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ROCHA POMBO HISTORIA DO BRASIL 68 EDIGAO REVISTA E ATUALIZADA POR HELIO VIANNA © MILHEIRO 1952 oy 3 ee EDIGOES MELHORAMENTOS i zs | DICE 1. — Descobrimento do Brasil. O incota © mundo no século XV. As grandes navegagoes Descobrimento do. Brasil As populacées indigenas .........2.. nda as’ populagbes indigenas II, — Primeiras expedigoes Expedigbes exploradoras ....0....0+4+ A UETTA ve ceeeeeeeeeee A flora ea fauna .....eceeeeeeeeee AIL, { Capitanias hereditarias. Inicio da colonizacio Martim Afonso ..... er BK As donatarigs ....0scescseeeee 63 Os capitanias mais importantes l . IV. X Govérno Geral. Tomé de Sousa ¢ D. Duarte da Costa “O Govérno Geral .....0ecseeee Sone : 79 ‘A catequese dos selvagens 86 Invasio da Guanabara pelos franceses ... 93 V. = Men de Sa, Franceses no Rio de Janciro Men de Sa .... - Fxpulsio dos franceses da Guanabara Fundagio do Rio de Janeiro veameminets MOL VI. — Divisio do Brasil em dois governos, e reunido posterior em um $6 Govérno do Norté e Govérno do Sul ......-+ 121 De novo um s6 Govérno Geral ....eeseeseeeeee 127 ‘ImportagZo de africanos ... 133 of VII. — Dominio espanhol. Franceses no Maranhio. Colonizagao do Norte Os francesgs no Norte .. - 140 Os corsirios em nossos mares sees 145 Conquista e colonizagio do Norte ..... 151 VIIL — Primeira invasao holandesa Os holandeses em cena et 158 Invasio da Bahia pelos holandeses . Expulsio dos holandeses da Bahia : JX. — Segunda invasio holandesa # Invasio de Pernambuco pelos holandeses: - 1 Mauricio de Nassau «+++ = z ve Insurreigdo geral contra os intrusos de Holanda 2 F 200 Expulsio dos holandeses de Pernambuco - X. — Latas entre jesuitas € colonos. Beckman © regime colonial Os colonos € os jesuitas .. Revolta de Beckman ...+ XI. — Palmares. Emboabas e Mascates As bandeira... i 839 Hasson vee 2305 Guerra dos Emboabas : Filipe dos Santos ...--+++ Guerra dos Mascates «+--+ Os quilombos dos Palmares . Duclerc ¢ Duguay-Trouin XII. — Guerra de Sucessio na Espanha. Jean Francois Duclere ..-+-++ ‘ou a2 Duguay-Trouin « xt. ¥ © Brasil no reinado de D. Joao V. Bandciras A época das minas .....++ © reinado de D. Joio V ...-+ 4 XIV. — D. José Ie 0 Marqués de Pombal. Guerra do Sul As fronteifas .....++ 293, Solucio do litigio 300 ‘A obra do Marques 307 XV.\é Inconfidéncia mineira Condigées da colénia pelos fins do século XVIII Bit Conjuracgo de Vila Rica . sibs eve 4 + 320 : 327 © Tiradentes .. xvi Y Transmigragio da familia real portugué: i io VI. ( Aotiagio de 18 portuguésa para o Brasil. D. Joio Portugal e a Revolucéo ........00.064 Napoledo ¢ a monarquia portuguésa ‘A fuga da corte para o Brasil ....... O govérno de D. Jofio no Rio de Janeiro A revolugio de 1817 . A volta da Familia Real para a Europa .... 4 XVII — Regéncia de D. Pedro. A Independéncia A Regéncia de D. Pedro e as Cértes de Li © grito do Ipiranga .......... mes de ee Guerras da Independencia Ds Reconhecimento da Independéncia - 2 XVIII. — © Primeiro Reinado * A Constituinte ¢ a revolug’o de’ 1824 A guerra da Cisplatina .... A abdicacio de D. Pedro’ 1 XIX. — A Regéncia As Regtncias Trinas Sedicées ¢ levantes 415 r 420 Reforma da Constitui¢io outorgada 496 A Regéncia de Feijé 430 Regéncia de Araiijo Lima | 435 XX. — A maioridade, Lutas civis até 1849, Lutas no Prata, Otibe e Rosas . A maioridade +....... 442 Revolucio dos Farra 448 Lutas civis até 1849 455 Guerra contra Rosas 461 XXI. ~ Guerra do Paraguai Nova intervengio no Uruguai 469 Guerra contra Lopez 476, Térmo da guerra contra Lopez . 483 XXIL — A aboliga Reformas 489 Retrospecto literétio | 495 XXIIL — A Republica. O Govérno Provisério Proclamacio da Repiiblica Be © Govérno Provisério .. 507 XXIV, — Constituigao de 1891. Governos constituicionais até 0 de Washington Luis. Constituigées de 1934, 1937 e 1946 * Reorganizacio politica do pais .. bl Os primeiros tempos do novo regime . sip Presidentes da Reptiblica, até 1930 . a Constituigées de 1934, 1937 e 1946 5 Quadro sinéptico da nossa histéria 535 Primeiro século (XVI) 535 Segundo século (XVII) a Terceiro século (XVIII) 59 Quarto século (XIX) - ae A primeira metade do século X: : D yn een rardonas § Rowe Bertrand Gal Bronce 4 Gurek + Cabs pe lua Gauls pee Minas xl PALMARES, EMBOABAS E MASCATES _. As bandeirae. — Guerra dos emi a Filipe dos Santos. — Guerra dos Masa Os quilombos dos Palmares. As bandeiras 1, Além de se sentirem, no século XVII, apertadas no li- toral as populagdes que tinham vindo para a América, ainda o atrativo do sertio desconhecido atuava fortemente no espirito de aventura que dos mares vinha reaparecer na terra. ‘Até ali, as entradas que se fizeram. tinham tido por objetivo principal a descoberta de riquezas fabulosas de que tanto se falava como existentes no interior. Serviram também essas tentativas como de escola para o novo heroismo, que se vai ilustrar em grandes expedigées le- vadas ao sertio longinquo, tanto a pesquisas de tesouros, como & procura de escravos. . E’ na pratica das entradas que pouco a pouco se vai che- gando & organizacdo daquelas formidaveis partidas a que sé deu o nome tio sugestivo de bandeiras. Eram expedigoes de carater quase militar, @ compostas de portuguéses, mamalucos indios. Levavam tudo quanto é indispensavel a vida civil no we iy ee padres, cronistas, escrivaes juramentados, ¢ sabe! ao, voltae pom nas expedigdes maritimas: quem parte na0 © chefe de bandeira era um senhor soberano, @ quase abso luto. Fazia um contrato com os seus oficiais e com toda a sua gente. Todos se sujeitavam a discipli : cos tume havia institui isciplina e ao regime que 0 ©” custa, © tinha tee Cada bandeirante ‘preparava-se 2 propm? -dispusesse de uzir a propria bagagem, se para isso na° : escravos. ae! - . tinha de mandioca, pap vent 20gta 28 provisies de boca ome limbes, e mais nade “Ooo nee sttente, canjica, erva congomay — tava-se al A uando no mato faltavam viveres, uma tribo que tivesse cheios os seus jiraus. 74 AS BANDRIRAS a1 © dia da partida de uma bandeira Trecordava a ceriménia com «que outrora dos portos 14 da Peninsula zarpava para o oceano misterioso uma expedic¢éo maritima: toda a vila, os bairros e sitios da redondeza se comoviam. Os grandes caminhos abertos de todo o nosso litoral para © interior foram os maiores rios que desaguam na costa: o Doce, o Jequitinhonha, o Paraguacu, 0 Sao Francisco, o Tocantins, Uma tropa a caminho do sertdo © Amazonas. No Sul, nao havendo rios que levam do litoral para © interior, aproveitavam-se naturalmente os que do outro flanco da serra do Mar conduzem para a vasta réde interior do alto Parana e do alto Paraguai. 2. Esta vereda do Sul, nado s6 a precedeu, como se féz mais notavel que a do Norte durante os dois primeiros sé- culos e meio do periodo colonial. Abria-se ela pelo rio Grande ou Parana, que os paulistas alcangavam descendo-lhe os prin- cipais afluentes, e subindo depois por éle até o planalto cen- tral, de onde senhoreavam toda a réde hidrografica das duas grandes bacias divergentes. Dos tributarios do Parana, foi o Tieté o preferido. Des- ciam as expedigdes o Tieté até o rio Parana; e dali tomavam © ramo que Ihes conviesse. Ou subiam ésse rio e entravam no Paranaiba, encontrando logo, de um lado afluentes do Sdo Fran- Ristancia) comecaram todos, portuguéses deses (0 perio zceber-se daquela original anomalia, que ~ flamengos, 2 ap dominio de uns ¢ de outros. E tanto ung » Bee ; “ ean a acular aventureiros contra a confederacy 7 outros CO! ce «19. foram naturalmente os negros saindo ‘Aberto 0 Pee cae ” danero respeitavel: (por 1640 a ‘a compostura Bes 40 ou 11.000, e afeitos quela vida independen : Poe oad, aceitaraMa gles a luta, ¢ puderam dizer que com pty os are a a pois nos cingiienta anos que se seguem nao ha ae nae se adestraram nos combates. Chegaram mesmo @ ger em alarma contingo a zona ocupada e imediagées. Quando os holandeses sentiram necessidade de atacdlos, yam a prova de que os negros (por éles mesmos «libertados»). haviam adiantado muito A primeira expedigéo flamenga (por 1644) comandada _ Baro, incendiou um dos quilombos, matando uns 100 negros, 0 maior nimero fugido para as matas. "A segunda expedicao, logo no ano seguinte, nao enconti 6, ¢ feve de voltar trazendo so mantimentos em abund Sobrevém a insurreicio contra os intrusos; e a paz e ram, oa aos pobres negros a impressio de que haviam 0 0S brancos. B’ de agora em diante que se formam os grandes am s fortes, que depois vio custar aos portugues ta anos de lutas. lituiram-se naqueles sertdes uns nove ou de outros menores, ou menos bem désses grandes arraiais tinha o seu mussumba (palicio), tendo 0 $ merais. Na vida dessas grand da vida africana, apenas a culto catélico e da a EO 0S QUILOMBOS DOS PALMARES 261 i, ria o primeiro umas 1500 cabanas, com - A eet 000" amas. Era considerado como cidade. prinerpal ine eiropole da confederagao. Ali habitava, em 1678, 0 Gangazuma, erm rie chefe, que exercia ascendente sobre os demais régulos. gran grraial de Sucupira, conquanto menos populoso (contaria umas 4 a 5000 almas), era ainda mais importante como praca mi- Jitar. Neste exercia 0 mando supremo 0 general Gangazona, irmio do grande rei. Devia considerar-se como guarda avancada da nagao, ‘osta ali na fronteira com os inimigos. c Foram éstes os quilombos que comegaram a ser hostilizados. E muitos dos herdis que vinham da Teconquista nao se dedignaram de tomar agora 0 comando de forcas dirigidas contra os negros. Durante vinte anos repetiram-se tentativas infrutiferas contra aquéles dois redutos, onde se sabia concentrado 0 maior poder dos quilombolas. Com uma tenacidade admirdvel, porém, e um vigor e coragem 86 proprio de quem defende a patria, zombaram os negros de todos os esforgos, frustrando nada menos de vinte e cinco expe- digdes até 1674. Nesta época, entendeu o Governador, D. Pedro de Almeida, que nio se podia mais adiar aquela conquista sem grandes prejuizos para a coldnia, ¢ até sem riscos muito graves para a propria sobe- rania portuguésa; pois eram gerais as queixas e reclamos das popu- lacées, expostas & audacia crescente dos negros, vangloriosos daque- les repetidos insucessos dos brancos. 4, Preparou, pois, 0 Governador, «elementos para uma campa- nha decisiva», @ dispds tudo como se uma nova guerra formal se fésse iniciar, destinada a repelir ou eliminar inimigos que amea- gavam a seguranga interna do dominio. __ Pelos fins de novembro de 1675 parte de Pérto Calvo a expe- dicéo, comandada pelo sargento-mor Manuel Lopes Galvao; e depois de atacar um vasto arraial, e em seguida, outro mais metido no ser- tio, fixou-se Galvdo ali, espalhando quadrilhas, que durante mais de uns quatro meses foram perseguindo fugitivos no interior das florestas. .O relative sucesso desta primeira animou D. Pedro de Almeida 4 organizar uma nova tentativa, & frente da qual se pds o capitao- mor Fernao Carrilho, famoso pega-negros nos sertdes do Nordeste. . Partiu Carrilho também de Pérto Calvo, em 1677, dirigindo-se primeiro contra um reduto, que encontrou deserto; e depois contra ‘ucupira, que além de deserto, estava reduzido quase todo a cinzas. br De acérdo com as instrugdes que tinha, fundou ali Carrilho, s6- a tuinas do grande quilombo, o seu arraial, de onde foi fazen- a ae © sertao. Pouco éxito, porém, alcangava o capitao-mor; @ deine comegou a desertar. Pede-se entao socorro, principalmente Pas, ao Governador; © bastou o aviso de que 0 socorro ja es- HISTORIA DO BRASIL 262 inho, para que se reanimassem os expedic: - 1a ogo ¢ com Taais audacia, e com mais proveito, enti, e negros. Com a chegada dos reforgos caiu em estrondoso Q suing < zona inteita dos quilombos. | tos Em quatro meses de correrias e@ assaltos nas florestag vam-se 0s negros tio corridos © destrogados que se iulgow ha. a confederagao dos Palmares. ing, Voltou entio Carrilho ufano daquela facanha, © fo; : pido no Recifé como um herdi, a quem se devia tio grande ote vigo. | ntendeu agora D. Pedro de Almeida que era oportm pletan com a piedade 0 que a {orca havia feito. Mandou, ee quena escolta, um capitio % procura dos «restos» de negros, dis. persos @ errantes, a avisd-los de que o capitao Carrilho se prey n rava para acabar de uma vez com os quilombos subsistentas. mas que se éles quisessem viver em paz com os brancos, 9 Go. vernador lhes assegurava, em nome de El-Rei, téda unio ¢ bom tratamento. . E tanta coisa mais se oferecia Aqueles relapsos que a proposta foi aceita. p 5. No dia 18 de junho (1678) entrava no Recife a escolta trazendo ja em sua companhia dois filhos do grande rei e um sé qiito de ‘notaveis. O Governador (j4 entao Aires de Sousa de Castro) recebeu com muita deferéncia a embaixada; e convocou um grande conselho, que resolveu celebrar a paz com o rei Gangazuma. Lavrou-se um auto de tudo; © com a embaixada seguiu para o sertéo um oficial do térgo dos Henriques, incumbido de ler ao rei o tratado da paz. Tivera assim Fernéo Carrilho o seu dia de gloria, e os pernam- bucanos aquéle momento de doce ilusdo; pois a tal paz ficara «s6 na mente dos alvissareiros: em.vez de exterminados, iam, pelo contrario, fazer-se os quilombolas mais fortes e temerosos». Logo no ano seguinte (1679) foi necessdrio mandar-se uma expedicio contra o rei Zambi; e esta investida foi um completo desastre. Com isso redobra o furor @ a insoléncia dos negtos; ° mais dez anos vio passar-se de angustias para a capitania._ Chegou um momento em que a propria corte se impression?! vel aquela singular anomalia, e deu ordens insistentes para res vé-la. jel, as va e plitude ico © decisivo, ¢ istia em i $ a y ue consistia causa a gente afeita aos processos da aca ao selvagem. 5 0S QUILOMBOS DOS PALMARES 268 irante seria capaz de dar cabo daqueles negros, o ba gennoreado de florestas tao vastas e eacusase e tie pl hav! unigo e disciplina, tanto como pelo seu namero, se tinham tor. sua mais temerosos que os proprios indios. "Os sertoes naquela época, até o extremo norte, patidos por aquéles herdicos aventureiros, que escre agina unica na histéria da América. | P Entre os chefes, cuja fama desde muito corria em tédas as colénias, destacava-se 0 paulista Domingos Jorge Velho, que havia ja devassado as regides centrais até os confins do Maranhio. De acdrdo com o Govérno-Geral, mandou o Governador de Pernambuco, Joio da Cunha Soto-Maior, propor ao famoso capitao a conquista definitiva dos Palmares. Aceitou Jorge Velho o convite; e sem demora assinavam em Olinda os seus procuradores um contrato com o Governador, mais tarde ratificado pelo rei. Antes, porém, de -partir contra os negros, teve o capitao de ir em socorro do Rio Grande do Norte, em grandes afligdes com uma tremenda insurreigéo de indios. Protelava-se, assim, um servigo, que de dia para dia se tornava mais penoso; até que o préprio Governador-Geral ordenou cate- goricamente a Domingos Jorge que viesse dar conta da sua tarefa. 6. Deixando no Rio Grande um outro chefe, dos mais famosos naqueles tempos (Matias Cardoso de Almeida), abala pressuroso 0 capitéo para o Sul, em grande Ansia de dar provas de si com fa- ganha que assombrasse a todo o mundo. _ , Sem chegar primeiro a Olinda, como Ihe pedira o Governador, foi logo tomando rumo para os quilombos, e estacionou nas imedia- goes do de Zambi, no intento de explorar a situagao. As partidas que para isso expediu, em vez de observar, dis- ‘alram-se com a abundancia de frulas que encontraram por ali, e afinal cairam numa, cilada dos negros, que bem caro lhes cobraram aquela fartura, Pode dizer-se que come¢ara Jorge Velho por um desastre. im m todo 0 caso, havia a sua gente logrado reconhecer a grande date ncia do formidavel arraial, em que os negros, sob a autori- quile do Zambi, tinham reunido todo o seu poder. Compreendia o Mane (situado na encosta da serra do Gigante, junto ao rio fee) «mais de uma légua de circuilo»; e pareceu tio «bem ie © que s6 Ihe faltava ter artilharia». . Ihide * ostavam s negros avisados daquela agress&o, e tinham onder, 27294 as familias de todos os mocambos (aldeias) ¢ ® © acumulado nos seus paidis grande. quant nad s andavam ja everam uma oa : HISTORIA DO BRASIL q Tendo sotrido aquéle revés, retirou-se Jorge Velho : gente para Porto Calvo, onde recompés as suas forcas, @ sua tando 0S grandes contingentes que all estavam Preparadog Provei. os quais elevou 0 poder da. expedicdo a mais de 7000 home, ® com Este exército, provide de todo material de guerra "ns, longo assédio, pde-se em marcha para o sertdo, com ie u de avancadas e batedores, descobrindo 0s caminhos, e tom, UCBes, das as medidas para evitar surprésas ». lando 9. Sem acidentes de nota, chega & vista do grande quilombo vizinhangas estavam desertas, e em larga quietude de . As Antes de recolher-se, haviam os negros destruido tudo em oo reduto. no do 7. Estabeleceu-se o cérco, tomando Jorge Velho, e mais doi grandes capities (Bernardo Vieira de Melo e Sebastiao Dj a guarda das trés portas da frontaria do arraial. as) A primeira investida foi horrivel. De dentro das trincheir repulsam-se os assaltos com veeméncia espantosa, tanto a «ai . de fogo e a flechas, como a Agua fervente e a brasas acesas, lan gadas pela estacada». oe E’ diante desta grande cena que temos d nhagen, que semelhante tragédia ho tivesse Spee Ca = nista. Nada exagero Oliveira -Martins dando 4 cidade eondenats o nome de Trdia Ni i i tos do escravo », resin Habre rer biee de todos os a Para que so noe fi ja historia «tem lances de uma Iliada». recordar: ae sone igure sda a grandeza daquele pleito, bastaria a guage wontinunma 2 sede cérca de trés anos, combatendo-se ralhas © as portas hatin noite e dia. Sem cessar «foram as mi perdas dos citiantes s... sem efeito algum» antes com grandes Afinal, pediram ; antilharia a para o Recife, que Ihes mandassem forlificagdes do ininigg >» eam Seria «impossivel rompet . Em certo di oa a Melo, romper ats conseguem, Sebastido Dias e Vieira de suia gente Jorge vanes nue andavam guardando. Acode entao on indtil © seu estor 7 ise o assalto. Os negros resistem. Me onde se continara’» mensa confusdo se faz naquele vasto recin’ rem combatendo, verde at dos miseros. Enquanto alev’ me eres © criangas princhya ee etos_implorando misericordia, (0 gados debandam fon cipalmente); @ 0 maior nimero dos Assim cain, uty para o sertao. : o mais de 50 anos de Iu Me, © Ultimo reduto dos Palmares, x 8 com que se afrontou a sociedade 7 Questoes conezas: — Vosiio: yout QUE era Um cullen) 49108 de quilombos nas virias 4 quilombo. 4 tenda de Zambi.

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