolvido. Custos indiretos de fabricagao 2.4.1 Composicdo dos custos indiretos de fabricagao. 2.4.2 Dificuldades para estabelecer as bases de rateio 2.4.3. Algumas bases de rateio mais comuns 2.4.4 Departamentalizagao dos custos indiretos. 24.5. Sazonalidade dos custos indiretos ¢ de produsio.. 24.6 Taxa de aplicagao de custos indiretos.. 2.4.7 Vatiagao de custos indiretos 2.4.8 Anilise da variagao de custos indiretos. Empresas ¢ seus produtos: sistemas de acumulagao de custos 2.5.1 Sistema de acumulagao de custos por ordem de servigo. 2.5.2 Sistema de acumulagao de custos por processo.. Capitulo 3 Custeio varidvel.... 3. 32. 33 34 3.6 37 3.8 Introdugao Alguns problemas relacionados aos custos fixos 1t Separagao dos custos semivariaveis em parcelas de custos fixos e varidveis 412 113 114 que € 0 custeio variavel? .. Margem de contribuigao 3.5.1 Margem de contribuigio, custos fixos identificados «e despesas fixas identificadas Margem de contribuicao e fatores limitantes de produgao. 3.6.1 Quando a empresa opera abaixo do limite da capacidade instalada ou nao existem fatores limitantes da produgao. 116 117 3.6.2 Quando a empresa opera no limite da capacidade instalada ou existem fatores limitantes da produgi ‘Comparagio entre 0 método de custeio por absoreao e 0 método de custeio variavel. 3.7.1. Vantagens e desvantagens do custeio por absorgio e do custeio variavel 120 125 126 127 Ponto de equilibrio 3.8.1 Férmulas para o célculo do ponto de equilibrio 3.8.2. Representacao grifica do ponto de equilibri 3.8.3 Pontos de equilibrio contabil, econémico e financeiro.. Sumério «vii 3.84 Ponto de equilfbrio: aplicado para miltiplos produtos... 3.8.5 Intervalo de variagio relevante.... . 3.8.6 Deficiéncias ¢ limitagdes do ponto de equilibrio Margem de seguranca operacional Alavancagem operacional 3.10.1 Grau de alavancagem operacional. Questdes e exercicios propostos Capitulo 4 Custeio ABC (activity-based cos 4.1 Introdugao 4.2. Etapas do custeio ABC.. 4.3 Estrutura do custeio ABC 4.4 Vantagens e desvantagens do custeio ABC em relacdo aos métodos tradicionais 4.5” Exemplo de aplicacao do custeio ABC Questdes e exercicios propostos Capitulo 5 Custo-padrao. 5.1. Introdugao. 5.2. Conceitos de custo-padrao .. 5.3 Finalidades do custo-padrao .. 5.4 Determinacdo do custo-padrao, 5.5 Variagao entre o custo real ¢ 0 custo-padrio... 5.5.1. Anélise da variagdo da matéria-prima 5.5.2 Anilise da variagao da mao-de-obra direta i 5.5.3 Anilise da variagio dos custos indiretos de fabricagio Questdes ¢ exercicios propostos... Capitulo 6 Custos em empresas comerciais e prestadoras de servigos wim: 6.1 Introdugio.. 6.2 Empresas comerciais.... 6.2.1 Custos e despesas na empresa comercial. 6.2.2. Exemplo de custeio em empresa comercial. EE 6.3 Empresas prestadoras de servigos. 6.3.1 Custo do material aplicado nos servigos... 6.3.2 Custo da mio-de-obra aplicada nos servigos 6.3.3 Custos indiretos apropriados aos servigos Questdes ¢ exercicios propostos Introdugio Paradigmas sobre pregos. 7.3, Custo-meta 7.5. Abordagens sobre o estabelecimento do preg 7.6 Formagio do prego de venda com base nos custos 7.7, Lucro e margem de contribuiczo. 7.8 Comparativo entre lucto e margem de contribuigao 7.9 Mark-up oe 7.10. Cilculo do mark-up para o prego de venda a vista... 7.11 Definindo o prego de venda a vista... 7.12 Consideragdes a respeito do ICMS e do IPI, 7.13 Definindo 0 prego de venda a praZ0 s.r 7.13.1 Prego de venda a prazo com custo financeiro ‘por fora’. 7.13.2 Prego de venda a prazo com o custo financeiro ‘por dentro? (mantendo-se o valor do lucro do preco de venda a vista) 7.14 Prego de venda para pedidos feitos em condigdes especiais 7.14.1. A vatiabilidade do custo varidvel .... 7.14.2 Custo marginal — uma abordagem econémica 7.14.3 Qual deve ser 0 prego de um pedido especial? 7.14.4 Riscos da aceitagio de um pedido especial.. Questdes ¢ exercicios propostos Respostas des exercicios propostes Glossarios sss Referéncias bibliogrdficas .. Indice ii. Sobre 0 autor ssssscese Este livro ¢ 0 resultado de muitos anos de experiéncia em sala de aula ministrando as disciplinas contabilidade de custos, andlise de custos e contabilidade gerencial em cursos de graduagio em administracao, economia e contabilidade, e também de minha vivéncia profissional em empresas. Nele procurei enfocar os aspectos ligados a custos de maneira essencialmente Prtica, a fim de facilitar a compreensio para aqueles que estiverem iniciando seus estudos na drea. A teoria vem sempre acompanhada de exemplos que permitem entender © modo como os custos sio apurados e como podem ser empregados para determinar ponto de equilibrio, prego de venda etc. Ao final de cada capitulo, ha varias atividades: ao todo, sio 198 questdes sobre 08 assuntos tratados € 131 exercicios. Essas atividades retratam situagdes que envolvem variados graus de dificuldade e permitem ao estudante avaliar quanto aprendeu. No final do livro, 0 aluno pode checar suas respostas. Nesta segunda edigio foi realizada uma ampla revisio e nela foram incluidos temas que nao foram tratados na primeira versio, como custeio ABC, custo. Padrdo, custos em empresas comerciais e prestadoras de servicos formacao do prego de venda Os professores que utilizam este livro ainda podem contar com um manual de solugio dos exercicios propostos, além de transparéncias em PowerPoint para auxilié-los em suas aulas. Todo esse contetido esta disponivel no Companion Website (www.prenhall.com/megliorini_br) e é protegido por senha. Para ter acesso a ele, o professor deve entrar em contato com um representante Pearson ‘ou enviar um e-mail para universitarios@pearsoned,com, Esperamos, assim, oferecer aos estudantes, professores e demais profissionais que se interessam pelo estudo dos assuntos aqui tratados um livro didatico ¢ ob, Jetivo para temas bastante complexos. Receberei com muita atengio quaisquer criticas ou sugestdes dos leitores. Sao Paulo, agosto de 2006. EvANDIn MEGuioriN Introdugao Conhecer custos € uma condicdo essencial para ‘tocar’ uma empresa, inde- pendentemente do tipo — comercial, industrial ou prestadora de servigos —e do porte — pequeno, médio ou grande. Em um mercado altamente competitivo, 0 conhecimento ¢ a arte de administrar sio fatores determinantes do sucesso de qualquer empresa. Em razio disso, nio se pode relegar o calculo dos custos a um plano secundario, pois eles constituem ferramentas auxiliares da boa administragao. Elaborar uma planilha e nela indicar os produtos," langar valores e proceder a uma série de célculos que parecam ‘l6gicos’ nio significa que estejamos ope- rando um sistema de custeio, e sim fazendo célculos cujos resultados talvez nio atendam as demandas dos gestores com vistas a tomada de decisdes. Ainda que sejam utilizados modelos adotados com sucesso por outras empresas, o resultado pode nao ser satisfat6rio, pois cada empresa possui suas peculiaridades, Para ser Util, 0 custo deve atender as necessidades para as quais foi calculado. No contexto atual, de competicao acirrada, verifica-se que 0 ciclo de vida dos produtos vem sendo progressivamente reduzido. Além disso, ha um grau acentuado de personalizacio dos produtos, ao mesmo tempo em que as empresas apresentam linhas de produtos diversificadas. Em fungao desse cendrio, as empresas precisam modificar continuamente sua estrutura operacional e, em conseqiiéncia disso, sua estrutura de custos. A preocupagio das empresas, hoje, no esté focada apenas nos custos de produgéo, Também sio relevantes os custos de pesquisa e de desenvolvimento, 68 custos da engenharia com projetos ¢ desenhos e 0s custos relacionados a0 marketing, a logistica e a0 atendimento ao cliente. Para atender as demandas informacionais dos gestores nesse novo ambiente, foram desenvolvidas novas abordagens para o célculo e a anélise de custos, € as que ja existiam foram aperfeigoadas. Entre as novas abordagens temos 0 custeio ABC, 0 custo-meta, 0 custeio do ciclo de vida, o custeio kaizen e a gestio eco- némica. Este livro apresentara ao leitor um panorama completo dos métodos de custeio por absorgao, varidvel ¢ por atividades e mostrara como utilizé-los da maneira mais apropriada a sua empres: ‘Ao longo desta fo, o temo produto uizado para representa o objeto de nagéclo de uma empress, Nesse ‘aso, em empresesindustiai, ee & emprogado para designar 0 lm por el fabricado; em empresas comer ‘las, para denominar a mercadora por eas revenida © om empresa de servigos, para desgnaro service por as prestago. Bases Para o conhecimento de custos OBJETIVO O objetivo deste capitulo é apresentar os principais conceitos relacio- nados a custos, possibilitando ao leitor: » identificar os métodos de custeio empregados na apuragao dos custos; identificar os objetivos da contabilidade de custos; entender a terminologia aplicada; > > compreender 0 significado de custos e despesas; > > realizar a classificagao dos custos. GAD Introdugao Os custos de uma empresa resultam da combinagao de diversos fatores, entre os quis: a capacitagdo tecnolégica ¢ produtiva relativa a processos, produtos ¢ gestao, o nivel de atualizagio da estrutura operacional e gerencial; e a qualificagao da mao-de-obra, De modo geral,reflete nos custos uma série de variaveis, tanto internas como externas, Entre as variaveis internas estdo o modo de operas, os comportamentos e asatitudes, Ene as variaveis externas incluem-se o nivel de demanda ¢ os pregos dos insumos, Quanto mais estruturada for a empresa, melhores serio os resultados obtidos por meio de um sistema de custos. Lima ver que estruturar um sistema de custos ¢ um assunto que mistura metas simples € um tratamento de dados complexo, € necessério definir seus objetivos, 2 & Custos Uma empresa apura seus custos com vistas: a. ao atendimento de exigéncias legais quanto 4 apuragio de resultados de suas atividades e avaliagao de estoques; b. ao conhecimento dos custos para a tomada de decisbes corretas e 0 exercicio de controles. Para atender as exigéncias legais, a empresa precisa adequar seus meétodos de apu- rago de custos aos principios contabeis ¢ estar em conformidade com as normas ¢ as legislagées vigentes. J4 para a tomada de decisées, podem ser empregados quaisquet métodos de custeio capazes de fornecer informagdes que atendam as necessidades ge- renciais da empresa. aa NO RAE : (12> Métodos de custeio (Os métodos de custeio determinam a forma de valoragao dos objetos de custeio.' Existem diferentes métodos de custeio, que sio adotados de acordo com os objetivos visados pela ‘empresa:* custeio por absor¢ao, custeio pleno, custeio varidvel e custeio ABC. E comum encontrar, na literatura sobre contabilidade de custos, a classificacio dos métodos de custeio em tradicionais e contemporaneos. Os métodos de custeio tradicionais sao aqueles que tém como foco principal a apu- ragio do custo dos produtos, considerando que os produtos sejam geradores de custos. Esses métodos sdo adequados a ambientes de produgao em que predominam custos com materiais ¢ mao-de-obra diretos. Entre os métodos de custeio tradicionais estao o custeio por absorsio, o custeio pleno € 0 custeio varidvel, € todos eles tém relacio com o conceito de que o comportamento dos custos varia de acordo com a quantidade fabricada, sendo considerados, portanto, métodos de custeio baseados no volume. A répida evolugdo tecnolégica que vem ocorrendo desde o final do século XX, em Fesposta a um ambiente competitivo mais intenso, tem obrigado as empresas a refor- mular continuamente suas estratégias e a se preocupar cada vez mais com a gestio de Custos. Como resultado, os métodos de custeio contemporiineos, com novas abordagens de gestio de custos, tém sido elaborados para aplicagées especificas, com destaque para © custeio ABC. Entre as novas abordagens, destacam-se o conceito de ciclo de vida dos Produtos, o custeio-alvo, a teoria das restricdes e o sistema de gestio econémica, G3 Objetivos da contabilidade de custos Come visto na Seco 1.1, os custos sio determinados para que se atinjam os obje- tivos relacionados 4 determinacio do lucro, ao controle das operagées e a tomada de decisoes. Além desses objetivos, as informagées geradas pela contabilidade de custos subsi- diam: | Q.obeto de custoio pode ser uma operacio, uma ative, um conjunto de tvidades, un proguo, um Gepatamento et * Por exemple: se 0 objetivo & conhecer a margeen de Contibuigto, deve-se via 6 Gusts warvek vet aoe see usuarios extemos, dve-se uiizar ocustelo por absorpio; se 6 rastoar os cust, Wdentifeando fontes Ge Geaperciice¢ ‘realzapio do atividaces desnecesséras, dove so opar polo custolo ABC, Em algunas stuagoes, pode ser nececoars ‘empreger mais de um método concomlartomente Capitulo 1 ~ Bases para 0 conhecimento de custos a determinagao dos custos dos insumos aplicados na producio; a determinacao dos custos das diversas 4reas que compdem a empresa; as politicas de reducao dos custos dos insumos aplicados na produgao ou das diversas areas que compdem a empresa; » controle das operagdes e das atividades; » aadministracao, auxiliando-a na tomada de decisdes ou na solugio de problemas especiais; as politicas de redugao de desperdicio de material, tempo ocioso ete. a elaboragao de orsamentos. > > A contabilidade de custos também auxilia na solugao de problemas relacionados: » a0 prego de venda; > A contribuigdo de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresas » a0 preco minimo de determinado produto em situaces especiais; > ao nivel minimo de atividades exigido para que o negécio passe a ser viavel; > a0 gerenciamento dos custos, > a diversos problemas especificos. G14D Nee O significado de custos e despesas na demonstracao de resultados Os termos custos ¢ despesas sio encontrados na demonstragio de resultados das empresas, tanto nas industriais quanto nas comerciais ¢ nas prestadoras de servigos. Os custos referem-se a produtos, mercadorias ou servigos que foram entregues ou prestados 0s clientes, gerando as respectivas receitas.’ Assim, se a receita corresponder a venda de 100 unidades do produto X, 0 custo corresponderd a 100 unidades desse produto. Desse modo, na demonstragao de resultados, os custos estdo associados as respectivas receitas. As despesas so consideradas esforcos realizados para gerar a receita e administrar a empresa. Os valores lancados na demonstragao de resultados correspondem ao periodo a que a demonstracao se refere. Assim, caso ela se refira a0 ano de 2XX4, as despesas corresponderdo ao acumulado de janeiro a dezembro desse ano 47> Empresa industrial Uma empresa industrial incorre diariamente em uma série de gastos para realizar suas atividades administrativas, fabris e comerciais, tais como a compra de matéria-prima para a fabricacao de seus produtos, a aquisico de material de escritério, © pagamento de taxas e impostos, a manutengao dos bens patrimoniais, a folha de pagamentos etc. Nem sempre, porém, esses gastos sao considerados custos. Alguns deles sio tratados como despesas, outros, como investimentos.* Em uma demonstracio de resultados tipica de uma empresa industrial, encontramos os custos e as despesas langados separadamente: 5 No Caplio 2, na Sogdo 25.13, dlscute-se uma stuago especial de reconhocimenta de cvstos e recetas relaionada ‘a encomendas de execu de iongo prazo. + Vorneste capitulo a Seqao 15. industrial em que sao gerados: Receta de vendas, ©) Gusto dos produtos vendidos... (=) Lucre bruto, a ©) Despesas acministrativas © de vendas (=), Were operacional Os custos, nas empresas industriais, dos produtos; as despesas referem-se aos € 8 geragio de receita, jira faclitar © entendimento do significado dos termos custos ¢ despesas, vamos utilizar um organograma (Figura 1.1), no qual dividiremos og departamentos de uma empresa em trés grupos: administracao, vendas elibrica, representadas, respectivamente, Pelas diretorias de administragio, comercial ¢ fabril, FIGURA1.1 correspondem aos gastos relativos a fabrica¢ao Sastos relacionados & administragao da empresa » Administracao: engloba todos os departamentos adi Cursos humanos, processamento de dados, >» Vendas: engloba todos os departamentos relacionados datiohdada comercial, como: Page de atendimento ao cliente, vendas, representantes, marketing etc, ‘iibtica:€ a divisio da empresa onde os produtos sia fabriondon, Compée-se de departamentos de apoio a producio, como administragao da fabrica (que inclui a engenharia do produto, a engenharia do processo ou industrial, o planejamento Eo.controle de producao), almoxarifado, controle da qualidade etc,, e de depar- ‘amentos de produgio, como usinagem, montagem, pintura ee Iministrativos, entre eles re- contabilidade, financeiro etc, {Astim, 0s custs eas despesas so identifcados de acordo com as divisdes da empresa ame Nostas dvisbes ocorrem as DESPESAS. ‘0s CUSTOS Nesta diviesio ocorrem | = Na demonstracao de resultados, as despesas correspondem aquelas incorridas nas divisdes de administracao e de vendas durante 0 exercicio. J4 os custos dos produtos vendidos (CPV) sao aqueles que incorrem na divisao de fabrica e que na demonstragao de resultados correspondem a quantidade vendida. Isso funciona dessa maneira porque, muitas vezes, apenas parte da producao de um periodo é vendida, ¢ o restante é estocado para venda em outro periodo. © esquema apresentado a seguir, na pagina 6, visa facilitar a compreensio dos conceitos. ian 42> Empresa comercial Assim como a empresa industrial, a empresa comercial também incorre diaria- mente em uma série de gastos para realizar suas atividades operacionais. Esses gastos incluem a compra de mercadorias para revenda, a aquisi¢ao de material de escrit6rio, © pagamento de taxas ¢ impostos, a manutencio dos bens patrimoniais, a folha de pagamentos etc Em uma demonstracio de resultados tipica de uma empresa comercial, também encontramos os custos ¢ as despesas lancados separadamente: Receita de vendas, $ 0.300130 (4) Custo das mercadorias vondidas. $001300130 (=) LUPO BND osnnoninoneinnaninenmnnananonnnnrn § ROKR Despesas adminisrativas @ de vendas $ 1000.0 (=). Lucre operacionat $0 Diferentemente da empresa industrial, que fabrica seus produtos, a empresa comer- cial apenas revende as mercadorias sem altera-las, no mesmo estado em que as recebe de seus fornecedores. Os custos, nas empresas comerciais, correspondem aos gastos relatives & aquisi¢ao das mercadorias; na demonstracao de resultados, os custos correspondem a quantidade vendida. As despesas referem-se aos gastos relacionados & administragao da empresa € A geracao de receitas. 43> Empresa prestadora de servicos ‘Como nas empresas industrial e comercial, a empresa prestadora de servigos também incorte diariamente em uma série de gastos para realizar suas atividades operacionais, como a compra de materiais a serem aplicados na execucao dos servigos, a aquisicio de material de escrit6rio, 0 pagamento de taxas e impostos, a manutengio dos bens patrimoniais, a folha de pagamentos etc. Demonstragio de resultados do exercicio (ORE) Recelta de vendas, Gusto dos produtos vendidos.. Lacro bruto Despesas administratvas... Despesas de vendas. LWsere operacional. ‘ADMINISTRAGAO 00K | 00K Creuiante | Cabxa @ bancos Duplicatas a receber. | Estoques } Matéria-prima 1006 Produgdo em andamento 200 Produtos acabados oo Permanent TOTAL ATIVO ensues TOTAL PASSVO.... : | 5 = | Capitulo 1 - Bases para 0 conhecimento de custos Em uma demonstragio de resultados tipica de uma empresa prestadora de servigos, os custos ¢ as despesas também sao lancados separadamente: Recelta de vendas. S$ mon90 Custo dos servos prestados. $ o0c00, 30 ) Lucro brut. $0; c r (© Despesas acministrativas © de vendas $ 00.0056 c iWucto operacional Som Os custos, nas empresas prestadoras de servicos, correspondem aos gastos relativos a execugio dos servigos. As despesas correspondem aos gastos relacionados & adminis- tragdo da empresa e a geragio de receitas incorridas durante o exercicio. a8) Terminologia aplicada Para entender a sistematica de apuragdo de custos é necessario conhecer o significado dos principais termos utilizados nessa area. Embora na literatura especializada encon- tremos conceitos diversos para esses termos, neste livro. vamos considerar os seguintes significados: a. Gastos: correspondem aos compromissos financeiros assumidos por uma empresa no tocante & aquisigdo de: P recursos que serao consumidos no ambiente fabril para a fabricagéo do pro- duto; mercadorias para revenda; recursos para a realizacio de servigos; recursos a ser consumidos no ambiente de administra m recursos a ser consumidos no ambiente comercial. . Custos: correspondem a parcela dos gastos consumida no ambiente fabril para a fabricagao do produto, pela aquisicao de mercadorias para revenda e para a realizagao de servigos. . Despesas: correspondem a parcela dos gastos consumida para administrar a em- presa e realizar as vendas, isto é, para gerar a receita. Sio representadas pelas despesas administrativas e pelas despesas de vendas. |. Investimentos: correspondem a parcela dos gastos registrada em contas do ativo da empresa, Podem se referir @ aquisicao de matéria-prima, mercadorias para revenda ¢ materiais diversos (registrados em contas representativas de estoque), 4 aquisigdo de maquinas ou veiculos (registrados em contas do ativo imobilizado) ‘ou mesmo a aquisicao de ages de outras empresa Vamos tomar como exemplo a aquisigo de uma matéria-prima, A compra em si (a vista ou a prazo) é um gasto, Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um investimento, ou seja, 0 montante gasto com a aquisi¢ao sera registrado na respectiva conta do ativo circulante até que o material seja requisitado para consumo, isto é, apli- cado na fabricagao de um produto. Quando requisitamos esse material do estoque ¢ 0 aplicamos na producdo, temos 0 custo. Ao concluir o produto ¢ estocé-lo para venda, temos novamente um investimento (registro do custo de fabricacio no estoque de pro- C18) cidsahieatasraes custos Os custos precisam ser. ‘clasificados sto apurados, Pata facilitar essa classificagio, vamos considerar uma empresa industrial © como objetos de custeio, os produtos por cla fabrieadon is duasclassificacdes basicas so aquelas que permitem determinar (1) 0 custo de ads produto fabricado e (2) seu comportamento em diferenies volumes de producio ‘os quais a empresa possa operar. 1. Quanto 20s produtos fabricados: para que se a eles sao classificados . 2. Quanto a0 comporta s de produgao: para que os custos de diferentes volumes de producio sejam determinados eles Sao classificados em custos fixos e custos varidveis, GETY Custos diretos © custos indiretos ivisdo de fabrica constituem ha que se estabelecer critérios Fdadk eu seharasdo desses custos em diretos e indiretos vataoy ‘encontro dessa neces- sidade. (Veja a Figura 1.2.) FIGURA 1.2 Mdo-de-bra, mati prim, energie tia, augue, manutngao, material de inpeza ec. ‘Separacio dos custos em: + Custos deos * Custos indetos Capitulo 1 ~ Bases para o conhecimento de custos 9 A regra basica para essa classificagao é: se for possivel identificar a quantidade do elemento de custo aplicada no produto, o custo sera direto. Se nao for possivel identificar essa quantidade, 0 custo sera indireto. Desse modo, 0s termos direto ¢ indireto sio empregados com os seguintes sentidos: a. Direto:a apropriagao de um custo ao produto se da pelo que esse produto consu- miu de fato. No caso da matéria-prima, pela quantidade efetivamente consumida, ¢, no caso da mio-de-obra direta, pela quantidade de horas de trabalho. . Indireto: a apropriagéo de um custo ao produto ocorre por rateio, que faz com que essa apropriagao seja descaracterizada como direta Para entender o que significam custo direto e custo indireto, suponha que um grupo de amigos resolva fazer uma comemoracao qualquer em um restaurante. Todos se sen- tam a mesa e os pedidos sao feitos. Ao término da comemoragao, ha que ser realizado um rateio do valor gasto entre os amigos. Para isso, pode-se usar como base de rateio 0 miimero de pessoas presentes (condi¢ao que determinara que cada um contribua com ‘© mesmo valor) ou outra base qualquer, como, por exemplo, ratear o total de modo proporcional a0 peso ou a idade de cada pessoa, e assim por diante. Caracteriza-se, dessa forma, a distribuigao do valor gasto aos presentes de maneira indireta, ou seja, cles no contribuirao pelo que efetivamente consumiram; na verdade, a base de rateio acordada procura ‘refletir’ o que cada um deve ter consumido. Por outro lado, se cada um dos presentes se sentasse em mesas separadas e seus gastos individuais fossem identificados, esses custos seriam diretos. Assim, podemos definir alguns conceitos: Custos diretos: sio os custos apropriados aos produtos conforme o consumo. Exemplos classicos de custos diretos so a matéria-prima’ e a mao-de-obra dire- ta.* Se outro elemento de custo tiver sua medigao do consumo no produto, esse custo sera considerado direto. Exemplo disso pode ser a energia elétrica. Caso haja aparelhos medidores do consumo de energia nas maquinas e seja feito 0 seu controle, esse custo também sera direto. Custos indiretos: sio 0s custos apropriados aos produtos em funcao de uma base de rateio ou outro critério de apropriagao. Essa base de rateio deve guardar uma relagdo proxima entre o custo indireto e © produto. Em geral, sio empregados como bases de rateios: periodo (em horas) de emprego de mao-de-obra, periodo (em horas) de utilizacao das maquinas na fabricagao dos produtos, quantidade (em quilos) de matéria-prima consumida etc. Um bom exemplo é 0 custo da energia elétrica, que pode ser rateado em proporgao as horas de utilizagao das mquinas pelos produtos, considerando que o consumo de energia desses produtos tenha uma relagdo de causa ¢ efeito muito proxima dessas horas. 7 "Rmatérarprima classitcade como custo dreto cortesponde aos materials culo consumo podem quntiicar no prod to. Se no for possivelidentiicar a quantidade apcada no produto, 0 material passa a ser apropriado como um custo indie. Por exer os paralusceuiizados om uma cartora escolar eo custo dels: jana oa solda empregadas na cartora sao considoradas ovtosindiretos, pot tat de ndo ser possivel ober o consume por unwed labicada. * RmBo-de-obra deta compreende os funcionaros que ua dretamene a fabricagdo do produo,cujo tempo gasto ssa ser Kentcado, ite 6, pontiac, no produ, 10 Custos 82> Custos fixos e custos variaveis Para que possamos estudar 0 comportamento dos custos, classificaremos as contas antes apontadas como custos diretos e custos indiretos como custos fixos e custos va. ridveis. Essa classificagio ocorre em fungao do comportamento dos elementos de custo em relagao as possiveis mudangas no volume de producio. A idéia é a seguinte: para um certo volume de produgao incorre-se em determinado montante de custos. Se esse volume aumentar ou diminuis, o consumo de alguns elementos de custos acompanhara @ oscilagdo para mais ou para menos, outros nao. Neia 0 que pode acontecer quando alguém resolve montar uma fabrica com capaci- dade para processar 10 roneladas/més de matéria-prima na fabricagao de seu produto, Em primeiro lugar, é preciso instalar uma estrutura capaz de suportar esse volume de Producio. Essa estrutura gera certos elementos de custos, como aluguel do prédio onde a empresa sera instalada, depreciacao de maquinas e equipamentos, funcionarios etc. Se a fabrica ndo produzir nada ou se sua produgao chegar a 10 toneladas, os custos Permanecerio iguais. Sao os chamados custos fixos, isto &, que ocorrem de qualquer maneira, pois sustentam a estrutura operacional da empresa. Quando a empresa fabrica sua primeira unidade, passa a consumir matéria-prima, energia elétrica ¢ outros elemen. tos de custos gerados pelo ato de fabricar. S40 os custos varidveis, cujo consumo seri maior ou menor de acordo com o volume de produgao. Esse tipo de custo s6 ocorre quando ha producio. Portanto, para classificar um elemento de custo como fixo ou varidvel, € preciso verificar como ele reage as alteragdes no volume de produgao. Seo volume se alterar ¢ © custo também, ele sera varidvel; do contrério, sera fixo. Assim, podemos dizer que: Custos fixos: sdo aqueles que decorrem da manutengao da estrutura produtiva da empresa, independendo da quantidade que venha a ser fabricada dentro do limite da capacidade instalada. Exemplos desse comportamento so o custo do aluguel e a depreciagao. Assim, tomando como base o exemplo citado, tanto faz a fabrica produzir 0 quanto produzir 10 toneladas de produto — os custo: fixos permanecerao os mesmos. © Gréfico 1.1 facilita a compreensio desses conceitos. Ele representa o compor- tamento do custo fixo: em qualquer volume de produgdo entre 0 € 10 toneladas, esse custo ndo se altera. GRAFICO 1.1 Custos ~ Casto fio {> Ouantidade Tor Espera-se que, quanto mais préximo do volume maximo de produc, menor seja 0 custo por unidade fabricada, devido a economia de escala proporcionada. No Grifico 1.2 temos a seguinte situacao: jrulo 1 ~ Bases para o conhecimento de custos 11 (Cust fio unitrio? 5 Quantidade “Custos varidveis: sio aqueles que aumentam ou diminuem conforme o volume de producio. Sao exemplos desse comportamento os custos da matéria-prima (quanto mais se produz, maior a necessidade, portanto, maior o custo) ¢ da energia elé- trica (quanto mais se produz, maior 0 uso de maquinas ¢ equipamentos elétricos, conseqiientemente, maiores 0 consumo € 0 custo). A representagio grifica dos custos variveis, GRAFICO 1.3 Gusto varidvel sg Onto Em razio do comportamento dos custos variéveis, espera-se que cada unidade fa- bricada tenha 0 mesmo custo, No Gréfico 1.4 temos uma representacio para 0 custo variavel unitario:* GRAFICO 1.4 Custos 4 Dag ovat nr = Quantidade Tor 7" Sbmewe que a reta do custo fxo unio no eomega no zero, mas na primeira unidade, pois nesse volume de producto, 6 ola que absorve todo o custo, + Riguns elemertos classfcados como custs vasveis podem apresentar comportamentos como este: provavelmente to Fciar suas alvidades, urna empresa no conaré com funcenérios bom roinados, 0 que pode levar a grande des: perdi Getempo e mateie prima, bem como a desajuses nas maquina, impedindo o bom aprovetamento da mara: rma, Assim, o custo vanavel das unidades nclals dverk sor maior Go que quando ji esver operand em condigbes Fotis, Nos eaptuios 3 (Secdo 3.8.) e 7 (Seqdo 7.14.1) volaremos a esse assur, * Observe que a reta do custo varével uitiio nao inicla no 2are, mas em uma unidede, pls na quantidade 20r0 no ‘corrom custos varidves 12 & Custos " Custo total: é a somatéria dos custos fixos e variaveis, Graficamente, o custo total tem a seguinte representaca GRAFICO 1.5, oe Custototal (ko + vardvel) Prticipagdo do custo vardvel Partcipagéo do custo fxo wat ‘Quantidade Além da classificagdo dos custos em fixos ¢ variéveis, hd mais duas classificagaes Possiveis: custos semivaridveis e custos semifixos. Parcela fxa e outra variavel, isto é, tem um comportamento de eusto Bo ave con de curn og depois se comportam como custo variével, Bons exemplos desse tipo de custo sio a energia elétrica ea dgua. Quando nao hd utlizneao desces Fecursos fomecinanme fica abaixo de um valor minimo estipulado pelas companhias de fornecimento de energia e de agua, paga-sc uma taxa fixa (custo fixo). A medida aus 2 usilizagdo desses recursos cresce com o aumento da produsio, o valor i conta se eleva (custo variavel) No Grfico 1.6, tem-se a seguinte representagio: Custo semivaridvel aa 5 Quantidacio Ji-0 Gusto semivaridvel unitdrio teria a seguinte representagdo, como vemos no Grafico 1.7; Capitulo 1 — Bases para 0 conhecimento de custos 13 GRAFICO 1.7 Custos 1 | (hey Quontidace «= Custos semifixos: sao os elementos de custos classificados como fixos mas que se alteram em decorréncia de mudangas na capacidade de producao instalada. Como ‘Jimos anteriormente, em qualquer volume de producio entre 0 e 10 toneladas, os Custos fixos se mantém iguais em periodos de produgio ¢ de ndo-produgio. Sea empresa crescer e decidir expandir sua capacidade de producio, passando a fabri- {ar 15 toneladas de produto, talvez tenha de alugar outro galpao, adquirir novas maquinas, contratar mais funciondrios etc. Os custos fixos para essa capacidade jerzo maiores e permanecerao constantes nesse novo patamar, Se ocorrer outro dumento da capacidade, 0 processo se repetira. Assim, os custos fixos crescem em patamares. © oposto também ocorre: quando a capacidade de produgao ¢ teduzida, 0 mesmo ocorre com os custos, cuja reducdo se da em patamares. A representagio grafica, nesse caso, seria: GRAFICO 1.8 Custos | _______Custo semifixo roan ee © Grafico 1.8 representa 0 comportamento do custo semifixo: quando a producio passa de 10 toneladas para 15 toneladas, custo fixo se eleva ¢ estabiliza "Yd o custo fixo unitario é maior no inicio de cada novo patamar de produgio, ¢ sera minimo no limite dele. Assim, sua representagao grafica é __5 Quantidade jot 1st CCusto fxo unitrio™® Resumo da classificacao dos gastos Ao classificar os gastos de uma empresa, inicialmente os separamos de acordo com as divisdes (de fabrica, de administracao e de vendas) em que sao gerados. Em seguida, separamos os custos em diretos ¢ indiretos — para que sejam apropria- dos aos produtos — e em fixos ¢ varidveis — para anélise quanto ao comportamento em relagio ao volume fabricado. ‘rete, —— malaria, mlo-de-cbra deta nt 208 prods cm | sone Sean " Qbserva- que a reta do custo fo untéro no comeca no zero, mas na primeira unidado, pois nesse volume de proc- ie @ ola quo absorve ido 0 custo fo. No inicio de um novo patamar, a prima unidade quo fecabe a aio orcala Go custo eo, Capitulo 1 ~ Bases para o conhecimento de custos 15 84> Outras classificagdes de custos Ce tip aiscepines [ | deca i ae eLearn areal cee at estos ines Custos de produgao: compreendem os custos com matéria-prima e mao-de-obra direta e 0s custos indiretos Custos primérios: compreendem os custos com matéria-prima e mao-de-obra direta. > Custos de transformagao: correspondem aos custos incorridos para transformar a matéria-prima em produto. Compreendem os custos com mo-de-obra direta e 0 custos indiretos de fabricacao. Os custos de transformagao também sio cha- mados de custos de conversao. QUESTOES E EXERCICIOS PROPOSTOS “42> Métodos de custeio 1. Oque & objeto de custeio? © que so métodos de custeio? (Os métodos de custeio costumam ser classiticados em tradicional e contemporéineos, Explique essa classificagao, Se o objetivo da empresa é conhecer a margem de contribuigo, qual método de custeio deve utilizar? '5. Os métodos de custeio tradicionais sto adequados aos ambientes de produgdo em que ppredominam custos com materials e mao-de-obra. Explique, 6. Qual método de custelo atende aos principios contabeis? “43> Objetivos da contabilidade de custos 7. Ao impantar a contablidade de custos, ques objetivos a empresa pretende atingir? 8. Cite e expique tr tpos de intormagdes geradas na contabiidade de custos. nxplique dos tipos de problemas que o conhecimento de custos ajuda a solu- “44> O significado de custos e despesas na demonstragao de resultados 10. 0 que é demonstrago de resutads do exercicio (ORE)? 16 Custos 1S: Desoreva a forma de apurago do CPV e das despesas, ‘constantes da demonstracso ercicio (ORE) de resultados do exe 16. Quando uma empresa seja feita a prazo? 17, 18, ‘Aqua consumida no processo de restiamento de eras. Alugue! do galpao da fébrica, Pisouel mensal do Situs que Wansportao pessoal da comabiidade. Premios dos vendedores, Refeitério dos funcionérios da fébrica. Manuton¢do do computador do departamento fhanceio, Imposto predial da fabrica, Salérios dos gerentes da fabrica Honorérios dos dlretores administrativo e comercial Energia elétrica do précio da administragdo da empresa, Madeira utiizada na fabricagdo de mesas, Salério do supervisor da montagem, ‘Ao final de 19X4 havia 2¢ Determine: ‘8. O custo dos produtos vendidos, ©. © custo do saldo do estoque do produtos acabados. ©. O lucro obtido em 19x5, * a empresa inca suas atviades em 01/01/%9, Nesse més ‘Compra de matéria-prima = $ 30.000,00, Aluguel da fébrica = § 10,000.00, Méo-de-obra da fébrica = § 20.000,00, Despesas administrativas = $ 30.000,00. Despesas de vendas = $ 20.000,00, Custos diversos = § 15.000,00, Consumo de matéria-prima = $ 26.000,00. 1am labrcadas 100 unidades do produto X e vendides 80 lunidades desse produto a $ 1.625,00 cada uma Determine: @. O custo dos produtos vendidos, ulo 1 — Bases para o conhecimento de custos . O custo do saldo do estoque de produtos acabados. ©. O lucro operacional. (Para isso, elabore a DRE.) 21. A empresa H. Bela Vista, fabricante dos produtos Alfa, Beta e Gama, apresentou as, seguintes contas, rlativas ao ano de 19X8: ‘+ Matéria-prima requisitada = $ 700.000,00. * Depreciagao de equipamentos de produgdo = $ 80.000,00. * Depreciagdo do imével da administragao = $ 20.000,00. * Depreciagao do imével do escritério de vendas = $ 20,000.00. + Manutengdo dos equipamentos da fébrica = $ 0.000,09. ‘+ Material de propaganda = $ 15.000,00. ‘+ Materiais auxiiares de produgao = § 200,000.00. ‘+ Energia elétrica consumida pelos equipamentos da fébrica = $ 300.000,00. ‘+ Honorérios da diretoria (administrative comercial) = $ 500,000.00. ‘+ Seguros dos equipamentos da fébrica = § 70.000,00, * Salarios e encargos da administracao = $ 400.000,00. * Salérios e encargos dos vendedores = $ 250,000,00 + Salérios @ encargos dos funcionérios da fabrioa = § 1.200.000,00, * Despesas com entrega das vendas efetuadas = $ 10.000,00. + Materiais de escritério consumidos na administrac&o = § 5.000,00. * Total = $:3.820.000,00. |. Classiique essas contas apresentadas acima em custos de produgao, despesas adm: nistrativas e despesas de vendas e apure o montante de cada grupo. Dos honorérios da diretoria, 60% correspondem a diretoria acministrativa e 40%, & comercial |. Calcule 0s custos dos produtos, considerando que: 1. Dos salarios e encargos da fabrica, 70% correspondem a méo-de-obra direta @ 30%, a mao-de-obra indireta ». © custo da mao-de-obra direta fol apropriado aos produtos conforme as horas de producao apontadas: ‘+ produto Alfa = 20% das horas apontadas; ‘produto Beta = 50% das horas apontadas; ‘+ produto Gama = 309% das horas apontadae, ©. O custo da matéria-prima foi apropriado aos produtos conforme requisicées do almoxarifado: * produto Alfa = 25% do valor requisitado; * produto Beta = 4096 do valor requisitado: * produto Gama = 35% do valor requisitado, 4. Os custos indiretos de fabricagio foram rateads aos produtos conforme o tempo {e fabricagao (considerar 0 custo da mao-de-obra direta como proporcée do tempo apontado). 22. Caloule o custo dos produtos Alfa, Beta e Gama do exercicio 21, considerando que {0 custos indiretos foram rateados aos produtos conforme © custo da materia-prima requistade. 23. Caloule 0 custo dos produtos Alfa, Beta e Gama do exercicio 21, considerando que os ‘custos indirstos foram rateados aos produtos conforme os respectivos custos diretos. 48» Terminologia aplicada 24. O que 6 gasto? 25. O.que 6 custo? 18 Custos 26. O que 6 despesa? 27. O.que 6 investimento? 28. Quando uma empresa 29. Quando uma empresa Expiique. orto? eerlulpamento para a divisfo de fébrica, incorre em imento? Explique. Sy; Como 08 gastos slo separados em custos e despeses? 32. A depreciagto 6 um custo ou uma despesa? 83. Gite dez contas que representem despesas, 4. Cite dez contas que representem custos, 18> Classificagao dos custos 98. O que € custo direto? D8 exempios, 39. 0 que é custo inaireto? D8 exemplos, 40. O que 6 custo varidvel? D8 exemplos, 41. O que 6 custo thxo? D8 exempios, 42. O que 6 custo semivariével? D8 exemplos, 43. O que ¢ custo semifixo? D8 exemplos 44. Classifique as contas do exercicio 21 em: + Custos diretos. + Custos indiretos, 45. Classifique as contas do exercicio 21 em + Custos fixos, * Custos variéveis, 46, fim aual volume de produgdo 0 custo vardvel total @@ eusto varidvel unitério se Igualam? 47. Em qual volume de produgao o custo fxo tota 48. Como os custos variéveis unitérios ¢ 08 custos f Produgio aumenta e quando ela diminu? 49. Por que o aumento da produgo até o limite da capacidade Instalada de uma empresa ‘eduglo dos custos unitérios? 5 dentieue, ro gréfico a sequ.que custo 6 representado om cada reta. Custos D Capitulo 1 - Bases para 0 conhecimento de custos 19 51. Uma empresa tem capacidade para fabricar 10 unidades do produto X. Os custos va- ‘aveis foram calculados em $ 1.000,00 por unidade. Os custos fixos mensais somam, $ 8.000,00. 0 prego de venda é de § 2.000,00 por unidade, a. Elabore gréticos para o custo fixo total e o custo variavel total ', Demonstre, em um tnico grafico, a reta representativa do custo total e da receita total © Escreva um comentario sobre a situagao obtida em ‘b’ 4. Elabore grficos para o custo fixo unitério, © custo varlével unitério, 0 custo total Lnitério@ a receita unitria, 'No més de marco, a empresa Piteco Ltda. teve os seguintes custos: Matéria-prima = $ 15.000,00, ‘Mo-de-obra direta = § 20.000,00, Energia elétrica = $ 2.000,00. Aluguel do prédio = $ 7.000,00. Telefone = $ 500,00, + Depreciacao dos equipamentos = $ 1.500,00. Nesse periodo, a empresa fabricou 20 unidades do produto Z. Determine: ‘a. O custo unitario do produto Z. '. O custo unitario de Z caso a empresa tivesse fabricado 25 unidades. ‘ACia.J.N. Alianga Ltda. tem um custo fixo mensal de $ 250.000,00, No més de novem- bro/X9, fabricou 500 unidades do produto M, incorrendo em $ 400.000,00 de custos varidve's. Se sua produgdo fosse reduzida para 400 unidades, qual seria o seu custo unitério? Nos meses de marco e abrilX4, a empresa J. Montanha fabricou, respectivamente, 80 mil unidades ¢ 100 mil unidades do produto X. Os dados séo apresentados na tabela a seguir. ‘Auguel da fica $5000.00 $5.000,00, Telemed tabica '$3.70000, $2500.00 Mlo-e cra deta $1500.00, $20.00000, ‘Seguros da tice (orion $1500.00 $1500.00 equpamenics) Materials detos $28.800,00, $0500.00, Depeciagto das maqunas $5000.00, $3000.00 Mater indetos| 7.00000 $7500.00 {. Caleule 0 custo unitério em cada més. ». Analise o comportamento das contas em cada més. Em determinado més, foram fabricadas 1.000 unidades do produto X. Os custos incor- ridos nese més foram: ‘+ Fixos = $ 100.000,00. + Variéveis = $ 200.000,00. ‘Se a produgdo tivesse sido de 1.500 unidades, qual teria sido 0 custo total? Determine também 08 custos unitarios, Custeio por absorcdo OBJETIVO i © objetivo deste capitulo ¢ descrever 0 método de custeio por absor- sao para apuracao de custos tanto das empresas que fabricam produtos em série como daquelas que fabricam produtos sob encomenda. A segue, so apresentados os critérios de apropriagio de cada um dos seguintes «elementos de custos: > matéria-prima; > mao-de-obra diretas > custos indiretos de fabricacao. ep Introdugéo O método de custeio por absorgio caracteriza-se por apropriar custos fixos e custos vvariaveis aos produtos. Desse modo, os produtos fabricados ‘absorvem’ todos os custos in- corridos de um periodo. © primeiro passo para a apuracio dos custos € separar 0s gastos do perfodo em despesas, custos ¢ investimentos. As despesas no sao apropriadas aos produtos, ¢ sim lancadas na demonstragiio de resultados do exercicio, por estarem relacionadas 4 geragao de receita ¢ & administragao da empresa; 05 custos sio apropriados aos produtos; ¢ os investimentos sao ativados. © Passo seguinte consiste em separar os custos em diretos e indiretos. Os custos di- fetos sio apropriados aos produtos conforme as medigées de consumo neles efetuadasy 5 custos indiretos sio apropriados por meio de rateios. Capitulo 2~Custeio por absorgio 21 Para entender como se dé a apuraco dos custos, vamos tomar como exemplo uma empresa que produz carteiras escolares e identificar os trés elementos de custos envol- vidos em sua fabricagao: 1, Materiais: também chamados de matérias-primas, so 0s recursos que integram ‘fisicamente’ as carteiras, representando a parte ‘visivel’ do custo, 2. Mio-de-obra: é necesséria para transformar as matérias-primas no produto. Aqui estamos considerando somente a mao-de-obra direta, isto é, que age sobre a ma- téria-prima de modo a modificé-la, dando origem ao produto. + Demais custos: além da matéria-prima e da mao-de-obra direta, cujo consumo Pode ser quantificado nos produtos, ha outros custos envolvidos na fabricagio de tum item, tais como energia elétrica, manutengio, depreciacio, telefone, impostos etc. Esses consumos ndo podem ser quantificados no produto, por isso integram 0 custos indiretos de fabricagio, Com relagio 4 matéria-prima, quando a empresa conta com um sistema de controle de estoques, toda vez. que um material é requisitado, identifica-se onde ele sera aplicado. Assim, quando se requisitam, por exemplo, parafusos para montar uma carteira, reco. nhece-se 0 custo correspondente ¢ apropria-se esse custo a0 produto de modo ‘direto’. Quanto a mao-de-obra, podemos discriminar dois grupos de funcionarios: no pri meiro, hd funcionérios que atuam diretamente na transformacao da matéria-prima, tais como marceneiros, montadores, pintores etc., que so chamados de mio-de-obra diveta. © segundo grupo inclui aqueles que no tém essas atribuigGes: sio os funciondrios de apoio, como gerentes, chefes, ajudantes-gerais, vigias, almoxarifes, engenheiros de f brica etc., que sao chamados de mao-de-obra indireta, Os funcionarios do primeiro grupo identificam suas atividades por meio do aponta- mento das horas trabalhadas. Com esse procedimento é possivel reconhecer 0 consumno de mao-de-obra decorrente da relagio ‘direta’ com o produto, Para os funcionarios de segundo grupo, essa relagao ‘direta’ ndo € observada, e seus custos sao caracterizados como indiretos. Quanto aos demais custos, essa relagao ‘direta’ também nao 6 observada, pois no € possivel quantificar 6 consumo de cada um de seus elementos em cada unidade de Produto fabricada. Por exemplo, sabemos que determinado produto consumiu energia elétrica, mas nao conseguimos identificar a quantidade de kW ‘aplicada’, Esses sao, Portanto, os custos indiretos de fabricacao. 22> Matéria-prima Uma empresa industrial utiliza materiais de diversos tipos: ‘matérias-primas, materiais auxiliares de producdo, materiais para embalagem, materiais de escritorio, materiais de higiene e limpeza ete Desses, somente as matérias-primas integram os produtos; sao os chamados materiais diretos. No caso de uma carteira escolar, por exemplo, temos madeira, fSrmica, para, fusos, rebites, tinta, verniz, solda etc. Além desses materiais, no processo de fabricagao, sio utilizadas serras, lixas, estopas etc, que nao integram fisicamente 0 produto ¢ por isso sao chamados de materiais auxiliares de producdo ou materiais indiretos. Dentro da cadeia produtiva, o produto fabricado por uma empresa pode ser matéria- Prima utilizada em outra empresa. E 0 caso, por exemplo, do parafuso, que é produto na fabrica de parafusos e maté ‘ia-prima na fabricagao de carteiras. Na Figura 2.1, veja 22» Custos um exemplo de matéria-prima transformada em produto € que depois volta a ser ma- téria-prima em outra produgio: FIGURA 2.1 Aiedio Fo de aldo Powers ] |, De modo geral, o produto € destinado ao consumidor, que o utilizar para consumo ou aplicagio em outro produto, neste caso como matéria-prima. Para que a matéria-prima seja considerada custo direto, além de ela ter de integrar © produto, é preciso quantificar seu consumo no produto. Por exemplo, quando se considera um produto em que se utiliza cola ou tinta, embora esses componentes sejam matérias-primas, seu consumo por produto nem sempre pode ser medido. Por isso, esses elementos sio agrupados aos custos indiretos para ratei <221> Perdas de matéria-prima O custo da matéria-prima deve corresponder & quantidade consumida na fabricacao do produto. Pode-se observar que alguns materiais sio necessarios em quantidades maiores do que aquelas efetivamente incorporadas ao produto, como € 0 caso do tecido para confeccionar uma calga, por exemplo: sempre ha sobras (retalhos) na produgio. © mesmo ocorre com outros materiais, como a madeira utilizada para fabricar o braco de uma carteira escolar, as chapas de ago empregadas para produzir um para-lama de automével ¢ assim por diante. Essas perdas fazem parte do processo de fabricacao, E possivel minimizé-las, mas nao evité-las. Sao chamadas de perdas normais ¢ por isso integram o custo dos produtos. Assim, a quantidade necessaria de um material 6a quantidade utilizada na producio. Nela esto incluidas as perdas normais de processo. Por exemplo, de uma chapa de aco de 300 kg obtém-se uma peca de 290 kg; os 10 kg sobram naturalmente. Caso exista material excedente que possa ser aproveitado em outro produto, nao ficard caracterizado seu consumo, e 0 custo correspondente no seré apropriado 10 produto. Ainda com rela¢ao ao exemplo anterior, vamos supor que fossem disponi bilizados 500 kg de matéria-prima e deles fossem retirados 300 kg para a producio da pega, Os 200 kg excedentes seriam devolvidos ao estoque, € 0 custo do material apropriado ao produto corresponderia aos 300 kg utilizados. Se houver perda anormal, em caso, por exemplo, de incéndio, roubo, enchente etc. no almoxarifado, os valores correspondentes nao deverao ser tratados como custos de Produsio, mas levados diretamente ao resultado do exercicio. Capitulo 2 - Custeio por absorgio 23 <222> Composig¢ao do custo da matéria-prima Ao adquirir materiais, geralmente a empresa incorre em outros gastos além do valor ago ao fornecedor. Ela pode se responsabilizar pelo frete, pelo seguro e pela armazena- gem do material e, se esse material for importado, pelo frete maritimo ou aéreo, pelas despesas aduaneiras, por gastos alfandegarios e pelo transporte até a empresa. Desse modo, todos os gastos necessérios para a obtencao dos materiais constituem seu custo. Além disso, ha que se considerar que nos valores pagos quando da aquisicio de materiais para a producao (inclusive frete, energia elétrica e telefone) esto embutidos tributos passiveis de recuperacdo, como o IPI, 0 ICMS, o PIS ¢ a Cofins.! Esses impostos representam crédito da empresa compradora para com o governo, a serem compensados com impostos da mesma natureza por ocasido da venda dos produtos. Tais impostos deixam de ser recuperdyeis no caso de materiais adquiridos para consumo da empresa. Nas transagdes comerciais, so comumente utilizadas as siglas CIF ¢ FOB, A sigla CIF significa cost, insurance and freight ‘custo, seguro ¢ frete’). Nessa modalidade, a empresa que vende o material é responsavel por sua entrega na empresa que o comprou ¢, por conseguinte, pelos gastos enyolvidos nesse procedimento, que, por certo, ja esto incorporados ao preco de venda. FOB € sigla para free on board, que significa ‘posto a bordo’. Nessa modalidade, a empresa que compra o material é responsavel pelos gastos com frete e seguro. Assim, se considerarmos apenas o IPI e o ICMS como impostos recuperaveis, 0 custo de um material pode ser obtido mediante o seguinte célculo: Valor pago ao fornecedor oP © Iems (+) Frete (0) [OMS sobre o fete (#) Seguro (+) Armazenagem e outros gastos (@) Cust do material (ou custo da compra) Se o material integrar a politica de estoques da empresa, esse sera o custo do material a ser ativado. Se for adquirido para aplicagdo especifica em um produto, esse sera 0 custo apropriado a ele. 2.2.2.1 OIPle 0 ICMS incidentes nas compras Os impostos incidentes na aquisi¢io dos materiais destinados produgio merecem atengao especial. Para exemplificar, consideremos apenas o IPI (imposto sobre produtos industrializados) € 0 ICMS (imposto sobre a circulagao de mercadorias e servicos). Esses impostos sao ‘pagos’ somente uma vez, pelo consumidor final. processo funciona assim: > Uma empresa vende seu produto e cobra os impostos do cliente, recolhendo-os para 0 governo, Portanto, esses impostos nao integram sua receita *Recomenda-se que o leitor estja atento & logislacto relativa aos impostos passveis de recuperacio, bem como ao ‘étode de calculo desses emposteso de suse aquctas, 24m Custos » A empresa compradora utiliza o material na fabricagao de seu produto, que também seri vendido. Ao vendé-lo, cobra os impostos de seu cliente. > Se, nessa segunda operacao de vendas, a empresa vendedora recolher os valores dos impostos recebidos, 0 governo recebera os impastos duas vezes (relativos a primeira e segunda operagao de vendas). Iss0, no entanto, n4o ocorre, isto é, nao ha incidéncia em cascata desses impostos. Eles so compensados pelo cliente/ consumidor seguinte até atingir 0 consumidor final, que nao tera como repassi-lo; desse modo, constitui custo seu, por nao compensi-lo. ‘Vamos supor, por exemplo, que a matéria-prima V seja transformada no produto X pela empresa Alfa. Esse produto X volta a ser matéria-prima no produto Y quando trans- formado pela empresa Beta. O produto Y, por sua vez, volta a ser matéria-prima quando aplicado no produto Z pela empresa Gama, que o venderd a um consumidor final. Suponhamos também que o fabricante de X vende a matéria-prima por $ 2.200,00, valor ‘no qual estariam inclusos 10% de IPT ($ 200,00) e 18% de ICMS ($ 360,00).* O fabricante de Y adquire e utiliza a matéria-prima em seu produto, que € vendido por $ 22.000,00, valor que inclui 10% de IPI ($ 2.000,00) e 18% de ICMS ($ 3.600,00). O fabricante de Z adquire e utiliza a matéria-prima em seu produto, que € vendido por $ 110.000,00, valor {que inclui 10% de IPI ($ 10.000,00) e 18% de ICMS ($ 18.000,00). Ocorreram trés transagdes, e em suas notas fiscais de vendas os fabricantes discri minaram, no total, $ 12.200,00 de IPI e $ 21.960,00 de ICMS. Entretanto, nao seriam esses 0s valores recolhidos para o governo, pois esses impostos nao constituem custo nem receita para as empresas. Representam para elas, na compra, um adiantamento para 0 governo dos impostos que sio compensados quando da venda de seus produtos, ‘ocasidio em que tais impostos so cobrados novamente. As empresas funcionam como intermedisrias entre 0 governo e o cliente. No exemplo acima, seriam recolhidos ao governo os seguintes valores: Fabricante de X Valor bruto da vend enn 2-200,00 IP incluso (10%) vem § 200,00 JCMS incluso (18%)... rn '$ 360,00 Receitaliquida da venda, Esse fabricante recolheria $ 200,00 de IPI para o governo federal e $ 360,00 de ICMS. para 0 governo estadual Fabricante de Y Valor pag ao fabricante de X. Crédito de 1 Crédito de 1OMs. Custo da matéria-prima. FE dren a sstomatca de cilculo desses mpostos: oP &calculado ‘por for’, 0 IOMS ‘por denvo’. desta forma sc Capitulo 2—Custeio por absorcio @ 25 Valor bruto da venda, 1$22.000,00 © Plinctuso (10%) $2.000,00 (©) IOMS incluso (18%). $.3.600,00 (=) Recettaliquida da venda. $ 16,400,00 Esse fabricante recolheria $ 1.800,00 ($ 2.000,00 - $ 200,00) de IPI para o governo federal e $ 3.240,00 ($ 3.600,00 ~ $ 360,00) de ICMS para o governo estadual. Fabricante de Z Valor pago ao tabricante de ¥. $22,000.00 Crédito de PI. $2,000.00, Crédito de Iems. $3.600,00 Custo da matéria-prima. $16.400,00 Valor bruto da venda, $110,000.00 IP1 incluso (10) $ 10,000.00, OMS incluso (18%). '$18,000,00 Receitaliquida da vend $82,000,00 Esse fabricante recolheria $ 8.000,00 ($ 10.000,00- $ 2.000,00) de IPI para o governo federal ¢ $ 14.400,00 ($ 18.000,00 - $ 3.600,00) de ICMS para o governo estadual Resumindo, seriam recolhidos: a es Ta nee rae ae ee] see °°? Senet ee Total § 10.000,0 Total '$18.000.00 A soma dos impostos recolhidos equivale a0 valor dos impostos destacados em nota fiscal pelo fabricante do produto Z; dessa forma, ndo ocorre incidéncia em cascata. Ser custo para o consumidor final, pelo fato de ele nao ter como compensé-lo. <223> Métodos de avaliacéo dos estoques As empresas efetuam compras de materiais de acordo com suas necessidades, ge- ralmente em conformidade com politicas de estoque. Alguns materiais sio adquiridos com freqiiéncia; porém, como eles podem ser comprados em diferentes datas e de di- versos fornecedores, os precos ¢ as condigdes de pagamento podem variar em funcao de fatores como frete e seguro, por exemplo, que ora sio pagos pelo fornecedor, ora pelo comprador. Considerando essa diversidade de situagdes, € provavel que no estoque existam varias unidades do mesmo material com custos de aquisigao diferentes. Entio, quando requisitarmos um material para consumo, qual custo deveremos considerar: o mais recente, © mais antigo ou uma média? Enfim, qual custo deverd ser atribuido 4 requisigao? Qual sera o custo do saldo remanescente no estoque? 26m Custos Para resolver essas quest&es, foram criados alguns métodos de avaliac3o de estoque, dos quais os mais utilizados sao: "* UEPS ({ltimo a entrar, primeiro a sair) ou LIFO (last-in, first-out): as quantidades requisitadas s4o valorizadas pelo custo da aquisi¢ao mais recente, desde que haja saldo dessa aquisigao no estoque. Quando o saldo for esgotado, deve-se passat 4 anterior, ¢ assim sucessivamente.’ Havendo nova compra, esta passaré a ser a tilkima entrada. A requisicdo seguinte sera valorizada pelo custo da iltima compra, até que seu saldo se esgote. Entao se utilizara a entrada anterior que ainda tives saldo. PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou FIFO (first-in, first-out): as quan- tidades requisitadas sao valorizadas pelo custo da aquisi¢ao mais antiga, desde que baja saldo dessa aquisicao no estoque. Quando 0 saldo for esgotado, deve-se Passar a seguinte, ¢ assim sucessivamente.* Custo médio ponderado mével: toda vez que houver uma entrada resultante de nova compra, 0 custo médio do estoque deve ser alterado, ponderando-se o saldo anterior com a compra efetuada. Por esse método, as quantidades requisitadas ‘sao valorizadas pelo custo médio do saldo existente no momento da requisicao, Vejamos um exemplo. Vamos supor que nao haja estoque inicial de determinada matéria-prima e que o custo das compras tenha sido obtido conforme exemplo apre- sentado na segao anterior (2.2.2). As entradas no estoque, conforme notas fiscais (NF) das compras realizadas, sio: » Dia 10: 10 unidades ao custo de $ 150,00 cada, pela NF n® 11.593. » Dia 15: 12 unidades ao custo de $ 160,00 cada, pela NF n* 20.549. > Dia 25: 8 unidades ao custo de $ 170,00 cada, pela NF n® 25.055. As saidas, conforme requisigées de mareriais (RM), si » Dia 12: 7 unidades para uso no produto X, pela RM n® 159, » Dia 17: 13 unidades para uso no produto Y, pela RM n= 205, » Dia 28: 9 unidades para uso no produto Z, pela RM n® 250, UEPS (iltimo a entrar, primeiro a sain) Nesse método, aplicavel a itens de estoque com pouca movimentagao de entradas € saidas, os custos apropriados aos produtos so sempre os mais recentes. E como se, fisicamente, 0 consumo do estoque se desse da iltima entrada para a primeira. Com isso, € necessério controlar o saldo de cada entrada, As compras mais recentes provavelmente sao efetuadas a valores mais elevados, 0 que contribui para aumentar o custo dos produtos e, conseqientemente, rediuzir 0 lucro da empresa, 0 UEPS nio é aceito pelo Fisco no Brasil. Considerando a movimentagao de entradas e saidas do ‘estoque, temos: {Esse procedimerto de valorizagéo pode coincst ou no com a movimento fia co mater * ‘Avalorizagéo das requisigs por esse método obedce a uma ogra Oposla Ada mélodo UEPS, Capitulo 2 ~Custeio por absorgio 27 FICHADE CONTROLE DEESTOQUE = [es ie gi bane Localzagio no estoque: ENTRADAS: saioas ‘SALDO ] custo Cust Cust total Cust ota Cust ota [150000 $7.500,00 189 $7105000 $450,00 705 $1920.90 [ se37m00 25 $2070.00 $0000 we | 25055 $7.36000 1.66000 [ew 20 1.51090 ~$150,00 Valorizacao das requisicoes: » Do dia 12 =7 unidades. Essa RM foi valorizada utilizando-se a diltima entrada no estoque antes da requisigio, ocorrida no dia 10, uma vez que ela tem quantidade suficiente, Assim, temos: 7 ux $ 180,00/4 = $1,050.00 Observasaio: Dessa entrada ainda ha saldo de 3 unidades no estoque. » Do dia 17 = 13 unidades, A tiltima entrada no estoque, de 12 unidades, ocorrida no dia 15, é insuficiente Nesse caso, utiliza-se toda a tiltima entrada e complementa-se com o saldo da entrada anterior. Assim, temos 12u_ $160,00= $ 1.92000 tux $150,00= _$150,00 ¥u '$2.070,00 Observagao: Da entrada do dia 10 ainda ha saldo de 2 unidades no estoque, » Do dia 28 = 9 unidades. A iiltima entrada no estoque, de 8 unidades, ocorrida no dia 25, é insuficiente, Nese 480, utiliza-se toda a tiltima entrada e complementa-se com o saldo da entrada anterior que ainda tiver saldo, nesse caso, a entrada do dia 10. Assim, temos: 8u x $170,00= $1,360.00 tu x $160,00= _ $ 150,00 ou $1,510.00 Observagio: Da entrada do dia 10 ainda hé saldo de 1 unidade, que corresponde exatamente ao saldo final de estoque. 28 Custos EPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) Assim como 0 UEPS, esse método também ¢ aplicdvel a itens de estoque com pouca movimentagao de entradas ¢ saidas; entretanto, os custos apropriados aos produtos si0 ‘0s mais antigos. E como se, fisicamente, o consumo do estoque se desse da entrada mais antiga para a mais recente. Com isso, é necessrio controlar o saldo de cada entrada. As compras mais antigas provavelmente foram efetuadas a valores mais baixos, 0 que contribui para reduzir o custo dos produtos e, conseqiientemente, aumentar o lucro da empresa. © PEPS € aceito pelo Fisco no Brasil. Considerando a movimentagio de entradas e saidas do estoque, temos: Estoque minimo: Estoque miximo: Localizagio no estoque: DOCUMENTO ‘SALDO “ipo | Wimero Casto oa Casto médio NF [11598 RM] 159, $ 106000, Ne | 20509 RM | 205; $2080.00 Ne | 25055 ru [250 $1510.00, Valorizagao das requisigoes > Dodia 12 = 7 unidades. ssa RM foi valorizada utilizando-se a entrada no estoque do dia 10, a primeira entrada ocorrida antes da requisicao, uma vez que ela tem quantidade suficiente, Assim, temos: 7u x $ 150.00/u = $1.050,00 Observagio: Dessa entrada do dia 10 ainda ha saldo de 3 unidades no estoque. » Do dia 17 = 13 unidades. Essa requisicio é valorizada considerando o saldo de estoque da entrada do dia 10, complementado com a entrada posterior, Assim, temos: Sux $150,00= — § 450,00 10ux $160,00= $1,600, 13u '$2.050,00, Observasio: Da entrada do dia 15 ainda ha saldo de 2 unidades no estoque. Capitulo 2 Custeio por absorcio 29 » Do dia 28 = 9 unidades, Essa requisigao é valorizada considerando o saldo de estoque da entrada do dia 15, complementado com a entrada posterior. Assim, temos: $320.00 $1.190,00 $1,510.00 Observacao: Da entrada do dia 25 ainda ha saldo de 1 unidade, que corresponde exatamente ao saldo final de estoque. Custo méaio ponderado mével Quando se utiliza esse método, nao é necessario controlar cada entrada no estoque, como ocorre quando sao empregados os métodos UEPS e PEPS, pois as requisigdes si0 valorizadas pelo custo médio existente no momento da retirada de material do estoque. E recomendado para itens de estoque com grande movimentacio, Nesse método é feito um controle permanente do estoque. A cada nova entrada, apuram-se os saldos em valor ¢ em quantidade, calculando-se 0 custo médio unitirio. Considerando a movimentagao de entradas e saidas do estoque, temos: "IGHADE CONTROLE DE ESTOQUE Matera: Estoque mimo: Estoque mixino: Codigo: Localzagto no estoque: | Principals fornecedores: ia | DOCUMENTO ENTRADAS: SAIDAS SALDO Tpo | Numero Casio | Casto oa Casto | Cust total Casto | Casto total nto médo Ne [11598 $150.00 | 1.50000, $ 15000] $ 1.50000 189 I $ 18000] $1080.00 $150.00] $4500 NF | 2050 [$160.00] $1920.00 5 153.00] $2.37000 206 = 13 [$1880] $2058 00 5 15300] $31600 NF [25085 5 17090 | +.360 00 5 16760| $167600 RM | 280 5 16780] § 1508.40 516760] _$ 167.60 Valorizagao das requisicoes As requisigdes sao valorizadas pelo custo médio do saldo de estoque do dia de sua emissao. » Do dia 12 =7 unidades. Essa RM foi valorizada pelo custo médio de estoque do dia da requisigio. Cada unidade do saldo de estoque custava $ 150,00. Assim, temos: 7u x $ 180,00 = $ 1.050,00 30 Custos No dia 15 houve uma nova entrada, modificando o custo unitério do estoque, que servird de base para valorizar a proxima requisigao. » Do dia 17 = 13 unidades. Essa RM foi valorizada pelo custo médio do estoque do dia da requisicio. Assim, temos: 13u x $158.00 = $2.054,00 No dia 25 houve uma nova entrada, modificando © custo unitério do estoque, que servird de base para valorizar a préxima requisicao. » Do dia 28 = 9 unidades. Fssa RM fol valorizada pelo custo médio do estoque do dia da requis temos: 9u x $167.60 = $ 1.50840 Observacdo: Pelos trés métodos apresentados, 0 custo da requisiggo do dia 12 foi Sltinnm enrages Poraue a disponibilidade mo stoque era, a0 mesmo tempo, « tilkima entrada, a primeira entrada e o saldo, 228> Requisigéo de material A requisi¢éo de material (RM) tirar material do estoque. Na RM, o solicitante in a descricio do material, 0 c6digo, i pois entrega a requisi¢ao ao almoxarife, que retira © material solicitado. A saida do material é registrada na ficha de controle de estoque. Segue um modelo de requisigio de material, _ nA Ty Céaig: Dette” Quand Cust unit Casto ca Viste: Soltante_ "Nese espagonfca-se onde o material sed uiado. Se or malarial deta, deve. Se indaro reduto en qu sere empregado. Nos demas casos, dover idea os ‘epartamenios ou contos de custos, Capitulo 2 Custeio por absoreio 31 <225> Sobras de material Na produgao pode haver sobras de material decorrentes de: > Material requisitado em excesso: so sobras que podem resultar de erros de céleulo da quantidade de material necessaria para a producao ou que ocorrem em con- seqiiéncia da precaugao dos funciondrios da fabrica, para evitar que um material com saldo baixo de estoque seja requisitado para outro produto. Devolve-se a sobra ao estoque, creditando-se o produto e debitando-se 0 estoque. Material requisitado indevidamente: nesse caso, basta devolver o material a0 estoque, creditando o produto e debitando 0 estoque. Compra de seguranca: é considerada uma reserva técnica feita para evitar inter- Fupgées na producdo, caso ocorra defeito, quebra ou outro tipo de problema com ‘© material no momento do uso. Adquirem-se unidades a mais de um material para determinado produto, a titulo de segurana; entao requisita-se o lote comprado, apropriando seu custo ao produto. Caso nao haja problemas, as unidades nao utilizadas permanecem no estoque com custo zero, integrando um grupo de sobras eventualmente aproveitaveis, ou tém outro destino, como, por exemplo, entrega ao cliente como material sobressalente. Caso seja requisitada quantidade de material superior & necesséria, 0 excesso deve ser devolvido ao estoque pelo mesmo custo da requisicao, de acordo com o método de avaliagdo empregado. <228> Administragao de materiais Em algumas empresas, aos custos dos materiais requisitados do estoque sao somados 08 custos de administracao de materiais. A administracao de materiais compreende os departamentos de compras, recepcao e estocagem Para exemplificar, verifica-se 0 custo desses departamentos ¢ 0 dos materiais re quisitados em determinado periodo. Depois, divide-se 0 custo dos departamentos pelo custo dos materiais para obter a taxa de administtagéo. Multiplicando o custo de eada requisigao por essa taxa, tem-se o custo a ser absorvido pelos materiais requisitados. Entao, somando o custo da requisicao ¢ 0 custo resultante da aplicagao da taxa, tem-se 0 custo do material, 723% a . SDs M&o-de-obra direta A mio-de-obra direta diz respeito aos funcionérios que atuam diretamente na trans- formagio da matéria-prima em produto. No entanto, o custo que esses funcionarios representam nao pode ser tratado como custo direto sem que antes se analise seu trabalho € se exerca um controle sobre as horas trabalhadas. Amio-de-obra direta pode trabalhar na fabricagao do produto ou, temporariamente, executar outras atividades. Pode até mesmo ficar improdutiva por falta de energia elétrica, falta de matéria-prima, por causa de uma maquina quebrada etc. No entanto, somente © tempo trabalhado ¢ apontado no produto é considerado custo direto. O tempo em que 0s funciondrios nao trabalharam nele constitui um, custo que, para ser absorvido pela produgao, deve ser agrupado nos custos indiretos de fabricagao. 32» Custos Quando a mao-de-obra direta nao cfetua 0 apontamento das horas trabalhadas nos Produtos, seu custo deixa de ser considerado direto ¢ é apropriado nesses produtos por rateio. A principio, poderiamos pensar que 0 custo da mao-de-obra dircta corresponde a [ilorizasdo das horas apontadas nos productos, tendo como base o saldvio tone io, funcionarios. Assim, se um soldador cujo salério € de $ 4,00 por hora apontasse 3h de atividades no produto X, o custo da mao-de-obra direta seria, 3h $ 4.00% = § 12,00 Agindo dessa maneira, estariamos considerando: ™ auc 0 custo da mio-de-obra direta refere-se somente a0s saldrios dos funcio narios; Fd esse custo refere-se somente &s horas apontadas mos dias em que os funcio- nacios comparecem 4 empresa. Portanco, estarlamos desconsiderando os encargos sociaisetrabalhstas gerados pela mao-de-obra: Alem das horas trabalhadas, os funcionérios reeebem pelos domingos ¢ feriados, tém faltas que podem ser justificadas abonadas etc, >» Os funcionarios recebem da empresa outros tipos de remunerasio: férias, abono sobre as férias, 13° salar » Ha também a contribuigao da empresa ao INSS ¢ ao FGTS. Portanto, o custo da mao-de-obra corresponde 20s salarios dos funcionirios acres- cidos dos encargos sociaise trabalhistas. No caso de um funcionitio hosiees o eats corresponde as horas registradas no de presenca, ou seja, sio as horas Sta remuneragio jd contempla domingos como encargos, mas como salario. Eneargos sociais e trabalhistas Os encargos sociais trabalhistas correspondem aos gastos da empresa com o fun- ciondrio além do saldrio. Trata-se de conquistas asseguradas por lei, provenicnes tc acordo sindical ou negociagio com a prépria empresa. AAlguns encargos s40 pagos em determinada época do ano, como 0 13* salério c as férias, ou em situagoes especificas, como a multa do FGTS, que deve ser aga em casos de dispensa sem justa causa. os meses em que ocorrem (Veja as segdes 2.4. deve-se desenvolver uma tabela de encargos soci Persentual de encargos aplicdvel aos salarios que constam da folha de pagamento, dc modo a nivelar o custo da mao-de-obra durante 0 ano, A Segui apresentamos duas tabelas de encargos. Ua delas éaplicavel aos saldrios dos horistas, ea outra, aos salérios dos mensalistas. Nelas nao canara ‘encargos re- Capftulo 2 - Custeio por absorgio 33 sultantes de negociagdes coletivas com sindicatos de classe ou com a empresa (veja a Secdo 2.3.4). Nessas tabelas apresentamos os encargos basicos e os critérios utilizados para calcular cada um deles. E preciso lembrar que, para aplicar essas tabelas em uma empresa, é necessério ade- qué-las as legislacdes trabalhista, previdenciaria e tributaria, pois 0 objetivo deste livro € apenas oferecer um roteiro basico para o calculo dos principais encargos incidentes sobre a mao-de-obra. Para comecar a desenvolver esse assunto, vamos falar em folha de pagamentos, sa- Larios e encargos sociais ¢ trabalhistas. Lembramos que na folha de pagamentos estio discriminados os salarios e os encargos que integram 0 Grupo B; os percentuais de en- cargos obtidos pelas tabelas sao aplicados somente sobre os salatios constantes da folha de pagamentos. Nas tabelas, os encargos s4o agrupados da seguinte maneira: * Grupo A; compreende as contribuigdes fixas mensais incidentes sobre a folha de pagamentos. Essas contribuigdes também incidem sobre os encargos do Grupo B, que integram a folha de pagamentos. Essa incidéncia cumulativa esté demons- trada na linha 18 da tabela. (Observacao: As contribuigdes a0 INSS, deduzidas dos saldrios dos funcionarios pelas empresas, nao constituem custos para elas e, Portanto, nao integram a tabela de encargos.) Grupo B: compreende os encargos que integram a remuneragdo da mao-de-obra € estio incluidos na folha de pagamentos, sofrendo, portanto, a taxagio dos encargos do Grupo A. Grupo C: compreende as obrigac6es trabalhistas que nao incidem sobre outros encargos, nem sao influenciadas por eles, ou seja, nao influenciam nem sao in- fluenciadas pelos encargos dos demais grupos. Veja nas tabelas a seguir os encargos para funcionédrios horistas e mensalistas, res- pectivamente. = __ENCARGOS PARA FUNCIONAR(S HORISTAS re DISCRIMINAGAO (GRUPOS A QUE PERTENCEM a 8 18S ‘00 "2. SES| SESC 00160 3 SENAY SENAC ‘ao100 ‘jonza ‘5. SEBRAE 0.0060 [esalaRioEpucAGAO siden 80 7. SAT-— SEGURO AGIDENTE DE TRABALHO (nda) 00200 aFGTS 3088 .DSR-— DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 10, ERAS + 1906 FERIAS 11, FERIADOS (continua) (continuacao) 12. AVISO PREVIO {3:AUXILIODOENGA 141 SALARIO 15. FALTAS ABONADAS 16. DEPOSITO FGTS —DISPENSA SEM JUSTACAUSA ‘7. TOTAL PARGIAL 1 INCIDENCIAS CUMULATIVAS (Grpo A Gripo 8) 19, TOTAL DOS ENCARGOS 20, PERCENTUAL encargos DISCRIMINAGAD Obseracéo: Para se ater 0 custo da mdo-e-obra hort, deve-eacresoer a slosh. 108 17.00% referees 20s 1.INSS 2.SES| SEC 'S'SENAL SENAC "EINGRA 5. SEBRAE 6. SALARIO-EDUCAGAO 7. SAT — SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO (midi) 8 FoTS 8 DSR-— DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 10. FERIAS + 113DE FERIAS “1. FERIADOS S2.AVISOPREVIO 0.0840) ‘3: AUXILIO-DOENGA 3.0009 1419" SALARIO 00809 15. FALTAS ABONADAS 0100 16. DEPOSITO FGTS — DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 17. TOTALPARCIAL 03070 18, NCIDENCIAS CUMULATIVAS (Grupo Ax Grupo B) ont 18, TOTAL 008 ENCARGOS 07984 20. PERCENTUAL 798% Observaéo: Para se obtero custo da mdo-de-obra mensala, encargs. doves aresce 0 salrio.mds 08 7.81% referees aos Capitulo 2 Custeio por absorcio 35 A seguir, vamos esclarecer como os percentuais de cada encargo sao determinados. Grupo A Nesse grupo, os percentuais sio fixados por lei para os encargos discriminados nas linhas 1.2 8. Grupo B Para os calculos dos encargos desse grupo, consideramos 276 dias produtivos a0 ano, assim calculados: Dias do ano 365 dias, Domingos. 52 dias Feriados. 11 dias Férias 26 dias Utels* 276 dias produtivos * Consderamos 26 cas de fries, porque quatodomingosj esto ncids no nimero total de doings no ano. > Linha 9 ~ DSR (descanso semanal remunerado); considerados 52 domingos para 276 dias produtivos. S288 — 0.1804 276 dias > Linha 10 ~ Férias + 1/3 de férias: © De horistas: As férias sao fixadas em trinta dias corridos. Excluindo-se os domingos (que jé foram considerados no calculo do DSR, linha 9), temos 26 dias titeis. Como a remuneragdo das férias é um tergo maior que a remuneracao normal, temos de consideré-la no célculo desse encargo. Esse adicional incide sobre os 30 dias de férias, { 26dias [1 s0¢ias ]) * De mensalistas: {_1mes a | 17 meses » Linha 11 - Feriados: compreende os feriados nacionais, estaduais e municipais, além dos dias santos. 11 dias 276 dias 0.0399 » Linha 12 - Aviso prévio: corresponde 4 trinta dias de remuneragao, podendo ser cumprido ou nao. Para determinar seu percentual, deve-se recorret ao hist6rico de avisos prévios da empresa. 36 © Custos * Aviso prévio nao trabalhado: o funciondrio € dispensado do trabalho nesse periodo. Assim, deixa de comparecer a empresa 25 dias: 30 dias —(4 domingos + 1 feriado), considerando-se que haja um feriado nesse intervalo. 25.48 5 0506 276 dias * Aviso prévio trabalhado: o funcionério trabalha 25 dias nesse periodo, podendo se ausentar do trabalho duas horas por dia. Horas dias nfo trabathadas. Dias de aviso prévio a \Jormaca de trabalho (44 h semanals + 6 dias) Dias trabalhados no ano, ‘Célculo[(2 x 25) + (7:33 x 276)] = 0.0247 * Ponderagao: considerando que 90% dos funcionarios demitidos nao trabalhem durante 0 aviso prévio e que 10% trabalhem nesse periodo, temos: [(0.90 x 0,0906) + (0,10 x 0,0247)] = 0,0840 » Lina 13 ~ Auxilio-doenga: este encargo representa 0s quinze primeiros dias de licenga, que sio pagos pelo empregador, Caso 0 afastamento seja por um tempo maior, sera custeado pelo INSS. Considerando que a média dos funcionaries que recorrem a essa licenga & de 20% para horistas e de 2% para mensalistas, temos: * Calculo dos horistas: 1Sdias 276 dias x 20% = 0.0109 * Calculo dos mensalistas: 15ias 2% = 0,009 330 dias Linha 14 ~ 13° salério: corresponde a remuneragdo de 220 horas para horistas ¢ de 30 dias para mensalistas. * Horistas: S0as a soar, 276 dias (+ 220 horas + 7,83 Nia = 90 as) ‘+ Mensalistas: Capitulo 2~Custeio por absorcio 37 » Linha 15 ~ Faltas abonadas: correspondem aos dias em que os funciondrios nao comparecem a empresa, quer por motivos legais (para tirar titulo de eleitor, para doar sangue, para 0 alistamento militar etc.), quer por motivos pessoais (para acom- panhar um familiar a0 médico etc.), que sao justificados ¢ abonados pela empresa. Consideramos que as faltas abonadas representam 1,5% dos dias produtivos para 0s horistas ¢ 1% para os mensalistas. Grupo C Esse grupo compreende 50% de multa sobre o valor depositado no FGTS, a qual devera ser paga quando houver rescisio do contrato de trabalho sem justa causa (a multa € fixada em legislagao). » Linha 16 ~Depésito do FGTS por rescisio motivada por dispensa sem justa causa: vamos supot que, das demisses, 30% ocorram sem justa causa. Nesse caso, 0 célculo sera 8.5% de FGTS x (1 + total do Grupo B) x 50% © Horistas: 0,085 x 1,573 x 0,80 = 0,0670 0,30 x 0,0670 = 0.0201 © Mensalistas: 0,085 X 1,3070 x 0,50 = 0,0555 0,90 x 0,0555 = 0.0167 Linha 17 ~ Incidéncias cumulativas: os encargos do Grupo A sio aplicados sobre a remuneragao do funcionArio, Como 0s encargos do Grupo B integram essa remu- neragdo, sio taxados pelos encargos do Grupo A; dai célculo dessas incidéncias cumulativas. Céiculo simplificado dos encargos Uma alternativa simplificada para a tabela de encargos consiste em determinar 0 montante de encargos pagos por uma empresa para manter um funcionario. A seguit utilizaremos como exemplo a situagio hipotética para um funcionério horista. nsideremos um funciondrio contratado com salario de $ 5,00 por hora para cum- prir uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Durante um ano, ele tera custado $ 20.232,94 a empresa, se registrar presenca por 2.023 horas, 0 que resultaré em um custo de $ 10,00 por hora. Nesse custo-hora, os encargos representarao $ 5,00 ou 100% dos sal calculados: Custo-hora $ 10,00 ()_Salario-hora $5.00 (=) Encargos $5.00 Seu percentual sera de 100%, assim calculado: Encargos _ $5.00 _ 4.9090 —> 100% Salério ~ $5,00 38m Custos Esse percentual ¢ inferior ao calculado de acordo com a tabela, pois em seu calculo nao foram considerados alguns encargos do Grupo B, como aviso prévio, auxilio-doenga ¢ faltas abonadas, nem a incidéncia dos encargos do Grupo A ou mesmo 0 encargo do Grupo C. Para chegar a esses resultados, consideramos: 1, Dias em que o funcionario compareceu ao trabalho durante 0 ano: Dias do ano... Domingos. 2. Jornada de trabalho: 44 horas semanais dias 3. Salirios: 276 dias x 7,33 Nida x $5,00 por hora, 220 horas x § 5,00 = $ 1.100,00 5. Abono de férias: 118 de $ 1.100,00 = $ 366,67 139 salério: 220 horas x § 5,00 = $ 1.100,00 7. Domingos e feriados: (48 dias + 11 dias) x 7:39 hid x $ 5,00 = $2162.95 8. Total da remuneragao anual = § 14.844,42. 9. Contribuigdes fixadas em leis (Grupo A da tabela): (S 14.944,42 x 0,9680) = $5.988,52 10. Custo anual = $ 20.232,94. entra owt a0 pe ativic 0 gistr de fo Capitulo 2-Custeio por absorgio 39 11. Total de horas comparecidas no ano = (1 x 2) = 2.023 h. 12, Custo-hora (10 + 11) = $ 10,00 por hora. <232> Jornada de trabalho e apontamento de horas Os funcionérios registram diariamente sua presenga na empresa, indicando a hora da entrada ¢ a hora da saida por meio de cartio de ponto, livro de ponto, cartao magnético ow outro dispositive. As horas que compdem essa jornada de trabalho correspondem a0 periodo em que os funcionarios ficaram a disposicdo da empresa para executar suas atividades. Esses registros servem de base para 0 caleulo da folha de pagamentos. Os funcionarios que compdem o grupo da mao-de-obra direta também fazem o re- aistro das atividades didrias no boletim de apontamento de producio ou em outro tipo de formulario, para efeito de controle ¢ calculo do custo direto da mao-de-obra. SORE ANIO EF 2 - Cento de casos” Data Nome do funcionsi: Regist: DDURAGAO DA ATDADE 60160 wwicio TéRMNO | NeDEHORAS TOTAL: Horas improduvas 1. Fala de erga etca 2, Fata de matiri-prira 5. Fata de ramen 7 Fla oem | 5. Maquina em manutenga0 Oss nas Vitor Funciond: Superior: * O-cento de custos 6 un Stor ou un department Nesse boletim de apontamento de producao, que é diario e individual, so apontadas as horas produtivas € as horas improdutivas. Processando-se todos os boletins do més de cada centro de custos, obtém-se a. As horas de mao-de-obra direta apontadas por produto (horas produtivas) b. O total de horas improdutivas. Com o acompanhamento dessas horas, é possivel 40 & Custos tletectar possiveis anormalidades ¢levar & tomada de decisdes para co igir 0 que for necessario, Os apontamentos podem ser feitos como hora-homem (HH) ou hora-méquina (HM): Quando as atividades sio executadas manual e individualmente (pintura, mos- fagem de uma cadeira etc.), 0 apontamento ¢ hora-homem (HF ” Quando as atividades sio executadas com 0 ausilio de uma méquina (a coscura de uma calga, por exemplo), se 0 homem para, a maquina tambery parar4; por isso, 0 apontamento é hora-homem (HH). > Quando uma equipe de duas ou mais pessoas opera a mesma maquina, por Fremplo, um torno em que trabalham o torneiro eo ajudante, oapomaments & hora-méquina (HM). Tempo ocioso “azmPo ocioso corresponde as horas ndo trabalhadas em decorréncia de motives ave jgeem a normalidade da empress, como falta de produeSoygreves ou acdenrcs nog Paralisem a producao. O custo correspondente a esse tempo deve ser tratado como ‘custo do periodo, indo diretamente para o resultado do exercicio, 23 Outros gastos com a mao-de-obra Além dos salarios ¢ dos encargos discriminados nas tabelas das Paginas 33 © 34, as seguro, areal tém outros gastos com os funcionéris, como alimentacio, transpovce Seguro, assisténcia médica etc., que representam gastos fixos mensais ¢ no proporcio- Sais a0s saldrios. Esses gastos costumam ser agrupados aos custos indirerec para rateio 4 produgao. <235> Exemplo resolvido JYsmn0s supor que no departamento de pintura haja 5 funcionétios diretos com jor: nada de trabalho de 44 horas semanais. O salério de cada um é de § 5,00 por hora. Os howe | qaoxitis ¢ trabalhistas correspondem a 117% dos saldrios. No més de junho houve 4 domingos ¢ 4 feriado (que caiu em uma quarta-feira), Ura dos funcionarios faltou 2 dias, que foram justificados e abonados. 1. Cilculo dos dias de trabalho no més: os funcionérios que nao fataram Do funciondrio que fatou 2 dias 30 dias 90 dias © 4 domingos © 4 domingos (©) 1 Yeriado Ot eriade (=) 25 dias itis © 2 taltas (=) 29 dias itols estio as Capitulo 2 Custeio por absorgio 41 2. Calculo da jornada diria: ‘44 horas semanais 6 dias 3. Calculo das horas disponiveis para o trabalho, conforme cartées de ponto: ‘Dos funcionérios que nao faltaram Do funcionéiio que faltou 2 dias 25 dias itois 23 dias Gteis (9) 7.88 hidia () 7.88 hidia (=) 189,25 nymés (=) 168,59 hiaia (6) 4funcionérios (6) 1 funciona 733,00 horas disponivels para o trabalho’ (=) 168,59 horas disponivels para o trabalho Os 5 funciondrios disponibilizaram para o trabalho 901,59 horas no més (733,00 h + 168,59 h). 4, Apontamento de horas: Conforme os boletins de apontamento de produgdo, as 901,59 horas disponiveis estdo assim distribuidas: Produtos Tempo total 12900 270,00 225,00 210,00h ‘Total de horas produtivas. a 825,00h Horas improdutivas. 7659 Total de horas apontadas 901,59 5. Calculo do salario mensal do departamento: {901,59 horas disponivels,conforme céloulos apresentados no item 3 (4) $5.00 salério-no (=) $4507.95 selario-més do departamento 6. Calculo dos encargos sociais ¢ trabalhistas: $ 4.507,95 de salérios (40_117% (pereontual dos encargos — ver abla de horistas) (=) $5:27430 de encargos 7. Calculo do custo da mio-de-obra do departamento: $ 4.50795 de salts (=) $.9.782,25 de custo da milo-de-obea 42m Custos 8. Cilculo do custo-hora da mio-de-obra do departamento: $9,782.25 de custo ~ $19,557 901,59 horas disponivels 9. Custo direto da mao-de-obra direta: 825.0 horas produtivas 8 10.85% $ 8,951.25 de custo 10. Custo do tempo improdutivo da mao-de-obra direta: 76,59 horas improdutivas ()_$ 10.85% (=), $ 881,00 de Gusto custo da mao-de-obra direta dos produtos sera: 1200 $1085 $1302.00 zon $290850 250h S245 2100 ‘$277850 Total #250 $8951 Apropriando aos produtos os custos acima, deixa-se de apropriar o custo das horas improdutivas, isso porque somente esses custos s4o considerados custo direto da mao- de-obra direta, em virtude do apontamento das horas neles efetuadas, As horas improdutivas nao tém identificagao direta com os produtos, mas seu custo deve ser apropriado a eles, nesse caso, de forma indireta. © custo de $ 831,00 sera langado no mapa de custos indiretos de fabricagao no respectivo departamento, para Posterior rateio aos produtos.* Esse assunto sera tratado na Se¢ao 2.4.4. ec Custos indiretos de fabricagao Os custos indiretos de fabricagio compreendem um grupo de elementos cujo consu- mo ndo € quantificado nos produtos; por isso, eles so apropriados aos produtos por meio de rateios. Com excecao da matéria-prima e da mao-de-obra direta, quase todos 08 Outros custos sao tratados como custos indiretos. no Sri os mesmos e a bas de ratelo dos cusiosindelos do departamentafosse ua, Como os quis ou merce or ele processados. No entarto,¢pretera fazer o‘cdlculo do custo da horas improdutvas para que seraprosa we S2u custo @ tome provinces. Caso vena a absorver © custo das horas inprodutvas pelea hores prodaras come escrito anterorment,o custo-nora ster osclapbes do um perogo pars oUvo se volume de ores mprocutvas nas for constant, empre Como, podem nao ca nos cu Ad utiliza rios. T indepe subava minim Par de con presa: quantc Em Capitulo 2 ~Custeio por absorgio 43 Hoje em dia, observa-se uma reducio gradativa da participagao do custo da mao- de-obra direta e um aumento da participagio dos custos indiretos no custo total de uma empresa em decorréncia de novos métodos de producao ¢ do avango da tecnologia. Como, em geral, os custos indiretos so rateados com base na mao-de-obra diret: podem ocorrer distorgdes sérias nos custos dos produtos. No entanto, essa situacao nao causa grandes problemas quando a mao-de-obra direta tem participacao relevante os custos totais. Apresentamos uma nova abordagem sobre a apropriagio dos custos indiretos no Capitulo 4: 0 custeio ABC, ou activity-based costing, que representa uma alternativa para apropriagao desses custos ao considerar intimeras bases de alocagio. <247> Composic¢ao dos custos indiretos de fabricagao Podemos dividir os custos indiretos em trés grupos: 1. Materiais indiretos: correspondem aos materiais auxiliares empregados no pro- cesso de producio e que nao integram fisicamente os produtos, ¢ aos materiais, diretos, cujo consumo nao pode ser quantificado nos produtos. Mio-de-obra indireta: corresponde a mao-de-obra que nao trabalha diretamente na transformacao da matéria-prima em produto, ou cujo tempo gasto na fabri cacao dos produtos nao pode ser determinado. |. Outros custos indiretos: so os demais custos indiretos incorridos na fabrica, cujo consumo nao pode ser quantificado nos produtos. <242> Dificuldades para estabelecer as bases de rateio A dificuldade em apropriar custos indiretos reside na definicao da base de rateio a ser utilizada, pois essa é uma tarefa que geralmente envolve aspectos subjetivos e arbitra- rios. Tendo em vista que o montante dos custos indiretos sera absorvido pela producao independentemente da base que venha a ser empregada, alguns produtos podem set subavaliados, e outros, superavaliados. Portanto, o que se busca ao definir uma base é minimizar tais distorgdes. Para que se possa entender melhor essa situa¢20, vamos analisar um exemplo simples de como o custo da energia elétrica pode ser apropriado aos trés produtos de uma em- presa: X, Y ¢ Z. Supondo-se que 0 valor da conta de energia elétrica seja de $ 1.500,00, quanto caberia a cada um dos produtos? Em primeiro lugar, podemos dividir a conta em trés partes iguais: $1500.09 5 50,00 por Gada i Soe proton Nessa divisdo nao se levaram em consideragdo as quantidades fabricadas de cada uum, 0 que, por certo, determinaria uma melhor apropriacao. Ao fazer um levantamento do volume de produgio, constatamos que foi de 310 unidades, assim distribuidas: Produto X = 10 unidades Produto ¥ = 100 unidades Produto Z = 200 unidades 44° © Custos Considerando esse volume de produgio como base de rateio, © custo da energia létrica seria: $1500.00 _ § 4.60871 por unidade 310 Produto X = 10 unidades x $ 4/89671/u = $ 48,39 Produto Y = 100 unidades x § 489671/u = § 483,87 Produto 2 = 200 unidades x § 4,89671/u = $ 967,74 ‘Teoricamente, o resultado acima é melhor que o anteriog, por levar em consideragio quantidade fabricada, ou seja, o produto fabricado em maior escala deveria absorser a maior parcela do'eusto. No entanto, podemos spor por exemplo, que o consumo sie fiarBia clétrca seja proporcional ao tempo de fabricagio. Nesse caso, o produto cvia fabricacio consumir mais tempo utilizaré mais maquinas €, consegiientemente, ters wea consumo de energia e um custo maiores, Considerando 0s tempos de fabricacao, temos: Produto X = 5 horas por unidade Produto Y = 4 horas por uniade Produto Z = 10 horas por unidade © ratcio do custo da energia elétrica ficaria mais complexo, pois teriamos de fazer alguns calculos: 1. Cileulo do tempo total de fabricacao: Total de horas 2. Cilculo da taxa-hora de energia elétrica: us 1.500 Custos de enersia__. § 1.500,00 = $061224 por hora Total de horas 2450h 3. Cileulo do custo da energia dos produtos: ‘0h $2061 «00h $244.90 pent 2.000» siz8 [Total de heres | 2460 $150,00 ¥sse tiltimo procedimento, mais trabalhoso, deve aproximar-se de um provével consumo de energia elétrica pelos produtos. Porém, outros procedimentos poderiam ser comic rados outra doen elétric ser ur custo colhei deve t calcul evita prod os de aproy lidad. depoi funci uma Capitulo 2 Custeio por absorcio 45 rados, como o rateio do custo da energia pelo peso das matérias-primas empregadas ou outra base que melhor representasse 0 consumo de energia elétrica. Um céleulo preciso do custo da energia apropriado aos produtos requereria instalar medidores de energia elétrica em cada maquina e controlar o consumo. Entao, a energia elétrica deixaria de ser um custo indireto e passaria a ser um custo direto. <243> Algumas bases de rateio mais comuns Qualquer base utilizada para ratear os custos indiretos possibilitaré a obtencio do custo dos produtos, No entanto, para no obter resultados distorcidos, é necessario es- colher essa base de modo coerente. Assim, preciso ter bem claro que a base empregada deve representar uma relagao légica de causa ¢ efeito, procurando aproximar-se do ‘custo perfeito" Na busca desse ‘custo perfeito’ podem ser utilizadas diversas bases de rateio, uma para cada conta de custos indiretos, bem como para os departamentos auxiliares (veja a Seco 2.4.4). Em geral, utilizam-se as seguintes bases para rateio a, area ocupada pelos departamentos para ratear custos com aluguel, depreciacio do prédio ¢ impostos prediais; b, poténcia instalada dos departamentos, em quilowatts-hora, Para ratear 0 custo da energia elétrica; ¢. ntimero de funciondrios para ratear os custos apropriados ao departamento de administragao geral da fabrica; d. niimero de requisigées de material para ratear 0s custos apropriados ao almoxa- rifado. Em um mapa de apropriacio dos custos indiretos tem-se uma visio mai como o problema dos rateios ¢ tratado. © modelo que mostraremos na Seg facilita a compreensao desse assunto. Ao definir as bases de ratcio dos custos indiretos de fabricacao, o responsivel pelo calculo dos custos deve ter em mente que essas bases precisam ser duradouras. Det evitar mudangas freqiientes, pois elas acabariam provocando flutuagdes nos custos dos produtos de um periodo para o outro, impossibilitando comparagdes ¢ confundindo 60s destinatarios dos resultados de custos, que nem sempre conhecem a sistemética de apropriagao. No entanto, caso seja necessério substituir a base de rateio em uso por outra mais adequada, 0 responsavel pelo calculo dos custos deve proceder a sua substituigao, efe- tuando observagées a respeito disso nos relatdrios de custos, para que 08 usuarios com- preendam os resultados em anélise, € refazer 0s célculos do periodo anterior utilizando a nova base, se possivel, de modo a permitir que os resultados sejam comparados. <244> Departamentalizagéo dos custos indiretos O modo como os custos indiretos sio apropriados tem importante papel na contabi- lidade de custos. Eles podem ser registrados acumulados em uma tinica conta, sendo depois rateados aos produtos por uma base adequada, ou entio, em uma perspectiva funcional, ser registrados ¢ acumulados nos departamentos. No primeiro caso ocorre uma distribuigio simplificada dos custos indiretos, enquanto no segundo caso ha uma 46 Custos distribuigio mais racional. Neste livro abordaremos a distribuigio dos custos indiretos por departamentalizacao. No organograma de uma empresa encontramos os departamentos, que compreendem 35 unidades operacionais,estruturadas para desenvolveratividades homoginees,¢ que sie constituldos por mao-de-obra, maquinas e equipamentos. Na pratica, ume departa- paral eae abrigar diversos setores, como éo caso do departamento de adminisiearso seral da fébrica do organogeama a seguir (Figura 2.2), FIGURA 2.2 RECURSOS HUMANOS PROCESSAMENTO, MARKETING} DE DADOS, | — _ATENDIMENTO CONTABILOADE J ‘AO CLIENTE | L _pepresenrantes J Em geral esses departamentos (e setores) so chamados de centros de custos, inde- Pendentemente de se referirem as divisdes de administragao, vendas ou fabrics Cont, etsio utilizada para designar areas de responsabilidade da empresa em que 0s custos ou despesas so acumulados. Para facilitar a acumulagio dos eustos ou despesas nos departamentos, estes costu- mam ser identificados por um niimero (ou ¢6digo), como na Figura 2.3, Com excegdo da matéria-prima, cujo custo ¢ identficado com 0 produto, os demais Gustos de uma empresa ocorrem nos departamentos, embora a matera-prims martha, inlicemsumida nos departamentos onde’ os produtos sia fabricados. Alguns custes indiretos so imediatamente identificados eom os departamentos, sendo registrados hes de mancira direta; sao os chamados custos prOprios das depurtamenios occ, ‘dentificados dos departamentos. Alguns exemplos desses custon caer 1». Mao-de-obra indireta;é possivel saber o custo de cada departamento observando a folha de pagamentos, Considera-se o montante de saldrios ¢ acresconean eno encargos sociais e trabalhistas, Ein liares e > Os. aos pre exempl Sempre pelo fa On Capitulo 2 ~Custeio por absorgio 47 > Depreciagao: 0 custo da depreciagao de cada departamento é identificado por meio do controle patrimonial dos equipamentos. > Materiais diversos (de escritério, higiene, limpeza ¢ auxiliares de produgio): 0 consumo de cada departamento ¢ identificado por meio das requisigdes emitidas. Outros custos estado relacionados a um conjunto de departamentos ¢ so considerados custos comuns, Sio exemplos de custos comuns: Energia elétrica (supondo-se nao haver um medidor de consumo em cada depar- tamento), > Agua (supondo-se no haver um hidrometro em cada departamento). > Telefone (supondo-se que haja uma central telefénica). FIGURA23 Z cc. 20100 6. 30.100 ccc. 40.100 cc. 20200 cc.30200 cc.40.10 0.20300 - cc. 3000 cc.40:120 LS 0.20400 cc. 30400 cc. 40200 cc. 40300 0.40400 co.msw L cc. 4.600, E importante separar os departamentos da divisio de fabrica em dois grupos: auxi- liares e produtivos (ou de producao). > Os departamentos auxiliares sio aqueles que nao trabalham os produtos, ser- vindo de apoio aos departamentos produtivos. Entre eles esto, por exemplo, a administragao geral da fabrica, o almoxarifado e o controle de qualidade. Os departamentos produtivos sao aqueles que trabalham os produtos, ou seja, estao diretamente envolvidos na fabricacao dos itens. Incluem, por exemplo, 0 departamento de usinagem, de montagem e 0 de pintura, Os custos indiretos apropriados aos departamentos produtivos podem ser rateados aos produtos sem muita dificuldade. Os custos do departamento de montagem, por ‘exemplo, podem ser rateados aos produtos com base nas horas dedicadas a monté-los. Sempre haver4 uma base que permita realizar o rateio dos departamentos produtivos, pelo fato de os produtos terem passado por eles. ‘© mesmo jé nao ocorre com os departamentos auxiliares, que nao trabalham os 48 © Custos Produtos, apenas auxiliam em sua fabricaco, Suas fungéesincluem gerenciar, planejar, acompanhar € controlar a producao; atender as necessidades de materiais dos diver ec Gepartamentos da empresa; inspecionar os produtos; realizar a manutencdo predial c das méquinas ete. Portanto, nao ha uma base de rateio para apropriagie dee encros dcsses departamentos aos produtos. Contudo, eles trabalham pata outros departamen, {0% POF iss0 seus custos podem ser transferidos para os departamentos bencficiados, Gm tm Proceso sucessivo de rateios que culmine com a apropriagio de seus custos ae departamentos produtivos. Assim, os departamentos produtivos, alem de seus cacioe ineazeros, recebem também os custos indiretos dos departamentos auxiliares. Depo, €8ses custos sio rateados aos produtos. A Figura 2.4 apresenta uma sintese geral da apropriagao dos custos, FIGURA 2.4 Para facilitar a a quadro a seguir, dutivos. Nesse [ ase de ratio 1. de ancionéros 2, Area ocupada (r) 3. Polina insta) | 4. Quantdade de aparstos de telefons q (continua) Susteio por absorgio 49 (continuagao) ( E-nede requisiges de raters ] [ 6. Horashomem (HH) 7. Horas-maquina (HM) 8. Horas 6 conte de qualdade (Custos proprios ou identiicados 9. Mao-de-bra nae (8) 10, Materias divers ($) 1. Depredarto () | 12, SUBTOTAL) Custos comuns 12. Energia lca) 14 Agua 8) 16, Tletone() 16: Auguel 6) 17. SUBTOTAL 6) 78. TOTAL DE CIF 00S DEPARTAMENTOS (8) Ratelo dos departamentos auxlares 79. Aarinisragio 1 geal 6) 20, Aemoxaad (8) 21.Corrle de usta (8) 22. TOTAL DE CIF DOS DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS (8) 72. Base de rata dos casos dos departaments rodutvos 24, TAXAS DE RATEIO (8) © mapa acima apresenta a seguinte estrutura: > Os departamentos estio separados em dois grupos: auxiliares ¢ produtivos. Em cada grupo temos de: ‘a. ordenar os departamentos auxiliares, posicionando a esquerda aqueles que mais prestam servigos; a direita devem ficar os departamentos beneficidrios {auxiliares ¢ produtivos), que, conseqiientemente, receberdo seus Custos; . ordenar os departamentos produtivos, preferencialmente de acordo com a seqiiéncia do proceso de fabricagao, embora isso nao modifique os custos finais E necessario identificar as bases de rateios que serio utilizadas para ratear os ccustos comuns, 0s departamentos auxiliares e os produtivos. Devem-se separar 0s custos indiretos em custos proprios (ou identificados) ¢ cus: tos comuns. Os custos proprios ou identificados so langados nos departamentos onde ocorreram. Os custos comuns, inicialmente, tém seus valores langados na coluna TOTAI eguida, sao rateados aos departamentos. 50» Custos Vejamos um exemplo. Vamos supor que na empresa fabricante dos produtos X, Y ¢ Z haja os seguintes departamentos (e atribuigoes): > Departamentos auxiliares: * Administragao geral da fabrica (AGF): abriga a diretoria fabril, 0 planejamen- to, a programacao e o controle da producdo, a engenharia industrial e outros departamentos administrativos da fabrica. * Almoxarifado: € 0 responsivel pela guarda de toda a matéria-prima e dos materiais consumidos na producao, tais como materiais de higiene, de limpeza ede escritério, * Controle de qualidade: é o responsével pela qualidade do produto final. > Departamentos produtivos: * Usinagem: executa os servigos de plaina, torno ¢ furagao de pecas. * Montagem: executa a montagem do produto conforme especificacics de en- genharia. * Pintura: execura a pintura conforme especificagdes de engenharia, O primeiro passo para elaborar 0 mapa de custos indiretos de fabricacao é ordenar 0s departamentos auxiliares, iniciando pelo que presta mais servigos aos demais departa- mentos; no caso, é a administragao geral da fabrica, que, no mapa, aparece em primeiro lugat. O almoxarifado € o segundo departamento que mais presta servigos, pois atende todos os outros. O controle de qualidade atua somente nos departamentos produtivos; nesse caso, é o departamento auxiliar posicionado mais pr6ximo dos departamentos produtivos. As bases de rateio so obtidas de diversas fontes: folha de pagamentos, engenha- ria, almoxarifado, apontamentos de horas etc. Os custos préprios ou identificados ¢ 0s custos comuns so levantados conforme registros contabeis e langados no mapa de Custos indiretos de fabricagao. No mapa a seguir, 0s custos proprios ou identificados estdo langados nos respectivos departamentos, nas linhas 9 a 11, € os custos comuns aparecem na coluna TOTAIS e nas linhas 13 a 16, Observe que as bases de rateio estio identificadas nas linhas 1 8. Base de ratio 1. Ne funcindios 2 Awa oupada nr) 400, 3. Poli instal A) 860 “4 Quanta de apareos de eeene 1 5 de requisites de materials 00 400 6 Horashomem (i) 1.000 7 Horas-maquina (3) 8 Horas de conrle de qualidade 2 (continua) Capitulo 2~Custeio por absorgio 51 (continuagao) Custos proprios ou identiicados 9. Mi dora indeeta (6) 120.000 0000 | 405.000 10, Matias diversas (6) 30.000 40.00 | 149370 | ‘1 Deprecario() 233000 7.000 | 46300 12 SUBTOTAL (8) 778000 7000 | 585.000 Custos comuns Bases d| ratio 13. Energia oica() 3 35.00 14 Reva 8) 2500 | 15, Tlfone @) 70000 16. Amiel 6) 100.000 17. SUBTOTAL (S) 147500 18, TOTAL OE CIF DOS DEPARTAMENTOS () 742500 Ratolo dos departamentos auxiiares 19: Aainiragio geral(s) 1 20, Amoxarado (8) 5 21. Controle de qualiace (8) 8 22. TOTAL DE CiF DOS DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS (8) 23, Base de rateio dos cxsios dos deparamerios rodulves 26. TAXAS DE RATEIO (8) Os custos proprios ou identificados considerados nese exemplo sio: > Mao-de-obra indireta: refere-se aos salérios e encargos dos funciondrios classificados como indiretos. Aos salirios obtidos na folha de pagamentos sao acrescidos os encargos sociais e trabalhistas. Na administragao geral da fabrica, 0 custo dessa mao-de-obra é composto de gerentes, secretarias, planejadores e engenheiros; no almoxarifado, de almoxarifes e auxiliares; no controle de qualidade, de inspeto- res ¢ técnicos; na usinagem, de mestres e ajudantes; na montagem, de mestres ajudantes; na pintura, de mestres e ajudantes. Materiais diversos: so as requisigbes de materiais de escrit6rio, de higiene, de limpeza e auxiliares de producao emitidas pelos departamentos. Depreciacao: corresponde a depreciagaio do ativo imobilizado, conforme registros nna contabilidade. Os custos comuns considerados foram: > Energia elétrica: é um custo comum a todos os departamentos da empresa. No exem- plo, seu rateio sera feito com base na poténcia instalada de cada departamento, » Agua: também € um custo comum, cujo rateio, nese exemplo, serd feito com base no mimero de funcionarios de cada departamento (consideraremos aqui que a agua nao € utilizada no processo de fabricagao, na limpeza de pecas ou no resfriamento de equipamentos, por exemplo). 52 Custos » ‘Telefone: no exemplo, o rateio serd feito em fungao do niimero de aparelhos instalados (consideraremos uma nica central telefonica para a empresa toda). » Aluguel: 0 rateio ser4 feito em funcao da area ocupada pelos departamentos. Nos calculos, demonstramos os rateios dos custos comuns efetuados de acordo com as bases indicadas no mapa. No caso da energia elétrica, utilizamos a base de rateio mimero 3 (poténcia instalada). Dividimos o custo da energia pela poténcia total, obtendo a taxa de rateio. Multiplicando essa taxa pela poténcia de cada departamento, encontramos a parcela do custo da energia que Ihe cabe. © processo se repete para cada um dos custos comuns, que sio divididos pelas respectivas bases. 21, Conta qualidade ( 22. TOTAL BB Base de 24. TAXAS O prs regras de recebe ct teremos valores ¢ 1. Nedetinctondios 2. Area ocupada (mn) Ponta 480 1.Ne de “4. Quantidade de aparos de eleone 2 rea oo 5. Nede requisiges de mteriis 6: Horas-hamem (HH) 7: Horas-rquina (HM) 3. Patenek 4 Quant tweone € Hors de canle de qsidade Custos préprios ou idetifados 8 Modo inet) 10. Matra cversos 8) “1, Depreiaao() 5.Ndere "12, SUBTOTAL (S) ‘Custos comuns 11. Dope 12 SUBT 18. Energia etica (8) 8500 Custos © hg 8) 20 16: Tlf () 1.000 16.Auguel (6) 7o.000| 17, SUBTOTAL (6) 10750 18, TOTAL DE CiF 00S "16750 DEPARTAMENTOS (6) 16. Alou Reteio dos departamentos auxilares| "7.8081 18: Adminragso 7 geri 6) ‘e107 DEPART 20, Amoartado (8) (continua) [ Ratio Capitulo 2~Custeio por absorgio 53 (continuagao) 21, Conte de qualidade (6) 22, TOTAL DE CiF DOS DEPARTANENTOS PRODUTIVOS (8) 23, Base de rallo dos cisos dos departamenios produtvos [247aKAS DE RATEIO §) O préximo passo serd efetuar 0 rateio dos departamentos auxiliares, ¢ para isso algumas regras deverdo ser seguidas. O departamento auxiliar que jd teve seus custos rateados nao recebe custos de outros departamentos, mesmo que preste servicos a eles. Do contririo, teremos de voltar a ratear seus custos, entrando em um proceso sucessivo de rateios de valores cada vez menos representativos, que na pratica nao traria nenhum beneficio. a MAPA DE CUSTOSINDIRETOS DEFABRICAGAO vr a DEPARTAMENTOS AUXILIARES | DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS ‘Administ | Amex. | Cont de | Usiragem | Montagem | Pinura_| TOTAIS| era qualidade Base de ratoio [1 de furiondros| 2. Area ocupada () “3. Ponca insaada (kW) “4. Quantdade de aparenos de 10 teleone 5. Nie requsigbes de materiis i m0 [6 Horas-homem (HH) " 2200 7: Horas maquina (HM) [ % 700 8. Horas de canoe de qualidade 2 300 | Custos préprios ou identiicados [ 9. Mio-o-cbanaet (6) 120000 405,00 10, Matis Gveros (8) L 30000 143700] 1. Depresiagto$) 73000 16300 12 SUBTOTAL (8) 173.000 585000 (Custos comuns Bases de ‘aio Teepe cerca] 3 18000 36000] 14 eva () 1 025 2500) 16. Tlefone () 4 1000 | 7000 10.000 Teno) | 2 3000 | 40000 0,000 17 SUBTOTAL 8) 5se7 | 5405 147-500 18 TOTALDE CIF DOs | saver | z2rsas 742500 DEPARTAMENTOS (6) Retelo dos departamentos auxiiares | (continua) 54m Custos (continuagao) ‘Administ | Amox | Cont.de | Usinagem | Montagem | Pura |roTAis| ger valida 19. Admiistraga0 + [rors | siz] 7683 | 25610 | agate | 1020 0] ger 8) 20, Amoraado 6) 3 wan [test [wast | erro | 308s @ 21. Contle de 8 wan | tao [azz | ttss8 0 qualidade (8) 722. TOTAL DE CIF DOS DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS (8) ‘aeoure | sznese | t4rea2 (742500) 3. Base de ratio dos casos dos departaentos rodutves ToOHM [1200+ | 1.000% 26. TAXAS DE RATEIO (8) 4o0,0z285 | 26757666 | 141,63200 Nesse exemplo, os departamentos auxiliares tiveram seus custos rateados da seguinte maneira: > Administragio geral da fabrica (AGF): a base utilizada foi o niimero de funcio- nirios. Observe que a fabrica possui 40 funcionarios, dos quais 6 pertencem propria AGE, Desse modo, a base de rateio sera constituida pelos funcionarios dos departamentos que receberdo os custos da AGE. ‘$87,075.00 .. § 2.561,02941 por funcionério 0-6 » Almoxarifado: a base utilizada foi o mimero de requisiges de material (RM) atendidas. Observe que tanto a AGF quanto o almoxarifado emitiram requisigies, mas nao receberao nenhuma parcela de rateio. A base de rateio sera constituida pelas requisiges dos demais departamentos que receberdo custos do almoxari- fado.* $1025.00 + $6:12200 _ $23,447.00 _ 59 66191 por requsicio 800 - (90 + 10) 760 > Controle de qualidade: a base de rateio desse departamento ¢ 0 mimero de horas por ele apontadas durante as inspegdes realizadas nos departamentos produtivos.’” $.99.767,00 + $ 7.689,00 + § 1.851,00 _ $49,821.00 _ ¢ 144,40993 por hora 30h 300 Depois que os rateios dos departamentos auxiliares forem efetuados, todos os custos indiretos estarao concentrados nos departamentos produtivos. © proximo passo sera ratear 0s custos desses departamentos aos produtos que eles trabalharam. No exemplo, tais departamentos foram rateados aos produtos conforme as horas, £0 custo do almaxartado incorpoa a parca de rateorecabida da adminsracdo geal da tbrca " O custo do controle de qualidade ncerpoa a parcela de ratio recebida da adminstagcogoral de évica© do smoxarado apontadas. pelas horas Observ > Usin > Mor > Pint Valor mentos, tet 7245) aD mais barat Capitulo 2~Custeio por absorgao 55 apontadas. Na usinagem rateou-se pelas horas-maquina (HM); na montagem e na pintura, pelas horas-homem (HH). O apontamento dessas horas resultou no seguinte quadro: ‘QUANTIOADE | __—~—=~DEPARTAWENTOS. USNAGEM | MONTAGE | PINTURA aor | OHH “00 HH ‘son | 200HH 20H aso | 700HH 00 Total 7ooHM | 1.200HH 1.000 HH Observe o cAlculo das taxas unitarias de custos indiretos de fabricagao: > Usinagem: $280,016.00 _ $ 400,02265/HM 700 HM, » Montagem: $920,852.00 _- ¢ 267,s7686/HH 1.200 HH > Pintura: $141,692.00 _ $ 141,63200/HH 1.000 HH Valorizando as horas apontadas nos produtos pelas taxas dos respectivos departa- mentos, temos: ‘CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAGAO RATEADOS AOS PRODUTOS ‘PRODUTOS DEPARTANENTOS : USINAGEM | MONTAGEM | PINTURA. TOTAL x Se0005o | $a02iao0 | $865sa00 | §21687100 y seooo3on | $8347500 | $2832600 | $ 14180400 z__| ss4oo0e00 | $18736400 | $8685300 | $36082500 ots | $28001600 | $32085200 | $t41sia00 | $74250000 <245> Sazonalidade dos custos indiretos e de produgao Até agora descrevemos a apropriacao dos custos indiretos sempre utilizando dados reais, ou seja, custos realmente incorridos e producao realizada de fato. Por exemplo: empresa Alfa, fabricante dos produtos P, Qe R, teve no més de outubro de 19X2 seguinte produgio... e os seguintes custos indiretos. No exemplo anterior, nao s4o consideradas algumas situagdes particulares quanto a ocorréncia dos custos. Por exemplo, no més de outubro pode ter havido custos que nao se repetiram em outros meses, ou podem ter ocorrido certos custos nos outros meses que no se repetiram em outubro, tornando os produtos fabricados nesse més mais caros ou mais baratos, conforme 0 caso, comparativamente a outros meses. 56» Custos Outro problema a ser resolvido pela contabilidade de custos € conhecer 0 custo de um produto no momento em que ele é concluido —no dia 15 de determinado més, por exemplo, Entretanto, 0s custos s6 so conhecidos com o fechamento contabil, apos 0 encerramento do més; portanto, determinar o custo desse produto no dia 15 nao seria possivel. No entanto, se houvesse a necessidade de conhecer 0 custo para decidir se vidvel aceitar um pedido especial por um prego abaixo do normalmente praticado, dei- xariamos de atender a uma importante finalidade da contabilidade de custos. ‘Assim, a necessidade dos gestores da empresa de conhecer custos antes do encer- ramento contabil ¢ 0 fato de os custos ¢ os volumes de produgio nao se comportarem tuniformemente por todos os meses do ano demandam a aplicagio de mecanismos que resolvam essas situagdes. Atender a essa necessidade é uma das fungdes da contabilidade de custos. Vejamos algumas hipéteses 1. Empresas que concedem férias coletivas em certas épocas do ano. Nesse periodo ha uma redugao na produgio, em consequiéncia do menor miimero de dias traba- Ihados. Os custos indiretos fixos serao os mesmos do periodo em que nao ha férias coletivas. Somente 0s custos indiretos varidveis sofreriam redugio, em funcio do menor volume de producio. . Empresas que fazem a manutencao das instalagdes em certas épocas do ano. O ritmo de trabalho é interrompido ou reduzido, fazendo com que a produgio fique em situagao semelhante A descrita no item anterior . Nos meses em que varios funciondrios saem de férias ha reducio da producio, € 08 gastos com pagamentos das férias e da primeira parcela do 13* salario sio maiores do que nos outros meses. Isso produz uma situacao semelhante as ja descritas. 4. Quando ha cortes no quadro de funciondrios, os gastos com rescisdes sio mais elevados do que nos demais meses, quando a rotatividade de pessoal é normal. Para ilustrar essas situag6es, vamos imaginar uma empresa que, em condiydes normais, trabalhe 20,000 horas-més, fabricando somente o produto X. Gastam-se 10 horas de mao-de-obra direta em cada unidade ¢ incorre-se em $ 90.000,00 de custos indiretos de fabricagao, dos quais $ 50.000,00 sao variaveis e $ 40.000,00 sao fixos. Em condicdes normais de funcionamento, o custo de X seria: $.50,000,00 + $40.000,00 _ $90.000.00 20.0004 20.0004 Custo de X = 10h x $450 = $.45,00/u = $450n Em cada uma das hipéteses desctitas poderiamos ter: 1. Concessio de férias coletivas por 15 dias. A produgio ficaria reduzida em 50%, passando de 20.000 h/més para 10.000 h/més. A parcela fixa dos custos indiretos de fabricagio permaneceria estavel, ea parcela varidvel 7 aga sage nd ects pao spree oes pr melo oh apcagto daw. rcs soos trabahistas aos sales. Capitulo 2~Custeio por absorcio 57 seria reduzida, acompanhando o volume de produgio. No entanto, a empresa incorreria em gastos adicionais com 0 pagamento das férias. oe | Pa Prediio mown | 10000m Cl foe $oseoa0 | $0000.00 orsvaiéwis | ssoomom | 2500000 Gass com ashes $4000.00 Teal Sonn0000 | $e20m000 | Assim, 0 custo de X seria: $.69.000,00 10.000 5 = $690h Custo de X = 10 x $6,90 = $ 69,00/u 2. Manutengao das instalagdes industriais. Vamos supor que a manutencio seja realizada somente em uma parte da fabrica, sem interromper a produgao. Assim, a parcela fixa dos custos indiretos de fabricacao per: maneceria estavel, e a parcela variavel sofreria menos redugao que na situagao anterior. No entanto, a empresa incorreria em gastos adicionais com a manutencio. De | Pa Proto zor | 18000n OF sos $4000000 | $4000.00 Fe venves $0000 | $4sen000 Gass com mantngao $1300000 (Te $0000 00 | $800.00 | Assim, o custo de X seria: $98:000,00 _ ¢5,4aaaam 18,000 h Custo de X = 10h x $6,44444 = $54,44/u 3. 5% dos funcionarios gozando férias no mesmo més. A parcela fixa dos custos indiretos de fabricagio permaneceria estivel, ¢ a par- cela varivel seria reduzida, em virtude da produgio menor. No entanto, a empresa incorreria em gastos adicionais com o pagamento das férias ¢ da primeira parcela do 13° salario. CFs fos CFs varives Gastos com 2s fras “oa Assim, o custo de X seria: 4 $4,71052m 19.000 Gusto dex = 10h x $ 471052 = $ 47.11/0 4. Corte de 10% no quadro de funcionérios diretos e indiretos. [A parcela fixa dos custos indiretos de fabricagio sofreria uma reducio em funcéo do corte de 10% da mao-de-obra indireta, ¢ a parcela variavel seria reduzida em virtude da reducao de 10% no ntimero de horas, ocasionada pelo corte na mao-de-obra direta. No entanto, a empresa incorreria em gastos adicionais com 0 pagamento das rescisoes. Total Assim, 0 custo de X seria: $89.00000 _ $4.94444m 18.000h Custo deX = 10h x $4.94446 = $ 49,4410 Conforme os resultados obtidos em condigdes normais ¢ nas hipéteses levantadas, o custo do produto X poderia ter sido: ieee] ‘StuagSo normal $45.00 ‘hiptese 6900 Dhiptese S544 ‘hipétose S47. “#ripbese $494au Ao analisar esses resultados, poderiamos deparar com algumas situac6« Capitulo 2—Custeio por absorgio «59 1, Se a empresa formasse 0 prego de venda com base nos custos apurados, seria necessario praticar precos diferentes quando passasse de uma situagao para ou- tra. No entanto, se um preco inicialmente determinado nao fosse modificado, a empresa teria lucros e prejuizos inesperados durante 0 ano. . Os usuarios das informacdes de custos, que nao necessariamente conhecem os critérios utilizados para fazer os célculos, teriam dificuldades em entender as oscilages. . Por que apenas a produgao do més em que foi feita a manutengio das instalagdes absorveu 0 custo do servigo, se a produgao dos demais meses também contribuiu para o desgaste dos equipamentos? Por que esses meses nada ‘pagaram’ por essa manutengao? Para solucionar casos como esses, emprega-se a taxa de aplicagao de custos indiretos. psd Faas ri <248> Taxa de aplicagao de custos indiretos Com a aplicagao dessa taxa, os produtos fabricados no ano, independentemente do més em que séo concluidos, recebem 0 mesmo montante de custos indiretos. A taxa de aplicagao de custos indiretos tem por finalidade uniformizar os custos indiretos apro- priados & produgao em determinado periodo. Para calcular essa taxa, é necessirio fazer as seguintes estimativas: » da produgao do periodos » dos custos indiretos de fabricagao Varidveis dessa produgio; > dos custos indiretos de fabricagao fixos para o periodo. ‘Quando essa taxa é aplicada, um produto fabricado em janeiro, por exemplo, recebe uma parcela do custo de manutencio com realizacao prevista para dezembro. Se a manu- tengo ocorrer em janeio, 0 produto fabricado nesse més receberd apenas uma parcela do custo da manutengao, ¢ 0 restante do custo sera distribuido ao longo do ano. A contabilidade precisa também abrir uma conta de custos indiretos aplicados, na qual serdo efetuados 0s langamentos, a crédito, dos custos indiretos apropriados aos produtos. Na conta de custos indiretos (real) a contabilidade vai debitando os custos efetivamente incorridos no perfodo. No final do exercicio, as duas contas so encerradas, € 0 total nelas registrado € levado para uma conta de variagao de custos indiretos, Cujo saldo sera distribuido para as contas de produgao em andamento, estoque de produtos acabados e custo dos produtos vendidos. Com esse procedimento, o saldo das trés tilti- ‘mas contas se apresentard como se a empresa tivesse apropriado mensalmente os custos indiretos reais. Veja 0 exemplo a seguir.’ As estimativas de custos ¢ de producdo para o departamento Alfa so as seguintes para 0 exercicio de 19X8 > Produgio anual (em horas de mao-de-obra) = 15.000 horas. » Custos indiretos varidveis: * por hora = $ 35,00; + no ano (15.000 h x $ 35,00/h) = $ 525.000,00 » Custos indiretos fixos no ano = $ 300.000,00. > Custos indiretos de fabricacao estimados = $ 825.000,00. + Esse procedimerto se aplica a todos os depantamentos procutvos, Basta slaborar o mapa de custo indtetose anger ele os custosestinados, estabelcer as bases do raieo de cada um dels, procadend corn visto na Seqao 2.44, para chegar taxa de cusiosindretos predeterminada 60» Custos Nesse exemplo, vamos ratear os custos indiretos de fabricagao estimados a base das horas de mao-de-obra estimadas, A taxa de aplicagao de CIF sera: {Custos indiretos defabricagéo estimados _ $825.000,00 _ ¢ 55.09m Horas de mAo-de-obra estimadas 15.000 Para cada hora apontada na produgfo, aplica-se a taxa de custos indiretos pre- determinada de'$ 55,00/h, obtendo-se 0 custo indireto de fabricagao apropriado aos produtos. Antes de prosseguirmos com 0 exemplo, é necessirio definir alguns termos que assario a ser empregados: “> CIFO: custo indireto de fabricacao orgado; corresponde ao custo indireto estimado para 0 periodo. CIFA: custo indireto de fabricagao aplicado; corresponde ao custo indireto apro- Priado aos produtos fabricados, pela taxa de aplicagao de custos indiretos. CIFE: custo indireto de fabricagao efetivo; corresponde ao custo indireto efetiva- mente incorrido no perfodo, ou seja, a0 custo real. CIFAj: custo indireto de fabricagao ajustado, ou seja, o custo indireto que seria estimado ¢ apropriado ao produto caso a producao estimada se igualasse a pro- dugao real Voltando ao exemplo, a contabilidade iré debitando ¢ acumulando, durante 0 ano de 19X8, 0s custos indiretos reais na conta do CIFE. Na conta do CIFA iré creditando 08 custos indiretos apropriados aos produtos por meio da taxa de aplicagao. No encer- ramento do exetcicio, confrontam-se os valores acumulados das duas contas, ou seja, 0 CIFE e 0 CIFA, obtendo-se a variagdo de CIF (veja o esquema da pagina 61) ideal seria nao haver divergéncias entre elas, o que demonstraria grande poder de previsio eo controle efetivo das operagdes ¢ dos custos. Porém, é dificil isso acontecer. que se busca ¢ fazer com que a variagdo seja a menor possivel. Veremos a seguir, na Seco 2.4.7, que a analise da variagao permitira o aprimoramento das estimativas de produgao e de custos para os exercicios seguintes. Do confronto entre o CIFE e o CIFA ocorrem: » CIFA < CIFE, que indica subabsorcao dos custos indiretos pelos produtos. » CIFA > CIFE, que indica superabsorcao dos custos indiretos pelos produtos. <247> Variagdo de custos indiretos Essa variagio é obtida, ao final do exercicio, em uma conta de variacao de CIF, que € debitada pelo custo acumulado da conta de custos indiretos reais ¢ creditada pelo custo acumulado da conta de custos indiretos aplicados. Existindo variagio, o valor é distribuido para as contas de produgdo em andamento, estoque de produtos acabados € custo dos produtos vendidos. Desse modo, o saldo dessas contas, que estava subavaliado ou superavaliado, fica ajustado pelos valores reais. Pa quen seguit os res tivess most prim: Capitulo 2 - Custeio por absorgio «61 ar como acontece essa variacao entre o CIFE ¢ 0 CIFA, vamos admitir que no exercicio de 19X8 tenham sido apontadas 13.000 horas de produgao, com os seguintes destinos: PRODUGAO DESTINO DA PRODUGAO emhors x 0 Permaneceu a poder ancaneno ato Relrese os potions 1980 ‘Corresporde aos prods acabados equ anda ndo foram venddos Estionoestoque de produ acabados 19000 TOTAL DAPRODUGAO Para essa produgao, 0 CIFA totalizaria $ 715.000,00 (13,000 horas x $ 55,00/h de taxa de aplicagao) Admitamos também que o CIFE de 19X8 tenha totalizado $ 730.000,00. Confrontando © CIFE com o CIFA, teriamos uma variacdo de custos indiretos de $ 15.000,00, ou seja, a producao ficaria subavaliada nesse valor, Assim, 0 destino da producao estaria subavaliado: > Producao em andamento: $ 15.000,00 x 5% = $ 750,00. > Estoque de produtos acabados: $ 15.000,00 x 15% = $ 2.250,00. > CPV: $ 15.000,00 x 80% = $ 12.000,00. Creditando-se a conta de variagdo de CIF e debitando-se os trés destinos da producto, 6s resultados finais seriam iguais aos que teriam sido obtidos se 05 custos indiretos reais tivessem sido utilizados durante 0 ano para custear a prodgao. Os razonetes a seguir mostram essas operacdes. Para facilitar, vamos supor que inexistam custos de matéria- prima e de mao-de-obra direta PRODUGAO EM ANDAMENTO Ne woo > CF 715000 Salo 35750 Variagao > 150 PRODUTOS ACABADOS ve oo ’ oF 679.250 | 72.000 Sao 07280 Vatiagdo » 2250 VARIAGAO DE CIE 730.000 | 715.000-<- ve 5D 697% produto em andamenio MOD 2.250 ~para oesioqueprodtosacabados CIF #2000 para o CPV Vatiagio 62m Custos Apés 0 ajuste da variaco, temos: ® O saldo da produgdo em andamento ficaria em $ 36.500,00 ($ 35.750,00 + $ 750,00). Osaldo do estoque de produtos acabados ficaria em $ 109.500,00 ($ 107.250,00 + $ 2.250,00), » O custo dos produtos vendidos ficaria em $ 584,000,00 ($ 572.000,00 + $ 12.000,00).. Anélise da variag&o de custos indiretos Durante o ano podem acontecer duas situagdes que ocasionam variagées entre 0 CIFE ¢ 0 CIFA: » A producao efetiva pode ser diferente daquela que foi estimada: no exemplo, esti- mou-se produzir 0 correspondente a 15.000 horas de mao-de-obra, mas na verdade produziu-se 0 correspondente a 13.000 horas, » Oscustos efetivamente realizados podem ser diferentes dos estimados: por exemplo, pode-se estimar $ 100.000,00 de aluguel para o ano, mas totalizar $ 120.000,00, ow entao a energia elétrica pode ser estimada & base de § 5,00 0 kW, mas ter seu valor modificado ao longo do ano. Além disso, podem ocorrer custos que nio tenham sido previstos, ou custos previstos podem nao ocorrer etc. Assim, pode haver custos incorridos diferentes dos estimados, ou um volume de Producdo diferente do previsto, o que ocasionard divergéncias entre os custos indirctos aplicados pelas taxas predeterminadas e os custos indiretos reais. Essa yariacao entre 0 CIFE ¢ 0 CIFA pode decorrer de dois fatores: » Variagao de custos. > Variagao de volume. Variagao de custos Para entender a variago de custos, vamos pensar na seguinte situagao: 0 CIO foi calculado para um volume de 15.000 horas e a empresa realizou apenas 13.000 horas, Se nao houvesse esse ‘erro’ na previsao, teriamos estimado 0 seguinte CIFO: CFs variéveis = 13.000 h x $ 35,007 $485,000.00 (+), OIF feos. : - $ 900.000,00 Total CIFO... — . '$ 786.000,00 © valor de $ 755.000,00 seria 0 CIF debitado & produgio de 19X8, uma vez que a producio realizada seria a que fora estimada. Vamos chamar esse valor de CIF ajustado (CIFA}). Como a empresa incorreu em $ 730.000,00 de CIFE, o desempenho foi melhor ue o esperado em $ 25.000,00, resultando em uma variagaio favordvel (F). A essa varia- sao dé-se 0 nome de variagio de custos, que pode ser expressa da seguinte maneira: :$ 730.000,00 $$ 756.000,00 '$ 25,000,00 F (Favordvel) Capitulo 2~Custeio por absorsio 63 Assim, ha necessidade de refazer a previsio do valor dos custos indiretos para 0 volume da produgio realizada, a fim de calcular a diferenca entre 0 custo efetivamente realizado € 0 custo que seria estimado para o mesmo volume de producio real. Variagdo de volume Essa variagao é decorrente de uma producao efetiva diferente da que fora estimada, © que acaba gerando alteracdo no comportamento dos custos indiretos fixos. Pode ser calculada de varias maneiras: a, Como 0 proprio nome indica, um dos fatores que levaram a variagio total de CIF foi o ‘erro’ na estimativa do volume de horas. Foram estimadas 15.000 h e trabalhadas 13.000 h, gerando uma variagao de volume desfavoravel de 2,000 h. A taxa de aplicacio de CIF de $ 55,00/h poderia ter sido calculada do seguinte modo: OFF vardvel $95,007 (4) GIF fxo (§ 300.000,00 + 18.000) $20,00/n Taxa de aplcacéo. $55.00 Essa taxa é valida para um volume de 15.000 h. Como a empresa trabalhou 13.000 h, a taxa ficou subavaliada, tendo em vista que seu componente custo indireto fixo foi ra teado por uma quantidade maior de horas. Para o volume de 13.000 horas teriamos: (CIF varidvel $.95,00m (+) CIF fax (8 300.000,00 + 13,000 horas) $.23,07682h ‘Twa de aplicagao. '$58,07692/n Assim, cada hora efetivamente trabalhada absorveu $ 20,00 de CIF fixo, quando deveria ter absorvido $ 23,07692, o que resultou em uma variagdo de $ 3,07692/h. A variagio decorrente do erro no volume de produgao, chamada de variagao de volume, seré 13,000 h x $ 3,076921h = $ 40.000,00 D (Destavordvel) b. Outra forma de apurar a variagio de volume é verificar que o componente fixo dos Ccustos indiretos que integra a taxa de aplicagao de eustos indiretos é de $ 20,00/h. Esse valor resulta de uma estimativa de produgao de 15.000 h. Para as 13.000 h trabalhadas foram apropriados $ 260.000,00 (13.000 h x $ 20,00/h) de CIF fixo, quando deveriam ser apropriados $ 300.000,00, que sio os CIF estimados para © ano, resultando em uma diferenca de $ 40,000,00 D (Desfavoravel). Uma maneira mais simples de apurar a variagio de volume é confrontar o CIFA € 0 CIFAj. Vejamos: cla. $715.000,00 © GFA) $755,000.00 Variagao. '$40.000,00 (Destavorével) Essa diferenca chama-se variagdo de volume, pois é decorrente de um ‘erro’ na esti- mativa do volume de producio, nesse caso, no nimero de horas. Deixamos, portanto, 64 Custos de apropriar aos produtos $ 40,000,00 de custos indiretos, resultando em uma variagio desfavoravel. Variagao total de custos indiretos E.a soma das variagGes de custos ¢ de volume: Variagao de custos. (+) Variagao de volume. Variaco total. quadro a seguir apresenta um resumo das variagdes: $15.000,00destavorvel crFAy '$755.000.00 te ‘Vatago de cuss VatiagSo de volume $ 25.000,00tvorivel '$ 40.000 00 desiavcive hee apne \VARIAGAO DE CIF 15.00.00 destavorvel Empresas e seus produtos: sistemas de acumula¢ao de custos <25) Soy Em um parque industrial, encontramos empresas com produgao continua que fabri- cam produtos padronizados, em série, e outras que fabricam produtos sob encomenda, de acordo com as especificagdes dos clientes. Entre os produtos fabricados em série, podemos citar: telefones, calculadoras, me dicamentos, veiculos, méveis, produtos alimenticios, produtos de higiene etc. Entre os. feitos sob encomenda estado as pegas ¢ os equipamentos para indiistrias siderdrgicas € Petroquimicas, os veiculos especiais, os méveis fabricados conforme especificagdes de decoradores etc, s produtos fabricados em série so, basicamente, aqueles que esto ofertados no ‘mercado, prontos para serem consumidos. Com os produtos fabricados sob encomenda isso nao ocorre: eles nao sao encontrados nas prateleiras dos supermercados, Antes de fabricd-los, as empresas precisam receber um pedido do cliente, que pode, por exemplo, encomendar um armario de cozinha ou uma sala de jantar composta de mesa e cadeiras com detalhes personalizados. Para fins de custeamento, vamos encontrar sistemas distintos de acumulagio de custos para essas empresas: » Nas empresas que trabalham sob encomenda, é utilizado o sistema de acumulagao de custos por ordem de servico, também chamado de ordem de producio. As« produt empres contra As concor Capitulo 2~Custeio por absorcio «65 » Nas empresas que trabalham com produgio continua, temos o sistema de acu. mulagao de custos por processo. As caracteristicas desses sistemas podem ser resumidas da seguinte maneira: a. Produgao sob encomenda: » 0s custos so acumulados em contas representativas de cada produto; » ocusto de uma encomenda é a somat6ria dos custos acumulados durante todo 6 periodo de fabricagao e s6 € conhecido quando o produto est concluido. b. Produgao continua: > 0s custos sio acumulados por processo (departamento ou fases de fabricacao) e associados a um dado volume de produgio; > o custo unitério de um produto € a soma dos custos unitdrios dos processos, sendo calculado dividindo-se esses custos por sua producio equivalente."” <25i> Sistema de acumulag&o de custos por ordem de servico [As empresas que trabalham sob encomenda, antes de iniciar qualquer atividade em produtos ou servicos, necessitam de uma autorizacao do cliente. Muitas vezes essas ‘empresas participam de concorréncias, e somente no caso de vencerem ¢ assinarem 0 contrato de fornecimento & que poderao dar inicio ao processo de fabricagao. ‘A seguir apresentamos uma descrigao sucinta do funcionamento do processo de concorréncia » Cotacio de precos: antes de adquirir 0 produto de que necesita, o cliente efetua consultas, geralmente em mais de um fornecedor, decidindo por aquele que apre- senta a melhor proposta no que se refere a preso, formas de pagamento, prazo de entrega, qualidade, garantia etc, Estimativa de custos do produto cotado: o fabricante consultado possui uma estrutura, como um departamento de orgamentos, capaz de realizar a estimativa de custos do produto para fins de formulacao do preco de venda. Essa estrutura geralmente composta de vendedores técnicos, orcamentistas, projetistas, dese nhistas etc. Para chegar ao custo estimado, que seré a base para formulacio do prego a ser ofer- tado, algumas ctapas ¢ procedimentos precisam ser executados: 1* etapa — projetos desenhos: caso o cliente nao os fornega a empresa, o depar- tamento de engenharia deve desenvolvé-los. » 2* etapa ~ lista de materiais: consiste em uma relacio de todos os materiais que integrario 0 produto. © departamento de orcamentos, de posse dos desenhos especificacdes do cliente, elabora a lista completa dos componentes do produ- to. Alguns desses componentes poderao ser adquiridos prontos no mercado ou fabricados internamente, ou entio adquiridos de outros fabricantes, mediante encomenda. Se fabricados internamente, listam-se os materiais que integram tais ‘componentes, Se adquiridos de outros fabricantes, talvez seja necessdrio compra- los em quantidade superior 4 da aplicagao, para prevencdo em caso de quebra, Ease assurto sort tatado na Socio 25.21. 66m Custos » 3° etapa: conhecendo-se o projeto e as etapas de fabicagio necessérias, estima-se ‘0 ntimero de horas de fabricagao em cada departamento produtivo, > 4* etapa: as atividades complementares, como fretes, seguros, embalagens especiais, montagem ¢ partida do equipamento no cliente (ou seja, colocar 0 equipamento em funcionamento), muitas vezes sao de responsabilidade do fabricante. Esses custos sao previstos juntamente com 0 custo do produto. A seguir, apresentamos um modelo de formulério utilizado para realizar o calculo da estimativa de custos. aN aed Cente ge Prod Desh “ol os materia Descricdo dos servigos _— Fomecedor SRR EN SP RIS Ces 25214 eho aolaanS “oil MOD + OF ‘ividados Horas Custorhora cengenharia Deserigio Custos Total demas custo (continua) tir, na materi produ ganhe para q Cas depart atribu perio térmi identi futur: Capitulo 2 Custeio por absorgio 67 (continuaga ‘Total custo estimado Despess acminisraives ode vendas: Prego de venda’ a ‘Aiquta 10S —_% ‘Aqui do I (Custos nancios para pepamento a6 % * Referee a servos executados por teroiros, como usinagem, pnt, tatamento trio et, para os quai a empresa no ossutenologa, equipamentos ou méo-de-braespeialzada 25.1.1. Valorizagao do custo estimado Apés definir os materiais a serem utilizados, os tempos de engenharia ¢ fabricacao, 08 servicos subcontratados etc., 0 préximo passo é valoriz4-los. Os custos devem refle- tir, na data do célculo da estimativa do custo do produto, os custos de reposigio dos materiais, 0 custo atualizado da mao-de-obra ¢ demais recursos a serem aplicados no produto. Assim, a empresa incorre em gastos antes mesmo de conquistar 0 pedido. Caso ganhe a concorréncia, esses gastos poderdo ser transferidos para a ordem de servigo, ara que se apure o custo total da encomenda. “aso a empresa ganhe a concorréncia, o departamento de vendas aciona todos os departamentos por meio de uma ordem de servigo, para que cada um euide de suas atribuigoes: » O financeiro faz a programacao dos recebimentos indicados nos contratos de fornecimento e a atualizagao do fluxo de caixa A contabilidade cuida da abertura da conta em que serao acumulados 0s custos. O almoxarifado faz as reservas de materiais e a solicitagao de compras para ma- teriais faltantes. O planejamento e controle da produgao elabora a programagao da producao. A fabrica providencia as ferramentas necessarias etc. 2.5.1.2 Apropriagao dos custos de encomendas © niimero da ordem de servico emitida pelo departamento de vendas sera, nia con- tabilidade, o ntimero da conta que recebera os langamentos dos custos e receitas. Para efetuar esses langamentos, 0 documento basico utilizado pela contabilidade de custos a ficha de custos (veja quadro na pagina seguinte). ‘A contabilidade mantém as fichas de custos de cada encomenda abertas durante todo o periodo de producao, registrando nelas os custos relativos aos materiais diretos consumidos, a mao-de-obra direta apontada, aos servicos subcontratados € aos custos indiretos de fabricagao, além do ntimero de horas trabalhadas e da quantidade de ma- teriais diretos mais relevantes consumidos, ¢ da receita correspondente. Normalmente, os langamentos feitos nessas fichas so mensais, ¢ eles podem ser periodicamente acumulados com vistas a medir € a monitorar 0 desempenho. Ao término da encomenda, acumulam-se as horas de trabalho, a quantidade de material consumido, 0s custos € receitas. Ao confronté-los com os valores estimados, sao identificadas as variagoes ocorridas, cuja andlise permite aprimorar as estimativas em futuras cotagdes de precos. TOTAL TOTALDE CUSTOS DO MES (CUSTOAGUMJLADO, RECEITADO NES" RECEITAACUMULADA Horas de fabricag gusts Horas de enpenharia gasias *Ressale-s qu a rcala da enconenda sb & conbecida no memento da entrega do produ, Nessa fcha, a receitacoresponde 2 patelasadantadas polos lentes. que no necessatamente representa aremuneragio dos recursos mprogados ra -rodugéo. Ao assnar um contra de fmecimeio, pr exempo, empresa reebe um adantamenio cu, ergo, parclas reviamenteacrdadas ap6s a ealzago de determinadesetapas Os relat6rios mensais que ‘abastecem’ a contabilidade de custos sio gerados com os dados a serem langados nessas fichas de custos: » Relat6rio de materiais diretos: resume, por ordem de servico, todas as requisigoes de materiais emitidas, indicando o material, a quantidade e o custo. » Relatério de mao-de-obra direta: resume, por ordem de servigo, os apontamentos de horas de produgao dos departamentos produtivos com 0s custos correspon- dentes, que foram calculados previamente pela contabilidade de custos. Relatério de engenharia: resume, por ordem de servico, os apontamentos de ho- ras de desenhos € projetos com os custos correspondentes, que foram calculados previamente pela contabilidade de custos. ferio aum A Encd Cc brie cont y serv prod sob 20 fi cont d dese pres ¢ nec com Capitulo 2~Custeio por absorgio 69 > Relatérios de outros custos diretos: resume, por ordem de servico, todos os docu- mentos referentes a custos incorridos com ferramentas, viagens ¢ representagdes, servigos especializados executados por terceiros (subcontratagdes) etc > Relatorio de custos indiretos: resume os custos indiretos apropriados a cada ordem de servico, calculados conforme os critérios desctitos na Se¢ao 2.4. > Relatério de faturamento: resume, por ordem de servigo, os faturamentos relativos a0 valor do principal"! ¢ reajustes ocortidos. 2.5.1.3 Tempo de fabricagao da encomenda e sua relagao com a forma de apuragdo dos resultados © tempo de fabricagéo de uma encomenda pode variar de poucos dias a varios anos. Além disso, poderd ser contado o periodo de tempo necessério para colocar o produto em funcionamento na planta do cliente, s¢ essa atividade for de responsabilidade do fabricante. Independentemente do tempo de fabricagao, a apuracao dos custos obedece & forma anteriormente descrita nesta segio. Porém, 0 modo de apurar os resultados varia con- forme o tempo de fabricagio. Para isso, € necessério classificar as encomendas como encomendas de curto prazo e de longo prazo de fabricagao. Nas encomendas de curto prazo, a receita cortesponde aquela realizada, e nas encomendas de longo prazo, ¢ cal- culada para cada exercicio social, proporcionalmente aos custos incorridos. ‘O conceito de curto prazo aplica-se as encomendas cujo tempo de fabricacao ¢ in- ferior a um ano; o de longo prazo, as encomendas cujo tempo de fabricagao é superior aum ano. ‘A seguir vamos analisar como apurar a receita nas duas situagées. Encomendas de curto prazo Como ja foi dito, o motivo de separarmos as encomendas conforme o prazo de fa bricacdo reside no modo como a receita ser apurada. A forma de apuracao do custo, contudo, nao é afetada por essa divisao de tempo. Mensalmente, 0s custos so langados e acumulados na ficha de custos da ordem de servico. Quando a fabricagio da encomenda é finalizada, procede-se & sua baixa da produgio em andamento, levando-se os custos acumulados ao resultado do exercicio sob o titulo de custo do produto vendido (nao ha estoques de produtos acabados, pois, 0 final da fabricagio, eles sio entregues aos clientes). A receita corresponde ao valor contratual acrescido de reajustes, se houver. Nessa ocasigo, 0 departamento de contabilidade de custos elabora um relatério de desempenho das encomendas, indicando custos e receitas para a administracao da em- presa, podendo incluir, ainda, dados relativos a estimativa de custos, ‘Caso a encomenda seja iniciada em um exetcicio social e concluida em outro, perma- nece na producao em andamento, €, nese caso, nio ha apuragao de resultado parcial, como acontece com as encomendas de longo prazo. 7 Certo. empo de tabvicagao de uma encomenda varia de pouos cas até alguns anc, 6 normal que o prego conta ‘So fave detasado. Para evar iss, cstuma-se prover uma fora de realuste no contrato de fomecento.A wftuar 0 {frurameonto, emiter-se Guas nots tai, uma parao valor original (aqui chamado de principal oura para. valor 40, iste (Complement ao pro), 70» Custos Encomendas de longo prazo As encomendas de longo prazo passam por um procedimento diferente em relacao 0 que ocorre com as encomendas de curto prazo no que diz respeito ao modo de apuragao de seus resultados. A regra geral é reconhecer a receita quando da entrega da encomenda ao cliente. Consideremos, por exemplo, uma empresa que fabrica, sob encomenda, produtos que demoram dois ou mais anos para ser concluidos. £ possivel que, em determinado ano, a empresa nao encerre nenhuma encomenda, ou encerre um nimero reduzido delas, ou mesmo que diversas encomendas tenham sido conclufdas. Essas possibilidades nao determinam o potencial de resultados que a empresa pode realizar em cada exercicio. Alternativamente a essa situacio, obtém-se um resultado em cada exercicio social ara as encomendas de longo prazo, independentemente de elas virem a ser concluidas ou nao. A regra é transferir para’o resultado, como custo dos produitos vendidos, os ‘custos acumulados em cada exercicio social. Isto feito, é necessario atribuir um valor de receita correspondente a esses custos, uma ver que a receita da encomenda s6 sera conhecida na entrega do produto. Para fins de apuracio de resultados, nao so considerados receitas os eventos finan- ceiros decorrentes do recebimento de adiantamentos contratuais efetuados pelos clientes ou do cumprimento de certas etapas de fabricacdo, cujos valores nao guardam relacio com 0s custos incorridos na fabricagio. Suponhamos, por exemplo, que uma empresa fabricante de caldeiras, a0 assinar o contrato de fornecimento, receba um adiantamento de 30% do valor do contrato. Certamente a empresa ainda nao incorreu em custos; logo, esse valor nao tera relagao nenhuma com os custos de fabricagio do produto. Tal adiantamento deve ficar registrado no Balanco Patrimonial em uma conta do passivo circulante como adiantamento de clientes ou servicos a realizar. ‘Numa situagao oposta, se no primeiro ano de fabricagao da encomenda a empresa tiver incorrido em custos superiores aos valores recebidos do cliente, a diferenga deveré ficar registrada no Balango Patrimonial em uma conta do ativo, como scrvigos execu- tados a faturar ou contas a receber. Assim, a receita deve corresponder aos custos incorridos, e nao aos valores recebi dos. Feitas essas consideragées, conclui-se que, para apurar o resultado do exercicio, é necessirio determinar o valor da receita. Para tanto, podem ser aplicados os seguintes critérios: 1. Proporcionalidade do custo total. Esse eritério tem como base de caleulo da receita a relagéo do prego de venda contratual com os custos estimados. Por exemplo, se o custo estimado para a caldeira for de $ 100.000,00 e o prego de venda contratual for de $ 130,000,00, a margem de lucro/eusto estimado sera de 30%. Assim, a cada $ 1,00 de custo correspondera $ 1,30 de receita. Dessa forma, acumulam-se os custos incorridos dessa encomenda em cada exercicio social ¢ determina-se a receita proporcional correspondente. Caso ocorram alterag6es nos custos estimados em funcao de revisdes no orgamento (alteragao na quantidade de componentes; inclusio de um componente nao previsto; mudanga do custo de componentes ou do servico de um fornecedor; revisio no nimero de horas estimadas etc.) ou mesmo alteragao do prego de venda contratual em fungio de reajustes, modifica-se a margem de lucro/eusto estimado, ¢ a receita atribuida passa a refletir essa nova relagio. Disso resulta que a receita do exercicio compensard diferencas ocorridas em exercicios anteriores como decorréncia da nova expectativa de resultados. Veia 0 Uma mazenai encome| Assi receita. Capitulo 2 - Custeio por absorgio 71 Veja 0 exemplo a seguir. ‘Uma empresa vence uma concorréncia para fornecimento de um tanque para ar- mazenamento de gas, cujo prazo de entrega é de trés anos. Os dados relativos a essa encomenda so os seguintes: Custo estimado. '$ 30.000,00 Prego de venda. '$42.000,00 Margem de lucro, '$ 12.000,00 Margem de lucrojcusto estimado, 40% Rolagdo prego/custo. 1.40 Assim, para cada $ 1,00 de custo apropriado & encomenda sera atribuido $ 1,40 de receita Vamos admitir que no primeiro exercicio social: » nao houve revisao nos custos estimados; ® nao houve revisao no prego de venda; > custos reais acumulados no exercicio foram $ 8.000,00. A receita a ser atribuida para esse exercicio sera Custo acumulado no exercico. Relagio prego/custo... Receta No segundo exercicio ocorre » revisio nos custos estimados: 20%, pasando a projetar $ 36.000,00; > revisio no preco de venda conforme cliusula contratual: 35%, pasando a projetar $ 56.700,00; © custos reais acumulados no segundo ano: § 15.000,00. A relagio margem de lucro/custo estimado dessa encomenda passara de 40% para 57,5%. Novo custo estimado, '$36.000,00 Novo prego de venda $58.700,00 Nova margem de lucro. $20.700,00 ‘Margem de lucro/custo estado, 57.5% Relagao precolcusto 1.575 Assim, devemos considerar que a margem de lucro/custo estimado de 57,5% é valida para a encomenda toda, e nao apenas para o segundo exercicio, sendo preciso, portanto, reavaliar o resultado do primeiro exerci A receita a ser atribuida nesse segundo exercicio sera: CCusto acumulado do primeiro exoreicio . (Custo acumulado do segundo exercicio. CCusto total acumulado.. [Nova relacio prego/custo.... Receita acumulada. ‘Receita do primoiro exercicio Receita do segundo exercicio, No terceiro exercicio ocorrem 0 término da fabricagao eo faturamento da encomenda. O custo acumulado desse exercicio totaliza $ 22.000,00; portanto, o custo total acumulado da encomenda foi de $ 45.000,00. O faturamento total da encomenda foi de § 60.000,00. Como nos dois exercicios anteriores jé haviam sido atribuidos $ 36.225,00 de reccita, Para 0 terceiro exercicio sero atribuidos $ 23.775,00. © quadro a seguir resume todos 08 resultados. do custo estimado edo rego de venda [custo $8000.00 | $3600000 | $ 1500000 $2200000 | $45.000.00 Receta | $42000.00 | 1120000 | $8570000 | szs02500 $2877500 | $6000 | Margen | $ r2c00.00 | $320000 | $2070000 | $raca500 $17500 | $ 1500000 wc [40% 10% 575% 068% 81% 33% 2. Proporcionalidade do custo de conversio. Esse critério é utilizado quando ha componentes adquiridos j4 prontos de terceiros que tenham participagao relevante no custo estimado para uma encomenda. Por conta deles, a empresa, ao formar 0 preco de venda da encomenda, considera dois percentuais ‘de margem de lucto: um para esses componentes e outro para os custos de conversio. (ou transformagao), Vamos supor, por exemplo, que na encomenda de uma caldeira seja utilizado um motor adquirido de um fabricante externo, cujo custo representa 40% do custo estimado do produto a ser fabricado. Para esse componente, a empresa considera uma margem menor, digamos 10%, a titulo de manuseio e armazenagem, e aplica 40% de margem nos custos de conversio. Assim, podemos ter: Custo do MOIOF ean (+) Gusto de converséo... (=) Gusto total estimado ‘Composicao do prego de venda: Motor ($ 20.000,00 x 1,10) (+), Custo de converséo ($ 30,000.00 x 1,40). (=), Prego total Be ast Os quanti¢ mao-de Nas de oper ‘fabrica uma da produt¢ ser mat produt ‘fabrica na Figu FiguRA Osis tos das seguinte estoque departa prima n Econ serem c periodo chamad Capitulo 2 Custeio por absorgio 73 Dessa forma, a contabilidade de custos acumula separadamente os custos dos com- ponentes adquiridos prontos e os custos de conversio, bem como as receitas correspon- Fontes até o término da encomenda, conforme o modelo de acompanhamento utilizado anteriormente. 052 52> Sistema de acumulagao de custos por proceso {Os produtos fabricados em série sio padronizados, o que significa que eles recebem quantidades equivalentes dos elementos de custos correspondentes a matéria-prima, & mio-de-obra ¢ aos custos indiretos de fabricagao. Nas empresas que trabalham por proceso, a produgio obedece a uma seqiiéncia de operacoes, cada qual realizada por um departamento. f como se tivéssemos varias ‘fabricas’ dentro da mesma empresa, Nesse caso, cada departamento produtivo seria uma das ‘fabricas’, Uma ‘fabrica’ consome matéria-prima, que é transformada em um produto, que nesse estigio € semi-acabado. Na ‘fabrica’ seguinte, 0 produto passa a eer matéria-prima, que, juntamente com outras, dara continuidade 3 transformacao do produto, e assim sucessivamente, até que o produto final fique pronto, Cada uma dessas ‘fabricas? consome também mao-de-obra e custos indiretos de fabricagao, Veja a seguir, na Figura 2.5, uma representagao esquematica dessa seqiténcia FIGURA 25 [DEPARTAMENTO PRODUTIVO 1 Mate ghima (+) Mio-de-obra deta (+) Custos indrets de fabrearao (¢) Custodo rode semiacabaso | | cePaRTALETOPRODUTO? Canin eames ase () nia coroners esromiee es rons cas00s () Casi te ro (cate pon sistema de acumulagao de custos obedece a essa seqiiéncia de fabricagdo: os cus- tos das unidades prontas em um departamento sio transferidos para o departamento Sepuinte, até que os produtos sejam concluidos, quando, entdo, sao transferidos para 0 estoque de produtos acabados. Assim, quando um departamento transfere produtos a0 departamento seguinte, 05 custos acumulados até ento passam a constituir matéria- prima nesse proximo departamento. £ comum nem todas as unidades iniciadas em um periodo, em qualquer departamento, serem concluidas, permanecendo na producio em andamento para serem finalizadas no perfodo seguinte. A atribuicao de custos a essas unidades se da por meio de um arti chamado de producao equivalente. 74m Custos 25.2.1 Produgao equivalente Antes de descrever 0 que é produgio equivalente, vamos refletir sobre os custos da pro- dugaio em andamento de cada departamento. Certamente, uma unidade nao finalizada nio Pode receber 0 mesmo custo daquela que jé foi concluida. Se thes atribuissemos o mesmo custo, ele ficaria superavaliado, ¢ ocorreria uma subavaliagao da producio acabada, Sem daivida, as unidades nao acabadas devem ser valorizadas, Mas que custos devemos atribuir a elas, se os custos sao identificados em primeiro lugar com os departamentos, € nao com os produtos? Para resolver esse problema, converte-se a produgao em andamento em unidades ‘equivalentes de produgao acabada. Vamos supor, por exemplo, o caso de um serralheiro ‘que estd fabricando, simultaneamente, dois portoes iguais para clientes diferentes. Ele conclui o lado esquerdo do porto do cliente A e 6 lado direito do portao do cliente B. Ter dois portoes até a metade equivale a ter um porto pronto. Por isso, nesse momento, sua producio é equivalente a um pottdo. Para efeito de apropriacio de custos, cada Porto recebe 50% do custo de um porto acabado. Entretanto, em uma empresa que fabrica grandes quantidades de um produto a situagao € mais complexa. As unidades nao concluidas em cada departamento ao final do més estardo nos mais diversos estagios de acabamento. Haver produtos com 10%, 20%, 50%, 75%, 90% de acabamento etc. Entao, que custos devem ser atribuidos a essa producdo em andamento de que modo? A resposta a essa questio é semelhante a dada para o caso dos portdes. Em primei- ro lugar, é preciso definir 0 estégio de acabamento dessa produc, o que servira para determinar a quantidade da produgao equivalente. ‘Vamos supor que, ao final de margo/X7, 200 unidades do produto X tenham ficado nna producao em andamento do departamento de montagem. Verificou-se que essas uni. dades estao, em média, em um estigio de acabamento de 40%. Nesse caso, a produgio equivalente sera: 200 u x 40% = 80 unidades. Para efeito de apropriacao de custos, ssa produgao em andamento recebera 0 mesmo custo que 80 unidades acabadas do produto X. Com esse artificio, 0 custo da produgdo em andamento é proporcional ao estagio de fabricagio em que os produtos se encontram, correspondendo 20 consumo dos ele- mentos de custos (matéria-prima, mao-de-obra direta e custos indiretos de fabricacao). E preciso considerar, contudo, que talvez no processo de fabricacao esses elementos de custos nao sejam consumidos pelos produtos de maneira uniforme. Assim: » A matéria-prima pode ser introduzida na fabricacio em diferentes momentos, isto é, no inicio do processo ou ao longo dele. > A mao-de-obra direta pode ser empregada uniformemente durante a fabricagio, > Os custos indiretos podem ser rateados por uma base que nao seja a mio-de-obra direta. Dessa forma, para cada elemento de custos poderé haver uma produgao equivalente especifica. 25.22 Apropriagao dos custos aos produtos Os custos incorridos no periodo sao identificados primeiramente com os departa- mentos onde os produtos s&o trabalhados para depois seem apropriados aos produtos, utilizando-se, para isso, sua produgao equivalente. Nesse tamento do produ Pode- tos de fat custos si > dai » da no 0s prog Sopto Capitulo 2—Custeio por absorgio 75 Nesse sistema de acumulagao de custos, um departamento transfere custos ao depar- tamento seguinte, que adicionaré esses custos aos seus. Desse modo, obtemos 0 custo do produto no estagio de fabricagdo em que ele se encontra Pode-se utilizar um mapa de custos semelhante a0 empregado para os custos indire- tos de fabricacao para esse fim, porém lancando nele também os custos diretos." Esses custos so obtidos: > das requisigdes do estoque, no caso das matérias-primas; » da folha de pagamentos (salirios), acrescidos dos encargos sociais ¢ trabalhistas, no caso da mao-de-obra direta; » de diferentes fontes, como conta de agua, energia elétrica, folha de pagamentos (para a mao-de-obra indireta), controle do ativo imobilizado (depreciagao) etc, no caso dos custos indiretos de fabricacao. 2.5.23 Exemplo resolvido fabricante do produto Y tem dois departamentos produtivos: montagem e pintura. Os dados para desenvolver esse exemplo sao: a. Em janeiro, o departamento de montagem iniciou a fabricagao de 800 unidades. Concluiu 600 delas, ficando com 200 unidades na produgao em andamento, em estagio de acabamento de 50% b. Os custos de matéria-prima, mao-de-obra direta ¢ custos indiretos totalizaram, em janeiro, $ 150.500,00 no departamento de montagem € $ 100.000,00 no departamento de pintura Em fevereiro, o departamento de montagem concluiu as 200 unidades nao acabadas em janeiro. Iniciou, entao, a fabricacao de outras 1.000 unidades, concluindo 700, ficando com 300 unidades na produgao em andamento, em estagio de acabamento de 40%, |. Os custos de matéria-prima, mao-de-obra direta e custos indiretos totalizaram, em fevereiro, $ 202.400,00 no departamento de montagem e $ 150.000,00 no departamento de pintura. Consideracies: » No inicio do més de janeiro nao havia produgao em andamento em nenhum dos departamentos. Com a montagem concluida, os produtos sio transferidos para a pintura e desta para o estoque de produtos acabados. No departamento de pintura nao ficam produtos em fabricagdo de um més para outro. A matéria-prima é continuamente introduzida na produgio. O estagio médio de acabamento das unidades que permanecem na producao em andamento, para efeito de apuragao de custos, se aplica & matéria-prima, & mao- de-obra direta ¢ aos custos indiretos de fabricagao, tanto na montagem como na pintura. A seguir temos um quadro-resumo dos dados. * Os procedimentos para apuragio dos custos @ sua apropriago aos produtos so 08 mesmos apresentados na Salo nial da rodugo en endamento (Quanta cid no ms ‘Guartidade concluida no més ‘Sal nal da produ om andamento Estigio médio de acabarnento a produco om andamento Custos Maria prima $4osoo00 | $5400000 || $20.00000 $35500,00, Mio-de-ctra dia se0.00000 | $7900000 || $4000000 $57,500.00 | Custos ndretas de fabricagao ‘sso00q00 | $6a0000 ||" $4d00q00 $557.50000, Casto eal '$1s0s0000 | $20240000 || $ 10000000 160.00000 posteriormente, o custo médio, 1. Resolugao pelo PEPS MES DE JANEIRO © procedimento empregado para apropriar os eustos é semelhante Aquele usado para valorizar os estoques de materiais. Aqui, inicialmente, vamos utilizar 0 PEPS e, [- cerceroe worsen SERaEODErTIRA | ‘Salo nial da preduclo em andamento Quantide inciada no mi ‘Quantitade concida ro més wensferida ara. pntura ‘Quantic concuica no més e tansenda ara estque de protuos acebados ‘Salo nal da prosugdo em andemento ‘ald al da procugo em andamento Célculo da produgio equivalents Cleulo da producéo equivalent Produgio scabada no mls rodujlo acabada no més Produc em andamenio (200 * 60%) Produo em andamento ‘Quaridade equvalene a unidades acabadas do més (uantidade equvalone « unidades _acabades do mds Calcul dos custos Cielo dos custoe 2. pre andame 1, Cust unto $ 15050000 + 700 u 1. Casio unio ($ 100,000.00 + $128.000,0) + 600 u 2, Cust da producto acaba 800 u x $215 000 2, Custo da produto scabaca 600 $381.68..0 '3. Cust da produ em andamenta 200u x 50% x $215.00. | MES DE FEVEREIRO (MES DE FEVEREIRO [Sali nial da producto em andamento Salo nici da roduego em andamento ° [Cevantade iid no ms Quantdade recstida da montage 00 (continua) Capftulo 2 ~Custeio por absorgio 77 (continuagao) ‘Quantidade concuida etrensferda pare ‘Quantidade concuida no més trenserda 900 | pinta: ara estque de produ acabados| {8 pro sli nia da produgo em fandemento . em sequida, a quantidad rciada no pro més ‘ald nal da produ em andarento ‘Sal eal da produ em andarneto| Célculo da produgso equivalente Céleulo da produgso equivalents Conclusto do sldo nical da produ em | ancamento 200 ux 50% dos serias restates Produ cla eacabada no més Produgeacabada no mls Prodo em andament (800 u x 4056) | Producao em andamento ‘Quanidade equvalonta a unidades ‘Quaridade equvalenie a uniades acabadas domes acabadas 6o mas Clculo dos eustos Céleulo dos custos ‘ce | Fam | or an feu ata {E0000 + 7s1099 = 5004 2. Custo da produto acabada 2, Cust de proto acabada 347-500 00 {2 primero sald cial da produgo em U5 sis seed 900 $386.1 ‘eso do més anterior $21.50000, custo do més 200u x 50% x $ 22000 | §2200000 ». Inada econcuda no mes TOD u x § 22000, $1400000 = (ath) Custo das 90 uidades $197.50000 | 3. Cust da produ em andamenio $2840000 300 u x 40% x $2200 2, Resolucdo pelo custo médio Para o més de janeiro, os custos da produgio acabada ¢ em andamento sero 0s mesmos, quer se utilize o PEPS, quer se utilize 0 custo médio, devido a inexisténcia de saldo inicial. Para fevereiro, temos: DEPARTAMENTO DE MONTAGEM [DEPARTAMENTO DE PINTURA MES DE FEVEREIRO MES DE FEVEREIRO ‘ald nial da proto om andamento | Sald nici a predugio om andamonto o Quantidede nici no més uantidade ecebida da montage 900 ‘Quanta concuida no més ‘Quentidade concuida no més e tansterda 900 2 tranefrida para a pinta ar 0 estoque de prods acabados ‘Salo final da produ en andamento ‘ald nal da prosugo em andamento 0 Céleulo da produgio equivalnto Céteulo da produgso equvalente Produgio acabada no més Produgdo acabada no més 900 | Produgdo em andameio 30 u x 40% Produgio manda 0 (continua) 78 & Custos (continuagao) INES DE FEVEREIRO WES DE FEVEREIRO | Cvantiadeequvaerte a unidades 1.020 | Quanta eqialneauniades acabados «0 seabadas do més domes Cielo dos casos Cea dos custos 1. Cte uti $21950.._| 1 Cistountin $986,7. (621240000 + $21 50000) + 1.020 (518000000 + $1975.00) + S00 2 Cito da produeo acabeda—‘|S167550.00 | 2. Calo padi scab $7 556,00 00 x $2195. Jv S00 x $386,7- Av 2st a profugo em ardonenio $2634.00. — 0 u » 404 x $ 2195000 Os custos da produgio acabada e em andamento ficaram em: ae Produgio em adamant. ‘Polo PEPS 21.5000, $000 | $8400.00 $000 [ePeocustomadio | $21500,00 $000 | $2534.00 $000 Produgio scabada Plo PEPS 12900000 | $22900000 | $19750000 | $347.50000 | Pe ctorido | $an0onoo | szzsaonoo [$e7seem0 | $34722000 | “2. Matéria-prima 10. QUESTOES E EXERCICIOs PROPOSTOS Pode-se apropriar aos produtos o custo da matéria-prima por meio de rateios? Em que condigao os impostos (ICMS e IPI) ndo sto considerados custos nem receita para uma empresa? Por qué? I. Exiatealguma situagio em que esses impostos constituem custos para as empresas? Explique por que © método UEPS nao ¢ aceito pelo Fisco no Brasil or que as perdas normals de matéria-prima ocorridas na produgo sao consi custos de produgaio? radas Por que o frete @ 0 seguro, quando pagos pelo comprador, Incorporam 0 custo do material debitado no estoque? (Os departamentos de almoxarifado e compras podem ter seus custos incorporados aos Custos dos materais requisitados do estoque? Por qué? ual @ finalidade da requisigo de material? Incorre-se em custo quando se compra ou se consome matéria-prima? CConsidere uma economia em proceso de deflaco, em que o custo da compra subse- Capitulo 2—Custeio por absorgio «79 lente ¢ interior ao da compra anterior. O custo do saldo de estoque final do material {maior pelo PEPS, UEPS ou custo médio ponderado movel? 42. Caso ocorram perdas anormais de matéria-prima, qual tratamento deve ser dado a las? 13, Uma empresa, a0 adquirr 5 toneladas de chapas de ago ao prego de § 5.000,00 a tonelada, incorre ainda nos seguintes gastos: + Frete = $ 2.000,00, # Seguro = $ 800,00. Calcule 0 custo a ser debitado no estoque, considerando que ha iseng8o de IPI e que a aliquota de ICMS é zero, 14, Uma empresa apresentou 0 seguinte movimento do estoque de sua matéria-prima X no més de marco: Estoque inicial = 0 # Dia 5 ~ Aquisigao de 10 ua $ 120,00 cada. ‘© Dia 15~ Aquisicao de 12 u a $ 130,00 cada. ‘+ Dia 25 - Aquisic&o de 15 u a $ 150,00 cada. + Dia 90~ Aquisigao de 5 u a'$ 170,00 cada. + Dia 7 - Requisigfo de 8 unidades, + Dia 20 Requisigao de 11 unidaces. Dia 28 - Requisigao de 17 unidades. Calcule custo das requisigbes de materiais e o custo do saldo de estoque pelos mé- todos de avaliago: PEPS, UEPS e custo médio ponderado movel. 45. Aempresa J.D. Flores Ltda, iniciou suas atividades em 1/3/19X6. Em 2/S/X6 efetuou a ‘compra de 10 unidades da matéria-prima Y. Em 3/3/X6 requisitou do estoque 6 unidades ‘dessa matéria-prima, cuja requisigao foi valorizada em § 80.400,00. CCalcule o valor pago 20 fornecedor, considerando que houve incidéncia de ICMS (18%) «IPI (8%) sobre o valor da compra'e que esses impostos so recuperdveis. Considere finda, que o seguro e o fete foram contratados pela J. D. Flores, importando em gasto adicional de § 11.000,00. 46. Aempresa J. P. Pinho Ltda. inciou suas atividades fabris em marco/XS. Por estar ciente da dficuldade quanto & obtencdo de certa matéria-prima, comegou a adquir-la um ‘més antes. Em fevereiro e margo foram adquiridas, de diversos fornecedores: Data | Quantidado (em) | Valor unitrio pago 20 fornecedor (8) 1.000 44,00 252 600 199.50 7a 1200 355,00 059 1.500 555.00 [103 [ 300 610.50 208 300 685,00 258 1.200 7230 308 2.00) 77100 Nos valores acima, estdo ineluidos apenas 08 seguintes impostos: 11% de IP © 18% de TOMS. © frete e 0 seguro foram contratados pela J. P. Pinho, representando um gasto ‘adicional correspondente a 0,5% do valor pago pela matéria-prima sem impostos. {As requisigbes emitidas em margo foram: 80» Custos 73 | 3000 produto A a3 | 18000 Produo B 228 000 rode B 2a [15000 produc Calcule, pelo UEPS, o custo da matéria-prima apropriada aos produtos, considerando ‘que 296 representam perdas normais de processamento, produto X, que consome as matérias-primas 17. A empresa J. D. Giéria Ltda. fabrica 0 Pea. Essa empresa utiiza © custo médio ‘maio/X2 08 custos unitrios das Durante 0 proceso de fabricaglo, ¢ normal ocorrerem requisitada de cada matéria-prima. Cada unidade acabada de X pesa 1,05 kg, correspondente & aplicagao liquida de 0,70 kg de P e de 0,35 kg de Q. ponderado mével para valorizar seus estoques. Em requisigbes foram: 100,00/kg © Q = $ 230,009. Perdas de 12,5% na quantidade Calcule 0 custo da matéria-prima para cada unidade do produto X. 18. A empresa J.D. Mayo Ltda. adquiriu, em maio/X6, 500 kg de chapas de ago, pagando ‘0 forecedor $ 28,920,00. Nesse valor estdo incluidos 1896 de ICMS e 10% de IP! Incorreu ainda em gasto com frete e seguro, no valor de $ 3.200,00. Qual foi o custo ‘debitado no estoque, considerando-se que esses impostos s 19. A.Casa de Ferragens Ferro Ltda que comercializa di No inicio de margo/X3 seu esioque de dobradicas esta Nesse més reallzou as seguintes compras: recuperdveis? versos produtos, constatou que va zerado, 4 [Dobratgas Rey Liga 5000 $5000.00 12 | Metairgica daguare Lda ooo $6300.00 20 _| Gia. Ate e Fecha Lida 200 $2400.00 Foram requisitadas as seguintes quantidades do estoque para vendas: 6 | Requsigso ne 195 400u | 15 | Requsigio217 00 25 | Requbgdo 301 S00 Determine: 4. O custo de produgdo das 20 unidades de J. Considerando © PEPS, qual fio saldofisico e monetéro veriicado ao final de margo? 20. Considere que na fabricagao do produto J é consumida a matéria-prima X. Em determi- nado més, 0 estoque inicial de X era zero. Nesse més foram adquiridos 500 kg dessa ‘matéria-prima, ao prego de $ 100,00 0 quilo, estando incluso nesse valor 18% de ICMS. Foram utilizados 4/5 dessa quantidade na fabricagdo de 20 unidades do produto. 0 custo da mo-de-obra direta eos custos indiretos de fabricagao totaizaram § 37 200,00 no més. Foram vendidas 15 unidades desse ‘produto ao prego unitrio de § 5.000,00, ‘estando incluso nesse valor 18% de ICMS, G3’ Méo-de-obra direta 25. 26. Capitulo 2 Custeio por absorgio . © luoro bruto do més. «. 0 valor do ICMS a recolher. Considere que a Companhia Giba S.A. fabricou 50 unidades do produto N, requistando para essa produgdo 10 toneladas de corta matéria-prima. A perda normal de matéria- prima durante a fabricagao 6 de 10%, (0 custo da requisigao da matéria-prima fol de $ 20.000,00, tendo a empresa, ainda, ‘custo de mao-de-obra e custos indiretos, importando em $ 30.000,00. Determine o custo unitério de N. Em 19X6 o estoque inicial de certa matéria-prima totalizava $ $5.000,00. Durante o ano foram adquirdos $ 1.843,000,00 dessa matéria-prima. No final do ano 0 estoque era {de § 103,000,00. Qual 6 0 custo da matéria-prima consumida? ‘A empresa Ginga Lida. fabrica 0s produtos Samba e Valsa, que consomem a matéria~ prima P. No més de maio/X4, o estoque inical dessa matéria-prima era zero. A empresa adquiriu, nesse ms, 1 tonelada de matéria-prima, pagando ao forecedor $ 30.000,00. NNesse valor estava incluso 18% de ICMS (recuperdve). No final desse més, 0 estoque de matéria-prima era de $ 2.46000. No més, foram consumidos 300 kg na fabricago de Valsa. O restante da requisi¢ao foi utiizado na producao de Samba. Determine o custo da matéria-prima consumida na produgao de Samba e de Valsa. ‘A-empresa Omega S.A. fabrica o8 produtos Alfa e Beta, que consomem a mesma ma- téria-prima. Em marco, 0 estoque inical dessa matéria-prima era zero. No dia 5 de margorks foram adquiridos 520 kg do fornecedor J. D. Lopes Ltda., pelos uals a empresa pagou & vista § 149.800,00. [esse valor estéo inclusos 7% de IPle 18% de ICMS, recuperdveis. 0 frote © 0 seguro foram pagos pela Omega, importando em $ 15.200,00. No dia 10 de margo foram requisitades 200 kg para aplicar na fabricagao de Alfa, eno dla 17 de marco, 180 kg para a fabricagao de Bete. Caleule 0 custo da matéria-prima a ser apropriado a cada produto, elaborando para {sso uma ficha de estoqus. ‘Como distinguir a mao-de-obra direta da méo-de-obra indireta? ‘Caso um funcionétio classificado como mao-de-obra direta venha a executar um servigo nna casa de campo do dono da empresa em que trabalha, 0 custo correspondente a0, periode de execugto desse servico serd classificado como direto? Justiique. Podemos dizer que 0 custo dos funcionérios classificados como méo-de-obra direta 6 sempre direto? Como ¢ composto 0 custo da mao-de-obra? Qual a diferenga basica entre custo da mao-de-obra e folha de pagamentos? © tempo improdutivo 6 considerado custo de méo-de-obra deta? Cite cinco encargos sociais ¢ trabalhistas obrigatérios, Cite trée encargos sociais e trabalhistas conquistados em negociages com sindicatos de classe ou com a empresa, or que se excluem os domingos ¢ feriados do caiculo de dias trabalnados para obten- (¢80 dos encargos sociais e tabalhistas dos funcionérios horistas, mas 0 mesmo no 6 feito para o ealeulo dos mensalistas? Qual a dferenga entre o célculo dos encargos socials e trabalhistas dos funcionatios, horistas @ 0 dos mensalistas? Todas as empresas tam exatamente o mesmo percentual tinal de encargos socials © trabalhistas? Por qué? ‘Qual a diferenga entre as horas registradas no cartdo ou livro de ponto @ as horas re- istradas nos boletins de apontamento de produgao? 81 82 Custos 37. Qual a finalidade de se apontar horas improdutivas? '38. Como apropriar aos produtos o custo das horas improdutivas? 39. Considere duas empresas. Uma costuma abonar até cinco faltas anuais de seus funcio- ‘narios, além das legals. A outra no abona nenhuma além das legais. Em qual delas o percentual de encargos sociais trabalhistas sera mais elevado? Explique. 40. Um funcionario ¢ contratado com salério de $ 4,00 a hora. Nessa empresa, os encargos socials e trabalhistas representam 113,5% dos saldrios. Determine o custo-hora, 41. 0 custo-hora de um funcionario ¢ de $ 18,48, O salério-hora é de $ 8,40. Determine o Ppercentual de encargos socials e trabalhistas. 42, Na Marcenaria J. Pratininga S.A, foram montadas 1.300 mesa e 5.070 ca ‘de marco/X7. Gada mesa consome 15 minutos, e cada cadeira, 6 minutos. Na montagem, ha trés funcionarios com salérios de $ 7,50 por hora e 2 funcionarios ‘com salérios de $ 8,00 por hora. Os encargos socials e trabalhistas correspondem a 112,5% dos salaros, Em margo, més de 31 dias, houve 5 domingos e 4 sabados (nessa empresa ndo se trabalha aos sébados). A jornada semanal de trabalho @ de 40 horas. Durante o més, 6 faltas foram justiticadas e abonadas, 4 delas referentes a funciondrios que ganham $7.50 por hora. Determine: ‘2. O custo da mao-de-obra dreta das mesas ¢ das cadeiras, . O custo das horas improdutivas. 43. Considere que no departamento Alfa haja apenas 1 funciondrio classificado como mao- de-obra direta. Seu salério é de $ 10,00 a hora. O percentual de encargos sociais © ‘rabahistas corresponde a 100% dos salérios Em certo més de 30 dias howve 4 domingos ¢ 1 feriado, que cal em uma segunda-teira ‘A Jornada de trabalho é de 44 horas semanais, sem compensar os sabados, Oitenta por ‘cento do tempo disponivel desse funcionério foi apontado como produtivo, eo restante, ‘como improdutivo. Caicule 0 custo do tempo produtivo @ o do tempo improdutivo, 44, A J. D. Campos S.A. fabrica tr®s modelos de catrinhos infantis: Luxo, Padrio © Popular. ‘Seus departamentos produtivos sto montagem e acabamento. Em maio, as quantidades fabricadas e os tempos unitérios apontados foram: Luxe | u 3h 2h Poctio eu 2h 2h Popular 1200 15h th 5 salérios pagos pela empresa so o8 seguintes: no departamento de montagem, '$ 6,00/n para cada um dos trés funcionarios diretos; no acabamento, $ 8,00/h para ‘cada um dos dois funcionatios diretos. Em maio, houve 4 sabados, 4 domingos e 1 feriado, que calu em uma quarta-feira. A Jomada de trabalho é de 40 horas semanais, e ndo se trabalha aos sabados, CConsiderando que os encargos sociaise trabalhistas representam 120% dos salarios, calcule: ‘a. O custo da mao-de-obra direta apropriada & produgdo de cada tipo de carrinho. b. O custo das horas improdutivas de cada departamento, 45. O saldrio-hora no departamento de costura da confeceao J. Oriental SA. é de $6,48. 03 ‘encargos sociais e trabalhistas representam 125% dos salérios. Nesse departamento hha 6 funciondrios classificados como méio-de-obra deta. A jomada de trabalho ¢ de 40 horas semanais, nao se trabalhando aos sabados. Capitulo 2 - Custeio por absorgio Em certo més houve 20 dias Geis, e nenhum funcionéro fatou. CConsiderando que nesse més foram fabricadas 3.500 calcas masculinas e que o tempo de costura de cada pega é de 15 minutos, pergunta-se: ‘2. Qual é 0 tempo total apontado como produtivo e qual é o seu custo? 'b. Qual é 0 tempo total apontado como improdutivo e qual é 0 seu custo? CConsidere que em um departamento da empresa J. Jaragué Ltda, os salérios dos funcio- nrioe diretos eejam de § 5,00 por hora. Os encargos sociaisetrabalhistas representam 107%. AA tabela a seguir mostra os produtos fabricades por esse departamento no més de ou- ‘ubro/X3, indicando a quantidade de pecas fabricadas e o total das horas apontadas. Caleule ¢ custo da mao-de-obra direta de cada unidade de X, de ¥ @ de Z. os | 5] Y z CConsidere que no departamento de costura da Confeccdes J. Bela Vista hala 5 funcio- nérios diretos. No més de abril, de 30 dias, houve 5 domingos e 4 sébados (nenhum {eriado). Nesse més, ocorreram 3 faltas. A jornada de trabalho ¢ de 44 horas semanais, no se trabalhando aos s4bados. Supondo-se que ocorreram 77 horas improdutivas, rnesse més, determine o nimero de horas produtivas. (© funcionérlo Pedro Pedreira éo unico soldador da empresa Soldatudo S. A. Em abrilX6 ‘Seu cartéo de ponto acusou o seguinte: Horii de entada | Horio do aida Horio de envada | Heréio de sida 800 17.00 800 1700 800 1.00 300 17.00 500 1700 800 1700 800 1700 800 17.00 ~[=[efs|alelele 2 3 4 800 1700 6 |__600 i700 eo. | 00 Os boletins de apontamento de producdo emitides diariamente polo sr. Pedro Pedreira foram digitados, gerando 0 seguinte relator para o més: 83 84 Custos Produ a Produo Beta Produ Gama Fata de onergia ltica “Tempo parado por maquina quebrada “Tempo parado por fata de material ‘Total de horas 168 salério do er. Pedro ¢ de $ 4,50 por hora. Os encargos sociais¢ trabalhistas repre- ‘sentam 108% dos salérios. Considerando que haja 1 hora de intervalo na jomada didria: 1. Determine 0 valor do salério do sr. Pedro constante da foiha de pagamentos da empresa. ». Calcule 0 custo-hora do departamento de solda, Cc. Caloule 0 custo da mao-de-obra direta apropriada aos produtos. 4d. Calcule 0 custo das horas improdutvas. ‘A Fundigdo Agomole Ltda. fabrica trés tipos de picareta: pequena, média e grande, em {és departamentos produtivos: fundigao, montagem e acabamento. Considers as afirmativas a seguir ‘+ Na fundigio hd trés funcionérios dretos que recebem, cada um, salério de $ 12,50 por hora, Na montagem ha quatro funciondrios diretos que recebem, cada um, § 8,50 por hora. No acabamento ha dez funciondrios dretos que recebem, cada um, $ 18,00 por hora No més de novembra/X2, de 30 dias, houve quatro domingos, quatro sabados e dois feriados (um deles caiu em uma segunda-feira © 0 outro, em uma terca-feira) [No departamento de acabamento houve ts faltas justiicadas e abonadas, {A jornada semanal de trabalho é de 40 horas, compensando-se 0s sabados. (© apontamento das horas produtivas resultou em: 400 horas na fundigo, 500 horas ‘na montagem e 1.400 horas no acabamento. Calcule: ‘2. O custo do tempo produtivo de cada departamento, 'b. © custo do tempo improdutivo de cada departamento. ‘Observacio: Os encargos sociais e rabalhistas representam 112,5% dos salérios. ‘A Cia, Pan Kada Lda, fabrica dois tipos de pira-choque: © convencionl, que ¢ galva~ nizado, @ 0 especial, pintado de preto fosco. No més de junho/X1, a produce e os tempos unitérios (HH) de fabricagao foram os. seguintes: CConvenconal | _2.800u 18ninuos Especial 21000 = Binds © total de horas produtivas representou, por departamento, os seguintes percentuais {as horas disponiveis: + Estamparia = 70%. Capitulo 2-Custeio por absorcio «85 * Galvanizagio = 80% + Pintura = 60%. Nesee més, de 30 dias, houve quatro domingos © um feriado, que calu em uma quar- ta-feira. A jornada de trabalho @ de 42 horas semanais, sem compensar os sabados. Nenhum funcionériofaltou durante o més. © ndmero de funcionétios e os salérios pagos pela empresa sio os seguintes: ‘= Estamparia: 20 funciondrios; 2/5 deles sao de nivel |e ganham $ 3,00 por hora; os domais s80 de nivel Il © recebom $ 3,50 por hora. Galvanizagio: § funcionarios; 40% s&o de nivel | ¢ ganham § 5,00 por hora; os demais 880 de nivel Ile recebem $ 4,50 por hora. Pintura: 6 funciondrios: 50% so de nivel le ganham § 5,50 por hora; os demais s0 de nivel le recebem $ 6,00 por hora. Calcule 0 custo da mio-de-obra direta apropriada aos respectivos produtos, conside- rando que 08 encargos sociaise trabalhistas representam 120% dos salarios, ‘A abrica de amortecedores QG Lida. possui dols departamentos produtivos: usinagem ‘e montagem. Na usinagem, o apontamento de horas é feito por hora-maquina (HM), @ na montagem, ppor hora-homem (HH). Na usinagem ha cinco maquinas; cada uma 6 operada por um torneiro e um ajudante, que recebem, respectivamente,saldrios de $ 3,00 e $ 1,80 por hora. Na montagem hi {quatro operaios que ganham § 2,00 por hora. No més de agostoX2 howve quatro domingos e um feriado, que calu em uma quarta-feira A jornada de trabalho ¢ de 44 horas semanais, nfo se compensando os sébados. Das horas disponivels na usinagem, 40% foram apontadas na produgo dos amortece- dores de automdveis, 40% na produgto dos amortecedores de caminhdo e o restante ‘como horas improdutivas, por diversos motivos. "Na montage, 25% das horas disponiveis foram apontadas na produgao dos amortece- dores de automdveis, 50% na producto dos amortecedores de caminhio e o restante ‘como horas improdutivas. Calcule o custo da mdo-de-obra dreta de cada produto ¢0 custo das horas improdutivas, ‘considerando que os encargos socials trabalhistas representam 125% dos salarios. fe que ndo houve faltas durante o més. ‘A empresa J. Continental S.A. possul dois departamentos produtivos: OP1 e DP2. A pprodugdo e 0s respectivos tempos unitarios de certo més foram os seguintes: Produtos | Quantdade | OPt 2 Pt 200 30h 50h P 1800 40h 30h PS 2500 25h ‘45h ‘A jomada de trabalho 6 de 40 horas semanais, ¢ nfo se trabalna aos sébados. (© primeiro dia desse més, de 30 dias, calu em uma sexta-feira; houve um feriado, ‘que calu em uma quinta-feira, @ no houve expediente na sexta-felra subseqUente. Nenhum funciona faltou durante o més. (© numero de funcionérios e os salaros, por departamento, so os seguintes: + DP1 = 15 funcionétios com salérios de 10,00/h cada um. DP2 = 18 funcionérios com saliros de 19,00/h cada um. (© tempo improdutive do DP1 totalizou 180 horas, e o do DP2, 256 horas. ‘A empresa mantém uma poltica de treinamento constante de méo-de-obra; desse ‘modo, qualquer funciondrio do DP1 pode trabalhar no DP2, e vice-versa, quando ha necessidade, 86m Custos 54, CConsiderando que os encargos sociais e trabalhistas representam 130% dos salérios, caloule o custo da mao-de-obra apropriada aos produtos. Considere os dados a seguir @ apure o custo da mdo-de-obra do departamento de mistura da Cia. de Alimentos Papaya S.A., calculando o custo das horas produtivas © das horas improdutivas. "© O nlimero de funcionérios e os saldrios pagos so: 5 operadores de nivel | com saldrio de $ 5,00 por hora: 3 operadores de nivel I com salério de $ 5,50 por hora; 2 operadores de nivel ll com salério de $ 7,00 por hora. +O regime de trabalho é de 44 horas semanais, @ nao se trabalha aos sébados. Os fencargos sociais e trabalhistas representam 113,5% dos saléios. ‘+ Em outubro/XS, més de 31 dias, houve dois feriados: um caiu'em uma segunda-feira ‘00 outro, em uma quinta-feia. Na sexta-feira subseqUente ao segundo feriado néo houve expediente, Nesse més houve quatro sébados @ quatro domingos. + Ocorreram duas faltas de operadores de nivel |, que foram justficadas © abonadas. + Nesse més, 5% das horas disponiveis no departamento foram apontadas como improdutivas. No departamento de pintura de uma empresa ha dois funcionarios diretos. O sr. Joao recebe salério de $ 5,00 por hora, @ 0 sr. Pedro, de $ 6,00 por hora. (© primero dia ti de um certo més de 31 dias cal em uma sexta-feira. Houve um feriado {que caiu em uma terca-fera (a segunda-feira dessa semana nao fol compensada). O ‘sr. Pedro faltou dois dias, que foram justificados e abonados, ‘A jomnada de trabalho é de 40 horas semanais, @ no se trabalha acs sabados. Os en- cargos socials @ trabalhistas representam 116,5% dos salérios. 'Nesse mas foram fabricadas 200 unidades do produto Alfa, cada qual consumindo 3/4 {de hora, e 200 unidades do produto Beta, cada qual consumindo 42 minutos. Determine o custo da mo-de-obra direta de Alfa e de Beta e o custo das horas impro- dutivas. Qa» Custos indiretos de fabricagao %ad aFad Composicao dos custos indiretos de fabricagao. 5. 56. 7, 50. 60, 6 Dificuldades para estabelecer as bases de rateio. Algumas bases de rateio mais comuns. Explique © que voo8 entende por custo indireto de fabricagéo. Podemos tratar algumas matérias-primas e alguns casos de mao-de-obra direta como Custos indiretos, para fins de apropriagao aos produtos? Em quais circunstancias isso corre? aconsetnavel mudar uma base de rateio que ndo se mostre adequada a determinada conta de custos indiretos, mesmo que ela ja venha sendo adotada ha muito tempo? (Ou é melhor manté-la? Justifique. 3. Que fatores so levados em consideragao na determinagao das bases de ratelo dos custos indiretos de fabricacao? ‘Se uma conta de custos indiretos de fabricacdo tiver um custo insignificant, como ppoderemos traté-la no mapa de custos indiretos de fabricagao? ‘Acenergia elétrica normaimente étratada como custo indireto, Podemos traté-la como ‘custo direto em alguma situagao? Calcule o custo dos produtos X, ¥ © Z considerando quatro bases de rateio dos custos indiretos. Para isso, reproduza o quadro a seguir quatro vezes, uma para cada base de ratelo. Nao se esquoga de indicar em cada quadro a base que voc® utlizou. Capitulo 2~Custeio por absorgio 87 Custo da mfo-decbra deta | $750000.00 | $ 126.000.00 | $1800.00000 | $2.676.000.00 Gusto damatéiepima | $€90.00000 | $30000000 | $5000.00000 | $6.190.000,00 Total do uso rte ‘Custos indretos de $720,000 00 fabricagdo Cust total “Tempo de fabcarso 200h Oh 00h 70h 62. Ratele as contas de custos indirstos abaixo aos produtos, com a base que julgar adequada a cada uma, uantiadefabicada Bases para ratelo | a Tempo de fabiano b, Peso do produto Contas Energi elitca $750.00000 4. Mao-e-braindeta $70.00000 © Depreiago das maqunas $50000000, 1. Manton das maquinas| ~$30.00000 Mater de intr (ita, sven et) $2500000 69, O departamento de colocagdo de tampas em garrafas da tabrica de refrigerantes Agua Doce Ltda. teve 08 seguintes custos no ano de 19X7: Mao-dectra ndrela | $3.200.00000 Labia '$700.00000 | Energia tics '$950.00000 Depresigto $500.00000, Outs custosindretos | § 1.200.00000 esse periodo, a produgto fol de: Garata de051 7.000 iis Garafa de 1,01 8000 dias Garafa de 151 5000 dis Efetue 0 rateio dos custos indiretos aos produtos. 64, Os custos da empresa ABS Ltda. no més de margo foram os seguintes: 88m Custos $380.00000 '$20.00000 500,000,00 $190.00000 $75.00000, $120,000,00 $206.00000 $95.000,00, $45.000,00, $ 1500000 $1000.00, ‘A produce desse més, com os raspectivos tempos e pesos unitarios, foi de: A 20000 40 875 8 700 25 250 a 35000 70 1000 a. Efetue 0 rateio dos custes indiretos aos produtos com base nos tempos total. b. Efetue o ratelo dos custos indiretos aos produtos com base nos pesos totais. 65. Os custos indiretos de fabricagao da Fabrica de Velas Chama Quente S.A. totalizaram '$ 12.500,00 no més de junho/X7. Com base nessa informagao, efetue 0 ratelo aos pprodutos conforme o custo direto, ‘Vela de moto $14.200,00, Vela colriga $6250.00 ‘Vela pertumada $10.800,00 4a Departamentalizacao dos custos indiretos 66. O que 6 departamentalizacao? 67, Em sua opinigo, que melhoria a departamentalizagio pode trazer para a apropriacdo dos custos indiretos aos produtos? 168. Como podemos agrupar os departamentos da divisio de fabrica? 69. Explique o que 6 departamento auxiliar 70, Explique o que é departamento produtivo, 71. Como se prepara a estrutura do mapa de custos indiretos de fabricagtio (departamentos econtas)? 712. 0 almoxarifado ¢ a expedigao s80 departamentos auxliares ou produtives? Expique. 73. Descreva quatro contas de custos indietos que sejam apropriadas aos departamentos ‘por meio de rate 74, Descreva quatro contas de custas indiretos que sejam apropriadas aos departamentos ‘sem que haja necessidade de ratcio. 75. Explique o que & centro de custos. Capitulo 2-Custeio por absorgio 89 76. Suponha que em um departamento haa tés grupos de maquinas: pequenas, médias fe grandes. Eases grupos tém custos diferentes e realizam atividades em produtos ‘istintos. Em sua opinio, deve ser criado um centro de custos para cada grupo de maquinas? Justifique 7. Explique qual a necessidade de departamentalizar uma empresa que fabrica um (nico tipo de produto, 78. 0s custos indiretos de fabricagio apropriados aos departamentos da empresa J.D. Oriente Lida, resultaram nos seguintes valores: + Administragao geral da tabrica = $ 1.720.000,00. + Almoxarifado = § 580.000,00. + Mistura = § 3.230.000,00. ‘+ Ensacamento = $ 2.520.000,00. |A administragao geral da fabrica 6 rateada da seguinte manera: 10% ao almoxartado @ ‘ restante igualmente distrbuido entre o departamento de mistura eo de ensacamento, 0 almoxaritado tem seus custos rateados da seguinte maneira: 35% ao departamento ide mistura 6 0 restante ao departamento de ensacamento. ‘A mistura tem seus custos rateados aos produtos pelo peso processado:; ja.o ensaca- mento tem seus custos rateados aos produtos pelo tempo gasto. Gasta-se o mesmo tempo para ensacar 1 saco do produto B ou 4 sacos do produto A. No més foram fabricados 5,000 sacos do produto A, cada um com 24 kg, ¢ 6.000 sacos do produto B, cada qual com 30 kg, Calcule o custo indireto apropriado ao produto A e ao produto B. 79. A empresa G. Viana Ltda. fabrica o8 produtos Aife, Beta © Gama. Durante o més de ‘outubro, sua produgao fol a seguint: + Produto Alfa = 1.200 u. ‘+ Produto Beta = 800 u. + Produto Gama = 9.500 u. Seus departamentos s8o: administrago goral da fabrica, almoxarifado, manutenao, caldeirara, tratamento térmico @ acabamento, e seus Custos indiretos de fabricagdo foram: Custos Nlo-deaba ints 1.850.000 00 Energia oti 226,000.00 Deprecarao [__$48.000.0 Materia aula prodicio '$ 210.00000 ‘teo combust (para aquecmento do foro de ratamento rico) $35,00000, ‘Auguel do préio §165:00000, Telefe $1500000__| Lies [szamm00 | Considere as seguintes afirmativas: = Améo-de-obra indireta ¢ apropriada aos departamentos conforme a folha de pa: ‘gamentos: almoxarifado = 596; manutengo = 5%: administragao geral da fabrica 230%; caldeiraria = 25%; tratamento térmico = 10%; acabamento = 25%. ‘A energia elétrica & rateada aos departamentos conforme a poténcia instalada: almoxarifado = 40 kW; manutengdo = 120 KW; administragdo geral da fébrica = 60 kW; caldeiraria = 300 KW: tratamento térmico = 200 ki; acabamento = 180 kW. + Adepreciagao 6 apropriada aos departamentos conforme os registros de ativo fixo na contabilidade: almoxarifado = 3%; manutengao = 12%; administragdo geral da fAbrica = 109%; caldeiraria = 35%; tratamento térmico = 25%; acabamento = 15%, ‘+ Os materiaisauxiiares sto apropriados aos departamentos conforme as requisicoes ‘emitidas ao almoxarifado: manutencéo = 10%; caldelraria = 70%; tratamento térmico 5%; acabamento = 15%. + 0 6le0 combustivel é apropriado somente ao tratamento térmico. ‘+O aluguel é rateado aos departamentos conforme a rea ocupada: almoxaritado 25 m; manutengo = 30 m’; administraco geral da fébrica = 100 m*; caldeiraia, ‘300 mt; tratamento térmico = 120 mé; acabamento = 250 mr. ‘A conta de telefone ¢ apropriada somente & administracdo geral da fabrica, ‘+ Aconta de agua 6 apropriada da seguinte maneira: 50% para o tratamento térmico {©0 restante na administracdo geral da fabrica. + Os departamentos auxilares tém sous custos rateados da seguinte maneira: ‘Aciministrago geral da fabrica: pelo nimero de funcionérios da fabrica. Almoxarfado 5; administragao geral da fabrica = 14; calderaria = 98; tratamento 4 ‘Almoxaritado: pelo numero de requisigbes atendidas. Manutengdo = 40; caldetraria = 115; tratamento térmico = 20; acabamento = 75, Manutengo: rateada pelo nimero de chamadas atendidas. Caldetrara = 92; rata- mento térmico = 16; acabamento = 16. + Os departamentos produtivos tm seus custos rateados aos produtos da seguinte maneira Caldeiraria = pelo tempo total apontado. ‘Tratamento térmico = pelo peso total tratado. ‘Acabamento = pelo tempo total apontado. + 0s pesos e tempos apontados sé ‘fa a 35h 30h Beta 65019) 40h 1308 Gama 11.00% = 50h Determine os custos indiretos apropriados a cada produto. 80, A metalérgica Caldeirinha Ltda. fabriea equipamentos de uso siderirgico. Sua linha de produtos 6 composta de panelas, tambores e cagambas, ‘Seus departamentos fabris so: pintura, montagem, usinagem, caldeiraria, administraga0 geral da fébrica, almoxarifado, manutengao e controle de qualidade. No més de agosto, a produgdio e os tempos apontados foram: sinagom | Montagom Pane u s ms | 8 = Tamer au o 2 a a Corpmba | 25u Ey 8 4a 0 (0s custos indirtos de fabricagio, bern como os débitos @.s rateios, esto discriminados no quadro a seguir: [ss [= _6. Hore (7 [2m (hee yeti #|8]2 | z im a ra [3] Capitulo 2~Custeio por absorgio 91 A. __ Total ede fncondios 3 3 104 ‘Area ocupada i) 600 Nee requisites 1257 Poténia em kW 3320 Horas de manutengo 570 Horas do cont qual. 720 Mao-deaba india $250,000.00 Depresanso $1200000 Material ava | $63.000,00 10. Combustibricantes $8000.00, 11, Telefon $2000.00 12. Agua $0000 18, Auguel $121,000.00 14, Energi alice $149400,00 15, Seguros $2000.00 | 16. Outros custo [ $2000.00 Considere as seguintes afrativas * O-aluguel ¢ rateado aos departamentos conforme a érea ocupada + Aenergia elética 6 rateada aos departamentos conforme a poténcia instalada. ‘© O seguro 6 rateado aos departamentos conforme o custo da depreciagao. + 0s outros custos eo rateados aos departamentos conforme o custo da mao-de- obra indireta, ‘A administragdo geral da fébrica é rateada aos demais departamentos pelo nmero de funcionérios. © almoxarifado 6 rateado aos demais departamentos conforme o nimero de req) ‘sigSee de materais atendidas, ‘A manutengao e 0 controle de qualidade sao rateados conforme as horas apontadas. (Os dopartamentos produtivos sao rateados aos produtos conforme os tempos apontados. ‘Com base nesses dados, determine o custo indireto de fabricagao apropriado a cada produto. A Cia. Pink and Blue Ltda. tem dois departamentos auxilares © dois departamentos produtives, respectivamente: DAAZUL, DAVERMELHO, DPPRETO e DPBRANCO. No més de margo, os custos indiretos de fabricacto apropriados cada departamento foram: Departamento DAAZUL [ DAVERNELHO DPPRETO DPBRANCO 92m Custos Conforme estudos efetuados, a atividades que cada um dos departamentos auxiiares esenvolveram para os demals departamentos podem ser expressas nos seguintes ppercentuais de trabalho: + De DAVERMELHO para DAAZUL = 20%. + De DAVERMELHO para OPPRETO = 20%. ‘= De DAVERMELHO para DPBRANCO = 50%. De DAAZUL para DAVERMELHO = 10%. ‘De DAAZUL para DPPRETO = 63%. De DAAZUL para OPBRANCO = 27%. ‘A produgo do més foi a sequinte, com os respectivos tempos unitarios de fabricagao: DPPRETO Pi 3.000 30h 40h Bue 50000 42h 26h Determine os custos indiretos apropriados a cada produto. (0s departamentos produtivos da empresa J.P. Pinho S.A. sos seguintes: corte, onde ‘io trabahados os produtos Alfa e Gama; montagem, onde so trabalhados os produtos ‘fa, Beta e Gama; pintura, onde so trabalhados os produtos Beta e Gama. No m&s de novembro, os custos indiretos de fabricagéo foram: Mio-de-obra indireta = § 850.000,00, apropriados aos departamentos conforme a ‘olha de pagamentos: corte = 20%; montagem = 503; pintura = 30%, Energia eltrca = $ 300,000,00, rateados aos departamentes pela poténciainstalada: ‘corte = 300 kW; montagem = 200 kW; pintura = 100 kW. ‘Aluguel = $ 300,000.00, rateados aos departamentos pela drea ocupada: corte ‘300 m#; montagem = 400 m’; pintura = 500 m. Depreciacéo = $ 150.000,00, apropriados aos departamentos conforme os registros de ativo imobilizado na contablidade: corte = 40%; montagem = 40%; pintura = 20%. (0s custos indiretos dos departamentos so rateados aos produtos por eles trabalhados conforme as horas apontadas. Nesse més, os tempos unitarios foram: 20h, 100h = = 150% 80h 50h foon 120h Determine os custos apropriados aos produtos, considerando a seguinte producao: Alfa = 5,000 u, Beta = 2,800 ue Gama = 800 u ‘A empresa Omega Ltda. apresentou os seguintes custos indiretos no més de mar- o/XB: ‘+ Leasing dos equipamentos « $ 10,000,00. Energia elétrica = $ 12.000,00. + Mao-de-obra indireta = $ 20.000,00, + Outros custos = $ 8.000,00. © rateio dos custos indiretos aos departamentos é feito da seguinte maneira: Capitulo 2 - Custeio por absorgio 93 Leasing: 60% para o departamento de corte © 40% para o departamento de mon- tagem. Energia elétrica: conforme a poténcia instalada. Mao-de-obra indireta: pelo numero de funcionatios. (Outros custes: apropriado somente ao departamento de administragao geral da tabrica © quadro a seguir mostra as bases de rateio utiizadas. Departamento. Potinciainstalada | Namero de funcionrios coy (Giretos + indretos) ‘Adminisragao geal da fabrica 0 ‘tt Core 00 8 oniagem 200 8 intra © 2 Considere que os custos do departamento de administragao geral da fabrica tém a se- ‘uinte distibuigao: departamento de corte = 40%; departamento ce montagem = 40%; epartamento de pintura = 20%. (0s departamentos de corte, montagem e pintura so rateados aos produtos conforme as horas apontadas: Produtos | Departamento | Departamento | Departamento decorte | _demontagem | _ depintura Prout Aa = 105" 20h Proto Bat 00h = Produto Gama e Produto Teta 25h Calcule 0 custo por produto via departamentalizagé S43 a GAB Sazonalidade dos custos indiretos e de produgao. Taxa de aplicagdo de custos indiretos. Variagao de custos indiretos. Andlise da variago de custos indiretos Explique por que 0s custos e a produgdo de uma empresa podem no ocorrer homo~ ‘geneamente ao longo do ano. Explique a utlidade da taxa de aplicagao de custos indiretos. Como ocorre a variagao de volume? Explique. Como ocorre a variagéo de custos? Explique. Suponha que uma empresa realize a manutongao de seus equipamentos em janeiro. © custo desea manutengao deve ser apropriado somente & produgdo desse més? Se 0 volume de produgdo efetiva igualar-se a produgdo estimada, que custos indiretos terdo sido apropriados a ela por meio da taxa de aplicagao de custos indiretos? ‘Que dados so necessérios para calcular a taxa de aplicagdo de custos indiretos? Se a taxa de aplicagdo de custos indiretos nao fosse utlizada, como se comportariam 108 custos de um produto ao longo de um ano? ‘Suponha uma empresa que trabalhe com a taxa de aplicagdo de custos indiretos. Ao se encorrar o exercicio, verifica-se que ha uma variagdo entre os custos indiretos feais © 0s aplicados. O que deve ser feito com essa variagao? ‘Suponha duas empresas exatamente iguais que fabriquem os mesmos produtos © 94m Custos tenham iniclado um exercicio com todos os estoques zerados. Nesse exercicio, elas tiveram a mesma produgo e os mesmos custos. Uma trabalha com a taxa de aplicacao de custos indiretos, ea outra nfo. Em que situagdo, ao final desse exercicio, as duas terdo exatamente os mesmos resultados (lucro ou prejuizo)? ‘A Cia, Baruer Ltda. trabalha com a taxa de aplicagdo de custos indiretos em razio da ‘sazonalidade de custos e de produgao, Para o ano de 19X7 foram estimados os seguintes nimeros: + Produgao = 6.000 kg. * Custos indietos variéveis = $ 150,00/kg, ‘+ Custos indireios fixos = $ 750.000,00 para o ano. Encerrado o ano, constatou-se que a produgao fol de 7.000 kg e que os custosindiretos reais totalizaram § 1.925,000,00. Determine 0 CIFA @ a variagao total de CIF. A tébrica Pica-pau Ltda, estima os seguintes ndmeros para o exercicio de 19X2: ‘+ Produgdo = 5.000 mesas de sala e 8.000 mesas de cozinha. + CiFs fixos = $ 19.125,00. *+ CFs varidveis = $ 1,30 por hora Os tempos de fabricago sao: para mesa de sala, 3.5 hu; para mesa de cozinha, 1,0 hu. Encerrado 0 exercicio, constatou-se que a produgao fol de 4.600 mesas de sala e 8.500 mesas de cozinha. O CIF efetivo do ano foi de $'53.500,00. ‘Assim, pede-s a. Attaxa de aplicagao de CIF. b. A variagao de volume, ©. A variagao de custos, ‘A empresa J.H. Maria calculou a taxa de aplicagao de custos indiretos para o exercicio de 19X3 com os soguintes dados: ‘+ Produgdo estimada = 7.000 unidades do produto K. * CFs fixos estimados = $ 350,000,00/ano. ‘+ CIFs variéveis estimados = $ 100,00/u. Pede-se: ‘8, Qual foia taxa de aplicagdo de custos indiretos? 'b, Qual foi o CIFA, considerando que a producdo efetiva do ano fol de 6 800 unidades? ‘6: Qual fol a variagao total de CIF, considerando que o CIFE foi de $ 1.200.000,00 no ano? <4. Qual fol a variago de volume? ©. Qual foi a variagao de custos? f. Caso a empresa tivesse estimado a producio de 6,800 unidades para o ano de 19X3, qual teria sido 0 CIFA? ‘A empresa J. D. Abril S.A., apés avaliar 0 provavel comportamento do mercado em {que atua, estimou vender 15.000 unidades de seu produto X no exercicio de 19X3. Além disso, decidiu reduzir o nivel de estoques. No inicio de 19X3 havia 500 unidades {de produtos acabados, e a empresa esperava contar com 250 unidades no final do ‘exercicio. A estimativa dos custos indiretos fo ‘+ Fixos = $ 90.978,00/ano. + Variaveis = $ 0,68/. © tempo de fabricagao de X 6 de § horas por unidade. Encerrado 0 exercicio de 19X3, a empresa verficou que sua produc rel fi de 75,000 horas, © que os custo indiretos reas totalzaram $ 85.125,00, Venficou ainda que, das horas ‘apontadas, 8% permanecem na producdo em andamento, 85% correspondem a produtos Capitulo 2 Custeio por absorgio 95 jf vendidos e o restante permanece no estoque de produtos acabados. Determine os custos indiretos de fabrieago, apés 0 aluste da variago do CIF nas contas (saldo da produgo em andamento, saido do estoque de produtos acabados © custo dos produtos vendidos) [AGia, GAC Lida, no inicio de suas atividades, estimou vender 5.000 unidades do produto Ge 6.000 unidades do produto C no ano de 19X4. 0 estoque de produtos acabados de cada produto fol estimado em 5% do volume vvendido. Nao se estimou saldo na pradugéo em andamento. Os tempos unitarios de fabricagdo foram os seguintes: + Produto G = 40h, + Produto C= 30h, 0s custos indiretos de fabricagio foram estimados em: + Fixos = $997.500,00/ano. + Variéveis = $ 69,00/h, Encerrado o ano, @ contabilidade apurou um CIFE de $ 3.798.870,00. Durante o ano foram vendidas 4.800 unidades de G ¢ 6.300 unidades de C. O estoque final de pro- dutos acabados foi de 400 unidades de G e 500 unidades de C. Ficaram na produgao fem andamento produtos semi-acabados que correspondem a 500 horas de trabalho. Determine os custos indiretos de fabricagdo, aps 0 ajuste da variagao do CIF nas ccontas (saldo da produgao em andamento, saldo do estoque de produtos acabados e ‘custo dos produtos vendidos). No ano de 19X7, a empresa J. D. Jandaya Ltda, tave a produgao e os custos indiretos apresentados a seguir (euponha que no tenha havido custos de matéria-prima © de mao-de-obra dirta): “wie | Producto | p eens) Feo Verve! Unite Jerero ‘000 | 8000000 | seoooac0 | $11000000 | $1100 Fereeio ‘@o__| ss000000 | 4800000 | seconco | $12250 Margo i200 | ss0c0000 | sraoo00 | srzo000 | 10167 Ae 450 | sanono00 | seao000 | smeoonc | $ 10348 aie ‘1050 | sanono00 | sesoo00 | stscooco | $1782 “uno 1300 | $8000 | $7a00000 | srascooco | $9846 sho ‘000 | $8000000 | s6o00000 | $ioooo | $1000 gost 7=0__| 8000000 | seso0000 | $ 13500000 | $18000 [Setembro ‘1300 | $50.00000 | $7a00000 | $12800000 | $9846 [outer 1250 | ssaooqc0 [700000 | $rasc0000 | $10000 Novenbro | 1400 | $sn00000 | $e600000 | stieconq0 | $10545 Dezembro | 900 | 000000 | $64000.00 | $foxconq0 | $1156 Total 12800 | s600.000.00 | $608.000,00 | $ 140800000 | $ 11000 CObservagéo: Em agosto a empresa reaizou manutencao geral,importando em $ 40,000,00 (esse valor j@ esta ncorporado ao custo variavel do més). ‘Agora, faca 0 que se pede. 1. Considerando que toda a produgao seja vendida no mesmo més e que o prego de venda seja de $ 120,00/kg, determine: +o lucro de cada més; +o lucro do ano da empresa; 96m Custos *# opercentual de lucro mensal (lucro + receita: ‘= a andlise comparativa do lucro mensal b. Considere que a empresa venha a utlizar a taxa de aplicagtio de custos indiretos e, para Isso, faca a seguinte estimativa no inicio do ano: rodugao do ano = 12.800 kg Gusto fixo = $ 600.000/an0 CCusto varidvel = $ 60,00/kg Custo de manutencao = $ 40.000/an0 Determine * olucro de cada més; = olucro do ano da empresa; +o percentual de lucro mensal(lucro + receita: ‘a andlise comparativa do lucro mens Compare o luero do ane indicade ne item b com aquele indicado no item a. Que Cconclusao se pode trar? Para efeito de andlise e tomada de decisdo, qual procedimento oferece mais tran- iilidade ao gestor da empresa? “23> Empresas e seus produtos: sistemas de acumulagao de custos 400. © que significa produglo continua? Explique. 101. 0 que significa produgao sob encomenda? Explique. 102, Suponha um produto fabricado em série que aleance certo estagio de fabricacdo eseja Concluido apes a empresa receber um pedido do cliente contendo detalhes de acaba- ‘mento, o que 0 caracterizaria como um produto feto seb encomenda. Essa situagdo 6 possivel? Explique Sistema de acumulacdo de custos por ordem de servico 4103. De que maneira opera um sistema de acumulagdo de custos para empresas que traba- tham sob encomenda? 104. © que significa cotagao de pregos? 4105. Como se elabora a estimativa de custos de um produto a ser fabricado sob enco- menda? 108. Onde séo coletados 08 custos utilzados para realizar a estimativa de custos de um ‘produto a ser fabricado sob encomenda? 107. Como se adicionam as despesas administrativas © de vendas & estimativa de custos {de um produto para subsidiar a formagao do prego de venda? 108, Qual a importancia de se identiicar corretamente as aliquotas de IPI e de ICMS para a formagdo do prago de venda do produto? 109, Por melo de qual documento interno & possivel acionar todos os departamentos da ‘empresa que fabrica sob encomenda, informando um novo pedido em carteira? Que providéncias o departamento de custos toma ao ser comunicado sobre uma nova, encomenda em carteira? Como se determinam os custos de uma encomenda, quando de seu encerramento? Qual 0 procedimento adotado para classificar uma encomenda como sendo de curto prazo ou de longo prazo de fabricacéo? Explique. 3. Como se apropriam as receitas em cada exercicio de encomenda de longo prazo de fabricagao? Considere que seja utlizado 0 critério da proporcionalidade do custo total para deter- rminar a recetta de cada exercicio para uma encomenda de longo prazo. Caso o cliente Capitulo 2 Custeio por absoreio «97 antecipe um valor superior & receita que seré atribuida a um exercicio, qual deve ser 0 rocedimento com relagao a diferenga? [Uma empresa fechou um contrato de fomecimento de um equipamento para ser en- ttegue dali a trés anos. O custo estimado fol de $ 4.800.000,00, e o prego de venda do contrato foi de § 6.000.000,00. Na assinatura do contrato, a empresa recebeu um adiantamento de $ 2.000,000,00. Ao termino do prime exercicio social, a contabilidade havia acumulado $ 2.000.000,00 e custos nessa encomenda, Nao houve revisio dos custos estimados nem do prego de venda contratual No segundo exercicio social, a contablidade acumulou $ 2.500.000,00 de custos nessa fencomenda. Os custos estimades foram revisados, passando a § 6,000.000,00, ¢ 0 ppreco de venda contratual fol corrigido em 20%, © faturamento dessa encomenda, ao término da product fol de $11.000.000,00, 2 08, ‘custos acumulados desde o inicio da fabricagdo totalizam $ 8.000.000,00 Calcule 0 valor da receita para cada exercicio social pelo critério da proporcionalidade 0 custo total ‘A empresa ABC S.A. fabrica equipamentos sob encomenda. Em janeira/X0 assinou 0 ‘contrato de fornecimento de uma caldeira para ser entregue em dezembro/X2. Na época {da assinatura do contrato, o custo estimado dessa caldeira foi de $ 2.500.000,00, e 0 ‘reco de venda contratual, de $ 3.800.000,00. Encetrado 0 ano de 19X0, a contabilidade acumulou 0 custos lancados nessa enco- ‘menda, totalzando $ 750,000,00, Nesse ano nd houve revisio dos custos estimados rnem do preco contratual, No ano de 19Xt os custos estimados foram revisados, passando a $ 4.000.000,00, ¢0 prego de vendsa fol reajustado em 40%. A contabilidade langou, no ano, $1.750.000,00 ‘de custos nessa encomenda, ‘Ao concluir a encomenda, a contabilidade verficou que os custos acumulados desde ‘inicio da fabricagao foram de $ 5.000.000,00, ¢ o preco de venda reajustado contra tualmente fol de $ 6.000.000,00. Determine 0 lucro de cada exercicio social, considerando o calculo da receita pel ‘ritério da proporcionalidade do custo total ‘Admitindo que ainflago eeja 2er0 @ que os custos incoridos nos trés anos de fabricagao de uma encomenda sejam exatamente os custos estimados, determine a receita de cada ano, sabendo que: Custo estimado = $ 00,000,00. Prego de venda = § 1.000,000,00, tendo recebido 30% a titulo de adiantamento por ‘casio da assinatura do contrato, €. Custos acumulados conforme registros da contabilidade: 1° ano = $ 185.000,00; 2° ‘ano = $ 208,000.00. ‘A empresa Cobra S.A. venceu uma concorréncia para fabricar uma turbina para uma hidreletrica, com prazo de entrega de 4 anos. A estimativa de custos dessa turbina totalizou § 2.200,000,00, eo prego contatual fol de $ 2.810,000,00, No ato da assinatura do contrato, a empresa recebeu, a titulo de adiantamento, 20% desse valor. Outros 30% serdo recebicos ao final do segundo exercicio, o restante sera recebido no ato da entrega do equipamento. Dols componentes principais dessa turbina sero fabricados por empresas subcontra- tadas: a Delta S.A. fornecerd a carcaga da turbina; a Rover Lida. fornecera o rotor. Para formular 0 preco de venda, a Cobra considera uma margem de 10% sobre o custo dos componentes adquirides prontos de terceiros, a titulo de manuselo. Os demais, ‘materiais a serem aplicados na turbina so integrantes da politica de estoques da Cobra. A montagem da turbina serd executada pela prépria empresa. ‘Ao término do primeiro exercico social, os custos apropriados na encomenda foram os ‘seguintes: custos da carcaga = $ 500,000,00; custos de montagam @ de materials da politica de estoques = $ 200,000,00. 98m Custos No segundo exercicio, os custos apropriados foram: custos do rotor = $ 400.000,00; Custos de montagem e de materials da politica de estoques = $ 300.000,00. No terceiro exercicio, os custos apropriados foram: custos de montagem e de materais, 4a politica de estoques = $ 500.000,00. ‘Ao coneluir a encomenda no quarto exercicio, a contablidade de custos da Cobra havia ‘acumulado $ 2.500.000,00 de custos para a encomenda toda. A turbina fol faturada por $ 8.000.000,00. Determine 0 valor da receita de cada exercicio social, considerando que néo houve revisdo nos custos estimados nos trés primelros exercicios. ‘A empresa Salete S.A. recebeu uma encomenda com prazo de entrega superior a 12 meses. No custo estimado, hé uma pega a ser adquirida pronta de terceiros. Para for- mulagao do prego de venda, a empresa costuma aplicar 109% de margem sobre 0 custo 4a pega. Determine o percentual de margem aplicado sobre os custos de converséo, ‘com base nos seguintes dados: + Custo total estimado = $ 100.000,00. ‘+ Custo da pega adquira pronta = § 60,000,00 (inelusos no custo total estimado) + Prego de venda = $ 120.000,00. Calcule a receita a ser considerada em cada exercicio social, supondo a situacao a ‘seguir. Para isso, utilze o citério da proporcionalidade do custo de conversdo. ‘A empresa J. Alvorada Ltda.,.que trabalna sob encomenda, ganhou uma concorréncia para 0 fornecimento de um equipamento, a ser entregue em dois anos. Nao houve adiantamento contratval €. 0 prego de venda contratual foi de $ 81.250,00, sendo fixo © nao reajustavel ». Ocusto estimado foi de $ 65,000.00, « 50% desse valor cresponde a componentes _aduiridos prontos de um fabricante subcontratado. - AJ. Alvorada, ao formar o prego de venda, aplica sobre os componentes adquiridos prontos de terceiros 10% de margem, a titulo de manuselo e seguranca, 'No primeiro exercicio social, 0s custos acumulados foram de $ 45,000,00, tendo ‘ido utiizados 100% dos componentes adquiridos prontos de terceiros. 2. Acontablidade de custos acumulou $ 72:300,00 de custos deede o inicio da fabri- ‘cago até a finalizagéo do produto, Observagio: Os custos dos componentes adquiridos prontos de terceiros foram iguais, 1208 estimados. . A Cia. B.B. Very Ltda. recobou uma encomenda com prazo de entrega de 3 anos. 0 produto foi vendido por $ 300.000,00, e 0 custo estimado totalizou $ 200,000.00. ‘Ao encerrar 0 primeiro exercicio social, a contabilidade havia acurulado § 60.000,00 {de custos, no havendo revisio do custo estimado nem do prego de venda. 'No segundo exercicio, os custos acumulados foram de $ 80.000,00. Nesse exercicio, © prego de venda da encomends foi revisado, passando a $ 368.000,00, © os custos estimados também foram atualizados, passando a $ 230,000.00. ‘A encomenda fol faturada por $370.000,00, ¢ os custos acumulados desde o inicio da {abricagto até afinaizagao do produto foram de $ 250,000,00, Determine o valor da receita para cada exercicio, considerando o cftéio mals apropriado. ‘A empresa J.M. King, que trabalha sob encomenda, recebeu um pedido cujo prazo de entrega 6 de 2 anos, A estimativa de custos totalzou $ 500,000,00, ¢ estavam inciusos rnesse valor $ 200,000,00 referentes a pecas @ componentes adquirides prontos de terceiros. O prego de venda foi de $ 800.000,00. A empresa costuma acrescer 12% {de margem sobre as pecas e os componentes adquiridos prontos de terceiros. No primero exercicio social, a contabildade acumilou § 120,000,00 de custos referentes ‘2 pegas © componentes adquitidos prontos de terceiros © $ 300,000.00 referentes 20 custo de conversdo, {A contabilidade acumulou, do inicio da fabricagao até eua concluséo, custos de $ 720.000,00, e o valor do faturamento fol de $ 1.300.000,00 Capitulo 2~Custeio por absorgio 99 Determine o valor da receita para cada exercicio, considerando o eritérlo mais apro- priado. ‘A empresa T. da Serra Ltda, fabrica equipamentos sob encomenda. Em janeiro/XS essa ‘empresa recebeu uma encomenda cujo prazo de entrega é de 4 anos. O custo estimado {oi de $ 4.000.000,00, e 0 prego de venda contratual foi de $ 6.000.000,00. ‘Ao término do primeiro exercicio social, a contabilidade acumulou $ 800.000,00 de ‘custos. Nao houve reviséo na estimativa de custos nem no prego de venda. Durante 0 segundo exercicio, a contablidade acumulou $ 1.100.000,00 de custos. A estimativa de custos foi revicada para § 4.400.000,00. © prego de venda contratual também fol revisado, pasando a § €.600.000,00. Durante 0 terceiro exercicio, a contablidade acumulou $ 2,500.000,00 de custos. A estimativa de custos foi novamente revisada, pasando a $ 5.000.000,00, e 0 prego também foi revisado, pasando a $ 7.000,000,00. Terminada a encomenda, a contablidade havia acumulado os custos em $ 5.350.000,00. O prego de venda atualizado foi de $ 7.500.000,00. Determine o valor da receita para cada exercicio. SD Sistema de acumulacao de custos por proceso 124, Nas empresas que trabalham com produce em série, como funciona o sistema de acumulagao de custos? © que é producto em série? 128. O que significa estagio médio de acabamento das unidades que permanecem na pro

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