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Realidades da Nova Criação

Realidades da Nova Criação


Professor: Natan Rufino
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Esboço Temático

I) A primeira criação
1. O homem criado como Deus (igual a Deus)
2. O homem em comunhão com Deus
3. O homem, o dono do mundo
4. Destinado a crescer para a plenitude

II) O pecado, a queda, surge um novo homem: o pecador


1. O homem passou da vida para a morte – o contrário de 1 Jo 3.14
2. O homem sem Deus no mundo: seguindo os desejos do novo pai, o diabo Jo 8.44.
3. O pecado: “não crêem em mim” Jo 16.9
4. Como a morte se propagou entre os homens –Rm 5.12

III) Jesus: o elemento criador de uma nova espécie


1. Ele desceu do céu para fazer a vontade de Deus: buscar e salvar o que se havia perdido. Jo 6.38 e Lc
19.10
2. Morreu a nossa morte e pagou pelo nosso pecado. Foi sepultado e ressuscitou. Foi elevado aos céus e
está assentado à direita da majestade nas alturas como o nosso legítimo representante.

IV) A nova criação


1. O início do evangelho
2. O representante eterno
3. Direitos e privilégios em Cristo

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I - A Primeira Criação

1) Tudo Deus criou com uma voz de comando:

Gênesis 1.1-24
 E disse Deus...

Salmo 33.6
 Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca.

Salmo 33.9
 Pois ele falou, e tudo se fez; ele mandou, e logo tudo apareceu.

Hebreus 11.3
 Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi
feito daquilo que se vê.

Deus criou tudo dizendo, exceto o homem:


Gênesis 1.26
 Deus é espírito (Jo 4.24), e o homem foi feito como Deus.

Gênesis 2.7 – o homem é espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23)


2 Coríntios 4.16 – 5.1

Logo no início, durante a criação, já vemos a diferença entre o homem e os animais.

2) O homem fora criado em plena comunhão com Deus e destinado a crescer ao usufruir
desta comunhão ao longo da sua vida.

Atos 17.24-28

 Para habitar sobre a face da terra


 Tempos previamente estabelecidos
 Limite da sua habitação sobre a terra
 Para buscarem a Deus

Romanos 1.19, 20

 O que de Deus se pode conhecer é manifesto entre os homens;


 Os atributos invisíveis de Deus: Poder e Divindade;
 São entendidos claramente
 Por meio das coisas que foram criadas (desde o princípio do mundo)

O homem havia sido criado com um corpo temporário, transitório, para buscar a Deus e crescer à maturidade,
para a mais profunda união entre Deus e ele.

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Efésios 5.25-32

25 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou
por ela,
26 a fim de santificá-la, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra,
27 para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante,
mas santa e irrepreensível.
28 Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a
sua mulher, ama-se a si mesmo.
29 Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja;
30 porque SOMOS MEMBROS DO SEU CORPO.
31 POR ISSO deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, E SERÃO OS DOIS UMA
SÓ CARNE.
32 GRANDE É ESTE MISTÉRIO, MAS EU FALO EM REFERÊNCIA A CRISTO E À IGREJA.

3. O homem era o dono do mundo:

Gênesis 1.26 – Tenha o homem domínio.

Salmo 115.16 – Deus deu a terra ao homem.

Salmo 8.3-6 – O homem fora feito um pouco menor que Deus, e fora posto sobre todas as obras das mãos do
criador.

Os céus serviriam a terra, a terra serviria ao homem e o homem serviria a Deus.

II - O Pecado, A Queda, Surge um Novo Homem: O Pecador

1. A queda, a morte espiritual.


Gênesis 2.16, 17

16 E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;
17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque NO DIA que dela
comeres, CERTAMENTE MORRERÁS.

O pecado cometido por Adão e Eva os tirou da comunhão com Deus, a fonte de toda a vida, e assim,
perderam a vida que possuíam em seu espírito. Isto é o que chamamos de morte espiritual. É estar
espiritualmente separado de Deus.

Morte espiritual não é a não existência do espírito humano, ao contrário, é a existência do espírito humano
sem comunhão com Deus. A morte espiritual pode ser comparada com um braço anestesiado que passará por
cirurgia, o braço continua ali, mas é como se estivesse morto para o resto do corpo, pois “perdera a ligação”
com ele.

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Gênesis 5.5

Todos os dias que Adão viveu foram NOVECENTOS E TRINTA ANOS; e MORREU.

No dia em que Adão pecou, ele morrera espiritualmente, como Deus havia garantido, mas, somente muito
depois ele fora morrer fisicamente, como conseqüência daquilo. Se ele não houvesse morrido espiritualmente,
ele não teria morrido fisicamente depois. A morte física foi uma conseqüência da morte espiritual.

Quando Adão morrera espiritualmente? No dia em que ele pecou! Exatamente como Deus houvera dito: “no
dia que dela comeres, certamente morrerás”.

Gênesis 3.8-10

8 E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua
mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9 Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: ONDE ESTÁS?
10 Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me.

Obviamente Deus sabia onde Adão e Eva estavam, mas quando ele faz esta pergunta, sua intenção era fazer
o homem pensar sobre o que este havia feito acontecer com sua vida: Ele, o homem, já não estava mais em sua
posição original.

Fisicamente, ele estava exatamente no mesmo lugar, no Éden, e ainda do mesmo jeito: vivo; mas,
espiritualmente, já não estava mais em comunhão com Deus e já não tinha mais vida em seu espírito, e, por
estar razão, Deus lhe diz: “Adão, olha onde é que você foi parar!”

2. O homem passa da vida para morte

Quando somos recriados em Cristo Jesus a Bíblia diz que somos recolocados em nossa posição de
comunhão e relacionamento com Deus mais uma vez. A sua natureza e seu amor são derramados em nossos
corações e diz que...

1 João 3.14

Nós sabemos que JÁ PASSAMOS DA MORTE PARA A VIDA, porque amamos os irmãos. Quem não
ama permanece na morte.

O novo homem que Deus criou em Cristo Jesus, tornou-se uma realidade para nós depois que passamos da
morte para vida. Adão, depois que passou pelo processo invertido, da vida para a morte, tornou-se também um
novo tipo de homem, um novo Adão, um Adão sem vida, sem espiritualidade profunda e sem a natureza de
Deus.

Como vimos anteriormente, o homem fora criado em comunhão com Deus e estava destinado a crescer
espiritualmente enquanto buscasse o entendimento da pessoa de Deus por meio das coisas que haviam sido
criadas desde o princípio do mundo. Se o homem tivesse feito exatamente isso ele teria continuado em seu
estado original, tal qual Deus o havia criado, pois a Bíblia diz que aquele que faz a vontade de Deus permanece
para sempre. Eu creio que esta verdade bíblica pode ser muito bem aplicada ao que aconteceu ao homem no
princípio.

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1 João 2.17

Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para
sempre.

Este versículo mostra dois fatos antagônicos entre si:


A vontade de seguir o que há no mundo X A vontade de fazer o que agrada a Deus

1 João 2.15-17

15 Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.
17 Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para
sempre.

O que há no mundo:

a) concupiscência da carne
b) concupiscência dos olhos
c) soberba da vida

3. O processo da queda do homem

Gênesis 3.6

Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável
para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.

a) boa para se comer (concupiscência da carne)


b) agradável aos olhos (concupiscência dos olhos)
c) desejável para dar entendimento (soberba da vida)

Gênesis 3. 1

1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta
disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?

Satanás usa a Palavra de Deus para torcer aquilo que o próprio Deus diz. Ele fez isso no princípio, ele fez
isso com Jesus, e ele ainda faz isso hoje. É o mesmo que fazemos quando queremos pegar um rato em uma
ratoeira; colocamos a ratoeira e também um bom pedaço de queijo dentro.

Gênesis 3.2-4
2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis,
para que não morrais.
4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.

Deus havia dito: Certamente morrerás! (Gn 2.17)


Satanás diz: Certamente não morrereis! (Gn 3.4)

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Quem falava a verdade, quem estava mentindo? Em quem a mulher e o homem deveriam acreditar?

A incredulidade humana nas palavras de Deus, fez com Adão e Eva perdessem a comunhão com o seu
criador.
Hoje, nós sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6) e Jesus também disse que quando o
Espírito Santo viesse ele convenceria o mundo do pecado “porque não criam”.

João 16.8, 9

8 E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:


9 do pecado, porque não crêem em mim;

A incredulidade fez o homem cair da sua posição de comunhão com Deus e de domínio sobre a terra, mas, a
fé, recolocou o homem em sua posição original. A incredulidade do homem foi o seu pecado, a fé se tornou a
sua justiça.

4. Um novo homem, com um novo pai.

Quando o homem pecou e perdeu a comunhão com Deus, obviamente perdeu a paternidade divina, e ficara
sujeito a Satanás e à sua vontade. Nem mesmo os homens mais religiosos puderem adquirir uma nova natureza
e ter Deus novamente como pai, sem antes de Jesus ter nos substituído por meio da sua morte, sepultamento e
ressurreição.

João 8.44

Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio,
e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é
próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.

O homem sem Deus no mundo: seguindo os desejos do novo pai, o diabo.

5. Como a morte se propagou entre os homens

Talvez esta seja uma das dúvidas mais comuns entre os cristãos. É muito comum ouvirmos alguém dizendo
que, depois da queda, o homem tornou-se um pecador e que todos os que nasceram depois disso já nasceram
pecadores.

Até citam alguns textos de Romanos, mas não os interpretam corretamente. Veja:

Romanos 5.12

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.

Romanos 3.23
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

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O primeiro texto diz: “Assim como...”, ou seja, do mesmo jeito, igualmente. Em outras palavras, “como
aconteceu com Adão, aconteceu com todos: pelo pecado, o homem experimentou a morte, e a morte passou a
todos os homens porque todos pecaram”.
Esta expressão de Romanos 5.12, “todos pecaram”, não é diferente de dizer: “Todos nasceram pecadores”?

A questão é exatamente esta: “Todos pecaram!” (Rm 3.23). Não diz: “todos nasceram pecadores”.

Então, surge a pergunta, quando, pois, o homem peca pela primeira vez, para que a morte espiritual se
aposse do seu ser, fazendo com que, desde então, ele precise nascer de novo (espiritualmente)?

Paulo fala exatamente sobre isso, ainda no mesmo livro de Romanos.

Romanos 7.9-11

9 E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri;
10 e o mandamento que era para vida, nesse achei que me era para morte.
11 Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou.

Veja o que Paulo disse no texto citado acima: “Houve um tempo em que eu vivia, tempo esse em que eu
ainda não tinha sido instruído nos preceitos da lei, ou seja, quando eu era muito novo, ainda uma criancinha; no
entanto, quando chegou o momento de eu ser instruído por meus pais e tutores a respeito das coisas da lei, o
pecado reviveu e foi aí que eu morri. O que aconteceu foi o seguinte: o pecado, se aproveitando do mandamento
para não pecar, foi ativado, e, me enganando, me fez morrer”.Ou seja, a criança não nasce morta
espiritualmente, pois o seu espírito, que passa a existir no momento da fecundação, não é gerado pelos espíritos
mortos dos seus pais. O corpo daquele novo ser que vai passar a existir vem da relação terrena, mas o seu
espírito vem de Deus. Por esta razão, Jesus declarou que as crianças são as verdadeiras cidadãs do Reino dos
Céus.

Se o espírito humano daquele novo ser que passa a existir no momento da fecundação, fosse gerado a partir
dos espíritos dos pais, uma criança que viesse a nascer de um casal nascido de novo, não passaria pelo processo
da morte e não teria necessidade depois de nascer de novo espiritualmente, como Jesus Cristo ensinou.

Toda a raça humana ficou subjugada a ter que pecar e ter que morrer, porque depois da queda do homem, a
Palavra de Deus, que é espírito e vida, deixou de fluir no interior do ser humano. O próprio Deus fez uma
representação sobre este fato, colocando um Anjo com uma espada desembainhada no caminho que dava acesso
a Árvore da Vida.

Considerando a Bíblia como uma revelação progressiva, podemos entender que isso era uma figura natural
de fatos espirituais, pois o que dava vida e entendimento ao homem não eram dentadas físicas em um fruto
físico que tivesse um poder fora do comum. Estas coisas (as árvores da vida, e do conhecimento do bem e do
mal) eram literais, contudo, por trás da realidade natural havia um fato sobrenatural sobre o qual o homem
deveria aprender. Veja isso:

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João 1.1-4L.

1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;

O texto acima está dizendo exatamente o seguinte: No começo de tudo, era a PALAVRA de Deus. Tudo o
que Deus criou, ele criou com a sua Palavra, e nesta Palavra estava a vida, e A VIDA DA PALAVRA
iluminava o ser humano”.

Por esta razão, à medida que o ser humano cresce neste mundo onde Satanás é deus, sem a vida da Palavra
fluindo em seu coração, ele acaba pecando e morre espiritualmente. Contudo, Deus estabeleceu um plano para
que quando o homem voltar a crer na Palavra de Deus mais uma vez, o seu espírito seja recriado de novo. Isto é
o que nós chamamos de nascer de novo, espiritualmente.

A Bíblia fala que por meio do conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, os homens escapam das
contaminações que há no mundo (2 Pedro 2.20). Ora, as contaminações do mundo contaminam o que? Aqueles
que podem ser contaminados é claro. Porém, entenda que quem está sujo, não pode ser contaminado com um
pouco mais de sujeira, pois a contaminação é a penetração de algo impuro para dentro de algo puro.

Exemplificando: eu poderia contaminar um copo com lama por meio de gotas de lama derramadas de um
outro recipiente? Claro que não! Lama não contamina lama, pois é uma substância de natureza igual.

Assim também, as contaminações do mundo fazem com que as crianças, que ao nascerem são verdadeiras
cidadãs do reino dos céus, sejam contaminadas com o pecado que há no mundo. Ao pecar pela primeira vez, a
criança perde a vida de Deus, daí para frente, esta criança precisará nascer de novo espiritualmente. Era sobre
isso que Paulo estava falando quando comentou a respeito de si mesmo em Romanos 7.

A criança ao nascer recebe o corpo dos pais, mas o espírito vem de Deus. O espírito humano não é
fabricado através da união entre o sêmem e o óvulo. Deus quis que cada novo ser humano ao nascer tivesse algo
de natural e algo de divino, foi da sua vontade estar em parceria com o homem na criação de novos seres
humanos, de forma que a cada nova geração (fecundação) um novo espírito humano vem de Deus para o novo
ser que em breve irá nascer.

A criança recém nascida ao entrar no mundo, está cheia da vida e da natureza de Deus em seu coração (veja
que eu disse em seu coração, no espírito). À medida que ela vai crescendo e tendo que aprender a usar e
controlar os seus sentidos físicos aqui neste mundo, ela vai aguçando e treinando sua sensibilidade natural e
concomitantemente vai perdendo sua sensibilidade espiritual.

É por esta razão que a Bíblia diz que o povo do mundo, que hoje vive alheio à vida de Deus, se entregou à
dissolução, para cometerem toda sorte de impureza, porque à medida que estas pessoas cresciam foram
tornando-se insensíveis.

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Efésios 4.17-19

17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na
vaidade dos seus próprios pensamentos,
18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa ignorância em que vivem, pela dureza
do seu coração,
19 os quais, TENDO-SE TORNADO INSESÍVEIS, SE ENTREGARAM à dissolução para, com avidez,
cometerem toda sorte de impureza.

Quando o homem não entende as coisas da Palavra de Deus, e procura respostas e explicações nas ciências
modernas que estudam a mente humana, na maioria dos casos, a tendência comum, é fazer com que algum
argumento intelectual, filosófico ou psicológico substitua o conhecimento que somente a revelação da Palavra
de Deus pode trazer. Conseqüentemente, com suas idéias e invenções, quando deveriam ajudar, acabam por
dificultar ainda mais.

Alguns têm dito que a criança já nasce com a natureza de Satanás, e que, porque não saber disso, se morrer
antes de chegar a uma idade onde pudesse ter o entendimento desta verdade, a idade da razão, ela irá para o céu.
Entretanto, se esta mesma criança, chegar a tal idade da razão, e assim ficar sabendo que tem a natureza de
Satanás, desde então, se morrer, ela irá para o inferno.

Ora, o que leva uma pessoa ao céu após a morte, é não ter a natureza de Satanás em seu espírito ou é não
saber que tem? O que salva o homem é o conhecimento ou a ignorância?

O que acontece a todo ser humano quando nasce é o que nós já vimos nos parágrafos anteriores: nasce com
a vida e a natureza de Deus em seu espírito, mas, sem a Palavra de Deus estar fluindo constantemente em seu
coração, inevitavelmente chegará um momento em que o desejo da carne, o pecado, será mais forte do que ela,
e, finalmente, pecará, e ao pecar, perderá a vida de Deus; e enquanto cresce neste mundo onde Satanás é Deus,
sua insensibilidade espiritual aumentará cada vez mais, fazendo com que assim ela se entregue a dissolução
para cometer toda sorte de impureza.

Por isso Jesus não poderia ter nascido como os outros homens: para não estar na mesma condição espiritual,
destinado a pecar e morrer espiritualmente.

No caso da vida humana de Jesus, ele não crescia apenas fisicamente. À medida que crescia fisicamente, ele
também se fortalecia em seu espírito, crescendo em graça e sabedoria diante de Deus e diante dos homens.

Lucas 2.40

E o menino ia crescendo e fortalecendo-se, ficando cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.

Lucas 2.52

E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.

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III – Jesus: o Elemento Criador de Uma Nova Espécie

1. Ele desceu do céu para fazer a vontade de Deus: buscar e salvar o que se havia perdido.

Jo 6.38

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

Jesus não caiu do céu; ele mesmo disse: eu desci do céu! Entre outras coisas, isto também significa que ele
veio por que quis, com um propósito, com uma finalidade; finalidade esta que ele mesmo diz qual é: “não para
fazer aquilo que tenho vontade de fazer depois de haver descido, mas para fazer aquilo é da vontade de Deus”.

A vontade de Deus para Jesus era que ele fizesse aquilo que nenhum outro poderia fazer: trazer o homem de
volta a sua posição espiritual de origem, e a única maneira de fazer isso seria por meio da identificação com o
homem, tornando-se um de nós, e assim, nos substituir ao receber a punição devida ao pecado do homem,
fazendo com que o escrito de dívida que era contra nós fosse eliminado.

Lc 19.10
Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

Quando Jesus morreu em nosso lugar e em seguida sofreu a punição que nos era devida, ficamos livres
daquilo que pesava sobre nós desde a queda do homem. Se cremos que Jesus nos substituiu e pagou a nossa
dívida, então devemos crer também que não temos mais qualquer sentimento de culpa na presença de Deus.

Jesus pagou nossa dívida e ficamos completamente livres, pois nunca se paga uma dívida duas vezes.

Por meio de tudo o que Jesus Cristo fez e por tudo que ele passou, Deus tornou possível a recriação do
espírito humano; de fato, Jesus, como nosso substituto e representante, foi o primeiro a ser gerado dentre os
mortos espirituais, tornando-se assim o primogênito entre muitos irmãos.

Veja que nos versículos a seguir se repete a verdade que Deus fez ou criou, um novo homem em Jesus, ou
seja, tudo que o próprio Jesus passou tinha como objetivo trazer de volta a vida o homem de Deus que estava
morto desde a queda do Adão.

Efésios 2.10

Pois somos FEITURA dele, CRIADOS EM CRISTO JESUS para boas obras...

Efésios 2.14, 15

14 Ele é a nossa paz, o qual de ambos (judeus e gentios) FEZ UM; e, tendo derribado a parede de
separação que estava no meio, a inimizade,
15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois CRIASSE, EM
SI MESMO, um novo homem...

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Realidades da Nova Criação

Os textos acima nos mostram que Deus nos recriou em Cristo Jesus. O versículo 15 diz “para que dos dois
criasse, em si mesmo, um novo homem”. Um novo homem fora criado em Jesus Cristo! Por isso a Bíblia diz
que ele fora o primeiro da ressurreição dos mortos.

Atos 26.22, 23

22 Mas, alcançando socorro de Deus, permaneço até ao dia de hoje, dando testemunho, tanto a pequenos
como a grandes, nada dizendo, senão o que os profetas e Moisés disseram haver de acontecer,
23 isto é, que o Cristo DEVIA PADECER e, SENDO O PRIMEIRO DA RESSURREIÇÃO DOS
MORTOS, anunciaria a luz ao povo e aos gentios.

De acordo com o que diz Paulo, todos os textos do Antigo Testamento prediziam que o Cristo devia
padecer (morrer) e devia ser o primeiro a ressuscitar dos mortos. De fato, a Bíblia chama Jesus de o primogênito
dentre os mortos (Ap 1.5).

Entretanto, nem todos os cristãos sabem precisamente a respeito de que morte foi Jesus considerado o
primogênito, o primeiro a ser gerado. Embora seja consideravelmente simples, muita gente ainda tem
dificuldade de entender que Jesus morrera a nossa morte, a morte espiritual, e que fora o primeiro a ressuscitar
espiritualmente, para que fosse o primogênito entre muitos irmãos.

O texto bíblico citado acima não poderia estar falando sobre Jesus ser o primeiro a ressuscitar fisicamente,
pois unicamente em seu ministério, nos poucos registros que nos foram deixados, está escrito que o próprio
Jesus ressuscitou três pessoas: a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim e Lázaro.

Como Jesus poderia ser o primeiro a ressuscitar fisicamente se ele mesmo já tinha ressuscitado pelo menos
três pessoas? Isto sem falar das ressurreições realizadas pelos profetas no Antigo Testamento.

Jesus fora o primeiro a ressuscitar espiritualmente! Claro que isto significa que ele primeiro morreu
espiritualmente para que depois fosse ressuscitado.

2. Morreu a nossa morte e pagou pelo nosso pecado. Foi sepultado e ressuscitou.

Jesus nunca pecou, como pois ele conseguiu morrer?

Quando Jesus se deixou colocar na cruz ele sabia que estava se entregando a morte, pois o próprio Deus
havia declarado que seria maldito todo aquele que fosse posto no madeiro. Jesus se fez maldito por nós, para
que depois da sua morte, sepultamento e ressurreição, pudéssemos finalmente ser a justiça de Deus, em Cristo
Jesus.

Confira nas passagens bíblicas a seguir, o fato de que Jesus morreu ao ter sido posto na cruz, lugar de
maldição.

Atos 2.23

Sendo Jesus entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, VÓS O MATASTES,
CRUCIFICANDO-O por mãos de iníquos.

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Realidades da Nova Criação

Atos 5.30

O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem VÓS MATASTES, PENDURANDO-O NUM
MADEIRO.

Atos 10.39

Nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual também
TIRARAM A VIDA, PENDURANDO-O NO MADEIRO.

Fazia parte do plano de Deus que Jesus se fizesse maldito ao ser posto na cruz, e assim, morresse
espiritualmente (e em seguida fisicamente) para que, como nosso substituto e representante, logo em seguida,
cumprisse a pena que era devida ao homem.

Um pouco depois de ter morrido espiritualmente, Jesus morreria fisicamente, para então seu espírito e alma
deixarem o seu corpo e se destinarem ao lugar de sofrimento reservado para todos aqueles que estavam sem
comunhão com Deus. Neste ponto também, muitos cristãos se vêem confusos e perturbados quanto ao fato de
Jesus ter morrido espiritualmente e ter sofrido no inferno como um pecador, em nosso lugar.

Jesus morreu a nossa morte e nos substituiu na punição que nos era devida. Se porventura Jesus não tivesse
cumprido tudo o que a justiça divina exigia pela redenção do ser humano, então, todos nós teríamos que pagar o
restinho que nos faltava após a nossa morte.

Pelo fato de Jesus ter morrido a nossa morte, e ter, de fato, tomado o nosso lugar, ele estaria morto até o
momento em que Deus o trouxesse de volta a vida. Em nenhum lugar da Bíblia você encontra alguma passagem
que diga que Jesus “se ressuscitou”. Todas as ocorrências bíblicas falam sempre que Deus o ressuscitou dentre
os mortos. Para exemplificar o que eu disse, coloco abaixo algumas delas:

Atos 2.24
ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.

Atos 2.32
Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.

Atos 3.15
e matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.

Atos 10.40
A este Jesus ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse...

Romanos 10.9
Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo;

Gálatas 1.1
1 Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por intermédio de homem algum, mas sim por Jesus
Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),
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Realidades da Nova Criação

1 Pedro 1.21
[por meio de Jesus] credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de modo que a
vossa fé e esperança estivessem em Deus.

Jesus sabia que depois que houvesse morrido, não poderia fazer coisa alguma para trazer de volta a sua
própria vida. Por esta razão, ele creu, antes de morrer, que Deus o traria de volta vida. Pela fé, Jesus entregou
sua ressurreição nas mãos de Deus. Por isso, enquanto na cruz, antes de deixar o corpo, Jesus, clamando com
grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou (Lucas 23.46).

Ainda antes de ser posto na cruz, ele disse que entregaria sua vida para depois reavê-la (Jo 10.17, 18), mas
isto não significava que ele iria se matar e depois “se ressuscitar”. Significava sim, que, ELE CRIA, que, após
ter morrido ao ser posto na cruz, conforme o desígnio e presciência de Deus, e depois de passar o que era
preciso para a completa redenção humana, que Deus o traria de volta a vida.

Ele tinha de Deus a certeza que não seria deixado na morte, pelo contrário, ele sabia que, depois de
cumprido o clamor da justiça quanto ao pecado do homem, Deus o ressuscitaria dentre os mortos, como de fato
o fez.

Um outro texto bíblico muito importante quanto a morte e ressurreição de Cristo Jesus, está em Atos
capítulo 2:

Atos 2.22-32
22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós
com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós
mesmos sabeis;
23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por
mãos de iníquos;
24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele
retido por ela.
25 Porque a respeito dele diz Davi:
Diante de mim via sempre o Senhor, porque está minha direita, para que eu não seja abalado.
26 por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne
repousará em esperança,
27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu santo veja corrupção.
28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença.
29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi
sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.
30 Sendo, pois, profeta, e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no
seu trono,
31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo
experimentou corrupção.
32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.

Veja que, neste texto, Pedro está falando exatamente sobre a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Para isto, ele
cita um texto do Antigo Testamento que continha algumas palavras de Davi, que, muito embora tivessem sido
proferidas por ele a tempos atrás, pertenciam, na verdade, à boca de Jesus Cristo. Em outras palavras, Davi, pelo
Espírito de Cristo que nele estava deu de antemão testemunho sobre o que aconteceria com o Senhor no
momento da sua morte e ressurreição.
13
Realidades da Nova Criação

Davi tinha dito que Deus estava com ele e que por isso ele não seria abalado, então, declarou que, depois de
morto (claro!), não seria deixado na morte, ou seja, que Deus o ressuscitaria, e que, além disso, o corpo dele não
chegaria a se deteriorar (experimentar corrupção).

Ele disse o que disse, mas as palavras que ele havia proferido, não faziam sentido se aplicadas a ele, por isso,
Pedro decide explicar a quem realmente pertenciam aquelas palavras.

Paulo também, em outro texto, faz o mesmo comentário sobre a mesma passagem: “E nós vos anunciamos
as boas novas da promessa, feita aos pais, a qual Deus nos tem cumprido, a nós, filhos deles, levantando a
Jesus, como também está escrito no salmo segundo: Tu és meu Filho, hoje te gerei. E no tocante a que o
ressuscitou dentre os mortos para nunca mais tornar à corrupção, falou Deus assim: Dar-vos-ei as santas e
fiéis bênçãos de Davi; pelo que ainda em outro salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja a corrupção.
Porque Davi, na verdade, havendo servido a sua própria geração pela vontade de Deus, dormiu e foi
depositado junto a seus pais e experimentou corrupção. Mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma
corrupção experimentou” Atos 13.32-37.

Voltando a passagem na qual Pedro fala sobre este mesmo assunto, quando ele vai explicar o significado
real daquele texto, diz: “irmãos, Davi morreu, mas não ressuscitou como ele havia dito que aconteceria. De fato,
ele foi sepultado e o seu túmulo permanece entre nós até hoje; agora, por ser profeta, as suas palavras se
referiam à ressurreição de Cristo, pois este sim, não foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou
corrupção”.

Entre muitas outras coisas, este texto de Atos 2.22-32 nos mostra que a ressurreição de Cristo envolve dois
aspectos:

Primeiro, ele não foi deixado na morte.


Segundo, nem o seu corpo experimentou corrupção.

Esta palavra traduzida por “morte”, no texto original, é a mesma palavra que em outros textos do Novo
Testamento é traduzida por inferno.

Quando a Bíblia diz que Jesus não foi deixado na morte, não está falando sobre o seu corpo, mas sobre a
sua pessoa que habitava o seu corpo, e este não é o lado físico da sua morte, mas está falando sobre sua parte
não material, seu espírito e sua alma, o seu verdadeiro ser.

Quando a Bíblia diz que o seu corpo não experimentou corrupção, ela se refere ao fato de que o corpo de
Cristo, que ficara no sepulcro após a sua morte, nem sequer se deteriorou, pois antes que isso acontecesse ele
fora ressuscitado.

Veja então que a ressurreição de Cristo tem dois aspectos:

Primeiro, o espiritual.
Segundo, o físico.

Atos 2.31
Prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo
experimentou corrupção.

14
Realidades da Nova Criação
Como nos mostra o texto acima, para falar corretamente a respeito da ressurreição de Cristo é preciso falar
sobre os dois aspectos: o espiritual, pois ele não fora deixado na morte; e o físico, pois o seu corpo não
experimentou corrupção.

Primeiro Jesus morreu espiritualmente e depois morreu fisicamente. Lembre-se: Adão primeiro morreu
espiritualmente e depois morreu fisicamente.

Primeiro Jesus ressuscitou espiritualmente e depois ressuscitou fisicamente. É o mesmo que acontecerá
conosco: Primeiro, já ressuscitamos espiritualmente e depois, ressuscitaremos fisicamente.

Para resumir e esclarecer, podemos pensar na seguinte ordem de todo o processo que envolve a morte e
ressurreição de Jesus:

1. Ele se deixa colocar na cruz;


2. Ao ser posto na cruz, ele se torna maldito, pois Deus havia dito: “maldito todo aquele que for posto no
madeiro”. Fazia parte do plano, era como Jesus conseguiria morrer;
3. Na cruz, como maldito, Jesus morre espiritualmente, perde a comunhão com Deus. E para dar
testemunho de que as palavras dos profetas a respeito da sua morte estavam se cumprindo ele recita um
texto conhecido: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl 22.1). Na verdade, este salmo
22 contém previsões sobre muitos acontecimentos relacionados a morte de Cristo;
4. Quando ele diz: “Está consumado”, ele se refere a Antiga Aliança, que previa, figurativamente por seus
rituais, a morte do Cordeiro de Deus como sacrifício pela humanidade (Jo 19.28-30);
5. Então, Jesus diz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”, e, ainda na cruz, morre fisicamente, isto é,
seu espírito e sua alma deixam seu corpo em direção ao lugar de sofrimento reservado para aqueles que
estavam sem comunhão com Deus;
6. O corpo de Jesus é tirado da cruz e colocado no sepulcro, ao passo que ele mesmo estava no inferno por
nós, como nosso substituto;
7. Saciado o clamor da justiça divina quanto à redenção do homem, Deus ressuscita a Jesus: Primeiro
espiritualmente, e depois, Jesus, já ressuscitado espiritualmente, é recolocado em seu corpo físico que
também volta a viver, sendo que agora não mais dependendo do sangue ou do oxigênio que o sangue
espalha por todo o corpo, mas por meio do poder da vida indissolúvel;
8. ...
9. Jesus então fica aparecendo aos seus discípulos por um espaço de quarenta dias, falando das coisas
concernentes ao reino de Deus (At 1.3);
10. Jesus foi elevado para o céu (Lc 24.51, At 21.9);
11. Ao ser recebido em cima na glória, assentou-se a destra de Deus...
12. Hoje, ele está a direita de Deus e vive sempre para interceder por nós (Rm 8.34, Hb 7.25).

Algumas pessoas que têm dúvidas quanto ao fato de Jesus ter morrido espiritualmente na cruz e ter sofrido
espiritualmente em nosso lugar, sentem dificuldades ao tentarem entender o que está em nossas Bíblias quando
Jesus respondeu ao ladrão na cruz: “em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43).

Perguntam: Se Jesus morreu mesmo espiritualmente e logo depois da morte física esteve nos substituindo
na penalidade devida ao homem, porque ele disse ao ladrão hoje estarás comigo no paraíso?

O problema no manuseio deste texto se deve ao fato de as pessoas não compreenderem que o Novo
Testamento fora traduzido de outro idioma para o nosso, e que, para tanto, a tradução realizada fora dependente
da cabeça do tradutor.

15
Realidades da Nova Criação
Em primeiro lugar, o texto original não tinha a mesma pontuação que nós estamos usando em nossas
Bíblias, e a pontuação que foi aplicada em nossa língua após a tradução, está de acordo com o que os tradutores
entenderam. Além disso, ao se traduzir de uma língua para outra, na maioria dos casos, se faz necessário o
acréscimo de uma ou outra palavra.

Os próprios responsáveis pelo trabalho de tradução das nossas Bíblias colocam algumas palavras de
apresentação das versões produzidas por eles nas páginas iniciais, e é muito interessante parar para pensar um
pouco sobre aquilo que eles dizem nestas apresentações. Como exemplo, posso citar o quarto parágrafo da
apresentação da versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida segunda edição em letra gigante, onde
eles fazem o seguinte comentário:

“É certo que toda tradução ou revisão da Bíblia Sagrada, ainda que levada a termo por íntegros peritos
bíblicos, é sempre trabalho humano e, como tal, sujeito a falhas; por outro lado, no entanto, suscetível de
melhoria.”

Se houvesse o entendimento por parte dos tradutores do que a Bíblia ensina como um todo a respeito do
assunto da morte e ressurreição de Jesus eles poderiam ter colocado Lucas 23.43 das seguintes formas:

1) “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”.


2) “Em verdade te digo hoje que estarás comigo no paraíso”.
3) “Em verdade hoje te digo: estarás comigo no paraíso”.

IV –A Nova Criação em Cristo

1. O início do evangelho

A missão de Cristo era resgatar o homem das mãos do Diabo e recolocá-lo em sua posição espiritual
original. Para isso, ele se identificou com o homem em todos os aspectos humanos dos quais participamos, para
que assim, ele fosse um representante fiel aos que ele viera redimir.

Por esta razão a Bíblia indica que o início da mensagem de Deus por meio de Cristo, o início do evangelho,
se deu a partir do momento em que Cristo se identifica com o homem deixando-se batizar pelo batismo de João,
que era, na verdade, um batismo para remissão de pecados.

Atos 10.37
Vós conheceis A PALAVRA QUE SE DIVULGOU por toda Judéia, TENDO COMEÇADO desde a
Galiléia, DEPOIS DO BATISMO QUE JOÃO pregou [ou seja, batismo para remissão de pecados].

Ele não precisaria se arrepender de pecado algum, mas, como o seu propósito era identificar-se com o ser
humano em todos os aspectos, ele fora também ser batizado por João.

Observe que no texto bíblico acima, Pedro diz claramente que a Palavra de Deus começou a ser divulgada
depois do batismo que João pregou. Veja outro texto onde a Bíblia indica que o início da mensagem de Deus ao
mundo por meio de Cristo, o evangelho, se deu após o batismo de João:

Marcos 1.1-4
1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, filho de Deus.
2 Conforme está escrito na profecia de Isaías: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual
preparará o teu caminho;
16
Realidades da Nova Criação
3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas;
4 Apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.

Para ajudar a entender o texto:


1. Princípio do evangelho de Jesus Cristo, filho de Deus...
2. Conforme estava escrito em Isaías...
3. Apareceu João Batista pregando batismo de arrependimento...

O que o texto bíblico acima está dizendo é o seguinte: “O começo do evangelho de Jesus Cristo aconteceu
conforme havia sido previsto no livro do profeta Isaías, ou seja, que apareceria um mensageiro que prepararia o
caminho do Senhor. Então, conforme estava escrito, apareceu João Batista pregando batismo de arrependimento
para remissão de pecados”.

Como no texto de Atos 10.37 aqui também em Marcos 1.1-4, a Bíblia testemunha que o evangelho de Cristo
começou depois do batismo de arrependimento que João pregou.

Observe com atenção o texto a seguir:

Atos 1.21
21 É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam TODO O TEMPO QUE O SENHOR
ANDOU ENTRE NÓS,
22 COMEÇANDO NO BATISMO DE JOÃO, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes
se torne testemunha conosco da sua ressurreição.

Veja que Pedro resume a totalidade do tempo que Jesus andou entre os homens começando no batismo de
João até o dia em que ele fora elevado para o céu (Lc 24.51).
Claro que Pedro sabia, e nós sabemos, que Jesus esteve aqui desde o nascimento por Maria, até o momento
em que fora batizado por João Batista com a idade aproximada de 30 anos, mas, ao falar desta forma, Pedro,
estava revelando, pelo Espírito de Deus, que este período que vai do batismo à assunção, é o período que nos é
importante para entendermos o testemunho de Deus dado aos homens por meio de Jesus. Eu chamo este período
de o período do testemunho.

Como temos visto, a mensagem de Deus aos homens por meio de Cristo, o evangelho, começou depois do
batismo que João pregou. Tanto é assim, que Jesus nunca realizou nenhum milagre antes. Por que isto? Porque
Deus reservava sua missão para depois do batismo de João, quando ele seria então ungido para fazer o que
estava nos planos de Deus para sua vida.

O próprio Jesus quando questionado pelos principais sacerdotes, os escribas e os anciãos, sobre quem lhe tinha
dado autoridade para fazer o que ele fazia, Jesus respondeu de uma forma que demonstrou a ligação que havia
entre o batismo de João, pelo qual ele tinha passado, e a autoridade que ele possuía para fazer as coisas que
fazia (Marcos 11.27-33).

Para entendermos isto ainda mais, vejamos a seguir alguns textos bíblicos relacionados ao assunto:

Mateus 3.13-17
13 Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse.
14 Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
15 Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, ASSIM, NOS CONVÉM CUMPRIR TODA A
JUSTIÇA. Então, ele o admitiu.
17
Realidades da Nova Criação
16 BATIZADO Jesus, SAIU logo DA ÁGUA, E EIS QUE SE LHE ABRIRAM OS CÉUS, e viu o Espírito
de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele.
17 E EIS UMA VOZ DOS CÉUS, QUE DIZIA: ESTE É O MEU FILHO AMADO, EM QUEM ME
COMPRAZO.

Sabemos que todo batismo representa o fim de um estilo de vida para o começo de outro. É aquilo que
representa a iniciação de uma determinada atividade ou comportamento.

O batismo de João, pelo qual Jesus passou, na verdade, representava a própria morte e ressurreição de Cristo,
deixando implícito, por meio desta figura do batismo, que, ao sair das águas, seria como se Jesus estivesse
ressurgindo para uma nova vida. Seria como se o filho de Deus, que estivera morto, voltasse a viver.

Acredito que seja mais fácil compreender a mensagem do evangelho, quando temos o entendimento que o filho
de Deus morreu quando Adão pecou, e não necessariamente quando Jesus fora crucificado. A Bíblia chama
Adão, antes da queda, de filho de Deus (Lc 3.38); quando ele pecou, perdeu a comunhão, deixou de ser filho.
Então, Jesus viera buscar e salvar o que se havia perdido: o homem.

Jesus veio ao mundo por causa do homem que perdera sua posição de comunhão com Deus e não por causa
dele mesmo. Jesus morreu e ressuscitou para que o filho de Deus que estava morto, voltasse a vida.

Jesus, como representante do homem, passa pelo batismo para a remissão de pecados (o batismo de João),
que na verdade, representava ou figurava, a sua própria morte e ressurreição; por isso, logo ao sair da água
(figura da ressurreição) os céus lhe foram abertos e uma voz disse: Este é o meu filho amado.

Quando Jesus passa pelo batismo de arrependimento para remissão de pecados, figura do começo de uma
nova vida, os céus se abrem para ele e uma voz vinda do céu diz a seu respeito: “Este é meu filho amado, em
quem me comprazo!” Este era o testemunho de Deus a respeito do seu filho. No entanto, somente depois que
Jesus morre e ressuscita literalmente é que ele é declarado filho de Deus com poder:

Romanos 1.1-4
1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
2 o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras,
3 com respeito a seu filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi
4 e foi designado filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a
saber, Jesus Cristo, nosso Senhor.

O que o texto acima está dizendo é o seguinte: “Deus havia prometido manifestar plenamente a sua vontade
aos homens por meio do seu filho, o qual segundo a carne fora conhecido como filho de Davi, no entanto,
segundo o espírito de santidade, fora declarado com poder filho de Deus, pela ressurreição dos mortos”.

Jesus fora declarado filho de Deus ao ser ressuscitado dentre os mortos. O primogênito dentre os mortos
(Ap 1.5), o primogênito entre muitos irmãos (Rm 8.29).

Atos 13.32, 33
32 Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais,
33 como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no
Salmo segundo: Tu és meu filho, eu, hoje, te gerei.

18
Realidades da Nova Criação
Jesus fora apresentado ao mundo como Filho de Deus, primeiro no momento do batismo, depois, no
momento da ressurreição; por isso a Bíblia diz que o filho de Deus veio (ou foi manifesto) por meio de água e
sangue:

1 João 5.5-8
5 Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o FILHO DE DEUS?
6 Este (filho de Deus) é aquele que VEIO por meio de ÁGUA e SANGUE, Jesus Cristo; não somente com
água, mas também com água e com sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a
verdade.

A água, usada no batismo, representava ou figurava, a sua futura morte, e, conseqüentemente, dava vazão
para o entendimento da sua futura ressurreição; o sangue, literalmente derramado por nós, consumava de fato e
de verdade a sua missão de ter vindo morrer, e, em seguida, ressuscitar por nós.

Ao sair da água, uma voz dizia: Este é o meu filho amado, em quem me comprazo.
Ao ressuscitar, Deus lhe disse: Tu és meu filho, hoje, te gerei.

2. O representante eterno

A Antiga Aliança fora completamente cumprida no momento em que Jesus fora crucificado. Por isso é que
João ao escrever sobre a morte de Jesus na cruz ele diz: “vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se
cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! (...) quando, pois, Jesus tomou o vinagre disse: está consumado!” (Jo
19.28, 30).

A Antiga Aliança não poderia passar, dando lugar para uma nova, até que tudo fosse cumprido, por outro
lado, depois que tudo se cumprisse, a Nova Aliança poderia ser estabelecida, como de fato foi.

Mateus 5.18
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou
um só til, ATÉ QUE TUDO SEJA CUMPRIDO.

Lucas 18.31
Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e VAI CUMPRIR-SE ALI
TUDO QUANDO ESTÁ ESCRITO por intermédio dos profetas, no tocante ao filho do homem.

Atos 13.29
QUANDO HAVIAM CUMPRIDO TODAS AS COISAS QUE DELE ESTAVAM ESCRITAS, tirando-o
do madeiro, o puseram na sepultura;

Quando Jesus é crucificado, o tempo da Lei chega ao fim, a Antiga Aliança termina, por isso o véu que
dava acesso ao Santo dos Santos se rasgou de alto a baixo, daí para frente Deus estabeleceria um novo
sacerdócio, uma nova lei.

Jesus, após ter ressuscitado, fora feito o sumo sacerdote para este novo tempo, esta Nova Aliança:

Hebreus 7.16-17
16 [Jesus fora] Constituído [sacerdote] não conforme a lei do mandamento carnal, mas segundo o poder de
vida indissolúvel (ou indestrutível).
17 Porquanto se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
19
Realidades da Nova Criação

Jesus fora constituído como sacerdote segundo o poder de vida indestrutível. Isto quer dizer que ele só fora
constituído sacerdote depois que ressuscitou.

Hebreus 8.4
Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons
segundo a lei.

Após Jesus ter ressuscitado foi elevado aos céus com o corpo que adquiriu quando desceu à terra para nos
redimir pelo sacrifício de si mesmo, e assim, ele é o supremo representante da raça humana a direita de Deus.

Hebreus 9.24
Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém NO MESMO CÉU,
PARA COMPARECER, AGORA, POR NÓS, DIANTE DE DEUS.

Hebreus 7.25
Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, VIVENDO SEMPRE PARA
INTERCEDER por eles.

Romanos 8.34
Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual ESTÁ À DIREITA
DE DEUS E TAMBÉM INTERCEDE POR NÓS.

3. Direitos e privilégios em Cristo

Depois de termos sido recriados em Cristo, temos direito a tudo quanto a Bíblia o diz. Abaixo, citamos alguns
exemplos destes direitos e privilégios em Cristo:

REALIDADES NELE

EM CRISTO ---------------------------------------------------------------------------------------------
Romanos
3.24 Mediante a redenção que há em Cristo Jesus
6.3 Fomos batizados em Cristo
6.11 Considerai-vos vivos para Deus em Cristo Jesus
6.23 O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor
8.1 Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus
8.2 A lei do espírito de vida em Cristo Jesus
8.39 O amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor
12.5 Somos um só corpo em Cristo
15.17 Tenho motivo de gloriar-me em Cristo Jesus
16.7 Estavam em Cristo antes de mim

1 Coríntios
1.2 Aos santificados em Cristo Jesus
1.4 Na graça que vos foi dada em Cristo Jesus
1.30 Sois dele em Cristo Jesus
4.15 Tivésseis milhares de preceptores em Cristo
20
Realidades da Nova Criação
4.15 Eu pelo evangelho vos gerei em Cristo
4.17 Os meus caminhos em Cristo Jesus
15.22 Todos serão vivificados em Cristo
15.31 Pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus
16.24 O meu amor seja com todos vós em Cristo Jesus

2 Coríntios
1.21 Aquele que nos confirma convosco em Cristo... é Deus
2.14 Que em Cristo sempre nos conduz em triunfo
2.17 Em Cristo é que falamos na presença de Deus
3.15 Em Cristo (o véu) é removido
5.17 se alguém está em Cristo é nova criatura
5.19 Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo
12.2 Conheço um homem em Cristo
12.19 Falamos em Cristo na presença de Deus

Gálatas
2.4 A nossa liberdade que temos em Cristo Jesus
2.17 Procurando ser justificados em Cristo Jesus
3.14 A bênção de Abraão chegasse aos gentios Cristo Jesus
Fostes batizados em Cristo
Todos vós sois um Cristo Jesus
5.6 Em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircunsição, tem valor algum, mas a fé que atua pelo
amor.

Efésios
1.3 Toda sorte de bênção espiritual em Cristo
1.9 O mistério da sua vontade que propusera em Cristo
1.12 Os que de antemão esperamos em Cristo
1.20 Seu poder o qual ele exerceu em Cristo
2.6 Nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus
2.7 A suprema riqueza da sua graça e bondade para conosco em Cristo Jesus
2.10 Somos a feitura dele criados em Cristo Jesus
2.13 Em Cristo fostes aproximados
3.6 Co-participantes da promessa em Cristo Jesus nosso Senhor
3.11 Eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor
3.21 A ele seja a glória na igreja em Cristo Jesus
Segundo é a verdade em Jesus
Deus em Cristo nos perdoou

Filipenses
1.1 A todos os santos em Cristo Jesus
1.13 Minhas cadeias em Cristo
1.26 Vos gloriardes em Cristo Jesus
2.5 Tendo o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus
3.3 Nos gloriamos em Cristo Jesus
3.14 Para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus
4.7 Guardará as vossas mentes e corações em Cristo Jesus
4.19 Há de suprir em Cristo Jesus cada uma de vossas necessidades
21
Realidades da Nova Criação
4.21 Santos em Cristo Jesus

Colossenses
1.2 Santos irmãos em Cristo
1.27 Apresentamos todo homem perfeito em Cristo

1 Tessalonicenses
1.3 Vossa fé, amor e esperança em nosso Senhor Jesus Cristo
2.14 Igrejas em Cristo Jesus
4.16 Mortos em Cristo
5.18 A vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco

1 Timóteo
1.14 Fé e amor que há em Cristo Jesus

2 Timóteo
1.1 A promessa da vida que está em Cristo Jesus
1.9 Na própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus
1.13 Com fé e com amor que está em Cristo Jesus
2.1 Fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus
2.10 A salvação que está em Cristo Jesus
3.12 Querem viver piedosamente em Cristo Jesus

Filemon
8 Sinto plena liberdade em Cristo
20 Reanima-me o coração em Cristo
23 Prisioneiro comigo em Cristo Jesus

NO SENHOR, NO AMADO --------------------------------------------------------------------------


Romanos
14.14 Estou persuadido no Senhor
16.1 A recebais no Senhor
16.12 Muito trabalhou no Senhor

1 Coríntios
7.22 Foi chamado no Senhor
7.39 Casar, mas somente no Senhor
9.1 Sois fruto do meu trabalho no Senhor
9.2 Sois o selo do meu apostolado no Senhor
15.58 No Senhor, o vosso trabalho não é vão

2 Coríntios
10.17 Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor

Efésios
1.6 Na graça que nos concedeu gratuitamente no amado
4.1 Prisioneiro no Senhor
5.8 Sois luz no Senhor
22
Realidades da Nova Criação

Filipenses
1.14 Estimulados no Senhor
2.19 Espero no Senhor
2.24 Persuadido no Senhor
2.29 Recebei-o no Senhor
3.1 Alegrai-vos no Senhor
4.1 Firmes no Senhor
4.4 Alegrai-vos sempre no Senhor
4.10 Alegrei-me no Senhor
Colossenses
3.18 Sede submissas no Senhor

1 Tessalonicenses
1.1 A igreja no Senhor Jesus Cristo
3.7 Firmados no Senhor

2 Tessalonicenses
1.1 A igreja no Senhor Jesus Cristo
3.4 Temos confiança em vós no Senhor
3.13 Determinamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo

NELE, NO QUAL, EM QUEM, EM SI, NAQUELE ----------------------------------------------


2 Coríntios
1.20 Quantas são as promessas de Deus, tantas tem nele o sim

Efésios
1.4 Nos escolheu nele
1.7 No qual temos a redenção
1.10 Fazer convergir nele... todas as coisas
1.11 Nele, no qual fomos feitos herança
1.12 Em quem vós fostes selados com o Santo Espírito da promessa
2.15 Criasse em si mesmo um novo homem

Filipenses
3.8 Ser achado nele
4.13 Tudo posso naquele que me fortalece

Colossenses
1.16 Nele foram criadas todas as coisas
1.17 Nele tudo subsiste
1.19 Aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude
2.3 Em quem todos os tesouros estão ocultos
2.6 Andai nele
2.7 Nele radicados
2.9 Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade
2.10 Nele estais aperfeiçoados

23
Realidades da Nova Criação

MEDIANTE, POR MEIO, POR INTERMÉDIO ---------------------------------------------------


Romanos
1.8 Dou graças ao meu Deus mediante Jesus Cristo
5.1 Temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo
5.2 Por intermédio de quem, obtivemos acesso pela fé a esta graça
5.17 Reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo
5.21 Reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo
7.4 Vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo
16.27 Seja dada a glória, por meio de Jesus Cristo

1 Coríntios
15.57 Deus nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo

2 Coríntios
5.18 Nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo

Efésios
1.5 Adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo

Filipenses
1.10 Cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo

1 Tessalonicenses
5.9 Salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo

Tito
3.6 Espírito Santo que ele derramou sobre nós ricamente por meio de Jesus Cristo nosso salvador

Os Limites do Conhecimento Adquirido Pelos Sentidos.

O conhecimento dos sentidos é limitado ao que os sentidos são capazes de assimilar. Se eles forem prejudicados
pela cegueira, ou pela surdez, ou pela perda da sensibilidade do tato, a pessoa que os utiliza ficará em
dificuldades.
No mundo cientifico, o corpo do homem se tornou um laboratório, seu cérebro é absolutamente dependente dos
seus sentidos.
Ele só pode saber o que tem experimentado através destes cinco canais que vão do mundo exterior até a sua
mente. Quando ele se depara com problemas como por exemplo a razão para a criação, a origem da vida, do
homem, do movimento e da matéria, ele se encontra além da sua profundidade e tudo o que ele pode fazer é
especular.
Se fosse um mero problema de odor, sabor ou de som, isto poderia ser facilmente resolvido; mais aqui, ele vai
além do raio de alcance dos sentidos, conseqüentemente tudo o que ele pode fazer é especular.
É um fato sugestivo que nenhum homem se torna um filosofo até que ele tente saber alguma coisa que os
sentidos não possam interpretar.
A filosofia de Hagel da não existência de um Deus pessoal foi formulada porque ele não podia encontrar a Deus
com seus olhos, ouvi-lo com seus ouvidos e nem contactá-lo com seus outros sentidos.
Ele foi conduzido pelas limitações do conhecimento adquirido pelos sentidos a deixar o mundo órfão, sem um
criador, sem um administrador, pois ele havia negado a existência de Deus.
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Realidades da Nova Criação
O filósofo sempre é perigoso quando ele deixa os fatos do conhecimento dos sentidos e começa a especular.
De nenhuma outra forma o conhecimento dos sentidos parece ser tão claramente inútil como quando ele começa
a discutir sobre Deus, o mundo espiritual e origem das coisas.
Ele não pode ver o homem como um ser espiritual.
Ele não pode compreender Deus como um ser espiritual.
Contudo, ele reconhece que existe uma fome no homem por Deus, que está sempre buscando, sempre
procurando por alguma coisa que não pode ser obtida através dos sentidos.
Por causa disto, nós temos as religiões baseadas no conhecimento adquirido pelos sentidos, começando na
idolatria e terminando na filosofia e na metafísica. Todos estes como Hagel, negam a personalidade de Deus.
A razão é esta: seus sentidos não podem registrar sensações espirituais.
Eles podem registrar a batida do coração e eles sabem que a vida está funcionando porque a batida dos seus
corações são registradas regularmente. Mas eles não podem ver, não podem ouvir, não podem sentir Deus.
Eles dizem que não tem uma personalidade.
Dizem que Deus é uma grande mente universal, sem cérebro com o qual opere, pois se ele tivesse cérebro seria
uma pessoa.
Eles chamam esta mente impessoal de “amor”, “bondade”, “perfeição”.
Você pode então perceber a inabilidade absoluta do conhecimento dos sentidos de encontrar a Deus por ele
mesmo.
Finalmente, você pode perceber quão desamparados eles ficam.
Eles formulam conceitos e ensinos filosóficos e metafísicos maravilhosos e eles têm slogans, afirmações e
dizeres chocantes, mas por trás de tudo isso não existe realidade. Eles são o produto do conhecimento adquirido
pelos sentidos.
A filosofia deles nos faz questionar sobre a realidade de Satanás, do pecado, da doença e da tentação.
Para resolver o problema eles declaram ousadamente a não existência de um Deus pessoal, do pecado e do
julgamento.
Fazendo isto, eles esperam se livrar da sua consciência de pecado e do seu complexo de inferioridade.
Esta filosofia vai de encontro ao próprio fundamento da revelação de tudo que nos foi dado em Cristo Jesus. Ela
tenta oferecer a paz, alegria, e descanso de espírito que somente Cristo pode dar.
A razão deles fazerem isto é porque a igreja tem falhado em ensinar a revelação da Palavra de Deus sobre a
obra consumada da obra de Cristo.
Se tivesse sido dada uma exposição clara da obra consumada de Cristo, como revelada nas epístolas de Paulo,
estas novas religiões, baseadas no conhecimento dos sentidos nunca teriam ganhado a ascendência que têm hoje
em relação a igreja.
Negando o pecado, eles tentam se desfazer da necessidade do sacrifício substitutivo de Jesus Cristo. Fazendo
isto, eles negam a eficácia do seu sangue e do seu sofrimento vicário.
Observemos de forma sucinta o que Deus nos apresenta nas epístolas de Paulo. Primeiro, ele nos oferece uma
redenção completa. Satanás é vencido e reduzido a nada. Ele é destruído de sua autoridade e domínio.
Segundo, o homem é redimido da autoridade de Satanás e através do novo nascimento é trasladado do império
de Satanás para a família de Deus.
Terceiro, ele não é somente declarado justo, mas é verdadeiramente feito “justiça de Deus em Cristo Jesus”.
Ele tem a posição de filho na família de Deus. Ele tem autoridade sobre a enfermidade e doença e sobre todas as
obras do adversário através do uso legal do nome de Jesus.
Ele tem a presença real do Espírito Santo habitando dentro do seu corpo, de modo que agora ele pode dizer:
“Maior é aquele que está em mim do que aquele que está no mundo”.
E por último, quando ele terminar sua jornada aqui nesta terra, ele tem um lar no céu com seu pai.
Você pode ver que as religiões do conhecimento dos sentidos não nos oferecem nada a não ser uma teoria, ao
passo que Deus nos oferece uma realidade.
Eles têm uma teoria da não existência de Deus, da não existência de um julgamento, da não existência do
pecado, e da não existência da doença.
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Realidades da Nova Criação
Neste paraíso do conhecimento dos sentidos, eles procuram se esconder das realidades que nos são apresentadas
na revelação da Palavra de Deus.

Texto extraído do livro Os Dois Tipos de Conhecimento de E. W. Kenyon

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