Do princípio da presunção de inocência. Aluno: Raphael Turra Sprenger. Prof. Dr. Sérgio Moro.
Segundo o princípio da presunção de inocência, a inocência do acusado de ilícito penal é presumida e o réu somente será considerado culpado caso seus acusadores tenham prova substantiva de sua autoria. Em outras palavras, todos são considerados inocentes até prova em contrário (deduzida pelos titulares da ação penal).
A presunção de inocência significa, em termos processuais, que não incumbe ao réu provar sua inocência, mas à parte acusadora comprovar sua culpa. O processo penal baseado na presunção da inocência onera os titulares da ação penal de provar, de maneira inequívoca, que o fato delituoso foi perpetrado pelo acusado. Ou seja, nessa modalidade de processo, busca-se a culpa (cuja produção depende da parte ofendida), não a inocência (pois esta é presumida).
Logo, o processo penal em que há presunção da inocência somente chegará a sentença condenatória caso os promotores da ação tenham provas substantivas da culpa do acusado. Caso não consigam, presume-se que o acusado é inocente.
O princípio da presunção de inocência integra historicamente a ordem jurídica ocidental. No direito romano, traduzia-se no brocardo ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat (a prova incumbe àquele que acusa, não àquele que nega), que consta no Digesto de Justiniano. Na Europa, com a queda do Império Romano Ocidental, o princípio da presunção de inocência ou foi esquecido ou teve sua aplicação mitigada. O direito dos povos bárbaros baseava-se na presunção da culpa, cabendo ao acusado provar-se inocente (geralmente, através de "provas divinas").
Com a institucionalização da Igreja Católica e a recuperação do legado jurídico romano, o processo penal voltou a se basear na presunção da inocência. A formulação doutrinária do princípio, aliás, é do canonista Jean Lemoine (1250-1313): item quilbet presumitur innocens nisi probetur nocens (uma pessoa é considerada inocente até ser provada culpada). A partir do século XVIII, a radicalização das doutrinas iluministas acelerou seu restabelecimento no Ocidente. Na Inglaterra, tornou-se célebre a máxima "é melhor que dez pessoas culpadas escapem a que uma inocente sofra", cunhada por William Blackstone.
Atualmente, o princípio da presunção de inocência é consagrado universalmente nas cartas de direitos humanos e na ordem jurídica doméstica de todas as nações civilizadas. O art. 11 da Declaração Universal de Direitos Humanos afirma que "toda pessoa acusada de delito tem o direito a que se presuma sua inocência enquanto não for provada sua culpabilidade, conforme a lei e em um juízo público no qual sejam asseguradas todas as garantias necessárias para sua defesa"; o art. 8º da Convenção Americana de Direitos Humanos, por sua vez, afirma que "toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se estabeleça legalmente sua culpabilidade". No Brasil, a garantia encontra-se inscrita na Constituição Federal, art. 5º, inciso LVII: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Do princípio da presunção de inocência. Aluno: Raphael Turra Sprenger. Prof. Dr. Sérgio Moro.
Segundo o princípio da presunção de inocência, a inocência do acusado de ilícito penal é presumida e o réu somente será considerado culpado caso seus acusadores tenham prova substantiva de sua autoria. Em outras palavras, todos são considerados inocentes até prova em contrário (deduzida pelos titulares da ação penal).
A presunção de inocência significa, em termos processuais, que não incumbe ao réu provar sua inocência, mas à parte acusadora comprovar sua culpa. O processo penal baseado na presunção da inocência onera os titulares da ação penal de provar, de maneira inequívoca, que o fato delituoso foi perpetrado pelo acusado. Ou seja, nessa modalidade de processo, busca-se a culpa (cuja produção depende da parte ofendida), não a inocência (pois esta é presumida).
Logo, o processo penal em que há presunção da inocência somente chegará a sentença condenatória caso os promotores da ação tenham provas substantivas da culpa do acusado. Caso não consigam, presume-se que o acusado é inocente.
O princípio da presunção de inocência integra historicamente a ordem jurídica ocidental. No direito romano, traduzia-se no brocardo ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat (a prova incumbe àquele que acusa, não àquele que nega), que consta no Digesto de Justiniano. Na Europa, com a queda do Império Romano Ocidental, o princípio da presunção de inocência ou foi esquecido ou teve sua aplicação mitigada. O direito dos povos bárbaros baseava-se na presunção da culpa, cabendo ao acusado provar-se inocente (geralmente, através de "provas divinas").
Com a institucionalização da Igreja Católica e a recuperação do legado jurídico romano, o processo penal voltou a se basear na presunção da inocência. A formulação doutrinária do princípio, aliás, é do canonista Jean Lemoine (1250-1313): item quilbet presumitur innocens nisi probetur nocens (uma pessoa é considerada inocente até ser provada culpada). A partir do século XVIII, a radicalização das doutrinas iluministas acelerou seu restabelecimento no Ocidente. Na Inglaterra, tornou-se célebre a máxima "é melhor que dez pessoas culpadas escapem a que uma inocente sofra", cunhada por William Blackstone.
Atualmente, o princípio da presunção de inocência é consagrado universalmente nas cartas de direitos humanos e na ordem jurídica doméstica de todas as nações civilizadas. O art. 11 da Declaração Universal de Direitos Humanos afirma que "toda pessoa acusada de delito tem o direito a que se presuma sua inocência enquanto não for provada sua culpabilidade, conforme a lei e em um juízo público no qual sejam asseguradas todas as garantias necessárias para sua defesa"; o art. 8º da Convenção Americana de Direitos Humanos, por sua vez, afirma que "toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se estabeleça legalmente sua culpabilidade". No Brasil, a garantia encontra-se inscrita na Constituição Federal, art. 5º, inciso LVII: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Do princípio da presunção de inocência. Aluno: Raphael Turra Sprenger. Prof. Dr. Sérgio Moro.
Segundo o princípio da presunção de inocência, a inocência do acusado de ilícito penal é presumida e o réu somente será considerado culpado caso seus acusadores tenham prova substantiva de sua autoria. Em outras palavras, todos são considerados inocentes até prova em contrário (deduzida pelos titulares da ação penal).
A presunção de inocência significa, em termos processuais, que não incumbe ao réu provar sua inocência, mas à parte acusadora comprovar sua culpa. O processo penal baseado na presunção da inocência onera os titulares da ação penal de provar, de maneira inequívoca, que o fato delituoso foi perpetrado pelo acusado. Ou seja, nessa modalidade de processo, busca-se a culpa (cuja produção depende da parte ofendida), não a inocência (pois esta é presumida).
Logo, o processo penal em que há presunção da inocência somente chegará a sentença condenatória caso os promotores da ação tenham provas substantivas da culpa do acusado. Caso não consigam, presume-se que o acusado é inocente.
O princípio da presunção de inocência integra historicamente a ordem jurídica ocidental. No direito romano, traduzia-se no brocardo ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat (a prova incumbe àquele que acusa, não àquele que nega), que consta no Digesto de Justiniano. Na Europa, com a queda do Império Romano Ocidental, o princípio da presunção de inocência ou foi esquecido ou teve sua aplicação mitigada. O direito dos povos bárbaros baseava-se na presunção da culpa, cabendo ao acusado provar-se inocente (geralmente, através de "provas divinas").
Com a institucionalização da Igreja Católica e a recuperação do legado jurídico romano, o processo penal voltou a se basear na presunção da inocência. A formulação doutrinária do princípio, aliás, é do canonista Jean Lemoine (1250-1313): item quilbet presumitur innocens nisi probetur nocens (uma pessoa é considerada inocente até ser provada culpada). A partir do século XVIII, a radicalização das doutrinas iluministas acelerou seu restabelecimento no Ocidente. Na Inglaterra, tornou-se célebre a máxima "é melhor que dez pessoas culpadas escapem a que uma inocente sofra", cunhada por William Blackstone.
Atualmente, o princípio da presunção de inocência é consagrado universalmente nas cartas de direitos humanos e na ordem jurídica doméstica de todas as nações civilizadas. O art. 11 da Declaração Universal de Direitos Humanos afirma que "toda pessoa acusada de delito tem o direito a que se presuma sua inocência enquanto não for provada sua culpabilidade, conforme a lei e em um juízo público no qual sejam asseguradas todas as garantias necessárias para sua defesa"; o art. 8º da Convenção Americana de Direitos Humanos, por sua vez, afirma que "toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se estabeleça legalmente sua culpabilidade". No Brasil, a garantia encontra-se inscrita na Constituição Federal, art. 5º, inciso LVII: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Do princpio da presuno de inocncia . Aluno: Raphael Turra Sprenger. Prof. Dr.
Srgio Moro.
Segundo o princpio da presuno de inocncia, a inocncia do acusado de
ilcito penal presumida e o ru somente ser considerado culpado caso seus acusadores tenham prova substantiva de sua autoria. Em outras palavras, todos so considerados inocentes at prova em contrrio (deduzida pelos titulares da ao penal). A presuno de inocncia significa, em termos processuais, que no incumbe ao ru provar sua inocncia, mas parte acusadora comprovar sua culpa. O processo penal baseado na presuno da inocncia onera os titulares da ao penal de provar, de maneira inequvoca, que o fato delituoso foi perpetrado pelo acusado. Ou seja, nessa modalidade de processo, busca-se a culpa (cuja produo depende da parte ofendida), no a inocncia (pois esta presumida). Logo, o processo penal em que h presuno da inocncia somente chegar a sentena condenatria caso os promotores da ao tenham provas substantivas da culpa do acusado. Caso no consigam, presume-se que o acusado inocente. O princpio da presuno de inocncia integra historicamente a ordem jurdica ocidental. No direito romano, traduzia-se no brocardo ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat (a prova incumbe quele que acusa, no quele que nega), que consta no Digesto de Justiniano. Na Europa, com a queda do Imprio Romano Ocidental, o princpio da presuno de inocncia ou foi esquecido ou teve sua aplicao mitigada. O direito dos povos brbaros baseava-se na presuno da culpa, cabendo ao acusado provar-se inocente (geralmente, atravs de "provas divinas"). Com a institucionalizao da Igreja Catlica e a recuperao do legado jurdico romano, o processo penal voltou a se basear na presuno da inocncia. A formulao doutrinria do princpio, alis, do canonista Jean Lemoine (1250-1313): item quilbet presumitur innocens nisi probetur nocens (uma pessoa considerada inocente at ser provada culpada). A partir do sculo XVIII, a radicalizao das doutrinas iluministas acelerou seu restabelecimento no Ocidente. Na Inglaterra, tornou-se clebre a mxima " melhor que dez pessoas culpadas escapem a que uma inocente sofra", cunhada por William Blackstone. Atualmente,
princpio
da
presuno
de
inocncia
consagrado
universalmente nas cartas de direitos humanos e na ordem jurdica domstica de
todas as naes civilizadas. O art. 11 da Declarao Universal de Direitos Humanos afirma que "toda pessoa acusada de delito tem o direito a que se presuma sua
inocncia enquanto no for provada sua culpabilidade, conforme a lei e em um juzo
pblico no qual sejam asseguradas todas as garantias necessrias para sua defesa"; o art. 8 da Conveno Americana de Direitos Humanos, por sua vez, afirma que "toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocncia enquanto no se estabelea legalmente sua culpabilidade". No Brasil, a garantia encontra-se inscrita na Constituio Federal, art. 5, inciso LVII: "ningum ser