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Eletrônica

Intel apresenta chip fotônico a laser para substituir fios de cobre


Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/07/2010

O chip transmissor é composto por quatro


lasers, cujos feixes de luz são dirigidos a um
modulador óptico, responsável por codificar
os dados a 12,5 Gbps em cada canal,
resultando em 50 Gbps. [Imagem: Intel]
A Intel anunciou um avanço
importante rumo à utilização de
feixes de luz para substituir o uso da
eletricidade no transporte dos dados
nos computadores.

A empresa desenvolveu um protótipo


de chip fotônico que realizou, pela
primeira vez, uma transmissão óptica
de dados com lasers integrados em
um chip de silício.

O link óptico é capaz de transmitir dados a distâncias maiores e em velocidades


muito mais rápidas do que é possível com a tecnologia atual, chegando a até 50
gigabits de dados por segundo - isso equivale a transferir um filme inteiro em
alta definição a cada segundo.

Chip fotônico

O feito é a primeira demonstração prática de um chip fotônico criado pela


empresa em 2006 - veja Chip que emite e dirige luz poderá levar fotônica aos computadores .

Os chips dos computadores atuais são interligados por fios de cobre ou por
trilhas metálicas nas placas de circuito impresso. Devido à degradação do sinal
gerada quando metais são utilizados para transmitir dados, esses cabos têm que
ser muito curtos.

Isso limita o projeto dos computadores, porque exige que processadores,


memória e outros componentes sejam colocados a poucos centímetros uns dos
outros.

O novo chip fotônico é um passo importante para substituir essas conexões -


que usam elétrons para transferir dados - por finíssimas fibras ópticas - que
usam fótons para transferir muito mais dados a distâncias muito maiores.

A grande vantagem do novo chip fotônico é a sua construção baseada no silício,


que é muito mais barato e fácil de lidar do que outros materiais pesquisados na
área, como o arseneto de gálio.
Super telas 3D e datacenters

O impacto da fotônica à base de silício vai além do interior dos computadores.


Com as taxas de transmissão de dados alcançadas com esta tecnologia é
possível imaginar telas 3D gigantescas, ocupando paredes inteiras, com uma
resolução tão alta que será difícil distinguir o ambiente da sala do ambiente do
filme.

Os datacenters também terão muito a ganhar, podendo ficar espalhados por


vários locais diferentes, em vez de ficarem restritos a espaços pequenos,
limitados pelos grossos cabos de cobre que interligam os diversos servidores.

A tecnologia ainda não está pronta para chegar ao mercado. Justin Rattner,
chefe do Intel Labs, afirma que o link de 50 Gbps pode ser comparado a um
"veículo conceito", que permite que os engenheiros da empresa testem novas
ideias e aprimorem as tecnologias para transmitir dados a velocidades
crescentes.

O link de 50Gbps é estabelecido por dois chips fotônicos de silício, ambos com lasers
integrados, um funcionando como transmissor e outro como receptor. [Imagem: Intel]
O campo das telecomunicações já utiliza lasers para transmitir informações
opticamente, mas essas tecnologias, em seu nível atual, são caras e volumosas
demais para serem usadas dentro de um computador pessoal.

Um HD inteiro em um segundo

O link de 50Gbps é estabelecido por dois chips fotônicos de silício, ambos com
lasers integrados, um funcionando como transmissor e outro como receptor.

O chip transmissor é composto por quatro lasers, cujos feixes de luz são
dirigidos a um modulador óptico, responsável por codificar os dados a 12,5
Gbps. Os quatro feixes são então combinados e injetados em uma única fibra
óptica, alcançando a taxa de transferência total de 50Gbps.
Na outra ponta do link , o chip receptor faz o inverso, separando a luz da fibra
óptica nos quatro feixes individuais e enviando-os para os fotodetectores, que
convertem os dados de volta em sinais elétricos.

Os pesquisadores já estão trabalhando para aumentar a taxa de transferência de


dados. Para isso eles pretendem acelerar o modulador e aumentar o número de
lasers por chip, abrindo caminho, segundo eles, para os links ópticos do futuro,
na faixa dos terabits por segundo - o suficiente para transferir todos os dados de
um laptop típico em um segundo.

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