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Edigdio: Manvel Pereira Resende Distribuicdo: Manuel Pereira Resende Concepgo Grafica: Jodo Meireles Impresséo ¢ acabamento: Escola Tipografica das Missées - Cucujées Tiragem: 2 000 &xemplores Novembro de 2000 ISBN: 972-98150-7-0 Depésito legal: 146098.00 Obro registada na Sociedade Portuguesa de Autores Todos 05 direitos de execusdo, traducio ¢ reproduséo reservados pora todos os paises, Introdugado Com a publicagéo do décimo oitavo volume desta sé pretendemos dar continvidade a este projecto de divulgacéo da musica portuguesa em geral, bem como de alguns temas universais que podem ser j6 hoje qualificados de "Melodias de Sempre". Esta assenta na recolha feita por mim ao longo de muitos onos ¢ no interesse que desde sempre tive na sua publicacéo. Nao nos € possivel garantir totalmente a autenticidade de todas os mésicas que aparecem neste como noutros volumes desta colecgio, jé que muitos destos foram j alvo de alteracées, quer pela efoso dos anos, quer pela forcosa alteragéo a que sdo sujeitas todas as melodias transmitidas oralmente, quer ainda por tantos outros factores. Procuraremos inclulr, sempre que tal seja possivel, as letras respectivas. Neste volume incuimos pela primeira vez uma obra para dois instrumentos solistas mais a melodia do baixo. Também neste volume Iremos incluir, em algumas misicas, as indicagées- das posicées de acordes para Guitarra. Os acordes escolhidos so em regra simples, podendo aqueles que estiverem mais aptos, escolher outros mais complexos, mas sé nos casos em que tal for possivel. €m futuros volumes apareceré um maior ndmero de misicas com o ‘acompanhamento de acordes escrito noutra pauta e na clave de fa. ‘Surgem em todas as mUsicas alguns sinais musicals que poderdo néo ser do conhecimento geral, pelo que os passdmos a explicar: Beo 10 primeiro dos casos proceder-se-6 da seguinte forma: quando este sinol surgir pela segunda vez, soltar-se-4 para o compasso onde ele se encontra assinalodo pela primeira vez; no segundo dos casos proceder-se-6 de forma inversa: assim, quondo este sinal surgir pela primeira vez, saltor-se-6 para 0 compasso onde se encontra pela segunda vez. Desejando a todos uma utilizagdo proveitosa deste trabalho que foi preparado com todo a dedicagdo ¢ carinho, coloco-me desde j6 a0 inteiro dispor para 0 esclarecimento de quaisquer divides. S. Joo da Madeira, Novembro de 2000 Manuel Pereira Resende In memoriam Benilde “Mulher e Made. (1928-2000) Bee ee REBLSSSISARGRIS SCeNOMAYDH Prrastadinho Contiga da rua Médgoas de Acordedo Vira da desfolhada O Burrié O Emigrante Pancadinhas do meu alho Novo Fado da Severa Vira a oito Sol e d6 do Timpanas bolieiro Todos me querem Maria, se fores a0 baile Cavalo Russo Tango das Castanholas Alegre Mocidade Anita ndo é bonita Corridinho Valso-Pulado Fandango do Ribatejo Répido Traquinices do Jodo Galitos Polka delle Formiche ‘Olé! Salvador Lutar e vencer Indice 6- 7 8-9 10-11 12-13 14- 16- 18- 29. 24. 26- 28 - 32- 34 36- 38- 40 - 4g- 46 - 48- 50- 15 7 19 20 21 23 25 27 29 30 31 33 35 37 39 41 45 a7 49 53 Arrastadinho Autor desconhecido T° Moderato: Rem SoIM 21 oho SoM es - ta| mo - do ndo es - = fol a-mar a quem mais ‘eu por di-nhel-ro ndo | dei - x0 de a-mar | a quem que-ro Melodios de Semore N18 23t . SolM 6 SSS = SSS ze ——== bem. © meva-mor me dei— |} bem. Do - qui pa-ra o— = SoiM= Hifi ReM= Retro Tenho passodo palxéo ‘Quem me ouvir bem me entende Dogui pare all Deus te deu habitidade Bis De Ié pora c& De comprar a quem me vende. ‘Meu amorzinho Bis Esta moda néo esté ma. Refréo (© meu amor me deixou Fol amor 0 quem mais tem €u por dinheiro nde deixo Bis De amar a quem quero bem. Retro (© meu amor ontem a noite Pela vida me jurou Que se ia deitar a0 mor Bis Eu atros dele néo vou. Retro Melodios de Semore N18 7 Cantiga da rua Ainténio de Melo / Jodo Bastos Marcha: REM % vem A con-ti- ga po-pu = lor 00 pos - sor liz por - Que diz Ra — Rem Qt SS = o se a ll To - dos a jul- gam bo - nal Eo fi = al Vol sor- eh ee aa ar et us yv LaM. MiM Tin-do @ pré - prio dor Di - zen-doem tro-vas dia - mor © seu des-tl- Ao fa- W-a qee-la vol Co-mo fo-1ad pré-pria mae As ‘Su -as mé-go as con- WM, ROM 2 Ry ty = eta See et : s hy o a or tal fon - 1 - wee Bes ou - tras di - te Gan mis Ve - fe “on do > 2 Mim a7 ferent Nam mi - ato nam fy 9 é 4 po -e er la », 0m Rem e si7 oe de t0-da.0 gen-te fon u- w-o ue go Ses16° Int aha Go oa mis % w- 0 Mos nfo so de - tem po-bi 2 2 8 fos a - bros dal 2 quam — A In = cons =ton-te.@ lou-ca Vgi de bo-co.em bo-ca Noo é de anin- Vi < ve'in= de pen - den-te de to-daa gen-te Noo & de nin- 8 Metodios de Semore N18 A po-bre-20 6 mols fe— Jo80 Bostos A cantiga popular 00 passor Todos a julgam banal € ofinal Vol sorrindo & grépria dor Dizendo em trovas amor O seu destino fatal Refréo Contigo do rua Das outros diferente Nem minha nem tua € de toda a gente Contiga da rua Que sobe ¢ flutua Mas ndo se detém Inconstante e louca Vol de boca em boca Néo 6 de ninguém. fon-ti = go da quem. Sr ne lem REM quem. Mime EHH] Mim= f ‘Melodias de Semote N18 9 A pobreza é mais feliz porque diz €m vor alta 0 seu pensor A cantor € € 4 rva que ela voi Como fora 6 prépria mée Fs suas magoas contar. 2 Refréio Cantiga da rua Veloz andorinho Néo pode ser tuo € n6o seré minha Contiga da ro Jomals se habitua os Idbios d'olguém Vive Independente € de toda a gente Nd 6 de ninguém. Madgoas de Acordedo Autor desconhecido Tango 10 ‘Moods de Sempre N18 ‘Molodios de Sempre N18 n Vira da desfolhada Populor Annolte depois da cela Rapozes e roparigas Sela noite seja dia No minha aldeio Desfalecidas, Hé alegria H6 desfolhada ‘S60 de encontor ora bailar Anoite depols da cela Ropazes e raporigas Seja noite seja dio ‘No minha aldeio Coro Desfalecidas, Coro Hé alegria Coro Hé desfolhodo ‘S60 de encantar Pora boilor Aopazes e raparigas Do milho rei encontrar Voi carregada e solteira Contam cantigas Para condenar Pra mesmo eira ‘Multo animadas OX coragio Com 0 seu por. Ropozes e roparigas Do mitho rei encontror Voi carregada e solteira Contam cantigas Coro Para condenar Coro. P'ré mesmo eira Coro Multo onimadas. OX coros6o Com 0 seu por. Refréio Refréo Refréio Rosita Rosita Instrumental Rosita do melo Pols eu vou contigo Refrao ‘Malhar o centelo. ‘Malhar o centelo O trigo @ a cevada Rosita do melo €s minha namorada. 12 Melodies de Semore N18 Vira da desfolhada Popular T° de Valsa 31, SoIM a7 REM a no mith ol-del 8 66_deso ho-do nol = te depos oe & ‘SolM 67 REM SolM Gis aS SEE a a a a ee nee eee fa > p= as a7 Rem @ 1a pa-ri - gos can-tamcan-tl - gas mul-to @-ni - mo-das, Ra - 2, SoM Rem 7 995 con-tom can = th = gas mul:to o-al sees: 7 a = = 7 Ss a = a a =to do mel- pols eu vou con ti- go ma - thor 0. con SoM, ReM ae [SSS a sos fife 2 tei-o, Mo thor 0 cen tei-0 0 ti-go.a ce -va-da Ao - si-ta do melo és mi- 7 @ Rem Rem SO nem ° 2 nha no-mo - 10 - do. 10 - do. As— a - do. Melodias de Semore N18 B O Burrié Raul FerrGo Marcha, ° SoM % Fem Tu - docm- pao Br- - 6, To - dos Dom © que-rem ‘co - mer Co-mem tan-tos que eu in- 16 Sol? Fem Sol7 te, Te - nho me - dodeo ven - der. Hé um gin - Jo que ev co - nhe-s0 Que de ton-to 0 pro- zs Dém Fem Dom ve - lo me se vit do ~ ves-s0, até se vi- rou doa - ves-s0, Tem for ga co-moum a - va - Io. a Dom Quem 6 = quem 6 40 Sol? Quem abo pro-vaco Bur- nl = 6 Que “4 ‘Melodies de Semore N18 | José Almeida Fonseca / José Lourengo Rodrigues / Xavier de Magalhées | To compre o Bus 6 howe uma donzela i Todos 0 querem comer om 0 namoro infectodo | Comem tantos que eu inté Deusthe @ noite @ jonela | Tenho medo de 0 vender. Pélo logo amrebitado. Hé um ginjo que eu conheso Como isto melhor n80 hé Que de tanto « prover Jé onda tudo caré fté virou do avesso ‘© menina toma is Tem forgo como um caval. 6 menina toma Ia | Prova do meu Burrié. Refréo Refit | Quam 6 quem 6 } Que néo prove 0 Burié ‘Que néo manduca Truca truca bazaruca Tudo chupe o Burrié. ’ Melodios de Semere N18 ee ‘hw-po 0 Bur-ri- 15 O Emigrante Maria Albertina T° de Valsa len-ge da ter-ra_ dis - tan - te lon-ge do seu Por - tu- gol Vol lem-bran-do 0 @-mi - gran-te. A sv-o ter-1o na - tol No su-a grande ansi e-da- de Mi7 Lom tT € wis-te vi-ver as- sim Mas quan-do vem a sau- 43, Mim si7 Mim da - de Gho-ta sou - da-de sem fim. lon ge dos seus Vol vi-ven - do a re-cor- dar + } ty el Tem fe em Deus Que um di-0, ho-de vol- Lem tor He no seu querer Um sé de- 16 ‘Melodias de Semore N°18 José Guimardes Longe do terra distonte Longe do seu Portugal Vol lembrando 0 emigrante Aisua terra note. Na sua grande ansiedade € viste viver assim ‘Mas quando vem a saudode. hora saudade sem fim. Reftéo Longe dos seus Val vivendo a recordar Tem f em Deus Que um dio, hé-de voltar H6 no seu querer Um s6 desejo afinal Bis Poder morrer €m Portugal. Mim= Mim Si7_ Mim soles. Al quantas soudades tem Do sua pequena aldeia Eo resto da sua mée Tréz nolte @ dio na ideia. Gaixinho sua alma rez0 Pora esquecer desaventuras Vai desfiondo tistezas Num rosério de amarguras. Refrio ‘Meoias de Somore N18 Pancadinhas do meu alho inténlo Mafra Retro Al, al, al, pancadinhas do meu altho Al, al, al, na noite de S. Jogo All, al, al, pancadinhas do meu alho Salpicadinhas de orvalho ‘Sao dados p'ra reinastio. Assim é que é Ver toda a gente em folia Assim é que é \Vermos tanta animaco Assim é que ¢ Até 00 romper do dia Cantar com tanta alegria Na noite de S. Jodo. Refréo Assim é que é A nosso gente tripeira Assim 6 que & Pro festa esté sempre pronta Assim € que é Jogande 0 alho e cidreira Nesta alegre brincadelra ‘Onde a tristeza ndo conta. Retro 8 Melodias de Semore N18 c Pancadinhas do meu alho Anténio Mafra T° de chula Al all pon-co-di-nhas do meu a-tho al. oll. Fa FoM SibM Fam. 11a noite de 5, Jo - 80 ci oil pon-ca-di-nhas do meu a - tho @ FM Fem sol-pi-ca-dl-nhas de or - va - Iho 60 do-dos p'ra rel-na - <0. sfo. 2 SibM As-sim 6 que é ver to-do 0 gen-te em fo-li- 0 os-sim é que 2 fom. £67 é Ver-rmos tan-ta ani-ma - 60 es-sim é que é 2-6 a0 rom-per do FoM £67 Sibm DOMSS con tor com tan-ta a-le - fl - 0 na nol-te de S. Jo - 60, ® Fam FoM= HEH DOM HTH Stove HEE Fa7= Melodies de Semere N18 1” Novo fado da Severa Frederico de Freitas - Julio Dantas Fado SoM Mi7 Lem Re7 Ts SolM © _w-0 do Cape. leo on co-do de r0s-ma = niho | O ia SoIM nt - eto eu bel - Jo os pe-ctas do pl-zar no ca - mi - nho seo meu a-morvi-er ce- Lom —=s Re7 SolM di-nho eu bei-jo as pe-dras do chdo que - Mi7 lem R67 rs. pl-z0r no ca = mi-nho hoo des-tl - 90 mar-ca - do des - dea ho - ra em que te SolM M7 Lom Re? vw te - ho © des-ti - 90 mar- ca - do des-de 0 ho-ra em que te SolM M7 bom rs. 3 vw © mev — d-ga - no a-do-1a- do vi- ver @-bra-a-da 00 | RET rs. SoIM m7 fo-do, mor-rer_a-bra-ga-daa tt © mev —i- ga - 10 a-do- fo-do vi- ver o-bra-s0-da 00 fa-do, mor-rer a-bra-ga-doo tt sth " Sol {iil} né7= Hitt Lm= Mi7= 20 Melodias de Semore N18 —— Vira a oito Autor desconhecido Vira Dem SoM DOM, Kom SolM du 9, Dom gel - ms = - deg baw eo, Ome gel oie ty et x1 DOM SolM DéM i = x05 : oe oa fi 2 Se fo > te S&S pes 6 SoM Dem @ DOM SoM Dem DéM= HH! SoIM=" Omar pediv 0 Deus peixes Pescador que vais a0 longe © mar pedi o Deus peixes Pescador que vals a0 longe Para dor a0 pescador © quia vel n0 navio fi para dar 00 pescodor. Flo guia vai no nevio. Pare dar 00 pescador © guia voi no navio AiDeus s6 pedi a vido dentro vai meu amor Fora dara meu amor Néo hes dés nenhum desvio Al pora dar o meu omor. fil ndo thes dés nenhum desvio. Molodias de Semore N18 2 Sol @ Dé do Timpanas bolieiro Frederico de Freitas / Julio Dantas Marcha % rom Ni }{ 20 a-zul @ bo-to al-ta 9 Fel-nar com to-da.a mat-to & |! 0 rei dos tra-qui-ta-nos 0 Tim| pa-nes. z (A) Dom Pl-nol-0 9a bo-lei-a de | cha-péu 8 po-to-lei-a faz | jun-tor o mu:lhe-t!-0 “F 1s DOM FoM SolM Dem Assoblo ram eu ¢ boi-la a | Séga ¢ as pl | le-cas a boi |- lor | 0. Quan | - do le-vo asbei-lo}ri-nas do | te-a-tro eo lu-mitor boi-lo 22 ‘Melodios de Somore W* 18 Niza azul e bota alto Aireinar com toda a malta €orei das taquitanos © Timpanes © Pinola na boleia De chapév & patoleia faz jntar o mulherio No Rossio. Quade levo os boilarinas Do teatro 20 Lumiar Bail eu e balla a Ségo €os pilecas 0 bailar Um bolieiro de Uisboo j Néo ¢ I6 qualquer pessoa € 0s pilecas d60 nas vistos Séo fodistos S60 covalos o‘olta escola © ds voras toca viola odo sélo que é malhado Bate 0 fodo ee eee e FoM, tr fr A Doms HH Rém= HHH Lome ‘Quando bate p'rés marmotas Roda acima roda abaixo €u dou vinho aos meus cavalos ‘Mos sou eu que vou borracho Niza azul ¢ bota alta ® reinar com toda mata € rel das trequitenas 46 andei por tanto espera 36 levei tanto boléo 436 conheso tantos bois ‘Ques thes tro 0 meu chapéu. Melodios de Semore N18 23, Todos me querem Popular Moderato a @ ti she REM Di-go a - deus @ ser-ra D'Fr-ga Di-go a- deus a S. lou- ren-go Néo te 10 Rem. go a-deus.a ti Por-que so-bes 0 que eu pen-so. To-dos me —_que-rem eu que-r0 al. rem eu quero al 1s tom eM Rem 1nBo quero mals ne - ahum. To-dos me guém Que-ro eu f AGO quero mals Ala ee ON : lam aM SolM REM que ro-eu que-to eu quero A-ma nh vou-me ca- sor J pas - sel © rou-pa me, REM tom fer-ro 16 pas - sel 0 rov-poa fer-ro J6 pas~sel omeu ves - ti-do © a-ma. ‘ahd vou me co-sor €0 Ma - nel é meu ma-ri tk Te-dos me -que-rem eu que-ro-al que-rem ev que-ro al Rem lem Rem guém Que-o 9 meu @- mot, no quero mals ne - nhum. To-dos me _ guém © Ma- vem Qve-re 6 meu a" mer, Moo quero mais nin” . ON nel mev ma-i-do €oMo-nel 6 quemmea - go-10 goMo tha "Se pro foto ‘Bam aha cass" “pro don-to |S Me Meodios de Semeare N18 e-va Do mi - sha ca-so pro fo-r Domi ca 50 To-dos me fel & quem me Isaya No gi - "a do ca-so aM ws. nel ¢ quem me querem evquerocl-guémQuero omeu amorndoqueromaisne-nhumTo-dosme querem euquero cl Rem REM tom guémQuero meu a- mor, ado quero mois nin-quémTodes me guém tom Rem Rem Da mi - nha

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