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Aula 5 - POLÍTICA URBANA E

AMBIENTAL
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E
PRINCÍPIOS DE SUSTENTABILIDADE
ASSOCIADOS A MORFOLOGIA URBANA
Prof. Liza Andrade
CRITÉRIOS E POLÍTICAS DO USO DO SOLO
Como a cidade deve se
Plano Diretor – vai definir qual é a
desenvolver?
melhor função social de cada pedaço
População – migração do campo da cidade.
p/cidade.
O Estatuto da Cidade surge em 2001
Brasil – 27 núcleos – 26 estados e 1 como um marco para a política urbana
DF. brasileira.
Até 2006 – 1.700 municípios
Leis e instrumentos de políticas
brasileiros com população acima de
1963, o Seminário
20 mil Nacional
habitantes ou de de
integrantes
urbanas.
regiões metropolitanas devem
elaborar ou rever o Plano Diretor.

Os prefeitos que não providenciarem o


Plano Diretor vão incorrer em
improbidade administrativa.

OBRIGATORIEDADE -
OPORTUNIDADE
POLÍTICAS URBANAS NO BRASIL – FUNÇÃO
SOCIAL DA CIDADE
BREVE HISTÓRICO ARISTOCRACIA RURAL X
BURGUESIA CAPITALISTA
1808 – mudança da corte portuguesa
– processos decisórios Fluxo migratório para as cidades –
Passaram para a nova Nação-Estado. 1940

Sociedade Brasileira passou a ser A partir de 1970 – o Brasil passa a


gerida apresentar maior número de
habitantes nas cidades
Sociedade Colonial - Aristocracia rural
apenas decidia em interesse próprio As cidades passam a crescer de forma
1963, o Seminário Nacional de rápida e desordenada
Assegura as condições da reprodução
do status quo. A partir da década de 1960 – grande
aumento da produção de planos
Estado Brasileiro – elitista diretores.

Final do século XIX – burguesia A maioria não saiu do papel


capitalista emergente

A elite dominante tenta impedir o


fortalecimento dessa burguesia.
POLÍTICAS URBANAS NO BRASIL – FUNÇÃO
SOCIAL DA CIDADE
URBANIZAÇÃO – “Nos EUA após a depressão de 1930 e o
INDUSTRIALIZAÇÃO lançamento do New Deal, e na Europa no
Pós-Guerra - a expansão industrial deu-
“Urbanização com baixos salários”. Ermínia se em um processo de inclusão social
Maricato capitaneado pelo Estado do Bem-Estar
1963 – Seminário Nacional de Social - mercado de consumo de massa,
Reforma Urbana elevando, portanto os níveis de renda de
toda a população,
1979 – Lei 6766 – regula o
“ O Brasil estruturou-se um sistema
parcelamento do solo urbano
oposto, de “deixe-estar” social, em que a
1963, o Seminário Nacional de população pobre era relegada ao
1980 – Movimento Nacional pela abandono, mantendo os baixos preços da
Reforma Urbana mão-de-obra, enquanto o Estado-
empresarial agia em total harmonia com
1988 – Constituição Federal – (Art. os interesses das empresas que
182 e 183) Política Urbana sustentavam nossa industrialização.”
Sette Whitaker Ferreira
2001 - Lei nº 10.257 – Estatuto da “População vivendo na informalidade urbana
Cidade em assentamentos precários”- 40,5% do
total de domicílios urbanos brasileiros.
2008 – prazo para os Planos Raquel Rolnik.
Diretores
POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL

1965 - Código Florestal - 4771


1981- Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA
- 6938
1988 – CF – Artigo 225
1997- Lei da Política Nacional dos Recursos
Hídricos 9433
2000- Sistema Nacional de Unidades de
Conservação 9985.
2002- Agenda 21 para Cidades Sustentáveis

APPS
2002 - RESOLUÇÃO CONAMA 302
2003 - RESOLUÇÃO CONAMA 303
2006 -RESOLUÇÃO CONAMA 269

2007 - Lei nº 11.445 Política Federal de


saneamento básico.
2007 - Pl N° 1991 – Política Nacional de Resíduos
Sólidos.
2009 - Política Nacional de Mudança do Clima
2010 - Plano de ação para produção e Consumo
Sustentáveis - PPCS –
Conflitos refletidos no planejamento e desenho
Separação entre asurbano no Brasil.dentro da Agenda 21 -
agendas ambientais
Agenda Verde e Agenda Marrom. (Andrade, 2005)
Agenda Verde Agenda Marrom
Proteção e preservação do espaço natural - Intervenção e transformação do mesmo
preocupações que emergem de interesses espaço natural - preocupações que
público-coletivo. emergem de interesses geralmente privado-
individual.

Representada por atores que fiscalizam o Representada por atores envolvidos com o
meio ambiente no nível estadual ou federal. planejamento urbano no nível municipal

Problemas ambientais globais: Problemas ambientais urbanos: a poluição


desflorestamento, mudança climática, efeito do ar, da água e do solo, a coleta e
estufa e destruição de zonas costeiras, etc... reciclagem de lixo, ordenamento urbano,
etc...

Prioridade dos países desenvolvidos Prioridade dos países em vias


desenvolvimento

Necessidade de uma aproximação ecológica por parte das áreas de


arquitetura e urbanismo para sua inserção dentro da Agenda Marrom.
Necessidade de uma aproximação urbanística por parte dos cientistas
ambientais.
AGENDA MARROM X AGENDA
VERDE
Ocupações irregulares nos
tributários do Lago Paranoá

CA -CENTRO DE
ATIVIDADES DO
LAGO NORTE
Projeto urbanístico de 2001 -
ila Varjão - projetos – 1991 - 2001
PROGRAMA HABITAR BRASIL/BID -
canalização das linhas de drenagem
natural

Projeto urbanístico de 1991 - manteve a


linha de drenagem natural
P IA
-E
3
00
DF

DF 005 - EPPR
CONFLITOS NO PROCESSO DE
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Controvérsia
 canalização das
grotas dos cursos
d’água (impactos de
curto prazo) controle das
doenças hidricamente
transmissíveis)
 recuperação das
linhas de drenagem
(recuperação da
qualidade de vida a longo
prazo para um
contingente populacional
maior no âmbito do DF).
 da ocupação de áreas
com declividade
superior a 10% - Lei do
SNUC – 2000

LAUDO TOPOCARTE
Vila Varjão - 2004
“REGENERAÇÃO
AMBIENTAL”?
“Higienizar ou Ecologizar” ?

 Projetar em Áreas de
Proteção
Ambiental é análoga a projetar
em uma área qualquer?

 A comunidade está
preparada tecnicamente para
escolher?
Andrade, 2005

Vila Varjão – obras de


canalização outubro 2004
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO BRASIL

Conflitos socioambientais nas Conflitos socioambientais na


APPs do Igarapé Fundo na APPs do Córrego Poção do
Cidade de Rio Branco - Acre Lageado no Bairro Moreninhas
Gabriela Martins Cordeiro – Campo Grande
(ANPUR, 2009) Tácia Carolina Honda

• Atores

• Natureza do
conflito
• Objeto de conflito
• As dinâmicas Urbanização (in) Sustentável nas
proximidades do Rio Buranhém –
Porto Seguro
Adriana de Carvalho Tomaz Lopes
FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS PLANOS DO TERRITÓRIO –
APA GUAPI-MIRIM - RJ
Zoneamento Urbano Zoneamento Ambiental Zoneamento - Regime Hídrico
ou econômico ecológico

Conselho Plano Diretor


Conselho Plano de
de Planejamento Plano de RH
Gestor da UCs Manejo Comitê de Bacias
Urbano por Bacia
EIA RIMA, Zoneamentos
Os zoneamentos (urbano, ambiental ou econômico ecológico e de regime hídrico) com seus
respectivos planos e Conselhos ou Comitês, não conseguem promover uma gestão integrada dos
recursos hídricos.

Conflitos da gestão ambiental urbana no entorno da APA de Guapi-mirim


Monografia : Luciano Senna – REABILITA FAU/UNB
FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS PLANOS DO TERRITÓRIO –
APA GUAPI-MIRIM - RJ

Conflitos da gestão ambiental urbana no entorno da APA de Guapi-mirim


Monografia : Luciano Senna – REABILITA FAU/UNB (ELECS, 2009)
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS – PLANOS DO TERRITÓRIO –
FERNANDO DE NORONHA - PE
Plano de Manejo Uso e Ocupação do solo
Liza Andrade, Viridiana Gomes e Marcos Borges

Zona de Expansão Urbana

DÉFICIT HABITACIONAL ?
Conflitos e Uso Sustentável dos recursos naturais ? Conflitos
Conflitos e Uso Sustentável dos recursos naturais ? socioambientais
existentes e
potenciais

Apresenta alto grau de


representatividade
quanto aos recursos
naturais.

• últimos vestígios de
Mata Atlântica insular.
• banco de reprodução
da fauna marinha
• local de espécies
migratórias
• único manguezal
oceânico do Atlântico
Sul.
• tombado pela
UNESCO como
Patrimônio Natural
Mundial
Conflitos e Uso Sustentável dos recursos naturais ? Conflitos
Conflitos e Uso Sustentável dos recursos naturais ? socioambientais
Conflitos e Uso Sustentável dos recursos naturais ?
existentes e
potenciais

Apresenta baixo grau


de efetividade quanto
ao uso do solo

• Ausência de
planejamento
habitacional adequado
– déficit habitacional
de 100 lotes.
• Ineficiência na
questão de
saneamento
ambiental: escassez
de água, sistema de
drenagem inadequado,
apenas 65% das
moradias ligadas à
rede e 31 % com
fossas.
• 10 fortificações
tombados pelo IPHAN
AGENDA VERDE AGENDA MARROM
Visão Ecocêntrica Visão antropocêntrica
•Considera a capacidade de suporte associada à • Considera a flexibilidade da capacidade de suporte
dos ecossistemas terrestres e aquáticos. Plano de em função de condicionantes de infra-estrutura, aceita
Manejo estima uma população aproximada de uma população de 6.440 pessoas. (aumentando 30%
2.520 habitantes (2003) somadas as 807 de da capacidade da infra-estrutura.
população flutuante resultando em
aproximadamente 3.300 pessoas.

Apresenta alto grau de representatividade quanto Apresenta baixo grau de efetividade quanto ao
aos recursos naturais. uso do solo

Conflitos entre as agendas ambientais Verde e Marrom:(Andrade, 2005)


Necessidade de uma aproximação ecológica por parte das áreas de arquitetura e urbanismo para sua inserção
dentro da Agenda Marrom. Necessidade de uma aproximação urbanística por parte dos cientistas ambienta
Modelagem: Valério Medeiros

Vila dos Remédios

Vila do Boldró
Floresta Velha
Vacaria
Vila do Trinta
Cajazeiras

Noronha Terra
Floresta Nova

Plano de Manejo Ante-projeto de Lei de Uso e Ocupação do


solo – TAC

Zona de Proteção da Vida Silvestre – APPs Zona de Proteção da Vida Silvestre –APPs
Nessas áreas as condições ambientais devem prevalecer,
Confunde-se na Zona de Conservação proposta no
com mínima intervenção humana.
Anteprojeto de lei.
Compreende todas as APPs: entorno de nascentes, topos
de morros, margens e nascentes de cursos d’água, bordas Apenas para as novas ocupações, os cursos d’água
de falésia, encosta com declividade acima de 30%) devem ser deixados fora da área loteada com as
respectivas faixas de 30 metros de cada lado, contados a
partir das margens.
Plano de Manejo Ante-projeto de Lei de Uso e Ocupação do solo –
TAC

Zona Urbana detém, rigorosamente, o Propõe uma Zona de Expansão Urbana - área
contorno das áreas hoje edificadas, apesar do contígua à Zona Urbana considerando-a “apta
crescente déficit habitacional da Ilha (cerca de ambientalmente”, a acolher excedentes de atividades
100 lotes) eminentemente urbanas, decorrente do crescimento
vegetativo da população.
Não considera o crescimento vegetativo da
população, portanto não prevê uma zona de Paradoxalmente, propõe a conciliação do Plano
expansão urbana. Diretor Distrital e o estudo de capacidade de carga da
Ocupação dos vazios urbanos – 65% de APA.
permeabilidade
(Hough, 1998)
ECOLOGIZAR (Andréas, 2000)

Como aplicar os princípios ecológicos no espaço urbano?


Tirar lições dos assentamento humanos Design Ecológico – Permacultura –
sustentáveis - as Ecovilas
Bill MIollissom
Findhorn - Escócia

Princípios ecológicos - redes, ciclos, Os princípios utilizados nas Ecovilas não


alianças, equilíbrio dinâmico, energia solar, estão associados diretamente à morfologia
diversidade (Capra, 2002) urbana.
MORFOLOGIA URBANA E MEIO
AMBIENTE
Os princípios utilizados nas Ecovilas não estão associados
diretamente à morfologia urbana.
Necessidade de pesquisar autores que trabalham com a visão
ecossistêmica das cidades.

Como transformar as estratégias de


planejamento da Agenda 21 com
seus objetivos específicos em
modelos ou princípios, que possam
ser aplicados no desenho de nossas
cidades brasileiras?
Há como ser traduzido para a forma
urbana?

ECOCIDADES – (REGISTER, 2002)


MORFOLOGIA URBANA
Como aplicar os princípios ecológicos nas disciplinas de desenho urbano?
Necessidade de pesquisar autores que trabalham com a visão
ecossistêmica das cidades.
HEBERT GIRARDET – ECOLOGIA URBANA
“metabolismo circular” – consumo reduzido pela
implementação de eficiências e reutilização de recursos
maximizada.

ECOCIDADES – (REGISTER, 2002)


www.ecocitybuilders.org

Cidades para um pequeno


planeta – Richard Rogers
ECOSSISTEMAS URBANOS
Princípios ecológicos
Tabela 2. 1 – Análise comparativa dos(Capra,
os ecossistemas urbanos
2002)
princípios d os e osestabelecidos
ecossistemas ecossistemas urbanos:
por Capra (2002) com

PRINCÍPIOS ECOSSISTEMAS ECOSSISTEMAS URBANOS


Redes Relações e comunicações dos sistemas vivos Interações contínuas no modo de vida com
sem limites. Redes dentro de redes - sistemas sistemas vivos tanto de humanos quanto de
abertos interdependentes. vegetais, animais e mic roorganismos e de
dependências educativas, culturais e técnicas.
Compreender a interdependência ecológica
significa entender as relações, pois do ponto de Bairros interdependentes - subsistemas de
vista sistêmico, as interações entre as partes redes complexas uns dentro de outros,
são tão ou mais importantes do q ue as próprias organizados e associados a infraestruturas.
partes do todo.
Interdependência do entorno da cidade como
Complexidade – quanto maior a autonomia, um sistema aberto, um sistema cidade-entorno.
maior a dependência ou a riqueza de relações –
maior a rede de comunicações.

Ciclos Reciclagem de matéria e transferência de Metabolismo circular - transforma resíduos em


energia recursos - ciclo da água, do lixo e energias de
biomassa.
Energia Solar Transformada em energia química é o que Energia solar, aquecimento, conforto térmico e
move os ciclos ecológicos energias de fontes renováveis.
Alianças As trocas cíclicas de matéria e energia - Nas comunidades humanas, a parceria significa
cooperação difundida entre os membros da a democracia e o empoderamento pessoal, por
rede. causa dos diferentes papéis sociais
desempenhados. Pode-se estabelecer troca de
habilidades.
Diversidade Biodiversidade – diversidade em espécies, Diversidade de usos –
organismos, em interdependência e informação.
Equilíbrio A flexibilidade de um ecossistema é que o traz O equilíbrio e um bom funcionamento do
Dinâmico ao ponto de equilíbrio após um período de sistema dependem de um bom posicionamento
mudanças nas condições ambientais dos elementos a serem projetados .

Andrade, Liza (2005)


Gerenciamento dos Conflitos Visão ecossistêmica dos
assentamentos de Fernando
Relevância Ambiental X Degradação Urbana de Noronha

Abordagem Teórica e Metodológica


Visão Ecocêntrica X Visão Antropocêntrica = Visão
Ecossistêmica dos Assentamentos Urbanos na Ilha de Fernando
de Noronha

Princípios ecológicos Ecossistemas Ecossistemas Urbanos Sistemas Urbanos em


(Capra, 2002) (Capra, 2002) (Rueda, 2001) Fernando de Noronha
PRINCÍPIOS ECOSSISTEMAS ECOSSISTEMAS URBANOS SISTEMAS URBANOS EM FERANANDO DE
NORONHA Visão ecossistêmica dos
Redes Interdependência Modo de vida Não há uma rede de integração entre as
assentamentos de Fernando
ecológica: conexão -Interações contínuas comVilas: ausência de caminhos sombreados, de Noronha
rede de relações. sistemas vivosciclovias, de comércios locais, de hortas e
As interações entre asInterdependência dospomares , drenagem natural
partes são tão ou maissistemas: cidade-entorno.Nenhuma vila possui autonomia trabalho,
importantes do que asBairros interdependentes:moradias e lazer. Há uma dependência do
próprias partes do todo. rede de espaços públicos, detransporte individual motorizado.
Complexidade caminhos pedestres, de bacias
de drenagem, etc.

Ciclos Reciclagem de matéria eMetabolismo circular -Lixo - 3,5 toneladas dia - 30% de material
transferência de energia transforma resíduos emorgânico - Usina de Lixo e 70% de matéria
recursos - ciclo da água, do lixopotencialmente reciclável – vai para o
e energias de biomassa. continente de navio -
Água - As águas servidas não são
reaproveitadas e apenas uma pequena %
aproveita a água da chuva.

Energia Solar Transformada em energiaEnergia solar, aquecimento,Apenas uma pequena porcentagem é


química é o que move osconforto térmico e energias deabastecida de fontes renováveis (energia
ciclos ecológicos fontes renováveis. eólica), o restante provém de geradores de
óleo diesel vindo do continente.
Alianças As trocas cíclicas deA parceria significa aNão se percebe troca de habilidade entre
matéria e energiademocracia e oas pessoas, nem mesmo aliança entre os Visão ecossistêmica dos
-sustentadas por umaempoderamento pessoal e órgãos ambientais. Não há assentamentos de Fernando
cooperação difundidatroca de habilidades. representatividade pelos conselheiros.
entre os membros da Necessidade de princípios norteadores para de Noronha
rede. as tomadas de decisão.

Diversidade Biodiversidade –Diversidade de usos – Os zoneamentos propostos não


diversidade em espécies,> diversidade e densidadecontemplam a diversidade de usos:
organismos, emurbana, A potencialidade agrícola existente em
interdependência e< a dependência de transportealguns lotes na área urbana não é
informação. motorizado e impacto sobre oreforçadae (é vetada pelo Plano de Manejo)
Ecossistema resilienteentorno Não há diversidade de classes sociais e
– > troca de energia, matéria enem na integração do comércio e moradias.
informação com o meio –
Redução da pegada
ecológica.

Equilíbrio A flexibilidade de umO equilíbrio do sistemaNão há um bom posicionamento dos


Dinâmico ecossistema é que odepende de um bomelementos estruturadores.
traz ao ponto deposicionamento dosNão há flexibilidade (alternativa) para o
equilíbrio após umelementos a serem projetadosabastecimento e tratamento de água,são
período de mudançasde acordo com asdistantes dos assentamentos e demandam
nas condiçõesnecessidades e osgastos de energia.
ambientais deslocamentos e flexibilidadeNão há flexibilidade de trabalhos, (apenas
de usos. ligados ao turismo).
Parâmetros para a zona leste: Ecocidades
compacidade e diversidade - manutenção da complexidade no intercâmbio
(Rueda, 2001)

Cidades dispersas Cidades compactas

it’s necessary to study the ecossystemic representation of the cities

O atual modelo de O modelo da cidade


ocupação de Fernando de compacta deve ser visto
Noronha é como um ponto crucial
predominantemente difuso para a sustentabilidade
da zona urbana da APA,
Exceto em alguns trechos porposta pelo Plano de
do Centro Histórico) Manejo.
ECOLOGIA URBANA: troca de energia, matéria e informação

Redes, ciclos, alianças, equilíbrio dinâmico, energia solar, diversidade (Capra, 2002)
LACUNA ENTRE AS ECOLOGIAS
ECOLOGIA URBANA ECOLOGIA DA PAISAGEM
Estuda o relacionamento entre as cidades e Estuda os processos de fragmentação,
os sistemas naturais, baseando-se na isolamento e conectividade realizados
realidade que as cidades são uma parte do pelo homem nos ecossistemas
ambiente natural – não separadas dele. naturais, para investigar a influência de
ECOCIDADES - DENSIDADES MAIS ALTAS: PADRÕES ESPACIAIS sobre os
áreas verdes no meio dos empreendimentos, processos ecológicos.
recuperação da paisagem agrícola e natural ECOCIDADES -DENSIDADES MAIS
com edifícios ecológicos, diversidade nos usos BAIXAS - VAZIOS URBANOS
da terra, a implementação de tecnologias Substrato dominante -MATRIZ.
sustentáveis para a estrutura física da cidade, Fragmentos - MANCHAS,
edifícios com terraços jardins. e conexão entre MANCHAS: corredores
ecológicos, trampolins ecológicos, os
fluxos entre as manchas.

PONTO DE LIGAÇÃO: GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DAS ÁGUAS –


HIDROGRAMA ECOLÓGICO ?
•Mobilidade sustentável (veicular e de pedestres) Aspectos metodológicos
•Conectividade entre bairros (economia local) referentes à escala urbana
•Equilíbrio de densidade (vilas)
•Revitalização Urbana •Setor Histórico Redimensionamento e
replanejamento da infra-
estrutura, produção local de
•Setor Boldró alimentos,
revitalização urbana
(sentido de vizinhança),
adensamento das áreas
urbanas consolidadas,
centros de bairro e
socioeconomia solidária

Técnicas utilizadas: infra-


estrutura verde, espaços
públicos urbanizados e
instalações comunitárias
adequadas, paisagismo
produtivo, percursos
transitáveis para pedestres.
SUBSTITUIÇÃO – RENOVAÇÃO
VAZIOS - REPARCELAMENTO
Mirantes identificados
REVITALIZAÇÃO – REVEGETAÇÃO
REFUNCIONALIZAÇÃO

GRAUS DE INTERVENÇÃO

I – Substituição – Renovação: Vila dos Remédios – Aumento do coeficiente de aproveitamento,


preservando a taxa de permeabilidade atual.
Número atual de residências = 48; Número estimado em Cenário Futuro = 96.
II – Vazios - Reparcelamento – Recadastramento de lotes vazios ou com ocupação irregular e parcelamento
de áreas ociosas.
III – Revitalização e Revegetação
IV – RefuncionalizaçãoVazios identificados
– Edificações de valor patrimonial destacado, com uso inadequado. Sugestão para
novos usos.
V – Conservação – Edificações e sítios a serem conservados, hoje carentes de manutenção.
CENÁRIOS FUTUROS INDICADORES DE
Técnicas de infra-estrutura verde: revegetação, ESTRANGULAMENTO
ecovalas, jardins de chuva, canteiros de águas pluviais;
alagados, tetos verdes, cisternas, malhas verdes, infra-
estrutura conectiva.

Credit: André Medeiros


Lado Oeste
Potencial:
Ecovila
Urbana
Gestão Tradicional

Desenho: Patrícia Fiuza

área de 20 m2 de gramado 20 m2 de cultivo produtivo (Hough, 1998)


 gasto energético anual maior:  gasto energético anual menor

manutenção e trabalho humano, combustível para aparar o gramado,


fertilizantes e pesticidas e resíduos gerados não aproveitados.
ECOSSISTEMAS URBANOS
Quanto maior a diversidade e densidade urbana, menor a expansão, menor a
dependência de transporte motorizado, menor o impacto global e maior a
troca de energia, matéria e informação com o meio.
Modelo cidade compacta (Rueda, 2000) - menor a pegada ecológica –
(porém a densidade do local depende da capacidade de suporte)

Andrade, Liza (2005)


ESTADO DA ARTE
Princípios associados a morfologia urbana
Uma evolução dos princípios da Permacultura e das
Ecovilas para o planejamento de empreendimentos
urbanos e regionais
Ecópolis (1997), Paul Downton Dauncey, 2001

restaurar terras degradadas proteção ecológica (biodiversidade)


estimular o desenvolvimento implementação de transporte
ecologicamente equilibrado – sustentável
minimizar a pegada ecológica
conter a expansão urbana (criar adensamento urbano
cidades mais compactas)
otimizar o desempenho energético energias alternativas
contribuir para a economia local implantação de centros de bairro
desenvolvimento da economia local
proporcionar saúde e segurança para
os empreendimentos
instaurar um sentido de comunidade, comunidades com sentido de
respeitar a história do lugar vizinhança
promover a equidade social Moradias economicamente viáveis
enriquecer a paisagem cultural revitalização urbana
adequar a bioregião – curar a biosfera Ecopolis,
- manter o ciclo Paul Downton
água drenagem natural
tratamento de esgoto alternativo
gestão integrada da água
reciclagem as políticas baseadas nos 3R’s
Andrade, Liza
(reduzir, reusar e reciclar). (2005)
Aula 5 - PRINCÍPIOS DE
SUSTENTABILIDADE
ASSOCIADOS A MORFOLOGIA
URBANA

O desenvolvimento deste trabalho foi possível graças à equipe de pesquisadores que participaram da
disciplina de ateliê de desenho urbano do mestrado do PPG-FAU coordenado pela prof. Marta Romero em
2003: Valério Augusto Medeiros, Rejane Jung, Darja Kos Braga, Liza Andrade, Rômulo Ribeiro, Leila Alárcon.
Contou com a assessoria do prof. Ricardo Bernardes da Faculdade de Tecnologia da UNB
Os princípios de sustentabilidade foram estudados por Liza Andrade bem como o desenho urbano para o
condomínio sustentável que contou com a parceria de Rejane Jung.
VISÃO SISTÊMICA
Políticas dos 3R’s (reduzir,
reusar e reciclar).

Proteção ecológica Adensamento urbano

Revitalização urbana Mobilidade sustentável

Visão sistêmica para a


Implantação de centros de Moradias
bairro - economia local aplicação dos economicamente viáveis
princípios de
sustentabilidade
Comunidades com
Drenagem natural ambiental sentido de vizinhança

Gestão integrada da água


Energias alternativas

Tratamento de esgoto
alternativo

Necessidade de traduzir os princípios em estratégias e técnicas para


o processo de desenho:
Princípios Estratégias Recomendações
Fundamentos Planos – específicas
Conceito planejamento Técnicas utilizadas
estratégico

Andrade, Liza (2005)


Proteção Ecológica 1. Corredor Ecológico – Zoneamento Permacultural:
Parque. Zona 1 – hortas familiares: pátios e
Estratégias:
Princípios de Sustentabilidade 2. Agricultura Urbana com coberturas;
Concepção Urbana Técnicas Urbanas Paisagismo Produtivo. Zona 2 – paisagismo produtivo:
3. Implantar a Estação de arborização das ruas,
Mobilidade Sustentável 1. Propiciar aos moradores Ciclovias Esgoto Alternativo, próxima ao estacionamentos, praças;
locais de trabalho e lazer Apenas vias locais de 6m para corredor ecológico para atrair Zona 3 – abastecimento
próximos às moradias para automóveis separadas da rede de animais silvestres. condominial: área para produção
reduzir necessidades de ciclovias e de caminhos para 4. Locar a zona 3 na agrícola intercalada com espaços
deslocamentos. pedestres, com 2,5m de proximidade da favela para de lazer e pequenos canais de
largura.Vias iluminadas e aproveitar a mão de obra. escoamento;
Zona 4 – Parque Ecológico:
sinalizadas. repovoamento da flora e da fauna,
viveiro, lazer.

Drenagem 1. Manter o ciclo hidrológico na Drenagem Natural


Bacia do Lago Paranoá. O sistema é composto por dois
Revitalização Urbana e Sentido 1. Espaços Públicos que Tratamento Bioclimático do espaço 2. Melhorar o microclima local e subsistemas: um que absorve as
de Vizinhança propiciem encontros, reuniões público: os efeitos da seca. águas das vias, por meio de
e trabalhos conjuntos. Uso de pérgulas para pavimentação permeável, e
pequenas canaletas, e outro que
2. Desenvolver um sentido de sombreamento, captação da água recebe as águas de grandes
lugar. da chuva por meio de espelhos tempestades por meio de uma
3. Clube local com área de d’água com climatizadores. bacia de contensão de 900m de
lazer. Predominância das tipologias na extensão por 10m de largura e
4. Integrar o Centro de orientação solar nordeste–sudoeste 30cm de profundidade.
Atividades a outras regiões. no sentido da topografia – boa
incidência dos raios solares. As
casas que estão no sentido
Política dos 3R’s 1.Tratar o lixo na própria Projetar uma Usina de Reciclagem
sub-bacia do Ribeirão do e Compostagem nas proximidades
noroeste-sudeste receberão brises para atender toda a sub-bacia do
verticais e proteção com vegetação. Torto para evitar o Ribeirão do Torto e a mão-de-obra
esgotamento do Aterro da favela.
Energia Solar 1. Prever o uso de energia e Implantação no sentido da Sanitário Jockey Clube
aquecimento solar adotando orientação solar nordeste-sudoeste,
uma orientação adequada. melhor eficiência dos raios solares
para aproveitamento futuro de
energia solar. Economia Local 1. Implantar o Centro de Bairro Centro Comercial com 2 volumes:
no ponto central na interseção Bloco 1 – 3 pavimentos de uso
N
de caminhos com espaços que misto – galeria de lojas e escritórios
BLOCO 2 propiciem encontros e trocas. e, unidades habitacionais no último
2. Destacar a volumetria no pavimento.
conjunto. Bloco2 – destinado a atividades
Adensamento Urbano 1. Desenho urbano para um Tipologias: 3. Sócio-economia solidária – comunitárias, cursos
melhor aproveitamento da área Casas geminadas – 22 unidades de PRAÇA proximidade com a favela profissionalizantes.
de 22,5 hab/ha para 51 hab/ha. 233 m - lote de 264m2; Praça – vista panorâmica do
Ribeirão do Torto, local de encontro
2. Conter a expansão Geminadas Escalonadas – casa BLOCO 1 dos moradores e da região, feiras e
desordenada no entorno. pátio-térrea com 268m2/outra exposições.
3. Tipologias mais densas sobreposta de 220m2 c/acessos
localizadas na cota mais alta. independentes;
Geminadas de 2 pav.- recuadas 2m Tratamento de Esgoto 1. Evitar que a capacidade da Tratamento de Esgoto Alternativo-
com 205m2 – lote de 225m2 ETE Norte chegue ao limite Tratamento de esgoto com Reator
para não ocorrer o fenômeno Anaeróbio de Fluxo Ascendente
de eutrofização do Lago associado a leito cultivado de fluxo
Paranoá. superficial (wetlands). A estação de
2. Incorporar a estação ao tratamento será localizada nas

Princípios de sustentabilidade ambiental desenho da paisagem. proximidades do corredor ecológico


incorporado ao desenho
paisagístico.
aplicados ao desenho urbano. Gestão Integrada da Água 1. Reaproveitar as águas Instalar filtros de areia nos jardins
servidas e as águas pluviais para fazer a filtragem das
(Andrade, Liza – 2005) nos projetos de arquitetura. águas.Projetos hidráulicos
prevendo a tubulação necessária.
ESCALAS TERRITORIASEscala da Bacia
Hidrográfica:
grandes
Deve-se considerar as escalas que estruturas
urbanas
variam entre a arquitetura (edifício)
e o planejamento urbano. Escala da Sub-bacia

Visão Ampliada –
Aplicação dos princípios de Modelagem: Valério Medeiros
Escala de desenho urbano
sustentabilidade às várias escalas
territoriais

Romero (2002)
Escala das grandes estruturas
urbanas
Escala intermediária da área Escala do edifício

Escala específica do lugar


Escala específica do edifício

Modelagem: Darja Kos Braga

Andrade, Liza (2005)


UNIDADE DE PLANEJAMENTO URBANO

Necessidade de adotar a Bacia Hidrográfica como


unidade de planejamento urbano.
Bacia Hidrográfica é entendida como a unidade natural geográfica e
hidrológica de um rio.

“É definida pela área de


captação da água de
precipitação, demarcada
por divisores
topográficos onde toda
água captada converge
para um único ponto de
saída, a foz”.
(ANA, 2004)
IMPACTOS NA BACIA DO LAGO PARANOÁ

APA do Paranoá foi criada em 14 de dezembro de 1989,


visando, especialmente, a proteção da bacia do Lago Paranoá,
dos pequenos mananciais e matas ciliares que garantem a
qualidade das águas que o abastecem.
o Zoneamento Ambiental não foi desenvolvido durante sua
criação, e, muito menos, criado e ativado o seu Conselho
Gestor (iniciado apenas a partir de 2002) ou o Comitê de Bacia
Hidrográfica (2004), facilitando a ocupação nesta Unidade de
Conservação. O zoneamento ambiental ainda está em fase de
concepção.
BACIA DO LAGO PARANOÁ

Modelagem: Valério Medeiros

ZONA CLIMÁTICA FECHADA


Bacia do Paranoá é definida a partir de um cordão de chapadas (barreiras) que
contorna toda a sua unidade, criando um microclima próprio para Brasília e
demais cidades inseridas nessa depressão.
BACIA DO LAGO PARANOÁ

Crescimento desordenado
das cidades do entorno do
Distrito Federal pressionam
Brasília

Fonte : Veríssimo, Mônica -


Bacia do Lago Paranoá como
área do Entorno do Conjunto
Urbanístico e Paisagístico –
Fundação SD
Fonte : Veríssimo, Mônica - Bacia do
IMPACTOS NA BACIA DO LAGO PARANOÁ
Lago Paranoá como área do Entorno
do Conjunto Urbanístico e Paisagístico
– Fundação SD

Sistema de
Abastecimento de
Água Santa
Maria/Torto

ETE Brasília Norte ETE Brasília Sul


BACIA DO LAGO PARANOÁ
Relevo de domo
Através dos perfis topográficos
com ênfase na localidade de
Brasília sobre o relevo de domo,
percebe-se a posição destacada
da capital na Bacia do Paranoá

Fonte : Veríssimo, Mônica - Bacia do Lago Paranoá como área do


Entorno do Conjunto Urbanístico e Paisagístico – Fundação SD
ACIA DO LAGO PARANOÁ - BRASÍLIA
Relevo de domo
Essa topografia possibilita que a maioria das localidades urbanas
vizinhas a Brasília, visualizem ao longe o patrimônio histórico

Fonte : Bacia do Lago Paranoá como área do


Entorno do Conjunto Urbanístico e Paisagístico
ACIA DO LAGO PARANOÁ - BRASÍLIA

Fonte : Bacia do Lago Paranoá como área do


Entorno do Conjunto Urbanístico e Paisagístico
IMPACTOS NA BACIA DO LAGO PARANOÁ
Assoreamento de rios e lagos - O Lago Paranoá perdeu
2,5 quilômetros quadrados de seu espelho d’água.

 
 
 
 
  Olhares sobre o Lago Paranoá
IMPACTOS NA BACIA DO LAGO PARANOÁ
Pressão da ocupação urbana
 Desmatamento – mata de
galeria – corredor c/ parque
nacional de Brasília –
degradação do Bioma Cerrado
 Enfraquecimento do solo –
erosão
 Assoreamento – sistema de
drenagem ineficiente
 Esgotos clandestinos e
capacidade de suporte da ETE
Norte comprometida
 Falta de interação social entre
as classes sociais
 Dependência do automóvel
 Falta de coleta seletiva
adequada, ausência de Sub-bacia do Ribeirão do Torto
reciclagem na sub-bacia 70 % desmatada encontra-se desmatada
 Abastecimento de água
comprometido
 Espaços públicos inadequados
– sem sentido de vizinhança
 O centro de atividades não
funciona como um centro
polarizador
SUB-BACIAS

A Bacia do Lago Paranoá está sub-dividida em cinco


unidades hidrográficas menores (sub-bacias):
Torto/Santa Maria, Bananal, Riacho Fundo, Ribeirão
do Gama e Lago Paranoá propriamente dita.

Sub-bacia do Ribeirão do Torto

REPRESA DO VARJÃO
TORTO

CA

LAGO NORTE
DF-
003/EPIA
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

PRINCÍPIOS DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS ÀS DIFERENTES

ESCALAS TERRITORIAIS
SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DO TORTO
Níveis de degradação
Necessidade de
implantação de um corredor
ecológico

Faixa de proteção ambiental


acompanhando o Riacho do
Torto, no trecho entre a
Represa do Torto – inserida
nos limites do Parque
Nacional de Brasília – e o
Lago Paranoá.

Mapa: Valério Medeiros

CORREDOR ECOLÓGICO: permite o livre


movimento das espécies
MATAS DE GALERIA: formação vegetal de
grande porte ao longo de pequenos córregos
no Planalto Central, formando "galerias“.

Desenho: Valério Medeiros


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Pontilhão –
ligação para
pedestres e
bicicletas
Condomínio
Sustentável para
Vila Varjão

PROJETO E DESENHO:
VALÉRIO MEDEIROS
SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DO TORTO
Diagnóstico ambiental e Diretrizes Propositivas –
Foram coletados todos os dados sobre a área por meio de estudos de
impactos ambientais para os espaços adjacentes ao loteamento.

Tabela estabelecida por (Romero, 2002)


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Necessidade de processamento de resíduos gerados na região 
sustentabilidade ambiental  emprego e geração de renda para população
local. Economia de recursos naturais e menor impacto ambiental.

Esquema geral de Usina de Triagem e Compostagem. Fonte: Lixo Municipal


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Centro de Atividades do Lago Norte – CA

CENTRO GEOGRÁFICO – fomentar


integração de áreas tão distintas: Varjão,
Taquari, Península do Lago Norte,
Condomínios irregulares – Privê e Hollywood
e Parque Nacional de Brasília

 CONFLITOS DE USO DO SOLO,


ocupação de terras agrícolas, áreas
ambientalmente sensíveis (degradação dos
recursos naturais, assoreamento do Lago
Paranoá), segregação sócio-espacial –
Varjão.

 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA SANTA MARIA/TORTO E DA ETE
DO LAGO NORTE – Capacidade de
suporte esgotada Visão
sistêmica
para a
 CA – uso comercial e institucional – aplicação dos
princípios de
sustentabilida
de
Quadra CA 6 – uso residencial, previsão: ambiental

450 habitantes – 22,5 hab/há – baixa


densidade – Falta de vitalidade urbana
Andrade, Liza
SÍTIOS DOS PROJETOS

Sítio dos Projetos: Centro de Atividades & Entorno


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Diretrizes Propositivas

Usina Ribeirão do Torto


de
Reciclagem CA 6

CA 5

Shopping

Península Norte

PRINCÍPIOS DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS ÀS DIFERENTES

ESCALAS TERRITORIAIS
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Visão
sistêmica

Condomínio Sustentável – para a


aplicação dos
princípios de
sustentabilida

Comunidade com sentido de vizinhança


de
ambiental

Estabelecer uma relação dialética entre o


planejamento estratégico e o desenho
urbano – articulação de projetos pontuais
com efeitos transcendentes as áreas de
intervenções.
Criar um condomínio com bases sustentáveis
– energia, água, esgoto e alimentação –
(sistemas interligados e reaproveitados).
Promover a política dos 3Rs: coleta seletiva
de lixo, Usina de Reciclagem), horta
comunitária (escola agrícola para o Varjão)

Criar um centro comercial local para


promover a economia na região e a
socioeconomia solidária - ECOCENTRO
PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL

Aplicação da dimensão
bioclimatica no espaço
urbano

Predominância das tipologias


na orientação solar nordeste Visão
–sudoeste no sentido da sistêmica
para a
topografia – boa incidência aplicação dos
princípios de
dos raios solares. As casas sustentabilida
de
que estão no sentido ambiental
noroeste-sudeste receberão
brises verticais e proteção
com vegetação.
Modelagem: Valério Medeiros

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


Tipologia 1 - casas geminadas de 233 m2 –
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVELterreno de 264 m2-
quadras com 22 unidades – 132m de
ADENSAMENTO URBANO – Vitalidade Urbana comprimento – pátio interno - 2 volumes: o
mais baixo recuado e o mais elevado se coloca
MORADIAS ECONOMICAMENTE VIÁVEIS sobre a testada do lote.
Tipologia 2 – casas escalonadas adaptadas à
declividade do terreno com pátio térreo (268
Projeto Existente Novo Projeto m2) e a outra sobreposta (220m2) a primeira
População 450 habitantes 1.247 habitantes que dá lugar a um terraço com acessos
independentes.
Densidade 22,5 hab/ha 51 hab/ha
Tipologia 3 – casas geminadas de 2
Tipologias – paisagem urbana marcadamente horizontal pavimentos recuadas 2m, uma em relação a
outra (205 m2) e o terreno de 225m2 – região
de cota mais baixa.

Modelagem: Valério Medeiros

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
TIPOLOGIA 3 RIBEIR
ÃO DO
TORT
O

CASAS GEMINADAS
Tipologia de casas CA
-9

geminadas proporciona
moradias individuais
econômicas e
confortáveis, gerando
densidades urbanas entre
50 e 100 hab/ha.

Simulação da entrada de luz solar


PROJETO: DARJA KOS BRAGA
direta no quarto do 1° pav. para 22 de
Setembro (programa Luz do Sol)

O relevo, o percurso do sol e o vento determinaram a forma da implantação.


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
Centro de Bairro – Economia Solidária - Mobilidade Sustentável
Ponto Focal – interseção de caminhos,
volumetria destacada –
TRABALHO – RESIDÊNCIA - LAZER
Bloco 1 – Volumetria com enquadramento da
região do Ribeirão do Torto, vista panorâmica
– 3 pavimentos – galeria com lojas e escritórios Modelagem: Valério Medeiros
e unidades habitacionais no último – cobertura
com espaços ajardinados (hortas comunitárias)
Praça – Local de encontro dos moradores e das
áreas circundantes – pérgulas, espelho d’água
(captação de água da chuva), escadarias com
paisagismo produtivo
Bloco 2 – Atividades Comunitárias e Núcleo de
troca de serviços – sócioeconomia solidária
entre o Condomínio e o Varjão

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
(Andrade, Liza – 2005)
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL –

TRABALHO – RESIDÊNCIA - LAZER

Caminhos para pedestres e ciclovias –


separados por faixas ou pequenos
obstáculos – Sistema Viário com vias de
6m e ciclovias de 2,5m com revestimento
Liza Andrade
permeável.

Centro Comercial – (400m das


extremidades longitudinais e 200m no
sentido transversal-

“ ... A bicicleta pode ser mais rápida em


percursos urbanos menores que 5 Km.

(Comissão Européia in Cidades para


Liza Andrade
Biciletas, 2000)

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
(Andrade, Liza – 2005)
DRENAGEM
Sistemas de drenagem
tradicionais interrompem o ciclo
hidrológico, contribuem para o
assoreamento de rios e lagos.

Drenagem Natural
Restabelecer o elo no ciclo
hidrológico, infiltração no solo
e retenção de águas, além de Época da seca no DF – variações de
temperatura e queda da umidade relativa do ar
promover a integração dos – 13%. Minimizar os efeitos da seca por meio
espaços. da revitalização dos espaços públicos que
utilizem elementos ambientais no desenho da
paisagem.

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
(Andrade, Liza – 2005)
Lagoa de Retenção
Dois Subsistemas – rede de canaletas
superficiais nas vias com pavimentação
permeável e bacia de contensão com leito
cultivado (ervas aromáticas) para
tratamento das águas pluviais.
Área do Condomínio - 24,5 ha
Volume: vazão de 200m3 na hora do pico –
30 min
Área disponível para a bacia – 9000 m2 por
30 cm de média de profundidade.
Época da chuva – o sistema deve se
interligado a uma rede de tubulações
abaixo do corredor ecológico.
Época da seca – o sistema pode ser
fechado para armazenamento da água.

Departamento de Engenharia – Tecnologia Ambiental UnB


Professor Ricardo Bernardes

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


ZONEAMENTO PERMACULTURAL
PROTEÇÃO ECOLÓGICA (Agricultura Urbana) – recuperação de terras
agrícolas, coberturas florestais, parques de lazer.
Conexão entre a terra e os alimentos –
O zoneamento permacultural é organizado em função das necessidades de
deslocamento entre a edificação (casa ou edifício) e os elementos a serem projetados
na área –
Zona 1 – Hortas familiares : pátios internos
das casas e coberturas dos edifícios públicos. Zoneamento Permacultural

Zona 2 - Integração / paisagismo


produtivo : arborização das ruas,
estacionamentos, pequenas praças, faixa
lindeira a bacia de contensão.
Zona 3 - Abastecimento condominial:
horta comunitária, criações, culturas e
laboratórios agroecológico – área com
produção agrícola intercalada com espaços
públicos com pergolados e pequenos canais
de escoamento da água da chuva.
Zona 4 – Parque ecológico: lazer,
repovoamento de flora e fauna, viveiro –
laboratório natural e área de preservação
permanente (corredor ecológico) PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG
TRATAMENTO DE ESGOTO ALTERNATIVO
Planta do Tratamento de Esgoto
Reator anaeróbio de fluxo ascendente e leito
cultivado (WETLAND)

ETE VARJÃO DESATIVADA - CAESB

Departamento de Engenharia – Tecnologia Ambiental


UnB. Professor Ricardo Bernardes

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
TRATAMENTO DE ESGOTO ALTERNATIVO
CORTE
Reator anaeróbio de fluxo ascendente e leito cultivado (WETLAND)

Colaboração do Departamento de Engenharia – Tecnologia Ambiental UnB


Professor Ricardo Bernardes
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
TRATAMENTO DE ESGOTO ALTERNATIVO
Reator anaeróbio de fluxo ascendente
associado a leito cultivado de fluxo REDE DE ESGOTO – SISTEMA
CONDOMINIAL
superficial (wetlands)
Tratamento Anaeróbio
 Tratamento de resíduos com baixa
concentração de matéria orgânica – temperatura
ambiente – condições favoráveis no Brasil.
 Admite uma conversão de 70 a 90% da matéria
orgânica biodegradável em biogás (gás metano
com alta concentração de biomassa.
 Produz apenas 5 a 10% de lodo excedente –
manutenção de 6 em 6 meses e posteriormente
sua secagem para utilização como adubo em
jardins em áreas públicas exceto em hortas.
 Custos menores de implantação e operação
 Necessita de algum tipo de pós-tratamento –
não há remoção significativa de componentes.

Reator anaeróbio de fluxo ascendente e leito cultivado


(WETLAND)
Colaboração do Departamento de Engenharia – Tecnologia Ambiental UnB
Professor Ricardo Bernardes
PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
TRATAMENTO DE ESGOTO ALTERNATIVO
Leito cultivado (wetlands)
 Áreas de solo periodicamente inundado -
campos herbáceos ou macrófitas (brejo).
Wetlands construídos - imitações dos processos
dos wetlands naturais.
 Reciclam águas negras por meio de processos
naturais e biológicos –
 Permitem o estabelecimento de um habitat
úmido para a vida silvestre.
 Leito cultivado de fluxo subsuperficial :
passagem horizontal do esgoto por uma zona de
raízes cultivadas em tanque escavado no solo –
impermeabilizado – brita para suporte das
macrófitas
Colaboração do Departamento
 Dimensionamento: população de 1300 de Engenharia – Tecnologia
habitantes Ambiental UnB
Vazão de 200l/hab/dia – 249,6 m3/dia – dois Professor Ricardo Bernardes
reatores para manutenção de 40m3 ( 10m2x4m) –
Leito cultivado – 710ml e 4m de largura com 80
cm de profundidade – 3000m2 - Sistema
condominial – declividade favorável.
PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL
TRATAMENTO DE ESGOTO ALTERNATIVO
Leito cultivado (wetlands)
 Áreas de solo periodicamente inundado - campos herbáceos ou
macrófitas (brejo). Wetlands construídos - imitações dos processos dos
wetlands naturais.
 Reciclam águas negras por meio de processos naturais e biológicos –
 Permitem o estabelecimento de um habitat úmido para a vida
silvestre.
 Leito cultivado de fluxo subsuperficial : passagem horizontal do
esgoto por uma zona de raízes cultivadas em tanque escavado no solo
– impermeabilizado – brita para suporte das macrófitas
 Dimensionamento: população de 1300 habitantes –
Vazão de 200l/hab/dia – 249,6 m3/dia – dois reatores para manutenção
de 40m3 ( 10m2x4m) – Leito cultivado – 710ml e 4m de largura com 80
cm de profundidade – 3000m2 - Sistema condominial – declividade
favorável.
GESTÃO INTEGRADA DAS ÁGUAS
Reaproveitamento das águas servidas
Água do chuveiro, das pias, de tanques e
máquinas de lavar roupa para reaproveitamento
em descargas de banheiro e irrigação de jardins
de plantas não comestíveis
Processo de filtragem – dois tanques – para Fonte: IPEC
floculação e filtragem com areia
Coleta de água da chuva – 50% de economia
Coletores: telhados, lajes de cobertura e pátios
cimentados – calhas e reservatórios
Fins: lavar calçadas, carros, descargas de
sanitários, lavagem de roupas e louças e recarga
do lençol freático Fonte: Bella Calha
Processo de filtragem – filtro de brita, areia e
carvão ativado – correção do PH

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL

POLÍTICAS DOS 3Rs (redução, reuso e


reciclagem)
 Redução – primeiro estágio ou
soluções rápidas, evita as outras
etapas - impactos ambientais e sociais
(estratégias passivas de climatização)
 Reuso – espaços existentes ganham
novos usos – Quadra CA6 do Centro de
Atividades
ENERGIAS ALTERNATIVAS
 Reciclagem – permite a redução do
Energia Solar - Tipologias projetadas com boa
volume de lixo em aterros e insolação
incineradores – Coleta Seletiva Clima Tropical de Planalto- condições excelentes
Usina de Reciclagem (triagem e de radiação solar ao longo do ano
compostagem) Três atrativos: recurso renovável, redução de
impactos ambientais, aplicação junto `as fontes
consumidoras.
Aquecedores Solar –
Energia Elétrica – células fotovoltaicas – sua
geração não é muito grande, mas pode dar
autonomia a uma construção pequena.
 Custos elevados de fabricação – não é
comercial, tem que ser usada em grande escala.

PROJETO: LIZA ANDRADE E REJANE JUNG


CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL

POLÍTICAS DOS 3Rs (redução, reuso e


reciclagem)
 Redução – primeiro estágio ou soluções
rápidas, evita as outras etapas - impactos
ambientais e sociais (estratégias passivas de
climatização)
 Reuso – espaços existentes ganham novos
usos – Quadra CA6 do Centro de Atividades
 Reciclagem – permite a redução do volume
de lixo em aterros e incineradores – Coleta
Seletiva
Usina de Reciclagem (triagem e
compostagem)
GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA ÁGUA
NO MEIO AMBIENTE URBANO
Prof. Liza Maria Souza Andrade

Desenho: Patrícia Fiuza


ALTERAÇÕES DAS VAZÕES

Hidroelétrica
Irrigação em
grande escala

Canalização do rio
Expansão da
agricultura

Excessiva extração Desmatamento


dos ecossistemas
aquáticos

Poluição Urbana e
Controle da infra- industrial
estrutura Vias e
drenagem
QUANTIDADE E QUALIDADE

• Não aceitação por parte da


sociedade - os impactos
ambientais causados pelo
manejo inadequado da
quantidade de água associado à
redução da biodiversidade e à
extinção de espécies.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
• Vazão Ecológica - ainda não se
leva em consideração a redução
na vazão de um rio à diversidade
de espécies ou da população de
determinada espécie.
DESAFIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA ÁGUA
• Gestão Ecológica do Ciclo da água no
Fonte: TUCCI , 2009
espaço urbano: preocupação com a
preservação do entorno que provém água às
cidades para a manutenção de sua
organização.

• Diminuir a pressão sobre os ecossistemas


que também demandam água por meio da
redução da extração desse recurso e da Proporção ideal de 3/3 da bacia hidrográfica:
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
diminuição da carga poluidora desprendida 1/3 apropriada para as atividades humanas;
1/3 para os ecossistemas terrestres e
na bacia e da diminuição dos espaços 1/3 para os ecossistemas aquáticos que necessitam de
impermeabilizados e das perdas nas redes de uma porção mínima para sua existência.
.
abastecimento de água.
Desenho: Guilherme Mahanas

• Conciliar a questão das densidades urbanas


relacionadas à questão do ciclo hidrológico:
conciliar os atributos da ecologia urbana e da
ecologia da paisagem.
Comparação entre o
MUDANÇA DE PARADIGMA sistema tradicional de
loteamentos urbanos e o
Drenagem Tradicional sistema agrupado
Córregos canalizados e edificações situadas nas várzeas. (clusters) em relação à
densidade e à drenagem

Meio fio na baixada

Drenagem Natural Desenho: Mahanas, 2007

Córregos preservados e edificações fora dos fluxos de água com


pequenos canais de infiltração.

Desenho: Mahanas, 2007

Fonte: Robert Sykes – ASLA - Department of Landscape Architecture


MUDANÇA DE PARADIGMA

A floresta natural:
infra-estrutura
saudável

Drenagem Tradicional

A vegetação
natural retarda o
escoamento das
águas pluviais
para rios lagos
diminuindo as
enchentes

FLORESTAS
Drenagem Natural Fonte: www.bowenisland.info

Croqui de Hynes de diferentes tipos de drenagem urbana para Virginia Park


Fonte: EAST ST. LOUIS ACTION PROJECT, 2004
GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA ÁGUA
Gestão Ecológica Gestão Tradicional
Armazenamento máximo das Drenagem tradicional e inexistência de
águas pluviais no ambiente cisternas nas habitações contribui para
construído. as enchentes, poluição e
assoreamento dos rios e lagos.

Pouca Vegetação:
escoamento com
Vegetação densa aumento da
infiltração enxurrada
profunda
Sem
armazenar a
água da
chuva nas
casas o
escoamento
Valas de das águas
infiltração pluviais não
paralelas as é reduzido
vias

Canalização dos
Armazenamento canais de
de água da chuva drenagem natural
nas edificações. contribui para
aceleração das
Aumento do Redução do águas pluviais e
armazenamento armazenamento futuro
de água no solo de água no solo assoreamento
dos córregos e
Fonte: www.bowenisland.info rios
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL

DRENAGEM
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL

DRENAGEM
CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL

DRENAGEM
CÍPIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA Á
(Gauzin-Müller, 2002):
1.Proteger o lençol freático e as águas superficiais
Ex.:manter os limites das margens das APPs

Grota do Bexiga
Núcleo Eco-arqueológico
urbano
Arquiteto Newton
Massafumi
OUSADIA E VISÃO SISTÊMICA: “DESCANALIZAÇÃO”
Prefeito Lee Myung-bak : Rio Cheonggvecheon - Seul, Coréia do Sul:
• 400 hectares - 8 Km e 80 m de largura - os viadutos e pistas foram derrubados
OCUPAÇÃO SUSTENTÁVEL: MANGAL DAS GARÇAS – BELÉM DO PARÁ
CÍPIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA Á
(Gauzin-Müller, 2002):
2.Reduzir o consumo de água potável e garantir sua qualidade;

Sanitário Compostável
Ecocentro IPEC

Reuso de água

Sanitário Compostável Aproveitamento de água da


Ecocentro IPEC chuva - Bella Calha
VEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA NAS RESIDÊ
ARMAZENAMENTO DE ÁGUA DA
CHUVA PARA BRASÍLIA
Média de Precipitação em Brasília -
1400mm por ano.
1mm de chuva em 1m2 de telhado é
igual a 1 litro de água =1400 litros
por ano em cada m2 de telhado.
Perda de 20% = 1120 litros por m2 Casa Autônoma –Brasília –DF
Arq. Mario Viggiano
por ano.
1 pessoa em Brasília gasta em
média 225 litros por dia (a média
brasileira é de 150 litros) para
satisfazer todas as necessidades. Se
considerarmos a 1/2 para usos não
potáveis - 112,5 litros/hab/dia.
5 meses de seca = 150 dias
Cisterna de armazenamento
de água da chuva –
Nordeste – capacidade
18.000l
ROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA NAS PRAÇ
Armazenamento de água da chuva nos espaços públicos
Praça Central com condutores embutidos nas colunas

Parque Guell – Barcelona –Gaudi


MAZENAMENTO DE ÁGUA NOS ESPAÇOS PÚBLI
Armazenamento de água da chuva nos espaços públicos
Cisternas subterrâneas e lago sazonal

Captação de
água da chuva
cobertura Corpo
verde d’água
urbano

Cisterna

Armazenamento

Uso
doméstico Cisterna
Cisterna

Sistema de drenagem de Potsdamer Platz de Herbert


Dreiseitl- Atelier Dreiseitl Waterscapes, 2004
MAZENAMENTO DE ÁGUA NOS ESPAÇOS PÚBLI
MAZENAMENTO DE ÁGUA NOS ESPAÇOS PÚBLI

Sistema de drenagem de
Potsdamer Platz de Herbert
Dreiseitl- Atelier Dreiseitl
Fotos: Gabriela Tenório
MAZENAMENTO DE ÁGUA NOS ESPAÇOS PÚBLI
Armazenamento de água da
chuva nos espaços públicos
Cisternas subterrâneas e lago sazonal

Sistema de drenagem de Potsdamer Platz de Herbert Dreiseitl-


Atelier Dreiseitl Waterscapes, 2004
PROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA
Aproveitamento de água da chuva com coberturas verdes

ENVIRONMENT PARK - TURIM CALIFORNIA ACADEMY OF SCIENCES (2000-


2008) RENZO PIANO

Faculdade de Tecnologia – FT/UnB


Diretrizes LaSUS
CÍPIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA Á
(Gauzin-Müller, 2002):
3.Minimizar o volume de água residual para limitar os custos
relacionados com seu tratamento, com o redimensionamento das
redes existentes saturadas e, com a construção de novas
estações de tratamento;

Living Machines –
Ecovila Findhorn - Escócia
CÍPIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA Á
(Gauzin-Müller, 2002):
4. Garantir um tratamento ecológico das águas residuais;

Áreas alagadas – brejo (wetlands)

Fotos da Estação de Tratamento de Esgotos com Biossólido de Sertão do Carangola


CÍPIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA Á
Tecnologias de Eco-saneamento
Tanques de Evapotranspiração

Adriana Farina Galbiati


CÍPIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA Á
(Gauzin-Müller, 2002):
5. Limitar a impermeabilização das superfícies para reduzir os
riscos de inundações;
Tratamento dos espaços públicos

Tanner Spring Park – Portland


Robert Woodward
INFRA-ESTRUTURA VERDE:Tipologia: jardins de chuva
Fonte: Nathaniel S. Cormier
(depressões
desenhadas e
preenchidas com
solos
permeáveis e
plantas
tolerantes `a
umidade)

Siskiyou Street, Portland, OR


INFRA-ESTRUTURA VERDE:Tipologia: canteiros pluviais
Fonte: Nathaniel S. Cormier

Exemplo de um canteiro com infiltração e


ladrão

Liberty Center Parking Garage,


Portland, OR

Exemplo sem infiltração direta no solo


(só evaporação, evapotranspiração e
transbordamento)
Stephen Epler dormitory, Portland, OR Siskiyou Street, Portland, OR
CICLO DA ÁGUA
Coberturas Verdes –
Amenizar as ilhas de calor

Emilio Ambasz – Fukuoka -Japão


CÍPIOS DA GESTÃO ECOLÓGICA DO CICLO DA Á
(Gauzin-Müller, 2002):
6. Criar bacias de captação integradas com os espaços verdes
que melhorem, simultaneamente, a qualidade do ar e o clima
social.

DRENAGEM NATURAL – Village Homes – EUA- 1973


Economia de US$ 800 00 por unidade habitacional
GUA COMO ELEMENTO DE INTEGRAÇÃO
Lagoa para retenção das águas pluviais ligada diretamente com
uma rede de drenagem de ruas – espaço de convívio da
comunidade

Condomínio de Ecolônia – Holanda (1991-1993)


GUA COMO ELEMENTO DE INTEGRAÇÃO
Canais de infiltração integrados a paisagem

Town Hall Square – Hattersheim - Hebert Dreiseitl


GUA COMO ELEMENTO DE INTEGRAÇÃO
O caminho das águas permite intervenção urbana capaz de
alcançar máximo resultado integrando questões:
saneamento, habitação,
controle de cheias,
contenção de erosões,
esporte, cultura e lazer e
segurança em torno do eixo simbólico das águas limpas.

Paulo Dimas Rocha de Menezes

“A água mais do que qualquer outro elemento


além das árvores e dos jardins, tem o potencial
de integrar emocionalmente o homem e a
natureza na cidade. Ela permeia o ambiente
terrestre, o ar, terra e todos os organismos vivos ”

(Anne Whiston Spirn, O jardim de granito -1995)

Potsdamer Platz

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