Professional Documents
Culture Documents
Algumas recomendações simples, que podem ser postas em prática na sua próxima
refeição devem ser abordadas. Faça delas motivo de mudança em seus hábitos
alimentares.
Procure ingerir de seis a oito copos de água por dia, mesmo que, habitualmente, você
esteja acostumado a consumir chás e sucos. Lembre-se de que a partir dos 60 anos
aumenta a propensão da pessoa ficar desidratada. Beba muitos líquidos especialmente
quando o tempo estiver quente. Esta regra é muito importante. A sede não é um sinal
que traduza as necessidades orgânicas e, por isso, é importante beber mesmo quando
não se tem sede. Beba água ou bebidas não açucaradas, como sucos ou chá.
Alimente-se a cada três horas, alternando, entre uma refeição e outra frutas e chás.
Realize, por dia, 3 a 5 refeições em horas certas; isto o ajudará a lembrar-se mais
facilmente do que comeu e em que quantidade. Não coma demasiado, nem coma coisas
que não são necessárias. Não tente fazer as dietas da moda. Elas não se ajustam às
necessidades do idoso.
Verifique quais são os remédios que causam náuseas e azia, e peça para o seu médico
programá-los para horários distantes das refeições. Use ervas, alecrim, salsinha, coentro,
orégano e gengibre, entre outras, para acentuar o sabor dos alimentos, sem abusar do
sal, mesmo que você não sofra de hipertensão. Não coma açúcar em excesso. Reduza as
gorduras e os alimentos gordos. Não beba mais do que um copo de vinho ou de cerveja
por dia, de preferência ao almoço.
A grande maioria de nossos idosos não tem dentes, e apenas 75% destes utiliza prótese
dentária satisfatória o que geralmente dificulta a mastigação. Nesse caso os alimentos
devem ser na sua maioria cozidos ou preparados de modo que a mastigação seja
facilitada. Mas não esqueça de variar, pois estes tipos de alimentos contêm menos
vitaminas, sais minerais e fibras. P asse a comer produtos mais macios, como ovos,
lacticínios ou papas (feitas de arroz, massas, cereais). Coma alimentos que não seja
necessário mastigar, como, por exemplo, sucos de fruta e de vegetais, ou coza o peixe, a
carne e os vegetais até ficarem bem tenros e depois, se achar necessário, esmague-os ou
pique-os. Privilegie pratos cremosos, como sopas e purês, além de carne moída, frango
desfiado e peixes, panquecas, macarrão a bolonhesa, rocambole de carne moída e bolo
com frutas.
2º passo: Coma feijão pelo menos 1 vez por dia, no mínimo 4 vezes por semana.
5º passo: Faça pelo menos 3 refeições e 1 lanche por dia. Não pule as refeições.
10º passo: Seja ativo. Acumule 30 minutos de atividade física todos os dias.
Caminhe no seu bairro. Não passe muitas horas assistindo TV.
Lembre-se de que não existe o mito em que o idoso “come menos” ou “não tem
apetite”. Uma alimentação saudável depende de quão prazerosa se torna esta atividade.
Independente de patologias que necessitam de dietas, como hipertensão arterial,
diabetes ou colesterol alto, ou dificuldades impostas pela sua idade, procure um
profissional de saúde que estará apto a reconhecer tais obstáculos e ajudá-lo a manter a
melhor qualidade de vida possível e merecida por você.
5º passo: Faça pelo menos 3 refeições e 1 lanche por dia. Não pule as
refeições.
10º passo: Seja ativo. Acumule 30 minutos de atividade física todos os dias.
Caminhe no seu bairro. Não passe muitas horas assistindo TV.
WWWodetholiveira.blogspot.com
ALÉM DA ALIMENTAÇÃO
Se mesmo com uma dieta balanceada, a quantidade
ideal de nutrientes não for atingida, a suplementação
de vitaminas e minerais é o caminho. Há boas razões
para isso. Em decorrência da osteoporose senil, por
exemplo, que enfraquece os ossos após os 60 anos, o
consumo de cálcio (mineral que auxilia na formação e
fortalecimento ósseo) deve ser aumentado. O
estômago também já não produz ácido clorídrico (uma
das substâncias que compõem o suco gástrico) como
antes, o que pode afetar a absorção da vitamina B12
(encontrada em alimentos de origem animal). Essa
deficiência, por sua vez, está relacionada a doenças,
como o mal de Parkinson. Vale ressaltar que as
necessidades nutricionais são individuais e só
percebidas por meio de exames. E apenas um médico
pode indicar a suplementação, se necessária.
Sugestão de cardápio
CAFÉ DA MANHÃ
• 1 xíc. (200 ml) de café com leite integral (prefira leite desnatado, se houver problemas
com os níveis de colesterol)
• 2 fatias de pão integral com um pouco de margarina (1 ponta de faca)
• 1/2 mamão (fruta laxativa, ajuda no funcionamento intestinal e fornece minerais e
vitamina E)
COLAÇÃO
• 1 copo (250 ml) de vitamina de fruta (fonte de vitaminas, minerais e fibras)
ALMOÇO
• 8 col. (sopa) de macarrão cozido (energia), com 1 concha de molho de tomate (fonte de
licopeno, que auxilia na prevenção do câncer de próstata)
• 1 porção de frango sem pele e assado (para reduzir calorias e gorduras)
• salada de folhas verdes picadas (fonte de fibras), à vontade, temperada com 1 fio de
azeite
• 1 taça de salada de frutas picadas (fonte de vitaminas, minerais e fibras)
CAFÉ DA TARDE
• 2 fatias de pão (escolha pães macios que facilitam a mastigação) + 2 fatias de ricota
temperada
• 1 copo (250ml) de suco de laranja (fonte de vitamina C)
JANTAR
• 8 col. (sopa) de arroz branco cozido (carboidrato, alimento energético)
• 1 concha de feijão cozido (proteína e fibras solúveis)
• 1 pedaço de carne cozida com molho (proteína)
• 3 col. (sopa) de abobrinha na salsa
• 1 fatia de pudim
CEIA
• 5 unidades de biscoito salgado
• 1 ou 2 xíc. de chá de ervas
http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/24/artigo16183-3.asp
Considerações Nutricionais
O grupo de pessoas com mais de 50 anos podem ser divididas em 3 grandes grupos: acima da meia
idade (de 50 a 65); os jovens idosos (65 a 74) e os idosos (acima de 75).
Esta secção refere-se às necessidades nutricionais dos jovens idosos e dos idosos. O grupo
considerado como "acima da idade média" insere-se na secção Alimentação Saudável na idade Adulta.
Os jovens idosos podem ainda ter cerca de 20 anos activos à sua frente, por isso manter-se em forma e
saudável é o objectivo principal na alimentação. Os idosos são mais susceptíveis de desenvolverem
doenças crónicas, o que significará um maior apoio. Este grupo é o que apresenta uma maior taxa de
crescimento na sociedade e tem necessidades nutricionais muito específicas.
Contudo, os conselhos nutricionais devem ser baseados nas características individuais do idoso, e não na
sua idade cronológica.
Necessidades Nutricionais
Gordura
Restringir a ingestão de gorduras, em especial gorduras saturadas (gorduras de origem animal) de modo
a manter a saúde cardiovascular, continua a ser um excelente conselho para idosos que estão bem e
em forma. Acima dos 75 anos de idade, a restrição de gorduras não é aconselhada da mesma forma. A
restrição de gorduras não é definitivamente aconselhada para aqueles que são frágeis, sofreram uma
quebra de peso, ou têm fraco apetite. De facto, nestas situações, gordura adicional pode ser usada para
aumentar as calorias nas refeições de modo a ganhar algum peso.
Fibras
Muitos idosos sofrem de obstipação e outros problemas intestinais. Para ajudar a minimizar estes
problemas, o consumo de cereais, frutas e legumes deve ser encorajado, mas a ingestão exagerada de
fibras não é a resposta, já que podem interferir com a absorção de outros nutrientes essenciais. Para
ajudar os intestinos a funcionarem normalmente, é também muito importante beber bastantes líquidos,
aproximadamente 6 copos por dia.
Fonte: www.alimentacaosaudavel.org
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1T4ADFA_pt-
BRBR371BR371&q=alimento+para+idosos&um=1&ie=UTF-
8&source=univ&ei=x3IZTMXdOYK78gb75djpDA&sa=X&oi=image_result_gr
oup&ct=title&resnum=4&ved=0CC4QsAQwAw
A evolução das doenças nas pessoas com 60 anos ou mais, reduz progressivamente as
reservas orgânicas, levando o organismo à deteriorização (perda) gradual de sua
capacidade funcional, com a conseqüente diminuição e perda de autonomia.
Essa maior suscetibilidade às doenças também leva o idoso a ser vítima do uso de
múltiplos medicamentos,os quais influenciam a ingestão de alimentos, a digestão, a
absorção e a utilização de diversos nutrientes, o que pode comprometer o estado de saúde
e o requerimento alimentar. Os efeitos secundários que alguns medicamentos de uso
habitual em geriatria produzem devem ser considerados nesta análise; os mais freqüentes
são:
Os hábitos alimentares nessa fase da vida estão muito condicionados aos chamados
fatores psicossociais: disponibilidade de alimentos, integração social, capacidade de
deslocamento, capacidade cognitiva e independência econômica. Grande parte dos idosos
acaba consumindo alimentos de menor custo, em função dos insuficientes recursos
econômicos provenientes de aposentadorias e/ou pensões, o que também favorece a
monotonia alimentar (alimentação pouco variada). Em geral, a renda mensal "per capita"
dos idosos é inferior à dos adultos jovens.
A integração social é outro fator que tem papel relevante na alteração do consumo
alimentar do idoso. A solidão familiar e social predispõe o idoso à falta de ilusão e
preocupação consigo, fazendo com que se alimente mal e pouco. Nesses casos, há uma
tendência ao desestímulo para preparar alimentos variados e nutritivos. Verifica-se com
freqüência, elevado consumo de produtos industrializados, como doces e massas, ou de
fácil preparo como chás e torradas. Essa modificação no comportamento alimentar
certamente afeta a adequação de nutrientes ao organismo e o coloca em risco de má-
nutrição. O estado de ânimo do idoso para ingerir o alimento é, muitas vezes, modificado
por atitudes simples, como sentar o idoso confortavelmente à mesa em companhia de
outras pessoas.
A má nutrição do idoso pode também ser decorrente de sua progressiva incapacidade para
realizar sozinho as atividades cotidianas. Nessas circunstâncias, a aquisição de alimentos
como ir ao supermercado e a preparação das refeições podem se tornar uma tarefa muito
difícil. Tal situação faz com que o idoso dê preferência aos alimentos menos nutritivos, de
fácil preparo, evitando os que possam causar dificuldades de manipulação durante as
refeições. Em geral, verifica-se o excesso no consumo de produtos de panificação ( pão,
biscoitos, roscas, bolos), massas e doces. Deve-se também estar atento a outros fatores
como: perda do cônjuge e depressão pois, ambos levam a perda do apetite ou a recusa do
alimento. Por outro lado, a ansiedade pode desencadear o aumento excessivo de peso
(obesidade).
Considerações Finais
Os efeitos da alimentação inadequada ,tanto por excesso como por déficit de nutrientes,
têm grande incidência na população idosa. Para a correta avaliação da alimentação é
fundamental uma história alimentar detalhada. As estratégias alimentares evidenciadas
neste capítulo, são úteis para auxiliar na promoção da saúde do idoso mas, é essencial que
o planejamento alimentar tanto no âmbito institucional (asilos, casa de terceira idade) ou
familiar seja efetuado por um profissional habilitado como o nutricionista, pois as
necessidades nutricionais das pessoas idosas são essencialmente individuais, em razão
das diferenças na progressão do envelhecimento e da intercorrência de enfermidades
(doenças). Este planejamento depende do estado geral de saúde, dos níveis de atividade
física, das alterações na capacidade de mastigação, digestão e absorção dos nutrientes e
da eficiência no metabolismo, das alterações no sistema endócrino e no estado emocional.
Além das condições financeiras em que está submetido o idoso.
Fonte: http://www.idosoamado.com/artigo4.htm
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
• Mantenha hábitos saudáveis: não fume, não beba em excesso, evite ambientes com ruídos
intensos e exposição solar sem proteção. Tenha uma alimentação rica em fibras (frutas e
verduras) e pobre em gorduras saturadas.
• Pratique uma atividade física. Isso ajuda a melhorar a sua condição física, dá mais
disposição, ajuda a controlar doenças como hipertensão, diabetes e colesterol alto,
diminuindo o estresse, a depressão e o isolamento.
• Tenha um sono adequado: dormir bem ajuda a manter o corpo em bom funcionamento.
• Pratique atividades de lazer, como passear, ir ao cinema, ao teatro, viajar, fazer amigos e
dançar. Enfim, tenha como lazer aquilo que lhe dá prazer.
• Mantenha a sexualidade: não valorize apenas o ato sexual. Lembre-se de que o contato e o
afeto são muito importantes.
• Tenha metas e objetivos. Planeje o seu futuro. Participe de decisões pessoais, familiares e
sociais.
• Não deixe de ter atividades intelectuais. Leia muito, faça cursos, esteja por dentro dos
assuntos que acontecem no mundo. Isso contribui para preservar a sua memória.
• Tenha fé, acredite em algo, cultive a espiritualidade. Estudos mostram que são úteis para
manter o equilíbrio mental.
Até o momento, a ciência não descobriu nenhum antídoto para combater o envelhecimento.
Suplementação vitamínica, drogas antioxidantes e anestésicos, nenhuma dessas terapias
têm base científica que comprove o retardamento dessa fase. No entanto, um estilo de vida
saudável com medidas simples, como as apontadas acima, podem fazer a diferença e
proporcionar melhor saúde e bem-estar.
<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
<!--[endif]-->
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o idoso como “uma pessoa com 65 anos ou
mais nos países desenvolvidos, e 60 anos nos países em desenvolvimento”. O aumento
dessa população vem sendo observado no mundo inteiro, o que ocorre em função da
melhoria na qualidade de vida, somado ao avanço da ciência e tecnologia aplicados na área
da saúde. Segundo o IBGE, estima-se que no Brasil, entre 1950 e 2025, a quantidade de
idosos aumentará 16 vezes contra cinco vezes da população total.
Atualmente, sabe-se que as principais causas de morte entre idosos são previsíveis e
passíveis de prevenção, através de ações relativamente baratas. Estudos mostram que
derrames cerebrais e os infartos são as enfermidades que mais matam idosos no país, e
considera-se que é possível reduzir as ocorrências através de um programa efetivo de
controle da pressão arterial ou ainda pela introdução de hábitos saudáveis. Os programas de
controle para idosos podem não apenas evitar as mortes precoces, mas também reduzir o
sofrimento com as seqüelas de algumas doenças.
A nutrição e a alimentação na terceira idade ainda são áreas pobres em investigação, sendo
pouco exploradas e não tendo recebido a atenção que lhes é devida. Em alguns países
desenvolvidos, muitas pesquisas têm sido feitas, visando a identificar o consumo alimentar
de idosos, porém na América Latina, particularmente no Brasil, essas investigações
praticamente inexistem.
Para além disso, as refeições devem ser atractivas em termos de aspecto, de paladar e de consistência a
fim de que estimulem o apetite.
Em termos de nutrientes, para idosos, deve preparar refeições pobres em gorduras sólidas e de origem
animal e ricas em proteínas de origem animal, metade das quais devem ser provenientes de produtos
lácteos.
O idoso deve ir buscar as vitaminas e minerais aos alimentos do GRUPO V da roda dos alimentos
(vegetais, hortícolas, batatas, frutos), pois estes alimentos são facilmente digeríveis. As fibras podem ser
adquiridas à custa do pão de mistura e de alimentos do GRUPO IV (vegetais secos, cereais e derivados,
leguminosas secas, açúcar e cacau)
Ao organizar o regime alimentar de um idoso, deve ter em conta os seguintes factores. A má dentição, ou
utilização de defeituosa prótese dentária, exige o emprego de alimentos apropriados e com uma textura
adequada (cozedura suficiente, fraccionamento ou picado, ralado, etc.). Poderá também optar por
preparações dietéticas ou produtos homogeneizados, os quais, podendo dar satisfação completa nos
aspectos dietéticos, levantam os problemas da aceitabilidade e do seu custo muito elevado.
Tenha também em conta que, no idoso, é muito frequente a obstipação, ocasionada, por um lado, pela
atonia do tubo digestivo e pela diminuição das secreções digestivas e, por outro lado, pela falta de fibra.
Esta falta de fibra obriga ao cálculo da quantidade de fibra fornecida pelos GRUPOS IV e V e dos
alimentos mais indicados (pão de mistura, vegetais verdes, e frutos) para se conseguir um equilíbrio em
fibra.
O idoso pode consumir cinco a seis refeições diárias. O processo de preparação mais indicado é a
cozedura, bem como grelhados ou ainda assados.
O planeamento de dietas que atendam ás necessidade dos idosos apresenta problemas que são tão
variados quanto as circunstâncias nas quais estas pessoas vivem. Seja quem for o responsável pelo
planeamento e preparação das suas refeições, deve atender aos gostos do paciente e às suas
necessidades e limitações.
Neste planeamento, tenha em conta factores como a ignorância dos factos relacionados à nutrição, os
preconceitos alimentares, o temor de alimentos desconhecidos, a falta de dinheiro e a dificuldade na
preparação dos alimentos.
Embora possam necessitar de uma alimentação e preparação especial das refeições, os idosos devem,
sempre que possível, participar nas refeições e comer os alimentos preparados para toda a família.
O aspecto visual da comida é muito importante. Até uma comida simples e bem apresentada poderá fazer
com que o idoso sinta prazer em comer.
Se a capacidade digestiva é limitada, as refeições devem ser planeadas de modo que a pessoa idosa
evite certos alimentos. Uma bebida quente à noite pode ser agradável para o idoso, ajudando mesmo a
induzir ao sono.
Nos últimos anos a melhora das condições de saúde e de tratamento tem feito com que o
número de idosos venha crescendo tanto no mundo quanto no Brasil. Este fato, segundo Dr.
Mauro Kleber de Sousa e Silva, especialista em clínica médica e suporte nutricional pela
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral pela AMB – Associação Médica Brasileira,
faz com que novas preocupações e investimentos sejam feitos na identificação de
particularidades que possam propiciar um melhor atendimento a pessoas desta faixa etária.
É sabido que o envelhecimento causa alterações no corpo que podem interferir com a
alimentação e o estado de nutrição de uma pessoa. São comuns, segundo Dr. Mauro Kleber,
as alterações do paladar e do olfato, com redução na percepção dos sabores salgado, doce e
ácido. Embora não interfiram diretamente na ingestão alimentar, ocorrem com freqüência, a
redução da salivação e menor capacidade de mastigação. Seja por falta de dentes ou pelo uso
de dentaduras mal adaptadas e de diversos distúrbios da deglutição. Todos estes fatores,
devem ser levados em consideração quando se trata de planejar a dieta de idosos, frisa o
médico.
O idoso é em geral menos ativo fisicamente, e por isto tende a consumir menos calorias que os
indivíduos mais jovens. Este fator já representa um risco aumentado de deficiência para várias
vitaminas e minerais. Outra conseqüência é a alteração da sua composição corporal com
diminuição da massa corporal seca (notadamente músculos e ossos) e um aumento da gordura
corporal total.
A perda de peso e outras alterações no exame físico, tais como a diminuição de tecido adiposo,
do tônus muscular e da saúde da pele, são importantes, mas devem ser interpretadas com
cuidado. Mais importante parece ser uma avaliação funcional, que pesquise mudanças nos
hábitos e na rotina diária de trabalho e de lazer.
De acordo com o especialista, existe o consenso de que o idoso deve receber uma dieta
variada, saudável e balanceada. As necessidades protéicas, calóricas e de lipídeos diárias não
são muito diferentes das de grupos mais jovens de pessoas. Deve-se ter o cuidado de adequar
a dieta para os indivíduos com dificuldade de mastigação e deglutição, alerta o médico. As
restrições dietéticas, decorrentes de doenças específicas, como a diabetes ou das
insuficiências de órgãos, devem ser respeitadas, o que não significa que a alimentação não
possa ser saborosa. Eventualmente será mais importante recuperar ou preservar o estado
nutricional de um idoso doente, prestando a atenção no prazer da alimentação e na
conservação do apetite, do que respeitar restrições dietéticas muito rígidas.
O uso de suplementos vitamínicos pelos idosos merece um comentário à parte, pois segundo o
médico, existem situações relacionadas ao envelhecimento e ao uso de dietas inadequadas,
que fazem com que os idosos estejam mais propensos a ter carência de algumas vitaminas.
“Este fato não justifica o uso indiscriminado de complexos vitamínicos nestas pessoas, ademais
a maior parte dos idosos que recebe uma dieta adequada não apresentam sinais clínicos de
deficiência vitamínica”:ratifica.
O Dr. Mauro Kleber destaca sobre o cuidado especial deve ser dado à vitamina B12, cuja
deficiência é muito mais comum nesta faixa etária. Pessoas acima dos setenta anos têm uma
incidência maior de gastrite atrófica, diminuição da acidez gástrica e da produção de fator
intrínseco com conseqüente deficiência da absorção intestinal da vitamina B12. “A falta desta
vitamina pode levar a anemia megaloblástica, neuropatia periférica, com dificuldades de marcha
e déficits de cognição, e ela deve ser, quando necessário, administrada por via parenteral”,
frisa.
O especialista acrescenta ainda que também são comuns entre os idosos as deficiências de
vitamina D e cálcio. O envelhecimento leva a uma diminuição da absorção intestinal da vitamina
D ativa e da capacidade da pele de produzir o seu precursor, a vitamina D3. A reposição de
vitamina D deve ser feita com cuidado, pois é potencialmente perigosa, podendo levar a
hipercalcemia e à morte. A absorção do cálcio também diminui com a idade e sua
suplementação pode ser necessária, especialmente em mulheres em risco de osteoporose. A
suplementação de cálcio está contra-indicada em pacientes com história de cálculos renais de
cálcio, hiperparatireiodismo primário, sarcoidose e nos com hipercalciúria renal.
Nos idosos, tão ou mais freqüente do que a desnutrição, ocorre a desidratação, que deverá ser
apropriadamente diagnosticada e corrigida pelos que os tiverem assistindo. “A alimentação do
idoso obedece os mesmos princípios da de outras faixas etárias. A atenção especial que
requerem algumas particularidades do envelhecimento, não cria nenhuma dificuldade ou
cuidado extraordinário que não devesse fazer parte do cuidado habitual a ser prestado a um
paciente”, finaliza o especialista.
Sob o ponto de vista fisiológico, o idoso tem uma redução de diversas propriedades do
organismo. Além de alterações na dentição, que dificultam a mastigação; e de locomoção, um
obstáculo para a busca de alimento; as funções digestiva, absortiva, gástrica e intestinal estão
reduzidas.No Brasil, lembra o especialista, é também freqüente a interferência da questão
financeira. Com os baixos valores das aposentadorias, há a dificuldade de aquisição de maior
variedade alimentar, o que reduz as chances do indivíduo ter acesso a todos os nutrientes
necessários.
Em qualquer faixa etária, é importante a atenção à variedade na hora das refeições. O prato
típico nacional, composto de arroz, feijão, carne, salada e vegetais, é um bom começo. Na
terceira idade, a receita não é diferente. Os idosos devem ter cuidado para não restringir a
alimentação a carboidratos, como pães e massas; e às formas líquida ou pastosa, como as
sopas. Embora mais fáceis de ingerir e preparar, devem estar sempre acompanhadas de
frutas, verduras, salada e proteína.
Familiares e cuidadores devem estar sempre atentos aos hábitos alimentares dos idosos,
verificando quantidades e variedades ingeridas a cada refeição, bem como sua freqüência. Em
caso de visível perda ou ganho de peso repentinos, é necessária avaliação médica para
investigação das causas. Muito mais que um sinal de alimentação inadequada, tais sintomas
podem advir de doenças graves. A depressão é outro problema freqüentemente refletido na
alimentação. A perda do cônjuge ou de pessoa próxima é um dos principais fatores
desencadeantes. Tendência ao isolamento e perda de apetite são alguns dos sintomas.