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O Mulato - Aluísio de Azevedo

○ Sobre o Autor:
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís do Maranhão, 1857 – Buenos Aires,
1913) publicou romances, contos e crônicas. Sua obra pode ser dividida em duas partes. A
primeira, romântica, escrita para agradar o publico. A segunda, naturalista, para expressar sua
visão do mundo e as mazelas do Brasil. Foi esta que lhe deu destaque na história da literatura
brasileira. É o caso da obra O Mulato, que é a primeiro romance naturalista da literatura
brasileira.
○ Dados Biográficos:
1876 – Trabalha como caricaturista em jornais políticos e humorísticos no Rio de Janeiro.
1880 – Publica uma Lágrima de mulher, em São Luís do Maranhão, dando início a sua atividade
literária.
1895 – Ingressa na carreira diplomática, abandonando a vida de escritor. Como cônsul, serve
em Vigo, Nápoles, Tóquio e Buenos Aires.
○ Principais Publicações:
O Mulato (1881), Casa de Pensão (1884) e O Cortiço (1890)
Resumo da Obra:
O autor inicia o romance descrevendo a cidade de São Luís do Maranhão, como entorpecida
pelo calor, atmosfera abafada, sem viva alma em muitos lugares, com exceção da região comercial, a
Praia Grande e a Rua da Estrela. Em seguida fala sobre o, viúvo, personagem Manoel Pescada, um
português comerciante próspero, que mora com a filha Ana Rosa e a sogra D. Maria Bárbara, em um
sobrado da Rua da Estrela.
Ana Rosa é filha única e está apta para casar, mas nenhum pretendente lhe causa interesse.
Ela tem em mente seguir o conselho de sua finada mãe e casar-se por amor.
Havia empregado no armazém de Manoel Pescada, um rapaz, português, de nome Luis Dias. É
descrito como ativo, econômico, discreto, trabalhador, com tino comercial aguçado. Mas também
como magro, macilento, um tanto baixo, curvado, testa curta. Manoel Pescada quer fazer sua filha se
casar com Dias.
Ana Rosa sonha com um casamento romântico. Idealiza um herói, não alguém como Dias, com
dentes sujos, economia torpe e movimentos de homem sem vontade própria, portanto o repele
secretamente.
Neste ambiente chega a São Luis, um sobrinho de Manoel Pescada, o jovem e rico advogado
Raimundo. Tem estatura alta, elegante, tez morena e amulatada, mas fina; Dentes claros, cabelos
pretos, lustrosos e crespos e grandes olhos azuis. Regressa a São Luiz depois de muitos anos na
Europa. Pretende conhecer um pouco de suas raízes, vender suas terras e se mudar para o Rio de
Janeiro. Hospeda-se na casa de Manoel Pescada.
Ana Rosa apaixona-se pelo primo, que corresponde a esta paixão e o pressiona à pedi-la em
casamento. Quando Raimundo decide fazê-lo encontra oposição na figura de Manoel Pescada sem
desconfiar que seja por conta de seu passado.
Raimundo desconhece sua origem: era filho bastardo de José Pedro da Silva, irmão de
Pescada, com uma escrava: Domingas. José da Silva era casado com Quitéria, mulher branca e
impiedosa com os escravos. Ela desconfia que o menino da escrava possa ser filho de José e é
extremamente cruel com Domingas(quase chegando a assiná-la de tantos açoites) e com o menino.
José então leva o filho para a casa do irmão. Quando volta à sua fazenda, flagra o adultério de
Quitéria com o então jovem padre Diogo. Mata-a por impulso na presença do padre, que muito
manipulador consegue escapar da ira de José ameaçando-o de contar a todos sobre o assassinato.
Porém mais tarde, José da Silva sofre uma emboscada durante uma viagem e é assassinado pelo
padre.
Padre Diogo é muito respeitado na cidade, é compadre de Manoel Pescada, padrinho de Ana
Rosa, é o vilão da historia. Extremamente astuto e manipulador, chega a se valer das confissões dos
fiéis em benefício de seus próprios interesses.
Raimundo exige que Manoel Pescada lhe conte sobre o seu passado. Sabe que não é aceito
devido às suas origens negras. Ana Rosa não importa-se com suas origens, quer Raimundo como
marido, entrega-se à ele, engravida. Planejam uma fuga, porém o cônego Diogo consegue
ardilosamente impedir.
Ana Rosa assume a gravidez perante a família, exigindo a aceitação do casamento com
Raimundo, o Padre intervém na confusão e pede calma, Raimundo vai para casa. O padre manipula
Luis Dias, dizendo que Raimundo é o único obstáculo para seu casamento com Ana Rosa, convece-o
de que deve eliminar Raimundo. Raimundo é morto por Luis Dias. Ana Rosa aao saber da morte
perde o acriança que esperava de Raimundo.
Os anos passam, Ana Rosa casa-se com Dias e têm 3 filhos, parecem levar uma vida feliz e
próspera.
Coclusão:
O mal triunfa, estando associado à corrupção da igreja e a burguesia
A obra foi publicada no auge da campanha contra a escravidão, criticando-a severamente,
assim como a igreja (Padre Diogo como vilão). Descreve a sociedade maranhense, enfatizando seus
costumes e particularidades e faz uma crítica a sociedade.

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