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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

RESENHA:
POLÍTICA SOCIAL: Fundamentos e História

São Paulo, 2010


ELIETE DOS SANTOS

RA: 909201630

RESENHA:
POLÍTICA SOCIAL: FUNDAMENTOS E HISTÓRIA
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Resenha do Livro POLÍTICA SOCIAL:


Fundamentos e História, das autoras
Elaine Rossetti Behring e Ivanete
Boschetti, como requisto para
obtenção nota AV2 do curso de
Serviço Social Da UNIVERSIDADE
NOVE DE JULHO
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PROFESSOR: ANDRÉ VIEIRA

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

Sumário
1.1-POLÍTICA SOCIAL E MÉTODO ............................................................................4
1.2-CAPITALISMO, LIBERALISMO E ORIGENS DA POLÍTICA SOCIAL ..................5
2.0- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................7

São Paulo, 2010


1.1-POLÍTICA SOCIAL E MÉTODO

As políticas sociais Existem e podem ser considerada como um fenômeno


associado à constituição da sociedade Nobre, ou ao modo capitalista de produzir e
continuar produzindo. De acordo com cientistas sociais, seu inicio foi marcado,
como do final do século XIX com a criação e multiplicação das primeiras legislações
e medidas de proteção social, Devido as crises econômicas , generalizando-se após
a segunda guerra mundial, com a construção do Welfare State nos países da
Europa Ocidental, com o plano Beveridge - Inglaterra, 1942, e com os diversos
padrões de proteção social tanto nos países capitalistas, quanto nos outros países.
Que nós sabemos é que o nosso universo está relacionada às relações entre as
classes sociais e os segmentos de classe ou forças sociais, além da economia , que
de alguma maneira, interferem em todas as opções do governo no âmbito social.

O que conseguimos ver então, na história, é a preocupação com o bem da


população na sociedade e da sociedade, ou o que fazer com os menos favorecidos
os considerados de baixa renda, e o papel do Governo nesses processos.
Conseguimos ver algumas metodologias para trabalho de identificação, desde
aquela que envolve o nosso ser sentimental,para aquela análise fria e calculista
executada por Grandes nomes.

Podemos listar alguns dos fatos históricos por exemplo, onde foram
analisados e verificados alguns métodos , em Maquiavel também podemos verificar
uma enorme preocupação, pois abordava o ato do poder político por meio do
Estado; Hobbes, também em seu Leviathan apontava as ações voluntárias dos
homens, que, queriam a liberdade natural e com o medo da violência e da guerra,
renunciavam à favor do monarquismo. Outras contribuições se fizeram presentes,
com Locke, na origem do poder como num pacto estabelecido pelo consentimento
mútuo dos indivíduos no sentido de preservar a vida, a liberdade e a propriedade;
Jean-Jacques Rousseau, com o seu Contrato Social, de 1762 e a concepção de que
a sociedade civil é imperfeita porque foi corrompida pela propriedade.

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1.2-CAPITALISMO, LIBERALISMO E ORIGENS DA POLÍTICA
SOCIAL

Com o liberalismo, a maneira de pensar a economia e a sociedade surge


também, o desejo de romper as amarras entre o clero e a aristocracia ou o Estado
Absoluto, a visão social de mundo do liberalismo, adequava-se ao papel
revolucionário da burguesia que Marx que segundo a autora , tão bem explorou em
seu livro: "O Manifesto do Partido Comunista", esgotando-se quando o capital se
torna hegemônico e os trabalhadores começam a formular seu projeto autônomo
desconfiando dos limites da burguesia a partir das lutas de 1848. Já para Smith o
Estado deve fornecer a base legal, para que o mercado livre maximize os
“benefícios aos homens”, Estado mínimo, sob forte controle dos indivíduos que
compõem a sociedade civil.

Na segunda metade do século XIX e no início do século XX, o liberalismo


enfraquece suas bases materiais, resultando em alguns processos político-
econômicos, tais como: o crescimento do movimento operário, que acabou
ocupando espaços políticos importantes, reconhecendo direitos de cidadania política
e social mais amplos para esses segmentos; a vitória do movimento socialista em
1917, na Rússia, numa atitude defensiva do capital frente ao movimento operário;
mudanças no mundo da produção, com o advento do fordismo, conferindo maior
poder coletivo aos trabalhadores; a concentração e monopolização do capital.

É bom que se diga que nos primórdios do liberalismo, nos oitocentos, existia
um claro componente transformador nessa maneira de pensar a economia e a
sociedade: tratava-se de romper com as amarras parasitárias da aristocracia e do
clero, do Estado absoluto, com seu (Categoria chave na concepção política e
filosófica de Rousseau, segundo a qual cada indivíduo aceita um contrato em que
abdica de sua liberdade natural (primitiva) em favor de uma liberdade civil pela qual
nenhum homem deve obedecer a outro, mas sim a uma vontade geral expressa em
leis igualitárias. Assim, o poder e a autoridade estão vinculados à soberania popular.
Rousseau pode ser considerado um precursor do socialismo do século XIX
Sandroni,(1992: 74)), poder discricionário. O cenário de uma burguesia já
hegemônica do ponto de vista econômico, mas não consolidada como classe
politicamente dominante, propicia o antiestatismo radical presente no pensamento

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de um Adam Smith e sua ode ao mercado como mecanismo natural de regulação
das relações sociais, cinicamente recuperados pelos neoliberais de hoje, num
contexto muito diferente. Ou seja, havia um componente utópico na visão social de
mundo do liberalismo, adequado ao papel revolucionário da burguesia tão bem
explorado por Marx em seu Manifesto do Partido Comunista (Löwy, 1987) segundo
as autoras . É evidente que esta dimensão se esgota na medida em que o capital se
torna hegemônico e os trabalhadores começam a formular seu projeto autônomo e
desconfiar dos limites da burguesia a partir das lutas de 1848. Mas, veja-se o
raciocínio de Smith.Segundo ele, a procura do interesse próprio pelos indivíduos,
portanto, seu desejo natural de melhorar as condições de existência, tende a
maximizar o bem-estar coletivo. Os indivíduos são conduzidos por uma mão invisível
- o mercado - a promover um fim que não fazia parte de sua intenção inicial. Nesse
sentido, o bem-estar pode ser um efeito não intencional da avareza. A “loucura das
leis humanas” não pode interferir nas leis naturais da economia, donde o Estado
deve apenas fornecer a base legal, para que o mercado livre possa maximizar os
“benefícios aos homens”. Trata-se, portanto, de um Estado mínimo, sob forte
controle dos indivíduos que compõem a sociedade civil, na qual se localiza a virtude.

Um Estado com apenas três funções: a defesa contra os inimigos externos; a


proteção de todo o indivíduo de ofensas dirigidas por outros indivíduos; e o
provimento de obras públicas, que não possam ser executadas pela iniciativa
privada (Bobbio, 1988). Smith segundo a autora acreditava que os indivíduos, ao
buscarem ganhos materiais, são orientados por sentimentos morais e por um senso
de dever, o que assegura a ausência da guerra de todos contra todos

Diante dessas e de outras não citadas interações, podemos claramente


constatar, que a política social atendeu às necessidades do capital e do trabalho,
como questão de sobrevivência, configurando-se, nesse contexto da estagnação,
como um terreno importante da luta de classes: da defesa de condições dignas de
existência, em face da ofensiva capitalista em termos do corte de recursos públicos
para a reprodução da força de trabalho. E que a tradição marxista propiciou
fecundos argumentos para uma explicação do significado social da política social na
dinâmica da produção e reprodução das relações sociais no capitalismo de ontem e
de hoje.

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2.0- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

− BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete -- POLÍTICA SOCIAL:


Fundamentos e História – São Paulo, CORTEZ EDITORA- 7ª Edição, 2010

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