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Nosso colega da Poli morreu afogado em um córrego durante uma festa em São
Carlos, na madrugada de quinta-feira passada. Sentimos por este fato uma tristeza
muito grande. Caiu enquanto caminhava. Ninguém o viu cair, ninguém o escutou
ou ele não tinha mais voz para gritar, ninguém pôde salvá-lo. Como se não
bastasse tanta tristeza, nosso amigo da Educação Física, aos 22 anos, nesta
madrugada de domingo, jogou-se de um prédio abandonado enquanto seus
familiares dormiam.
Uma exigência sem rumo, um grito que não tem mais força ou que já não tem mais
ouvidos companheiros que ouçam. E como é triste se dar conta de que “mesmo
quando erramos, erramos para salvar a nossa humanidade, para gozar mais a
nossa humanidade, na ilusão de afirmar mais a nossa humanidade.” Porque,
continua Dom Giussani, “o critério é único, e é essa humanidade que temos em
nós, que é como que uma coisa incompleta, não realizada, que urge por se
realizar.”
Por isso esses jovens têm a ver conosco. A morte deles não é e não pode ser
indiferente à nossa vida.
Novembro de 2010