Professional Documents
Culture Documents
SONOPLASTIA
SONOPLASTIA
Todos nós temos aqui algo em comum: gostamos de áudio. E quando falo de
áudio falo de tudo que ele engloba, tanto a área técnica, de equipamentos de som,
acústica, sonorização, quanto à área musical, porque música só existe porque existe o
áudio. Mas afinal de contas, o que é “ÁUDIO”?
Nestes dois exemplos, não podemos escutar o som puro gerado por estas
ondas. Escutamos apenas o choque da pedra na superfície das águas, ou a onda
“quebrando” na praia. Por quê? Para entendermos, vamos estudar um pouco sobre as
Características das Ondas Sonoras:
Para que possamos “ouvir” uma onda, é preciso que esta esteja dentro dos
valores de intensidade, freqüência e duração que o ouvido humano pode captar e
distinguir.
dB EXEMPLOS
30 Biblioteca silenciosa, sussurro leve
40 Sala de estar, geladeira, quarto longe do trânsito
50 Trânsito leve, conversação normal, escritório silencioso
60 Ar condicionado com 6 m de distância, máquina de costura
70 Aspirador de pó, secador de cabelo, restaurante barulhento
80 Tráfego médio de cidade, coletor de lixo, despertador com 60 cm de
distância
90 Metrô, motocicleta, tráfego de caminhão, máquina de cortar grama
100 Caminhão de lixo, serra elétrica , furadeira pneumática
120 Concerto de Rock em frente as caixas de som, trovão
140 Espingarda de caça, avião a jato
180 Lançamento de foguete
Quanto à duração basta dizer que quando alguém chega na sua casa e a
campainha está desligada, é mais fácil ouvir a pessoa se ela GRITAR ao invés de bater
palmas, não é? Por quê? Porque a duração da palma é curtíssima, da ordem de
milésimos de segundo, enquanto que um bom grito leva alguns segundos. Lógico que
estou supondo que a pessoa tenha pregas vocais tão fortes quanto suas mãos...
Dito isto, vamos entrar na parte mais prática desta oficina. Vamos analisar os
elos que compõem um sistema de som, lembrando que a qualidade final do sistema será
determinada pelo elo mais fraco da cadeia:
1. Captação
2. Processamento
3. Projeção
4. Acústica
4
5. Operador
1. Captação
2. Processamento
Aqui entra a parte mais “vistosa” de um sistema de som. Compreende todo e
qualquer equipamento que mude a característica do sinal captado na etapa anterior. Isto
inclui pré-amplificadores, equalizadores, compressores, noise-gates, efeitos, crossovers,
mesas de som, amplificadores, etc. Vamos analisar cada um deles:
este falou que a saída de um amplificador estava ligada na entrada do outro, porque ele
achava que a potência dos dois seria somada...
Três problemas. Primeiro, a saída do primeiro amplificador (baixíssima
impedância), ligado à entrada do outro (alta impedância) não consegue trabalhar a
contento, não consegue transferir adequadamente a potência gerada, o que pode causar a
queima do circuito de saída; segundo, o outro amplificador recebe um sinal muito forte
na sua entrada, o que pode causar a queima do circuito de entrada. Terceiro, por causa
do alto nível na entrada do segundo, todo tipo de ruído é amplificado exageradamente
por este.
3. Projeção
4. Acústica
5. Operador
Chegamos enfim ao componente humano do sistema, que creio ser o mais
importante. Maus operadores podem arruinar um sistema excelente, tornando-o inútil,
enquanto que bons operadores podem extrair de um equipamento mediano tudo o que
ele pode dar, compensando suas fraquezas. Só não pode fazer milagres. Erros ocorrem
em qualquer área aonde um ser humano coloque seus dedos.
17
Romanos 10:17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
Romanos 10:13-15 13 Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14
Como, pois, invocaräo aquele em quem näo creram? e como creräo naquele de quem
näo ouviram? e como ouviräo, se näo há quem pregue? 15 E como pregaräo, se näo
forem enviados?
Hebreus 2:1-3 1 Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às
verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. 2 Se, pois, se tornou firme a
palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo
castigo, 3 como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual,
tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a
ouviram;
Um bom operador não é o que “tira” o som mais alto, mas o que “tira” o som
mais agradável. Na verdade, um bom operador nem será notado pela congregação leiga
no assunto, pois as pessoas querem apenas ouvir bem o que está sendo
tocado/cantado/falado na igreja. E ouvir bem não significa ouvir alto.
quem estão tocando/ministrando. Será que alguém que quase briga com outro para que
seu instrumento apareça está realmente ministrando a Deus? Certamente que não. Da
mesma forma, um operador que não está nem aí certamente não está levando seu
ministério a sério, e ainda compromete o funcionamento do louvor. Temos uma
advertência clara na Palavra acerta daqueles que fazem a Obra de Deus relaxadamente:
Se você não acha que deve estudar para operar o som da sua igreja, trate de
mudar sua opinião, e rápido! Um operador é muito mais que alguém que liga os fios e
aperta no botão para ligar o equipamento! Aprenda, leia, pergunte, reclame se
necessário, mas nunca deixe o conhecimento de lado.
Se você acha que não deve orar e buscar a face do Senhor para operar o som
da sua igreja, trate de mudar sua opinião, e rápido! Ou você tem intimidade com Seu
Senhor, ou não o ouvirá quando Ele lhe orientar a melhorar o som quando for
necessário. Nenhum operador de som é melhor que o Espírito Santo, porque ele é
onipresente e onisciente, além de onipotente! Então, busque ser guiado por Ele toda vez
que apertar no mute ou mexer no volume dos canais de sua mesa!
alissonteles@gmail.com
Seu mano,
Alisson Teles Cavalcanti
12
Fontes consultadas: