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FACULDADE PEDRO II

Instituto Superior de Educação

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV


“Práticas em Instâncias não Escolares de Educação”

Adriana Teixeira Miranda Oliveira

Belo Horizonte
2010
1

Adriana Teixeira Miranda Oliveira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV


“Práticas em Instâncias não Escolares de Educação”

Relatório de estágio apresentado ao Curso de


Licenciatura em Pedagogia /8º Período, como
parte da exigência da disciplina:
Estágio Curricular Supervisionado IV

Coordenadora: Cláudia Gomes M. Costa

Belo Horizonte
2010
2

FACULDADE PEDRO II – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Belo Horizonte, ......../......../........


De: Adriana Teixeira Miranda Oliveira
À Coordenação do Estágio Supervisionado
Assunto: Apresentação de Relatório

Em atendimento às determinações constantes da disciplina de Estágio Curricular


Supervisionado IV, submeto à apreciação de V.S.a o relatório das atividades observadas e
desenvolvidas no Estágio de Licenciatura em Pedagogia / Práticas em Instâncias não
Escolares de Educação. O estágio foi realizado na Prefeitura de Belo Horizonte - GERED/NO
– Gerência Regional de Educação Noroeste, localizada na Rua Peçanha 144- Bairro Carlos
Prates/ Belo Horizonte/MG, no período de 16 de agosto de 2010 a 01 de setembro de 2010,
cumprindo uma carga horária total de 50 horas.

Atenciosamente,

_____________________________
Adriana Teixeira Miranda Oliveira
3

“Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade.


O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o
âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais
amplas da educação informal e não-formal”.
Libâneo
4

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................5

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO .........................................................................................8

2. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA EMPRESA ........................................................8

3. PROJETO DE ESTÁGIO ...................................................................................................9


3.1 – Projetos Desenvolvidos nas Escolas Municipais – Regional Noroeste/BH ......................9
3.1.1 – Projeto Ciências – Escola Municipal Nossa Senhora do Amparo .................................9
3.1.2 – PROJOVEM – Programa Nacional de Inclusão de Jovens ..........................................10
3.1.3 – Projeto da Escola da Juventude ....................................................................................10
3.1.4- Análise do Projeto Educativo Bolsa- Escola .................................................................11
3.1.5- Análise do projeto Educativo BH-VIDA ......................................................................12
3.1.6- Análise do Programa Crescer ........................................................................................12
3.1.7 - Análise da Atuação do Especialista em Educação Básica ............................................13
3.1.8- Acompanhamento no Plano de Intervenção Pedagógica – Alfabetização no tempo
certo ..........................................................................................................................................13
3.1.9- Análise do Projeto Educativo- Projeto ao Idoso.............................................................14
3.2 – Programas e Projetos: Ações integradas para atender a população ................................16

4. RELATO DA PRÁTICA PROFSSIONAL......................................................................18


4.1 – Organograma da GERED-NO ........................................................................................20

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................21

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................23

ANEXOS .................................................................................................................................24
Anexo I – Carta Resposta da Empresa .....................................................................................25
Anexo II– Ficha de Identificação do Estabelecimento ............................................................27
Anexo III – Ficha de Avaliação do Estagiário .........................................................................30
Anexo IV – Ficha de Auto-Avaliação de Estágio Supervisionado IV .....................................32
Anexo V – Fichas de Registro de Atividades ..........................................................................34
5

INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado de Ensino é uma atividade de importância primordial na


formação profissional do Licenciado em Pedagogia1, na medida em que propicia ao mesmo,
condições de:

 Adquirir uma atitude de trabalho sistematizado;


 Conhecer a realidade do ambiente de trabalho profissional;
 Incentivar o exercício do senso crítico, de observação e criatividade;
 Acelerar a sua formação profissional, permitindo-lhe a articulação entre seus
conhecimentos teóricos e práticos;
 Sentir suas próprias deficiências e buscar seu auto-aprimoramento;
 Familiarizar-se com sistemas e procedimentos usuais, além de permitir contatos
com profissionais experientes e de diferentes formações, adquirindo
sensibilidade para a convivência entre profissionais com valores e motivos
diversos.

Além disso, as atividades do Estágio Supervisionado permitem atenuar o impacto da


passagem da vida do estudante para a vida profissional e favorecem melhor integração dos
conteúdos curriculares que estão sendo estudados no curso.

O Estágio Supervisionado é uma atividade inserida no processo de aprendizagem, com a


finalidade de complementar a formação profissional dos alunos dos Cursos de Licenciaturas,
visando o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos durante a graduação.

O Estágio Curricular Supervisionado IV é uma disciplina do Curso de Pedagogia da FAPE22


do 8° período, que visa práticas em instâncias não escolares de educação, abrangendo uma
carga horária no total de 50 horas, sendo distribuídas:

 Orientações gerais do estágio na FAPE2 – 10 horas;


 Conceitos e definições teóricas, relativas aos diferentes tipos de organização e
ambientes de aprendizagem- 40horas.

1
Conforme instruções do Manual de Estágio Supervisionado FAPE2
2
FAPE2- Faculdade Pedro II
6

Atividades:
a) Identificação de processos e componentes que integram os projetos educativos, em
diferentes formas de manifestação e modalidades. Elaboração de projetos, programas e
planos de intervenção que contribuam para a melhoria dessas práticas e introdução de
novas formas de pensá-las e organizá-las.
b) Aplicação de estratégias de intervenções pedagógicas junto às organizações,
considerando a prática do gestor, o processo administrativo pedagógico e o
planejamento das estratégias de intervenção.
c) Implementação, coordenação acompanhamento e avaliação de atividades e projetos
educativos.

O estágio supervisionado IV foi realizado na PBH Regional Noroeste, localizada na Rua


Peçanha 144- Bairro Carlos Prates/ MG, no período de 16 de agosto de 2010 a 01 de setembro
de 2010, cumprindo uma carga horária total de 50 horas.

Durante este período em um espaço não-escolar, foi possível verificar o papel do pedagogo na
Regional da PBH/Noroeste que é de extrema importância, tendo como habilidades
desempenhadas a função de mediador e articulador junto às escolas da Rede Municipal –
Noroeste-BH.

Considerando a prática pedagógica no cotidiano de algumas Escolas Municipais da Regional


Noroeste- BH, foi possível observar: o baixo rendimento dos alunos; indisciplina nas salas de
aula; desinteresse pelo processo de ensino-aprendizagem e pouca participação desses alunos.

Ao analisar cada um desses aspectos, foi possível percebê-los como conseqüência de uma
proposta curricular fragmentada, pouco motivadora, cujos conteúdos selecionados e os
recursos pedagógicos utilizados não se relacionavam com os interesses nem com o contexto
dos alunos, permitindo considerar o planejamento curricular da escola como uma questão
básica da gestão pedagógica e que deve possibilitar uma prática pedagógica significativa.

O currículo, de certa forma, reflete os conhecimentos necessários pela sociedade de acordo


com cada período histórico, um número elevado de baixo rendimento escolar. Sendo assim, a
7

GERED/NO3, compreende que é necessário elaborar uma proposta política pedagógica, junto
às Escolas Municipais, voltada para a formação do cidadão situado no mundo globalizado.
Nestas condições, a escola passa a refletir sobre um currículo real que atenda as mudanças
atuais da sociedade vivenciadas pelos alunos.

3
GEREDE/NO- Gerência Regional de Educação Noroeste
8

1 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

A ficha com os dados de identificação do estabelecimento conforme Anexo II.

2 – DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA EMPRESA

A Regional Noroeste está localizada na Rua Peçanha nº 144 – Bairro Carlos Prates – Belo
Horizonte/MG - CEP: 30710.040 - Telefone: (31) 32277649.

A Regional Noroeste desenvolve trabalhos junto às escolas com a finalidade de recuperação


das mesmas, buscando construir uma concepção de Sistema Municipal de Ensino de forma
democrática e participativa, envolvendo múltiplos segmentos na perspectiva de uma educação
de qualidade.

A Coordenação Pedagógica da GERED/NO articula em parceria com a SMED-BH4, a


construção de projetos que são adotados na Regional Noroeste. Defini-se a pauta de trabalho e
conteúdos a serem desenvolvidos junto às escolas, programas e projetos de capacitação inicial
e continuada dos alfabetizadores..

A reforma administrativa introduz novos conceitos e novas práticas na gestão das políticas
sociais do município para garantir os direitos sociais. (Intersetorialidade, descentralização e
informatização são os principais eixos da mudança).

O resultado será a ampliação dos programas já existentes e a implantação de novas


alternativas que possibilitem o enfrentamento das graves questões sociais da cidade, através
da integração das políticas sociais e em parceria constante com a população. É o cuidado com
o cidadão promovido pela prefeitura.

Durante o período no período de 16 de agosto de 2010 a 01 de setembro de 2010, foi possível


acompanhar o desenvolvimento de alguns desses projetos implementados na Região Noroeste
de BH que serão descritos no capítulo 3 deste relatório.

4
SMED-BH – Secretaria Municipal de Educação BH
9

3 – PROJETO DE ESTÁGIO
3.1 – PROJETOS DESENVOLVIDOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS – REGIONAL
NOROESTE-BH

3.1.1 – Projeto Ciências – Escola Municipal “Nossa Senhora do Amparo”

Finalidade: Subsidiar o processo de orientação curricular do conteúdo de ciências para


alunos da EJA.
Conteúdos trabalhados: Saúde e Doença; Alimentação e Cultura; Meio Ambiente e
Sexualidade.
Justificativa: O ensino de ciências deve contribuir para que os alunos comprendam melhor o
mundo e suas transformações, possam agir de forma responsável em relação ao meio
ambiente e aos seus semelhantes e reflitam sobre as questões éticas que estão implícitas na
relação entre ciências e sociedade.
A proposta deste projeto é ajudar o aluno a formar uma mentalidade crítica e sintonizada com
o tempo presente, embasada em conteúdos pertinentes e sua experiência de vida, oferecendo a
ele oportunidade de compreensão e atuação no mundo que vivemos.
Objetivo geral: Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e
uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e
cultural.
Objetivos específicos:
 Formular perguntas e suposições sobre assuntos em estudo;
 Organizar e registrar informações por meio de esquemas e pequenos textos;
 Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à
alimentação e à higiene pessoal desenvolvendo a responsabilidade com o
próprio corpo e com os espaços em que habita.
Público alvo: Alunos do ciclo avançado da EJA.
10

3.1.2 – PROJOVEM – Programa Nacional de Inclusão de Jovens


Educação, qualificação e ação comunitária

O PROJOVEM é componente-chave da política nacional da juventude, no governo Luiz


Inácio Lula da Silva. Será implementado em 2005, sob a coordenação da secretária Geral da
Presidência da Republica em parceria com o Ministério da educação, o Ministério do trabalho
e Emprego e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Seus destinatários
são jovens de 18 a 24 anos, que terminaram a quarta, mas não concluíram a oitava serie do
Ensino Fundamental, que atualmente não estejam estudando e que não tenham vínculos
formais de trabalho. Aos participantes, o PROJOVEM oferecerá oportunidades de elevação da
escolaridade de qualificação profissional e de planejamento e execução de ações comunitárias
de interesse público.

3.1.3 – Projeto da Escola da Juventude

Princípios: A Escola da Juventude a ser criada na Escola Municipal de Belo Horizonte terá
como objetivo central de ação pedagógica propiciar aos jovens da região da Pedreira Prado
Lopes possibilidades de formação escolar em tempo integral para alunos do 3º ciclo e
voltadas para a inclusão produtiva para os alunos do ensino médio.
Sua proposta pedagógica terá como premissa a compreensão desses jovens como sujeitos de
direitos dotados de autonomia, de positividade e capazes de agir coletivamente e de propor e
executar ações a partir de seus interesses e necessidades, tendo em vista os seus processos de
formação e as questões que vivenciam no cotidiano.

Estrutura e funcionamento
Equipe de trabalho: O coletivo de profissionais da Escola de Juventude será composto por
uma equipe de professores que serão escolhidos por processo de seleção aberto a todos os
profissionais da RME- BPH, além de agentes culturais e de formadores profissionalizantes.
3º ciclo: Atendimento em tempo integral, com proposta curricular interdisciplinar centrada na
concepção do letramento como responsabilidade de todas as aeras de conhecimento.
Ensino Médio: Atendimento integrado de ensino médio geral e profissionalizante,
priorizando formações para as áreas como nutrição, multimídia e produção cultural.
Enturmação: 3º ciclo: 30 alunos - Ensino médio; 35 alunos
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Eixos de trabalho: Aproximar a lógica da cultura escolar à lógica das culturas juvenis através
de currículo aberto, da incorporação de novas tecnologias às praticas escolares, de novas
formas de organização do trabalho escolar etc., visando a potencializar a relação ensino-
aprendizagem.

Centros de juventude: O Projeto dos Centros da Juventude é uma proposta de intervenção


intersetorial que tem como objetivo central criar espaços educativos, fora da escola, para
adolescentes e jovens em situação de risco social. Pretende instituir locais-referência para o
trabalho com a juventude, com a convergência das ações de várias secretarias voltadas para
esse segmento da população.

Estes espaços deverão permitir a realização de oficinas artística, de atividades esportivas e de


projetos sócio-culturais. Alguns espaços já existentes, como o Parque das águas, o Parque
Jardim Belmonte, Parque Lagoa do Nado, o Mercado da lagoinha, o CAC Providência
facilitaram a sua implementação.

3.1.4- Análise do Projeto Educativo Bolsa- Escola

Programa Nacional do Bolsa Escola foi criado em 2001 com a proposta de conceder benefício
monetário mensal a milhares de famílias brasileiras em troca da manutenção de suas crianças
nas escolas.

A população a ser atendida foi definida segundo dois parâmetros e um requisito: faixa etária,
renda e freqüência à escola. Assim, todas as famílias com renda per capita mensal inferior a
R$ 90,00, cujas crianças de 6 a 15 anos estiverem freqüentando o Ensino Fundamental
regular, podem ser beneficiadas pelo Bolsa Escola Federal. Uma vez beneficiária, a família
passa a receber R$ 15,00 mensais, por aluno, limitado a R$ 45,00, ou três crianças por
família. O dinheiro é pago diretamente à população por meio de cartões magnéticos, nas
agências da Caixa Econômica Federal, postos de atendimento do Caixa Aqui ou lotéricas.

A cada três meses, a freqüência das crianças bolsistas é analisada e o pagamento do benefício
a seus pais ou responsáveis pode ser suspenso quando houver mais de 15% de faltas em um
dos meses do período apurado.
12

Os municípios que adotam o Bolsa Escola assinam um termo de adesão; instituem um


programa de renda mínima por meio de lei municipal; cadastram e selecionam, conforme os
critérios citados anteriormente, as famílias beneficiárias. Como contrapartida à entrada no
programa, devem desenvolver ações sócio-educativas para todas as crianças de Ensino
Fundamental na localidade; criar o Conselho de Controle Social do Bolsa Escola e controlar a
freqüência escolar dos alunos bolsistas.

3.1.5- Análise do projeto Educativo BH-VIDA

BH VIDA – Este programa vai mudar a lógica do sistema de saúde na cidade, promovendo
eficiência no atendimento e na resolução de problemas que afetam a saúde. Para isto vai
interagir com variadas áreas, tais como educação, meio ambiente, programas de geração de
emprego e renda e de promoção da cidadania. Com o trabalho de equipes compostas por um
médico, um enfermeiro e agentes de saúde, será feito o acompanhamento e monitoramento da
saúde das famílias e ao mesmo tempo, um levantamento das questões que interferem
diretamente no processo de obtenção da saúde. O BH vida pretende, também acabar com
problemas crônicos como as filas e a demora nas unidades de atendimento. Até agosto, 1.700
milhão de habitantes já estarão sendo beneficiados diretamente pelo BH vida.

Atendimento de urgência e especializado – agilizar e melhorar a qualidade destes serviços,


tais como: implantação da Central de Regulação do Sistema de Urgência; articulação do
sistema de urgência com o de atenção básica, articulação do sistema de urgência de BH com
os sistemas de saúde dos municípios da região metropolitana; melhoria do acesso à atenção
especializada, através das políticas e GANS; regulação da relação com os prestadores, com
recadastramento geral da capacidade instalada de saúde no município.

3.1.6- Análise do Programa Crescer

Programa Crescer – Consolidação e ampliação, em 2001, do programa de combate ao trabalho


infantil, em parceria com o Ministério Público e juizado da infância e da Adolescência e
implantação de novas ações destinadas às crianças pequenas que estão nos abrigos.

Este projeto tem como objetivo oferecer meios para que a criança possa crescer com saúde
física e saúde espiritual unindo esporte e espiritualidade.
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Nossas crianças não só precisam, como tem o direito de crescer com alegria, sabedoria e
graça, e nós adultos, pais e mães, professores, autoridades e lideranças em geral têm o dever
de oferecer, condições e propostas para que isto aconteça.

3.1.7 - Análise da Atuação do Especialista em Educação Básica

O especialista da educação tem papel importante na coordenação e articulação do processo


ensino-aprendizagem sendo co-responsável, com a direção da escola, na liderança da gestão
pedagógica que deve ser o eixo da notear o planejamento, a implementação e o
desenvolvimento das ações educacionais.

Nesse sentido, abrem-se para o especialista três campos fundamentais de atuação na escola,
interligados e articulados entre si, abrangendo as ações de planejamento, implementação,
organização e avaliação do processo de ensinar e aprender medidas pela necessidade de se
garantir um clima interno favorável ao desenvolvimento destas ações e ainda, a necessária e
indispensável participação e envolvimento com os pais e comunidade.
São eles:
 Desenvolvimento curricular e ensino-aprendizagem;
 Organização escolar;
 Relações internas e com a comunidade.

3.1.8- Acompanhamento no Plano de Intervenção Pedagógica- Alfabetização no tempo


certo

O foco de acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas na escola está entrado nos
indicadores referentes aos resultados escolares, ao desempenho dos alunos, ao seu sucesso na
vida escolar: melhor ensino, mais aprendizagem e melhor desempenho escolar. Esse é o olhar
central de todos os envolvidos no processo.

Contudo, o especialista em educação básica terá que se preocupar em manter à vista de todos
as metas pactuadas pela escola e os resultados dos alunos no PROALFA e no PROEB e
através de cartazes, faixas, murais, divulgá-los para toda a comunidade escolar. Deverá
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também ter a lista com os nomes dos alunos que não estão com o desempenho recomendável,
portanto no desempenho baixo e intermediário. Quem são e onde estão estes alunos? Quais as
ações de intervenção que estão sendo desenvolvidas para atendê-los e por quem?
É preciso introduzir e promover a mudança nas práticas pedagógicas diversificando o
repertório de procedimentos didáticos, tais como excursão, debate, discussão, entrevistas,
trabalho em dupla e em grupo, oficinas pedagógicas, pesquisa dentre outros, tanto nos anos
iniciais como nos anos finais do Ensino Médio e Ensino Fundamental.

Elabore com os professores ações de intervenção pedagógica em toda e qualquer disciplina


em que o aluno apresentar dificuldades. Para alunos com dificuldades em leituras e escritas,
forme turmas de letramento, com funcionamento extra-turno, com um professor que tenha
domínio da prática de alfabetização.

Com o empenho de toda a escola, você e sua equipe estarão contribuindo e garantindo que os
objetivos educacionais sejam atingidos e as metas pactuadas cumpridas. “Alunos estudando e
aprendendo e a escola fazendo a diferença”.

3.1.9- Análise do Projeto Educativo- Projeto ao Idoso

Projeto ao Idoso – Manutenção e ampliação dos programas de atenção e proteção ao


idoso, tais como o Disque Idoso, alfabetização de idosos e atividades educativas e culturais.
Através da educação deve:
a) possibilitar a criação de cursos abertos para alfabetização do idoso, bem como para
propiciar a ele acesso continuado ao saber;
b) inserir, nos currículos do ensino fundamental, conteúdos que tratem do processo de
envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhecimentos sobre o
assunto;
c) desenvolver programas educativos, especialmente nos meios de comunicação, sobre o
processo de envelhecimento.
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Princípios e Diretrizes:

São princípios da Política Municipal do Idoso:


I – cooperação da sociedade, da família e do Município na promoção da autonomia,
integração e participação do idoso na sociedade;
II – direito à vida, à cidadania, à dignidade e ao bem-estar social;
III – proteção contra discriminação de qualquer natureza;
IV – prevenção e educação para um envelhecimento saudável;
V – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o idoso atendido pelas políticas
sociais;
VI – igualdade no acesso ao atendimento.

São diretrizes da Política Municipal do Idoso:

I – descentralização político-administrativa dos programas, projetos, serviços e benefícios de


atenção ao idoso;
II – participação da sociedade por meio de suas organizações representativas;
III – planejamento de ações a curto, médio e longo prazos, com metas exeqüíveis, objetivos
claros, aferição de resultados e garantia de continuidade
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3.2 – PROGRAMAS E PROJETOS: AÇÕES INTEGRADAS PARA ATENDER À


POPULAÇÃO

A coordenação pedagógica realiza mensalmente formações com a equipe de supervisoras com


o objetivo de implementar os programas e projetos oferecer informações a cerca do
desenvolvimento infantil e como estes aprendem através de atividades e práticas, bem como
se processa o seu desenvolvimento social, psico, cognitivo e emocional. Estas formações são
conduzidas e orientadas através de atividades em grupo, com construção de materiais,
apresentação dos grupos, e debates acerca dos assuntos abordados.

A coordenação ainda realiza de dois e dois meses encontros com os gestores de escolas e
creches que atendem a este segmento. Nestes encontros são abordados temas gerenciais e
pedagógicos que contemplam mecanismos de ações integradas para atender à população que
fortalecem as práticas e necessidades da educação, como também o conhecimento do ser
criança e como se desenvolvem.

Com a preocupação de como o grupo de educadores ministram e conhecem o


desenvolvimento da criança e como essas aprendem e se desenvolve, esta coordenação
pedagógica realiza semestralmente encontros com as educadoras que atendem este segmento,
oferecendo momentos de troca de conhecimentos e prática em torno de como se processa as
atividades dentro do espaço escolar.

Função da Secretaria Municipal de Educação:

 Desenvolver, implementar e zelar pela política de Educação no Município.


 Desenvolver, promover e apoiar programas e eventos difusores da Educação.
 Propor, desenvolver, adotar e adaptar métodos e técnicas capazes de fazer da
Educação um processo atraente e acessível a todas as faixas da população.
 Propor inovações e modernizações de valor reconhecido na área da Educação,
tornando-a instrumento de conscientização e formação de cidadania.
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Os projetos de cada escola, assim, serão matéria prima de debate e reflexão nos coletivos das
escolas, nas redes de trocas, nos painéis e seminários de debate que no II Congresso Político-
Pedagógico se transformam em orientação curricular para as escolas da Rede Municipal de
Educação.

Às vezes, o que aparenta ser um problema acaba sendo apenas o sintoma de outros mais
profundos e mais difíceis de serem detectados. Buscando ajudar a escola no seu processo de
construção de seu projeto de ação pedagógica, o projeto de Ação Pedagógica observará como
o coletivo de profissionais da escola enfrentam os problemas cotidiano, criando para isto,
ações estratégicas que acabaram por construir uma nova dinâmica no interior da escola,
transformando sua prática pedagógica e sua relação com as famílias e com o bairro.

Com estes relatos, pretendemos dar referências para que cada escola, avaliando sua própria
realidade, enfrentando seus problemas específicos, possa também construir ações que
permitam o avanço do trabalho pedagógico.
18

4 – RELATO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

No contexto atual da nossa sociedade abrem-se novas perspectivas para o pedagogo.


Empresas, hospitais, ONGs, e outros formam hoje um novo campo de atuação deste
profissional, para prestar seu serviço até então restritos a outros profissionais. Esta realidade
vem modificando paradigmas de que o pedagogo está apto somente para exercer suas funções
no âmbito escolar. Esses aspectos leva-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo campo
de atuação para o pedagogo, até agora pouco explorado.

Na GERED/NO, foi possível vivenciar as formas de atuação deste profissional sob diversas
abrangências. Muitas escolas da Rede Municipal enfrentam uma série de problemas em seu
cotidiano, o que faz com que a equipe pedagógica se mobilize e reflita sobre sua própria
experiência, buscando a superação dos mesmos.

Estes problemas podem ser os pontos de partida de um rico processo de mudança e


aprendizagem, pois partindo da constatação de que não sabemos como resolvê-los, vem nossa
necessidade de aprender. Os problemas enfrentados no dia-a-dia das escolas também
funcionam como ativadores de ações e processos pedagógicos inovadores.

A concepção que fundamenta a proposta de trabalho do pedagogo tem como eixo os


problemas do cotidiano que, depois de analisados através de um processo de investigação, são
o ponto de partida para a definição de ações pedagógicas. Estas ações avaliadas ao longo do
processo, não revelando novos problemas, dando origem assim a um novo ciclo de ação.

Construir um projeto de intervenção exige deste profissional saber definir prioridades,


estabelecer critérios de análise para tomar decisões sobre o qual ou quais problemas devem
ser priorizados pela escola. Muitas vezes esta definição não é fácil e cria alguns conflitos, pois
é difícil definir que o problema está gerando uma série de outros.

O trabalho da equipe pedagógica da GERED/No, também visa proporcionar às escolas uma


maior autonomia, inclusive financeira. Ações são esquematizadas para que os processos de
contratação sejam agilizados, existe ainda o desenvolvimento de serviços necessários para a
solução dos problemas detectados, bem como estratégias para redução de custos, contribuindo
para melhor utilização dos recursos da educação.
19

Para apoiar a GERED no trabalho junto às escolas, a Secretaria Municipal de Educação entra
com recursos financeiros e com um grupo de profissionais para acompanhamento de todo o
processo. Com o projeto de ação pedagógica construído pelas comunidades escolares, a
equipe pedagógica da GERED vai superando as dificuldades enfrentadas no seu cotidiano e
ampliando alternativas e implementando novas práticas visando atender às demandas de cada
escola.
20

4.1– ORGANOGRAMA DA GERED/NO - BH

GI
Diretoria
Pedagógica

Jussara

G2 G2 Bolsa Escola
Gerência Gerência
Pedagógica Administrativa Mirian
Beatriz Conceição

Acompanhantes Acompanhantes
Pedagógicas Pedagógicas

Educação Infantil Projetos Especiais

Acompanhantes
Pedagógicas
Ensino
Fundamental
Inclusão

Acompanhantes
Pedagógicas
EJA/
PROJOVEM
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse estágio do Curso de Pedagogia foi realizado no âmbito não escolar, onde foi possível
constatar o importante papel que os pedagogos desenvolvem. As observações das práticas
pedagógicas e os diálogos com profissionais da educação, em especial os pedagogos,
permitiram no decorrer deste período, a possibilidade de experimentar situações que
acontecem fora do âmbito escolar e, sem dúvida foram muito enriquecedoras, pois deram
continuidade ao processo de reflexão entre a articulação teórica com a prática, já iniciado em
outros estágios, mas desta vez focando o papel do pedagogo em instâncias não escolares de
educação.

A GERED/NO traz um diferencial que são os projetos articulados junto às Escolas da Rede
Municipal de Educação – Regional Noroeste. A atuação do pedagogo é indispensável, eles
procuram conhecer a realidade de cada escola e, a partir disso planejam um trabalho de
intervenção, onde a ênfase será dada para a qualidade de ensino oferecido para a população.

Toda a equipe pedagógica se mantém em permanente contato com a comunidade escolar, ou


seja, os professores, os educandos e seus responsáveis e todos os profissionais da escola,
orientando com as múltiplas formas pedagógicas e implementação de projetos da Rede
Municipal de Ensino com apoio da SMED-BH.

Frequentemente são realizadas reuniões com a comunidade escolar, onde participam os


pedagogos, os acompanhantes pedagógicos, os professores e coordenadores pedagógicos.
Dessa forma, estabelece-se um canal de participação e ao mesmo tempo cria-se um vínculo
direto com a GERED/NO. Os pedagogos nessas orientações pedagógicas não é um mero
transmissor de conhecimento, mas sim um articulador do processo ensino-aprendizagem,
onde a comunidade escolar exerce também um papel participativo.

A educação é um processo cujos fins remetem a valores e princípios pedagógicos que


determinam o modo pelo qual os pedagogos e professores colocam os alunos em relação com
conteúdos educacionais e avaliando de diversas formas e continuamente os resultados desse
processo.
22

Viver esta experiência foi enriquecedora, possibilitou assimilar novos conhecimentos teóricos
e práticos, ampliando minha concepção sobre a educação e atuação dos pedagogos em
instâncias não escolares de educação.

É importante salientar a atuação dos pedagogos na elaboração e participação na discussão de


projetos e atuação direta nas escolas, trabalhando na orientação, planejando e organizando
juntamente com a comunidade escolar a implementação dos mesmos. Esta análise possibilitou
perceber como é importante a participação e atuação do pedagogo, desmistificando que o
pedagogo é somente um profissional que atua na sala de aula, mas que ele é um planejador e
executor de várias ações que englobam o aprendizado.

Outro fator relevante foi o acolhimento da GERED/NO, que me deu apoio e abertura,
oferecendo subsídios para a realização deste trabalho. A troca de experiências foi fundamental
para a realização deste estágio e possibilitou-me adquirir mais conhecimento sobre assuntos
que fazem parte da rotina profissional do pedagogo fora do âmbito escolar.
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BIBLIOGRAFIA

MANUAL DE ESTÁGIO, 2009 - Faculdade Pedro II- Credenciamento Portaria MEC 1.096
de 29 de Maio de 2006.

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. A Escola Pública Municipal de Belo


Horizonte. Belo Horizonte: PBH, 1989/1991.

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 1: Construindo


uma referência curricular para a Escola Plural : Uma reflexão preliminar. Belo Horizonte:
PBH, [s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 2: Proposta


curricular da Escola Plural: Referências norteadoras. Belo Horizonte: PBH, [s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 3: Uma


proposta curricular para o 10 e o 20 ciclos de formação. Belo Horizonte: PBH, [s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 4: Avaliação


dos processos formadores dos educandos. Belo Horizonte: PBH, [s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Educação básica de jovens e adultos:


Escola Plural. Belo Horizonte: PBH, [s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Reflexões sobre a prática pedagógica


na Escola Plural 1: Os projetos de trabalho. Belo Horizonte: PBH, [s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Reflexões sobre a prática pedagógica


na Escola Plural 2: Turmas aceleradas: Retratos de uma nova prática. Belo Horizonte: PBH,
[s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Terceiro ciclo de formação:


Repensando a nossa prática. Belo Horizonte: PBH, [s.d.].

BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Vamos nos conhecer melhor? Belo


Horizonte: PBH: SMED, [s.d.].
24

ANEXOS
25

ANEXO I
CARTA RESPOSTA DA ESCOLA
26

ANEXO II
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIENTO
27

ANEXO III
FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO
28

ANEXO IV
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV
29

ANEXO V
FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES ESTÁGIO IV

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