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1 Introdução à Química 1
1.1 POR DENTRO DE Alumínio 2
1.2 O Estudo da Química 4
A Perspectiva Macroscópica 5
A Perspectiva Microscópica ou Particulada 6
Representação Simbólica 9
1.3 A Ciência da Química: Observações e Modelos 10
As Observações na Ciência 11
Interpretando as Observações 12
Modelos na Ciência 13
1.4 Números e Medições na Química 14
Unidades 15
Números e Algarismos Significativos 18
1.5 Soluções de Problemas na Química e na Engenharia 21
Utilizando Proporções 21
Proporções em Cálculos Químicos 23
Problemas de Química Conceitual 25
A Visualização na Química 26
1.6 POR DENTRO DE Seleção de Material e Quadros de
Bicicletas 28
Enfoque na Resolução de Problemas 30
Resumo 31
Problemas e Exercícios 31
2 Átomos e Moléculas 37
2.1 POR DENTRO DE Polímeros 38
2.2 Estrutura Atômica e Massa 40
Conceitos Fundamentais do Átomo 40
Número Atômico e Número de Massa 41
Isótopos 41
Símbolos Atômicos 43
Massas Atômicas 43
2.3 Íons 45
Descrição Matemática 46
Íons e suas Propriedades 47
v
vi Química Geral Aplicada à Engenharia
4 Estequiometria 120
4.1 POR DENTRO DE Gasolina e outros Combustíveis 121
Sumário vii
5 Gases 153
5.1 POR DENTRO DE Poluição do Ar 154
Propriedades dos Gases 156
5.2 Pressão 157
Medindo a Pressão 159
Unidades de Pressão 159
5.3 História e Aplicação da Lei dos Gases 160
Unidades e a Lei do Gás Ideal 164
5.4 Pressão Parcial 166
5.5 Estequiometria de Reações Envolvendo Gases 170
Condições Padrão de Temperatura e Pressão 171
5.6 Teoria Cinético-Molecular e Ideal versus Gases Reais 173
Postulados do Modelo 173
Conexões Matemáticas 175
Gases Reais e Limitações da Teoria Cinética 177
Corrigindo a Equação de Gás Ideal 178
5.7 POR DENTRO DE Sensores de Gás 181
Manômetro de Capacitância 181
Calibrador Termoacoplado 182
Calibrador de Ionização 182
Espectrômetro de Massas 184
Enfoque na Resolução de Problemas 184
Resumo 185
Problemas e Exercícios 186
13 Eletroquímica 522
13.1 POR DENTRO DE Corrosão 523
13.2 Reações de Oxirredução e Células Galvânicas 524
Reações de Oxirredução e Semi-reações 524
Construindo uma Célula Galvânica 525
Terminologia para Células Galvânicas 526
Perspectiva Atômica nas Células Galvânicas 527
Corrosão Galvânica e Corrosão Uniforme 528
13.3 Potenciais da Célula 530
Medindo o Potencial da Célula 530
Potenciais Padrão de Redução 533
Condições Não-Padrão 536
13.4 Potenciais da Célula e Equilíbrio 538
Potenciais da Célula e Energia Livre 538
Constantes de Equilíbrio 539
13.5 Baterias 541
Células Primárias 541
Células Secundárias 543
Limitações das Baterias 546
13.6 Eletrólise 546
Eletrólise e Polaridade 547
Eletrólise Passiva no Refino de Alumínio 547
Eletrólise Ativa e Galvanoplastia 549
13.7 Eletrólise e Estequiometria 550
Corrente e Carga 550
Cálculos com a Utilização de Massas de Substâncias na Eletrólise 553
13.8 POR DENTRO DE Prevenção à Corrosão 555
Revestimentos 555
Proteção Catódica 557
A Prevenção à Corrosão no Espaço 557
Enfoque na Resolução de Problemas 558
Resumo 559
Problemas e Exercícios 559
Sumário xiii
Apêndices
A Tabela Internacional de Peso Atômico 569
B Constantes Físicas 571
C Configurações Eletrônicas dos Átomos no Estado Fundamental 572
D Calores Específicos e Capacidades Caloríficas de Algumas Substâncias Comuns 573
E Dados Termodinâmicos Selecionados a 298,15 K 574
F Constantes de Ionização de Ácidos Fracos a 25 °C 580
G Constantes de Ionização de Bases Fracas a 25 °C 582
H Constantes do Produto de Solubilidade de Alguns Compostos Inorgânicos a
25 °C 583
I Potenciais Padrão de Redução em Soluções Aquosas a 25 °C 586
J Respostas dos Exercícios de “Verifique seu Entendimento” 590
K Respostas para os Exercícios Ímpares dos Finais de Capítulos 593
Glossário 618
Índice Remissivo 634
Algumas Constantes Úteis 651
Algumas Relações Importantes 651
Tabela Internacional de Massas Atômicas 652
Tabela Periódica dos Elementos 653
Prefácio
Conteúdo e Organização
O conteúdo completo de química geral tradicional não pode ser pensado significativamen-
te em um semestre, logo, temos que decidir qual conteúdo incluir. Existem basicamente
dois modelos utilizados para condensar o programa de química geral. O primeiro é tomar
a abordagem de um livro introdutório e reduzir o aprofundamento da cobertura e o núme-
ro de exemplos, mas manter aproximadamente tudo dos tópicos tradicionais. O segundo
é tomar as decisões mais difíceis e fundamentais sobre quais tópicos da química são apro-
priados e relevantes para os leitores, nesse caso, futuros engenheiros. Escolhemos a última
abordagem e construímos um livro de 13 capítulos com base nos fundamentos para satisfa-
zer o que pensamos ser os objetivos da disciplina:
xvi Química Geral Aplicada à Engenharia
Características do Texto
Empregamos uma série de recursos, alguns dos quais já citados anteriormente, que per-
mitirão que os estudantes identifiquem a utilidade da química e entendam as conexões
com a engenharia.
A
tualmente, as aplicações da nanociência estão surgindo principalmente na tecnologia
de computadores. Mas, no futuro, engenheiros devem projetar e montar bombas de
ar ou outras minúsculas máquinas utilizando engrenagens e outras peças fabricadas
em escala atômica. As decisões desses profissionais serão guiadas pelo conhecimento dos
tamanhos e das propriedades dos átomos de diferentes elementos. Tais aparelhos poderão
ser construídos átomo por átomo: cada átomo seria especificado com base em critérios
de design relevante e manobrado para a posição com a utilização de minúsculas ferramen-
tas. Essas nanomáquinas serão montadas não por parafusos ou rebites, mas pelas forças de
atração entre os diferentes átomos – por meio de ligações químicas. Evidentemente, esses
engenheiros do futuro terão que compreender os átomos e as forças que os ligam, isto é,
terão que compreender a química.
Pelo menos por enquanto, essa engenharia relacionada aos átomos permanece ain-
da como uma possibilidade a ser concretizada no futuro. E quanto aos engenheiros de
hoje? Quanto de suas decisões depende do conhecimento da química? E, de sua própria
perspectiva como um estudante de engenharia, quais são os reais motivos para você estu-
dar química?
O Conselho de Atribuição para Engenharia e Tecnologia (Accreditation Board for En-
gineering and Technology – Abet) é uma organização profissional que supervisiona o en-
sino de engenharia. De acordo com a definição da Abet: “Engenharia é a profissão cujo
conhecimento das ciências matemáticas e naturais obtido por meio de estudos, experiên-
cias e prática é aplicado com bom senso para o desenvolvimento de maneiras de utilizar,
economicamente, os materiais e as forças da natureza em benefício da humanidade”. Logo,
como ciência, a química é claramente incluída no campo de conhecimento à disposição de
um engenheiro. Ainda assim, os estudantes de engenharia nem sempre reconhecem o pa-
pel da química na profissão que escolheram. Um dos principais objetivos deste livro é ins-
pirar uma avaliação do papel da química em muitas áreas da engenharia e tecnologia, e na
interação entre a química e a engenharia, em uma variedade de tecnologias modernas.
O estudo da química envolve um vasto número de conceitos e habilidades. A filoso-
fia deste livro é apresentar algumas idéias básicas e aplicá-las aos aspectos da engenharia,
1
2 Química Geral Aplicada à Engenharia
Objetivos do Capítulo
Após dominar o assunto deste capítulo, você deverá ser capaz de
descrever como a química e a engenharia auxiliaram na transformação do alumínio de
um metal precioso a um material estrutural barato.
explicar a utilidade das perspectivas macroscópica, microscópica e simbólica na com-
preensão dos sistemas químicos.
desenhar figuras para ilustrar fenômenos químicos simples (como as diferenças entre
sólidos, líquidos e gases) em escala molecular.
explicar, com suas próprias palavras, a diferença entre o raciocínio indutivo e dedutivo.
utilizar proporções adequadas para a conversão de medidas de uma unidade para outra.
expressar os resultados de cálculos utilizando o número correto de algarismos
significativos.
1 POR DENTRO DE
1.1 Alumínio
Quando está com sede, você tem várias opções para saciá-la, como água, sucos, refrigeran-
tes etc. E quando opta por um refrigerante de lata, dificilmente você fará seguinte pergun-
ta: “De onde veio a lata que contém este refrigerante, e por que ela é feita de alumínio?”.
A lata de alumínio se tornou tão comum que é fácil tomá-la por verdade. O que faz do
alumínio um material fascinante para esse tipo de aplicação e como ele se tornou parte tão
comum de nossa vida?
Você provavelmente pode identificar algumas propriedades do alumínio que tornam
seu uso em uma lata de refrigerante adequado. Comparado à maioria dos outros metais, o
alumínio é leve, mas bem forte. Desse modo, uma lata de alumínio típica é bem mais leve
que uma lata comparável de estanho ou aço. Isso significa que a lata não adiciona muito
peso se comparado ao do refrigerante em si; conseqüentemente, as latas são mais fáceis
de ser manuseadas e mais baratas para ser transportadas. Uma lata de refrigerante fei-
ta de chumbo seria certamente menos conveniente. O fato de o alumínio não sofrer facil-
mente reações químicas que poderiam degradá-lo à medida que as latas são transportadas e
armazenadas é também importante. Porém, apesar de todas essas características da lata de
Introdução à Química 3
alumínio serem positivas, elas não teriam muita utilidade prática se o alumínio não fosse
prontamente disponível e razoavelmente barato.
A grande disponibilidade do alumínio é resultado de uma colaboração impressionante
entre a ciência básica da química e as ciências aplicadas da engenharia. No século XIX, o
alumínio era um metal raro e precioso. Na Europa, Napoleão era o imperador de uma
parte considerável do continente e ele impressionava seus convidados com o uso de ex-
travagantes talheres de alumínio. Nos Estados Unidos, os arquitetos queriam um material
que causasse impacto para ser utilizado no cume do Washington Monument, um tributo
ao “pai de nosso país”, e então escolheram o alumínio. Pesando 100 onças (cerca de 2,8
kg), o cume do monumento era a maior peça única de alumínio puro jamais projetada na-
quela época. Contudo, hoje chapas de alumínio pesando mais que 45 kg são encontradas
com regularidade em muitas lojas de metal. Por que o alumínio era tão caro naquela época
e o que mudou para que ele se tornasse tão acessível agora?
Uma discussão inicial dessa questão pode ser imaginada em termos da Figura 1.1, que
expressa bem amplamente as interações da sociedade humana com a Terra. A sociedade,
representada pelo globo, tem necessidades de bens e materiais. Atualmente, e para o futuro
A matéria flui da
ecosfera para a
economia humana
como matéria-prima.
Sociedade
humana
A matéria flui da
economia humana
Ecosfera para a ecosfera
como lixo.
Figura 1.1 As interações da sociedade humana com a Terra podem ser pensadas amplamente em
termos da conversão da matéria a partir da matéria-prima em lixo. Muito da engenharia consiste em
esforços para otimizar os processos utilizados nessas conversões. Como ciência da matéria, a química
é um importante elemento do conhecimento explorado na engenharia desses processos.