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Acreditar na Própria Estrela

O céu estrelado, outrora orientação aos viajantes, sempre inspirou-nos a


acreditar que dentre tantas estrelas, cada um teria a sua afixada no firmamento. A
percepção da beleza e quietude celeste inspira nobres pensamentos e esperança em
um futuro melhor. Olhar as estrelas é contemplar a profundidade do Universo e
vislumbrar um sentido maior para nossa passagem neste pequeno planeta.

Sentido para existência abarca o ideal de amar e ser amado, ter um lugar no
mundo, o privilégio de ser feliz. Em suma, a sorte na vida que cada um terá ou deixará
de ter.

Mas se são tantas estrelas, que impávidas acompanham a trajetória dos


habitantes deste mundo, porque as sortes são tão desiguais? Destino? Desígnios
divinos? Bem, quanto a estas coisas não podemos interferir, pois estão além de nossa
limitada compreensão. Mas há um fator bem terrestre e palpável que nos cabe e que
muitas vezes não damos atenção. Minimamente nos cabe “acreditar na própria
estrela”.

Faz grande diferença entre as pessoas o fato de se ver como válido e com um
lugar especial reservado no cenáculo da vida. Acreditar na própria capacidade e na
possibilidade em se realizar como indivíduo. Perceber que favoráveis ou desfavoráveis
nossa ações sempre trazem resultados e que quando não escolhemos, as
circunstâncias escolhem por nós.

O vento das possibilidades não é aproveitado por aqueles navegadores que não
miram firmemente a sua estrela ou que não acreditam que possam tê-la.
Oportunidades são perdidas simplesmente porque negamos-nos a enxergá-las ou
sentirmo-nos incapazes de aproveitá-las. Coisas boas deixam de acontecer porque não
nos mexemos para provocá-las. Nossas opções se restringem se não nos esforçamos a
procurá-las.

Aquele que não confia na própria estrela, está a apagá-la incessantemente. E


lhe parece que a do outro esta sempre a brilhar. Não vê que tal brilho é na verdade o
encontro da fé com a constante determinação. Que ativamente o confiante cuida de
acrescentar sempre mais luminosidade a seu astro. E que mesmo que derrubado em
um poço profundo, não deixa que suas lágrimas impeçam-no de mirar o céu um
segundo sequer. Que na primeira oportunidade, ergue-se com força renovada e segue
seu caminhar ao invés de se lamentar.

Confiar e agir é a fórmula para construir “uma sorte”. Ao invés de percorrer o


céu em busca de uma estrela no firmamento, acredite, esforça-te e cuida para colocá-
la lá você mesmo.

Dr. Hélio Borges – Psiquiatra – CRM/PR 16.914


www.drhelioborges.med.br

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