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MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA PAIS DE CRIANÇAS PORTADORAS DE PARALISIA

CEREBRAL DO TIPO TETRAPARÉTICA.


O que é Paralisia Cerebral?
O Sistema Nervoso Central (SNC) é o responsável por todas as nossas ações. Ele é composto
pelo cérebro e cerebelo (situados na cabeça) e pela medula espinhal (situada ao longo da coluna
vertebral). É o cérebro que manda as ordens para os músculos, através da medula espinhal,
possibilitando a movimentação de todo corpo. Portanto, para olhar para as coisas, falar, correr,
movimentar os braços e pernas, é necessário que o SNC esteja funcionando bem, sem lesões. A
criança com Paralisia Cerebral (PC) tem dificuldades em movimentar-se, devido às lesões do
cérebro
(uma ou várias).
Mesmo após a lesão sofrida, o cérebro não está parado, porém não consegue comandar
corretamente os movimentos. Com isso a movimentação acaba se realizando de maneira
imperfeita
ou até mesmo não se realizando. Estas dificuldades poderão ser maiores ou menores para
diversas
atividades, como andar, usar as mãos, equilibrar-se, e até mesmo correr, falar ou olhar. A criança
com PC pode ainda apresentar dificuldades em compreender as coisas, para aprender na escola
ou
simplesmente não apresentar interesse pelo meio ambiente que a cerca.
(Moura et al., 2005; Camargo et al. 1999).
Quais são as causas da PC?
I) Causas Pré Natais (ocorre durante a gestação, antes do parto)
• Fatores genéticos e hereditários: malformações congênitas do SNC;
• Fatores maternos: eclampsia, hemorragias com ameaça de aborto, infecções, consumo
de drogas;
• Fatores metabólicos: diabetes e desnutrição;
II) Causas Peri Natais (ocorre ao momento do parto ou próximo a ele)
• Prematuridade (quando o bebê nasce antes de 38 semanas de gestação);
• Parto distócito (quando o parto é prolongado);
• Hemorragia intracraniana (“derrame” cerebral);
• Icterícias graves (alterações metabólicas em que o bebê fica com a pele amarelada);
• Hipoxia-isquemia perinatal (quando falta oxigênio e/ou sangue para o bebê);
III) Causas Pós Natais (a PC ocorre entre 1 mês a 24 meses de vida);
• Traumatismo Crânio Encefálico (forte pancada na cabeça por acidente ou queda);
• Encefalopatias (doenças que afetam o SNC como meningite, encefalite).
(Sherphed et al. 1996; Pato et al., 2002).
Toda criança com Paralisia Cerebral são iguais?
Não. Existem diversos tipos diferentes em relação aos que estão comprometidos e também em
relação ao tipo de alteração. Os principais são:
Espástica: há hipertonia nos músculos, ou seja, eles apresentam-se sempre tensos.
Atetosica: estranhos movimentos ou posturas das mãos, braços, pernas, rosto; principalmente
quando tentam executar uma ação.
Atáxica: falta de equilíbrio e de coordenação motora. Tende a melhorar.
Hipotônica: a criança parece ser toda “molinha”.
Mista: as crianças ao mesmo tempo são espásticas “tensas”, apresentam movimentos
involuntários e não tem equilíbrio.
Tetraparética: os quatro membros são afetados, são casos geralmente mais graves, de
aquisições motoras mais tardias, ou mesmo que não chegam a ocorrer, com prognóstico de
reabilitação bastante limitado.
(Camargo et al. 1999, Moura et al. 2005).
Porque a criança com PC deve fazer fisioterapia?
A fisioterapia é fundamental na recuperação de crianças com paralisia cerebral. O
fisioterapeuta utiliza diversas técnicas para desenvolver na criança o fortalecimento e o
alongamento
da musculatura, reações de equilíbrio e proteção, a conscientização do seu próprio corpo, a
correção
e prevenção de deformidades, a correção dos movimentos errados ou descoordenados e o
estímulo
à movimentação correta.
A criança com PC também pode precisar de fisioterapia respiratória, principalmente do tipo
tetraparética. Estas crianças podem geralmente apresentar dificuldades respiratórias, levando ao
maior risco de infecções pulmonares como, por exemplo, pneumonias.
A presença efetiva da família traz um grande significado ao processo de reabilitação, pois a
fisioterapia também orienta os familiares em exercícios que podem ser feitos em casa, pois o
processo de tratamento torna-se mais eficaz devido à freqüência com que os movimentos
adequados
são repetidos. O segredo da boa estimulação é aproveitar as situações do cotidiano, por exemplo,
na
troca de roupa, de fralda, banho, alimentação e transporte no colo ou no carrinho.
(Moura et al., 2005; Camargo et al., 1999; sherphed et al,. 1996)
No caso de Convulsões, como agir?
São comuns as crianças com Paralisia Cerebral apresentarem convulsões, mas isso não
acontece com todas. Se seu filho tiver convulsão, procure manter a calma e tomar as seguintes
providências:
1. Deixe a criança movimentar-se livremente, no caso de se debater, e longe de objetos que
possam machucá-la.
2. Verifique se não há nenhum objeto impedindo a respiração pelo nariz e pela boca. Em caso
de haver, faça o possível para remover com cuidado. ATENÇÃO: a criança nunca se asfixia
com a própria língua, não tente “desenrolá-la”.
3. Deite a criança no chão de lado, com a cabeça sobre uma almofada, travesseiro, ou mesmo
sobre seu colo.
4. É sempre conveniente, a cada crise que eventualmente aconteça, buscar aconselhamento
médico.
(Camargo et al. 1999.)
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS DA FISIOTERAPIA PARA MANUSEIOS GERAIS NAS
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA DA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL
1. Posturas anormais encontradas nas crianças.
Posturas anormais do corpo inteiro, determinado pela posição da cabeça, que irão impedir o
desenvolvimento normal de reações de endireitamento e equilíbrio.
Cabeça virada apenas para um lado, braço, pernas estendidas e mão abertas para o lado onde
à cabeça está virada, e braço, perna e mão “dobrados” e mão fechada no lado oposto da cabeça.
(1);
a cabeça e ombros são puxados para trás e as costas arqueiam, nas crianças atetóides as pernas
podem estar dobradas e nas crianças espásticas esticadas e rígidas (2); a cabeça é puxada para
frente, os braços são flexionados, o quadril e as pernas estarão enrijecidos (3); cabeça inclinada
para
frente e o tronco para cima, faz com que os braços se estiquem e as pernas também (4).
2. Manuseios para correção das posturas anormais.

Algumas crianças com Paralisia Cerebral empurram sua cabeça para trás, e ao mesmo tempo,
trazem seus ombros para cima e para frente (1). Não tente corrigir a posição da cabeça colocando
uma mão na parte posterior da cabeça, já que isso só fará com que a criança empurre mais para
trás.
Coloque suas mãos em cada lado da cabeça e empurre para cima, dando à criança um “pescoço
longo”. Empurre os ombros para baixo, com os braços, como mostra a figura (2).
Quando um bebê é segurado sem controle adequado, ele se empurra para trás constantemente
quando sentado, como mostra a ilustração (1). Embora, nesse estágio, suas pernas sejam
flexionadas e afastadas (padrão primitivo), se ele continuar fazendo isso, com o tempo, seus
quadris
e suas pernas estenderão e ficarão rígidas (2). Para controlar a retração de pescoço e do
ombro,
deve-se passar o braço posteriormente da cabeça abraçando o ombro, o que facilitará a
inclinação da cabeça (flexão) e os movimentos dos braços para frente em direção da linha
média (3).

Quando as crianças apresentam um tônus postural baixo, elas não têm controle de quadril,
cabeça e tronco, e quando colocadas na posição sentada, elas tendem a inclinar-se para frente.
Quando tronco é sustentado, sua cabeça cai para trás ou pra frente sobre o peito (1).
Segurar a criança firmemente ao redor dos braços e puxar seus ombros para baixo e
para frente, estabilizará seus ombros e ajudará a criança a manter a cabeça para cima na
linha
média (2).

Um padrão flexor típico visto na criança espástica, é com os braços virados para dentro, e
geralmente acompanhado pelos quadris estendidos (“esticados”) (1).
Pegue a criança pelo lado de fora dos cotovelos e pelo topo dos braços (2). Com um
movimento, levante e gire os braços para fora enquanto você traz a criança na sua direção.
Manuseando-a dessa maneira, você pode facilitar o levantamento de sua cabeça, a extensão
da coluna e flexão dos quadris (3).

Uma outra postura da cabeça e dos braços vista em crianças com PC do tipo atetóide mais
velha quando sentadas os braços são flexionados, os ombros curvados e virados para fora (1).
Com um movimento, gire os ombros para dentro e para baixo, estendendo os braços da
criança, enquanto você a traz para frente na sua direção. Manuseando dessa maneira,
facilitará
que a cabeça venha para frente com a coluna estendida e os quadris flexionados (2).

Uma postura de quadril e pernas estendidas típica de uma criança com espasticidade severa,
quando deitada de “barriga para cima”, é com as pernas esticadas e fortemente unidas (1).
A maneira incorreta de tentar separar as pernas, que somente aumentará a rotação interna
das pernas, podendo ainda machucar os joelhos, é puxando pelos pés ou tornozelos (2). Separe
as
pernas e rode-as para fora apoiando logo acima dos joelhos. A rotação para fora das pernas
facilitará a abertura e o relaxamento dos pés (3).

Se o pé da criança estiver apontando fortemente para baixo (1), Não tente flexioná-lo para cima
(em dorsiflexão) empurrando-o pela ponta do pé e dedos. Segure o joelho flexionado com mão,
segurando o calcanhar e o pé com a outra, mantendo o pé alinhado, e lentamente, flexione-o
para cima o máximo possível (2).

Uma postura de braço vista em algumas crianças com PC espástica, os braços e o antebraço
são dobrados e virados para dentro, a mão virada para baixo, punho e dedos dobrados e o polegar
dobrado no meio da palma da mão, abaixo dos dedos (1).
A maneira incorreta de estender o punho e os dedos é puxando sobre o polegar, pois isso
aumenta a flexão do punho e dos dedos e também há perigo de danificar as articulações do
polegar
(2).
A maneira correta de estender o braço, o punho e os dedos:
• É girando o braço para fora, segurando pelo cotovelo e punhos, mantendo o
cotovelo esticado e a palma da mão virada para cima, faça isso por 30
segundos e repita (3);
• Erguendo o braço até chegar ao lado da cabeça, mantenha por 30 segundos
na posição, relaxe e repita (4). Isso facilita a extensão do punho e dos dedos,
tornando mais fácil manter o polegar longe da palma.
• Uma boa forma para a criança sustentar-se quando sentado, é apoiando sua
mão aberta sobre o solo e mantendo o braço esticado, deixe-o nesta posição
de peso por algum tempo e relaxe (5).
Uma criança com espasticidade severa, quando se deita de barriga para baixo, geralmente
permanece com os braços sob o corpo e não consegue erguer a cabeça (1). O ideal é colocar
uma
almofada em baixo da barriga, puxar os braços segurando pelos cotovelos para a criança se
apoiar sobre eles e depois erguer a cabeça suavemente segurando pelo queixo, mantenha a
criança por algum tempo nesta posição e ao mesmo tempo pode estimulá-la com
brinquedos a
sua frente (2).

Uma base sentada muito ampla pode aumentar a extensão e a rotação interna nos quadris
(quadril fica voltado par dentro). As pernas da criança se empurram para trás quando sentada,
afetando toda a postura (1).
Uma base sentada mais estreita mantém os quadris rodados para fora (mais abertos),
com os quadris e pernas flexionados. Os braços e cabeça são controlados nos ombros, que
são levantados e virados para dentro. A sustentação de peso deve ser estimulada, com os
braços estendidos, mantenha esse posicionamento por algum tempo pra estimular a
criança
(2).

3. Manuseios durante atividades do dia-dia


A- Dormindo
A maioria das crianças com Paralisia Cerebral tem tendência, quando deitadas de “barriga para
cima”, de virar a cabeça mais para um lado que para o outro, ao mesmo tempo em que empurra
para
trás contra os travesseiros. Isso pode com o tempo, predispor a uma deformidade de coluna ou
assimetria de membros. No caso da criança abaixo ela tem uma tendência a olhar sempre para
direita, então os moveis, a luz, a janela e os brinquedos devem sempre estar localizado a
esquerda da criança.

Quando deitados de “barriga para cima” os bebês costumam apresentar esta postura (1). Para
corrigir coloque uma toalha enrolada em volta das nádegas do bebê e até as axilas, isso irá
fornecer simetria (alinhamento do corpo) e auxilio postura (2).

Quando deitadas de “barriga para cima” as crianças mais velhas com espasticidade severa
costumam apresentas essas posturas assimétricas (desalinhadas) (1) e (2). Use de um cilindro
de
posicionamento em T, travesseiro de cabeça firme com suporte nas costas se necessário,
para
que você posa corrigir estes posicionamentos anormais (3).
B- Banho
Algumas crianças com Paralisia Cerebral têm a tendência de se hiperestender “jogando-se para
traz” ou “deslizando através das mãos da pessoa” por ter um tônus baixo no tronco (“são
molinhas”).
Uma das formas de se evitar isso é flexionando o bebê antes de colocá-lo na banheira (1),
colocando quadril, coluna e braços bem para frente. No caso de achar difícil nos primeiros meses
flexioná-la pode adotar como medida temporária à posição da figura (2), pois esta é uma maneira
simples de segurar a criança que se apresenta excessivamente estendida.

O suporte da banheira deve ser firme e estável e a banheira em uma altura confortável, se
sentir que a cabeça da criança precisa de apoio pode ser colocado e fixado travesseiro de espuma
absorvente, preso por tiras de velcro na extremidade superior da banheira.

Considerações gerais:
• Flexione e estenda o braço e as mãos e os dedos da criança enquanto o seca. Faça o
mesmo com os dedos dos pés.
• Dirija a atenção da criança para as mãos e os pés quando você lava e ensaboa, fazendo
barulho na água.
C - Trocas de roupas
Manuseando o bebê do lado errado (no caso ela esta ao mesmo lado do braço a ser
estendido), a mãe tem um problema: estender o braço dele para tirar a roupa (1).
Para facilitar você pode girar a criança em sua direção enquanto o veste ou tira sua
roupa (mas você deve estar do lado esquerdo quando for estender o lado direito e vice-
versa),
o manuseio é mais fácil e você é capaz de interagir com o bebê (2).

Uma criança que apresenta espasmo extensor forte (“ela é toda esticada”), você pode usar
esta posição para facilitar a troca de roupa.

Considerações gerais:
• Escolha posições para seu filho que diminua movimentos indesejados ou aumento da
espasticidade, que crie um bloqueio para o manuseio.
• Verifique sempre se ele está deitado ou sentado adequadamente simetricamente, ou seja,
“sem estar torto”, tanto antes ou enquanto o veste.
• Coloque todas as roupas perto do seu alcance.
• Coloque-o em uma altura confortável para você o vestir.
C - Alimentação
Desde o nascimento e durante os anos de vida da criança com Paralisia Cerebral, as
alimentações destas crianças apresentam problemas. Elas não têm controle de boca, da cabeça e
de
tronco, não tem equilíbrio na posição sentada e são incapazes de flexionar os quadris
suficientemente para permitir que os braços sejam esticados para frente e finalmente incapazes de
levar comida para boca.
Errado: a criança é alimentada enquanto esta totalmente passiva em hiperextenção (toda
esticada), a comida é raspada nos dentes superiores, causando vômito, tosse e afogamento, a
criança pode nunca desenvolver uma boa deglutição em hiperextenção com braço atrás da mãe.
Uma forma correta de alimentar a criança deve ser em uma posição meio-sentada com a
cabeça e ambos os braços para frente, pra matê-la melhor nesta posição coloque um calce
abaixo
de seus pés pra que as pernas da criança faça flexão (“dobre”).

Outras formas de alimentar adequadamente:


• Alimentação com mamadeira. Quando necessário à mãe controle oral durante a sucção (1).
• Posição meio-sentada para criança que apresenta algum equilíbrio de tronco. Lembrese
de colocar a comida na frente dela. Se a criança ainda precisa de suporte, uma “cadeira
de bebê” pode ser usada, repousando contra a margem da mesa (2).
• Quando o equilíbrio na posição sentada melhora, sente o bebê ereto com as pernas
abertas e quadril flexionado. Você pode ainda ter que controlá-lo nos ombros (3).
Se você não fizer o controle do tronco da criança e apresentar a colher de cima, à criança irá
empurrar a cabeça para trás e não poderá deglutir corretamente (1). Posicione a almofada
corretamente, coloque uma de suas mãos no peito da criança e apresente a colher pela
frente,
você ira ajudar controlar a cabeça e a deglutir (2).

Quando alimentar o bebê na posição sentada em seu colo, você pode preferir a hiperextenção
colocando sua perna sob os joelhos dele em um banco para dar-lhe mais flexão de quadril. Se ele
necessita de suporte sobre a coluna lombar ou ombros, coloque seu braço sobre um travesseiro
sobre a mesa. A comida deve estar na frente da criança.
Errado: o copo é apresentado de cima e a criança é inclinada para trás. Correto: a criança
está em uma posição sentada para beber, com o tronco e a cabeça para frente e o copo é
apresentado pela frente (2)
Não se deve alimentar a criança com colher funda e pontiaguda (1). Correta. A colher deve
ser levemente plana e arredondada (2). Um copo de plástico com uma borda saliente é útil
para
começar a beber adequadamente (3), o copo pode ser cortado de um lado para o nariz da
criança (4) e ele deve ser inclinada para beber conforme a figura (5).

Recomendações da Higiene dentária:


• Uma maneira de limpar as gengivas é usar algodão borrifado com bicarbonato de sódio ou
salina ou até água.
• Quando os primeiros dentes surgirem, use escova pequena com agia introduzindo pouco
creme dental, o ato de escovar é o que mantêm a boca da criança saudável e não o creme
dental.
• Deixar a criança com o ombro e a cabeça para frente, para evitar afogamento ou vômitos.
C- Transporte
O modo como carregamos a criança pode influenciar seu comportamento motor e devemos,
portanto fazer todas as tentativas para assegurar que transportar seja uma experiência dinâmica
para
a criança e não passiva, ou seja, ”sem a ajuda da criança ou colaboração” e que ela forneça ainda
outra oportunidade de aprendizado.
• Como carregar Bebês e crianças que possuem espasticidade moderada e são
predominante estendidos?
- Uma maneira de erguer um bebê predominantemente estendido, coloque suas mãos nas
axilas da criança, puxe-o divagar na sua direção, com acriança mais velha você pode achar
mais fácil controlar a posição da pernas da criança se estiverem sobre a borda da cama ou
mesa (1 e 2).

- Segurando a criança incorretamente (1), pode reforçar qualquer padrão postural anormal
presente. Correto segurando a criança sobre o quadril, é possível flexionar suas pernas com
menos abertura enquanto roda seu tronco (2).
• Como carregar uma Criança mais velha com espasticidade severa que é
predominantemente estendida?
- Uma maneira incorreta de erguer uma criança mais velha severamente estendida a partir da
posição deitada (1). Para solucionar o problema, rolando a criança para o lado primeiro
depois
colocando uma mão sobre o tórax no mesmo tempo em que você traz a cabeça e os ombros
para frente (2).

- Abaixo ilustramos um método de carregar a criança que deve ser sempre evitado.

- Se carregar a criança mais pesada sobre ombro incorretamente, você terá dificuldades em
flexionar os quadris, flexionar e afastar as pernas e trazer os braços da criança para cima sobre
seus
ombros (1). Uma forma de carregar completamente correta – você mantém os braços da
criança
sobre seu ombro e segurando as pernas da criança pelas coxas, se for possível mantenha
as
pernas afastadas e rodadas para fora (2).
• Como carregar uma criança com espasticidade moderado-severa que é
predominantemente flexionada?
- Uma boa maneira de carregar a criança em casa é de lado, pressionando contra você,
mantendo a pernas da criança estendidas e abertas e rodadas para fora, a coluna
estendida (esticada) os braços estendidos e abertos e elevados para cima (1) ou
introduzindo a rotação isto é rodando o ombro. (2) Ha!!!!!Para você incentivar a criança a
estender a cabeça coloque objetos a frete dela, algo que a estimule a querer pegar, também pode
ser feito.

• Como carregar um bebe ou uma criança com tônus postural e/ou tônus flutuante e
movimentos involuntários?
- Estabilizando (“segurando e mantendo firme”) o quadril e os ombros da criança e dobrando
suas pernas pra ajudar a controlar, a criança com pouco controle de cabeça e baixo tônus de
tronco (coluna) é encorajada nesta posição a erguer sua cabeça.

- Se a criança tiver um tônus levemente aumentado nas pernas e um pouco de controle


de tronco você pode carregá-la desta forma abaixo.
4. Estimulação visual, auditiva e tátil.
Como um bebê aprende?
1. tocando
2. olhando
3. ouvindo e comunicando-se.
O bebê com Paralisia Cerebral, embora divida essas mesmas características comuns,
provavelmente, não terá o comportamento espontâneo e habilidade necessária para interagir tão
positivamente com sua mãe e com o meio em que vive. Ele precisara de um tempo mais longo e
prolongado para organizar seus movimentos e qualquer estimulo sensorial. Os estímulos
desempenham papel importante no desenvolvimento intelectual, motor e emocional infantil, desde
que sejam dados com afeto e sem ansiedade.
- Uma forma de estimar a criança quando estiver sozinha, alem de deixá-la com uma postura
correta, você pode usar um pedaço de espuma oco para fornecer suporte postural e colocar
brinquedos no berço como a ilustração mostra.

- Seu rosto nos primeiros meses é o brinquedo mais estimulante, versátil e interessante com
o qual o bebe está envolvido. Uma dica que podemos passar é ache uma posição confortável
para você e criança, em seguida prenda a atenção da criança para você, assim que notar que ela
esta te olhando comece a brincar com ela, falando, fazendo caretas, ela vai gostar (1). Uma outra
forma de você estimular acriança a ficar em silencio, ouvir e manter contato visual é como ilustra
a figura (2) abaixo.

- Outra forma de estimar a criança e ao mesmo tempo combinado com tratamento, à criança
deitada de barriga par baixo, apoiando-se nos cotovelos, você a ajuda a manter as costas da
criança estendida e sua cabeça para cima, enquanto vocês olham juntas para figura, ou
brinquedo (1). Crescendo e já acostumada a deitar de “barriga para baixo”, e apresentando pouco
espasmo a criança pode também ser deitada na superfície dura no chão (2).

- Evite falar com a criança de cima (1), pois você estará aumentando o padrão extensor dela
(“ela irá ficar toda esticada”), procure falar na altura dos olhos da criança e se for preciso
ajude-a controlar a cabeça, que pode ser pelo ombro, braço ou na parte superior do peito
com uma leve pressão (2).

.
Uma brincadeira vigorosa, a ilustração (1 e 2) a baixo permite que a criança goste da
brincadeira com os pais, você controla as reações dela para que ela tenha tempo de fazer ajustes
para ser movida, pois movimentos bruscos e rápidos só irão aumentar sua espasticidade ou ate
mesmo resultarem em movimentos involuntários e desordenados, então fique atento.

Considerações gerais:
• A posição da cabeça da criança deve estar sempre em linha média, ou seja, “alinhada,
centralizada” e a sua também quando estiver em contato visual com a criança.
• Você deve encontrar uma posição que seja confortável para você e sua criança. Uma posição
na qual você fique de frente da criança e tenha total controle da postura da criança.
• Quando você notar que consegui contado visual com a criança, comece a estimulá-lo,
movendo sua cabeça de um lado para outro e mais para frente de cima para baixo.
• Esfregue as mãos dele sobre o rosto, no topo da cabeça e na barriga. Pegue ambas as mãos
e esfregue-as em seu rosto, mande beijos, brinque com as mãos dele.
• Coloque entre as palmas das mãos um brinquedo que faça barulho quando você pressiona
as mãos juntas.
4. Considerações, acentos e adaptações.
Uma cadeira inflável triangular é bem recomendável para as crianças que costumam a se jogar
muito para trás, ela diminui esse padrão extensor e o encosto triangular ajuda a manter a cabeça
erguida (1). Outra forma de manter a criança com um bom apoio postural e bem alinhada quando
ela
estiver de “barriga para cima” é esse tipo de travesseiro cilíndrico que envolve toda criança (2).
Esses acessórios abaixo podem ser usados quando a criança for ficar deitada de “barriga para
cima”, você além de mantê-la alinhada diminui os padrões de posturas anormais que ela apresenta
evitando deformidades. Você mesmo pode pedir par confeccioná-las.

Esse tipo de ascendo pode ser usado enquanto a criança brinca com objetos a sua frente, ou
somente a mesa pode ser separada para que quando você a alimentá-la tenha um suporte.

Os suportes dados por espuma recortada (2) e as redes (1) irão diminuir qualquer tendência
da criança querer se estender alinha a cabeça, alinha ombro e quadril, faz com que as mãos
venham
para frente na linha média.

Orientações gerais
1. Não deixe a criança esquecida numa cadeira ou carrinho durante horas seguidas (mesmo
que suas limitações de movimento e/ou intelectuais sejam bem grandes). Isso faz com que as
tornem infelizes, alem de provocar enrijecimento no corpo e feridas no corpo por causa do
atrito da pele com o assento.
2. Tente estimulá-la, distraí-la e ocupá-la. A criança estimulada durante o dia tende a dormir
bem à noite e os pais também!
3. Como tentativa de romper o padrão espástico, colocamos as crianças deitadas em uma rede,
ela contribui para neutralizar a tendência que a criança tem em se jogar para trás.
4. Deve ser estimulada a repetir qualquer coisa que faça bem sozinha, mesmo se não for o que
você tenha em mente.
(Camargo et al. 1999; Finnie et al., 2000).

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