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10ºAno
O que é a Ética?
Segundo uma acepção grega, ética é o estudo dos princípios da Vida Boa, ou
seja de uma vida com total sabedoria, alcançando todo o potencial humano.
Ex.: Uma pessoa pode aceitar que ao ir à praia deve-se levar toalha, mas essa
pessoa pode perguntar porque é que vai à praia.
Moral e Direito
Uma acção ser correcta e uma acção ser legal não correspondem
exactamente ao mesmo. As normas legais (leis) são constituídas pela sociedade onde
são aplicadas, enquanto que as normas morais são constituídas por nós próprios,
podendo haver por vezes discordâncias entre uma e outra.
Ex.: Em Esparta era legal matar crianças (legalmente correcto, moralmente
incorrecto).
Ex2.: Devemos ajudar os outros (legalmente indiferente, moralmente
correcto)
Moral e Religião
As religiões apresentam um conjunto de ensinamentos e preceitos a que
chamamos doutrina, que a caracterizam. Uma pessoa não está indiferente a uma
religião, tem um de dois sentimentos destintos:
Aceitação:
- é uma fonte de inspiração moral e fortalece a vontade de agir; a
pessoa acredita no(s) Deus(es);
- vale por ter bons resultados, apesar da pessoa não acreditar na
Entidade(s);
Rejeição:
- há uma avaliação dos princípios éticos e nomas e a escolha do crente
é a não-aceitação;
Apesar de tudo isto, a moral não podia sobreviver sem Deus, porque “Sem
Deus, tudo é permitido.”, e todos podiam fazer o que quisessem, não haveria uma
Entidade divina a quem recorrer nem para saber se estava correcto ou errado.
Subjectivismo Moral
Esta teoria diz que tudo é subjectivo, ou seja o valor de verdade de um juízo
de moral depende das crenças de cada um.
Benefícios:
- Parece promover a tolerância;
- Respeita a liberdade;
- Provoca avanços sociais;
Críticas:
- Inutiliza os debates morais;
- Coloca em causa a educação moral;
Existem duas outras hipóteses para responder a cada uma das vias:
- Hipótese da arbitrariedade – segundo esta hipótese é a ordem de
Deus que faz com que uma acção seja correcta, mas Ele pode ordenar
uma acção incorrecta (omnipotente)? E aí deixa de ser um Deus
benevolente como esperado. Mas mesmo que continue a ordenar
acções correctas, como sabemos que estas estão correctas ou não
antes de Deus as ordenar? – Será que Alguém pode ordenar ordens
opostas às que ordenou anteriormente?
- Hipótese da universalidade da Moral – segundo esta hipótese Deus
só ordena acções correctas, mas como é que Ele sabe que são
correctas? Pressupõe a ideia de um critério superior que regem Deus,
e ele deixa de ser absoluto e incontestável. Nós é que avaliamos a
acção que Deus nos diz para fazer ou não, o critério deixa de ser
divino e absoluto, deixa de ser objectivo, há uma refutação – A
concepção divina do bem e do mal é posta em causa.