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O propósito das dificuldades na peregrinação cristã 
Estudo sobre Deuteronômio cap. 8.1­10  

Israel foi um povo escravo no Egito. 400 anos foram servos de um povo pagão, amarrados a
eles, subjugados, fazendo os trabalhos servis e nojentos, mastigando povo, suando e
bebendo suas próprias lágrimas. Até que chegou o dia em que o Senhor os tirou desse país
com poderosa mão.

O Senhor derramou sua ira sobre Egito para libertar ao povo que Ele tinha escolhido por
pura graça e nada mais do que graça. Ele abriu o mar vermelho e fez que o povo
atravessasse do Egito para o deserto, na peregrinação à Terra prometida. Uma peregrinação
longa, mas não tão longa se eles não tivessem caído, não tivessem pecado várias vezes
contra o Senhor, esquecendo da sua graça e misericórdia, esquecendo das grandes
maravilhas que o Senhor tinha feito com eles quando os tirou de Egito sem terem merecido
nada.

A peregrinação curta se tornou um deserto sombrio, cheio de lutas e guerras, cheio de


dificuldades e às vezes sem uma certeza de um rumo bem definido. Uma peregrinação que
se estendeu por 40 anos para chegar à terra prometida. Uma geração inteira pereceu no
caminho, por seus próprios pecados e por sua dureza, por não ter acreditado o que o Senhor
tinha prometido. Os filhos dessa geração, ainda pequenos quando tinham saído de Egito,
agora estavam chegando à Terra prometida.

Depois de tantas provas e guerras ali estavam eles, de frente à terra prometida, de frente às
promessas que o Senhor tinha feito para eles por tanto tempo. Estavam a ponto de tomar
posse do que o Senhor tanto os fez esperar, tanto os prometeu e o que eles tanto desejaram.
E nesse momento, muitos deles poderiam ter se perguntado: Por que o Senhor nos fez
passar por tudo isto? Para que tanto sofrimento? Para que tantas lutas, tantas guerras, tanto
choro e lamento, tantas perdas e fracassos? Era necessário tudo isso para chegar a este
lugar? Por acaso Deus não tinha poder para ter-nos dado isto sem tanto esforço? Para
que?...

Conseguem fazer um paralelo com nossas vidas? O Senhor nos tirou do mundo, de Egito,
da escravidão, quando ainda estávamos mortos no pecado, como diz em Efésios 2.1-8:

1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.
2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
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3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais.
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,
5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela
graça sois salvos,
6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em
Cristo Jesus;
7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade
para conosco, em Cristo Jesus.
8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;

A partir daí começamos a caminhar com Ele na nossa peregrinação. Nós somos peregrinos
nesta terra, como diz em Hebreus 11.13-16:
13 Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de
longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
14 Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria.
15 E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de
voltar.
16 Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se
envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.

Da mesma maneira que a Israel, a nossa peregrinação na vida cristã é uma peregrinação que
às vezes nos custa caro, a muitas pessoas custou o sangue, a outros fracassos. Como Paulo
dizia aos Corintos acerca da sua peregrinação e ministério em 2 Coríntios.6.4-10:

4 Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na


muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias,
5 nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,
6 na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não
fingido,
7 na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer
defensivas;
8 por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo
verdadeiros;
9 como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e,
contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos;
10 entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo,
mas possuindo tudo.
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E agora nós... Termos de namoros? quedas em pecado? sofrimentos por causa de Cristo?
perdas de familiares? Por acaso nós como jovens não passamos por algumas destas provas
como o povo de Israel quando ia pelo deserto? Por acaso não temos guerras como teve
Israel? Por acaso não somos muitas vezes néscios como eles, esquecendo do que o Senhor
fez nas nossas vidas? E ai o Senhor tem diante de nós esse grande galardão preparado,
aquela coroa de vida que ele promete para quem lhe ama. Então nos perguntamos: para quê
tanto sofrimento pelo caminho? Para quê todas essas lutas? São realmente necessárias?
Têm algum propósito ou apenas é parte deste mundo pecaminoso e devemos apenas aceitá-
las como parte da vida humana?

Nesse ponto, podemos voltar para o povo de Israel se perguntando isto antes de receber as
promessas. Lá em Deuteronômio, as últimas palavras de Moisés, que os tinha dirigido
nesses 40 anos de peregrinação. O povo está por tomar posse das promessas e Moisés os
exorta, dando o Senhor através dele a resposta para quem se pergunta: para quê tantas
dificuldades na minha vida cristã até chegar ao final da carreira?:

Vejam Deuteronômio 8.1-10 e pensem o Senhor falando também para nós, façam um
paralelo entre a peregrinação do povo de Israel, as suas dificuldades e as nossas em nossa
peregrinação cristã:

1 Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que vivais, e
vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR prometeu sob juramento a
vossos pais.
2 Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto
estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu
coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.
3 Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não
conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o
homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem.
4 Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos.
5 Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te
disciplina o SENHOR, teu Deus.
6 Guarda os mandamentos do SENHOR, teu Deus, para andares nos seus caminhos e o
temeres;
7 porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas,
de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas;
8 terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e
mel;
9 terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras
são ferro e de cujos montes cavarás o cobre.
10 Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu.
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Ai está o Senhor dando uma resposta clara a quem faz uma pergunta assim, ai está o Senhor
explicando o propósito das dificuldades na peregrinação, o propósito das dificuldades que
eu passo como crente, das guerras espirituais que às vezes eu tenho, das fraquezas que às
vezes enfrento, das tentações, provações, frustrações, tristezas, etc. etc. etc. Vamos a ver a
resposta do Senhor ponto por ponto neste texto:

Verso 2a: Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou
no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que
estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.

Na primeira parte vemos que o nosso passado deve ser uma lembrança das provas que o
Senhor nos deixou passar (verso 2a), eles devem ficar na nossa memória, mesmo perdoado,
mesmo superado, eles têm que ser uma lembrança do que o Senhor nos deixou passar para
nos santificar.

Verso 2b: Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no
deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava
no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.

Aqui está o propósito, aqui está a resposta do Senhor a nossa pergunta que buscamos
responder. Com tudo o que passamos, o Senhor trouxe à luz o que havia no nosso coração.
Isso nos levou a um quebrantamento, arrependimento e à santificação (verso 2b). O Senhor
quer que sejamos examinados. Mas ele não sabe o que há em nosso coração? Claro que
sabe!, Vejam o Salmo 139.1-4:

1 SENHOR, tu me sondas e me conheces.


2 Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus
pensamentos.
3 Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.
4 Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.

Mas quem não sabe o que há em nosso coração somos nós mesmos, vejam que no mesmo
salmo Davi tem bem claro isso quando ele conclui, depois de admirar como o Senhor sabe
todas as coisas e ele diz (Salmo 139.23-24):

23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus


pensamentos;
24 vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.

Era Davi quem precisava ver como eram seus caminhos, mas ele reconhece que sozinho
não consegue enxergar, que precisa que o Senhor lhe mostre, ele precisa que o Senhor traga
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à luz o que há no seu coração. Irmãos, a Palavra nos exorta a nos examinarmos, a ver como
estão os nossos caminhos, como diz Paulo aos Corintos, em 2 Coríntios 13.5:

Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não
reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
Assim sendo, vemos que o Senhor deixou o povo de Israel passar por essas provas para que
a sua fé, se verdadeira, seja trazida à luz, pois na adversidade é que se vê a verdadeira fé do
crente. Mas prossigamos para entender o propósito do Senhor nas nossas dificuldades:

Verso 3: Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não
conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o
homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem.

Ele nos afligiu, mas também nos sustentou com “seu maná”, com sua palavra (verso 3a).
Vejam que o maná foi dado através da Palavra do Senhor, o Senhor falou e veio o maná do
céu. Isto é símbolo para nós da Palavra escrita na Bíblia, que nos é dada dos céus.
Ele nos afligiu, mas isso nos ensinou a nos bastar na sua graça e a aprender a encontrar tudo
nEle e a viver “de sua Palavra” (verso 3b). É por meio das dificuldades que nós
aprendemos a buscar respostas no Senhor. As dificuldades nos devem levar a um
aprofundamento na sua Palavra. Sinceramente acho néscios aqueles crentes que quando tem
alguma dificuldade se chateiam de maneira tal que deixam de orar e estudar a Palavra. Isso
me faz pensar que nunca entenderam o que é ser cristão, pois o Senhor Jesus prometeu
sofrimentos nesta terra.

Verso 4: Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta
anos.

Aqui Moisés está mostrando ao povo que mesmo eles terem passado por todas essas
dificuldades, o Senhor os sustentou primeiro com o maná, com o que sai da boca do
Senhor. Mas que além disso, ele cuidou deles, cuidou das roupas deles, não deixou que os
pés deles se inchassem, pois isto teria parado a peregrinação deles. O Senhor é quem
provou eles, mas também quem fortaleceu eles. Isto é um princípio bíblico, ele prova para
nos mostrar o que somos, mas também o que somos, se somos cristãos, e as forças que
temos, provém dele, como diz em Filipenses 2.3:

3 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade.

Também no nosso texto de Deuteronômio cap.8, depois Moisés repete nos versos 17 e 18:
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17 Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me
adquiriram estas riquezas.
18 Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para
adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus
pais, como hoje se vê.

Seguindo com o texto de Deuteronômio 8:

Verso 5: Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te
disciplina o SENHOR, teu Deus.

Lembremos a pergunta inicial: Para que o Senhor me faz passar por tantas provações e
dificuldades na minha vida cristã? Aqui, neste verso 5 temos outra resposta mais: A
disciplina. O Senhor quer nos disciplinar, para que sejamos moldados. Como diz em
Romanos 8.28-29:

28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos.

A disciplina coopera para nosso bem também, para sermos moldados conforme à imagem
de Cristo, conforme a seu caráter. No cristão deve-se refletir a imagem de cristo, uma
imagem pequena do que é Ele, mas uma imagem dEle. O mundo tem que ver e reconhecer
isso em nós, e para isso o Senhor usa sua disciplina, vejam também em Hebreus 12.4-11:

4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue
5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu,
não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és
reprovado;
6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.
7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que
o pai não corrige?
8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois
bastardos e não filhos.
9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os
respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e,
então, viveremos?
10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus,
porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua
santidade.
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11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de
tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela
exercitados, fruto de justiça.

Seguindo com o texto de Deuteronômio 8:

Verso 6 Guarda os mandamentos do SENHOR, teu Deus, para andares nos seus
caminhos e o temeres;

Aqui seguimos vendo o propósito do Senhor nas dificuldades e provações. Primeiro vimos
que ele traz a luz o que há no nosso coração, Ele nos quebranta e nos ensina a depender da
sua Palavra. Ele nos disciplina para que nosso caráter seja moldado à imagem de Cristo e
tudo isso para chegar aqui, no verso 6, e nos ensinar a sermos filhos obedientes. A
disciplina que vimos no verso 5 é que nos faz ser filhos obedientes, guardando os seus
mandamentos.

E finalmente, as promessas do Senhor, a recompensa:

7 porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas,
de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas;
8 terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e
mel;
9 terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras
são ferro e de cujos montes cavarás o cobre.
10 Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu.

Irmãos, as nossas dificuldades trazem promessas, não esqueçam disso. Lembrem que o
Senhor está nos provando, mas nos provando para nos dar algo muito melhor, o grande
galardão. Essa deve ser a nossa força, a nossa alegria, a nossa esperança e consolo.

Mas agora vem a aplicação prática e as perguntas para nos avaliarmos a nós mesmos...
Talvez estejamos passando por situações difíceis e também paramos para nos perguntar:
Por que Deus permite tudo isto? Para que serve isto? Lembremos o primeiro que vimos:
“para trazer à luz o que há no teu coração” O que quê há no teu coração? O que tu tens no
fundo do teu coração?
As dificuldades e provações que temos passado têm nos ensinado que “não só de pão viverá
o homem, mas de toda Palavra que vem da boca do Senhor?” A nossa fé foi provada com
fogo ao longo de nossa peregrinação cristã? Se alguém aqui diz que não, tenho que te dizer
que comece a avaliar a sua vida, pois se não houve provas de fé na sua vida, a sua vida é
diferente de todos os homens de Deus que nós temos nas Escrituras. Todos eles foram
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provados, não houve nenhum que não tenha sido provado. Isso é propósito de Deus, é parte
do seu caráter, é parte de ser cristão.
O que há no teu coração? Como é a tua vida cristã? É você um daqueles que acham que
cristianismo é simplesmente não ir a um determinado lugar e estar todos os finais de
semana na igreja? Se assim for, eu sugiro que tu comeces lendo o que é o fruto do Espírito,
o caráter cristão que descreve em Gálatas, como: amor, gozo no Senhor, paz, paciência,
bondade, fé. Todas as características do caráter cristão que não tem nada a ver com o que
faço ou deixo de fazer, pois isso vem como resultado natural desse caráter. O que há no teu
coração? Pense ao respeito, pense na sua caminhada cristã, peça ao Senhor que lhe mostre
assim como Davi o pediu no Sal.139: “Sonda-me Senhor e conhece os meus pensamentos”.
E se o Senhor lhe mostrar que você é um daqueles que ficou pelo caminho do deserto, peça
misericórdia, arrependa-se e creia em Jesus Cristo, creia que ele tem poder para perdoá-lo e
para limpar os seus pecados.
E finalmente uma palavra para os que sabem que estão firmes na fé, mas que mesmo assim
às vezes não compreendem por que tem que passar por tantas provações: Você foi
purificado, santificado, com o sofrimento. No texto que nós vimos o Senhor diz que nos
humilhou e nos ensinou a depender dEle. Você tem aprendido a depender dEle. Só isso já é
suficiente propósito para o Senhor. Lembre de Jó, ele sofreu, foi provado, se manteve
firme, e nunca entendeu o propósito do seu sofrimento, mas ele conclui reconhecendo que a
sua experiência o levou a conhecer mais ao Senhor:

“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade,
falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não
conhecia. Escutam-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me
ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me
abomino e me arrependo no pó e na cinza” Jó.42.2-6

Lembre que do outro lado do Jordão está a terra prometida. Lembre que o seu passado foi
um ensinamento para ser santificado e chegar até aqui. Mas não esqueça que Israel ainda
depois teve que passar o Jordão, mais um passo de fé e depois disso ainda seguir
batalhando, mas sempre com a mão poderosa do seu Deus que lutava por eles. Assim é
também com nós.
Que o Senhor nos abençoe, Amém!

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