“O Casamento do Dióspiro com a Noz”

No Outono há nozes, castanhas, dióspiros, romãs, uvas,

maçãs, avelãs e azeitonas. Também há muita chuva e
trovoada.
A Noz é muito refilona e chora muito por estar naquela
casca sem saída.
Num dia de Novembro, o
Dióspiro ouviu um enorme
rebuliço e tentou ajudá-la a sair
da casca, mas após várias
tentativas não conseguiu.

- Deixe estar, não fique triste

Sr.ª Noz, porque há muitos
animais, especialmente os
roedores e aves que a podem
comer ou esmagar. – disse o
Dióspiro.
- Muito obrigado pelos avisos. Com quem tenho o prazer de
estar a falar? – perguntou a Noz.
- Dióspiro, ao seu dispor. – respondeu ele, fazendo uma
vénia.
- Podia refrescar-me um pouco? É que passei o Verão
escondida na minha casca dura!... pediu a Noz.
- Com certeza! É um prazer! – respondeu o Dióspiro
salpicando-a com umas gotinhas de água.
Rapidamente, eles
tornaram-se bons amigos.

Certo dia foram jantar a um

restaurante só para pares
românticos e, quando
saíram, já eram namorados.

Os pais deles, quando souberam fizeram uma reunião.

- Será que os devíamos

casar? - perguntaram os
pais da Noz.
- Sim! Parece-me boa
ideia! - responderam os
pais do Dióspiro, em
coro.
- E em que dia vamos fazer a cerimónia?
- Podemos aproveitar o Verão de S. Martinho, combinaram
os pais.
E nesse dia casaram-se.

Na cerimónia estiveram presentes: o padre Azeitona que

realizou o casamento; a família Avelã, as irmãs Castanhas, a
princesa Romã...

... o grande cacho de Uvas e a distraída Maçã Vermelha.

A Chuva e a Trovoada também

quiseram estar presentes…
então estiveram a espreitar pela
porta da igreja.

O Dióspiro e a Noz tiveram

muitos filhinhos frutos e foram
felizes para sempre!