Amor - que seja eterno enquanto dure...

Por Cristina Montone

Coração acelerado, vontade de estar perto e andar como que sobre as

nuvens, são algumas emoções que ficam incorporadas naqueles que se
deixam envolver por esse sentimento próprio do ser humano e o mais antigo – o amor.

Ele chega de mansinho e quando você se dá conta, está na maior gamação. Muitos podem
até não admitir, mas muitas vezes dizem: Eu não vivo sem ela (e). Segundo a psicóloga
Ester Gomes, a paixão é uma emoção, e o enamoramento, a ternura, a amizade;
manifestações do amor, considerado como afeto básico.

“Infelizmente, devido a algumas formações culturais, algumas pessoas reprimem seus

sentimentos. Alguns dizem que não fica bem chorar por alguém ou dizer que está amando.
Entretanto, são sentimentos e reações normais que nunca evidenciarão um sinal de
fraqueza, mas de sensibilidade” – afirma Ester.

Às vezes forte e intenso, às vezes pode ser até passageiro, contudo um grande amor deixa
sempre recordações. Isto quer dizer que mesmo que ele já não nos emocione como no
começo, não é esquecido.

Porém, para aqueles que ainda não encontraram sua cara-metade, ou que devido a algumas
briguinhas estão afastados, o dia dos namorados mesmo não sendo completo, deve ser
cheio de esperança. Quem sabe você bem arrumadinho (a) e com um belo sorriso dará um
encontrão, naquele (a) que o destino já reservou pra você.

O grande poeta Vinicius de Moraes, ao escrever o poema “Soneto de Fidelidade”, registrou

a força desse sentimento:

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.