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1 - GENERALIDADES
1.1 - Introdução
O conceito de medir, traz em si, uma idéia de comparação e como só se pode comparar
“coisas" de uma mesma espécie, podemos definir medição como: "medir é comparar uma
dada grandeza com outra de mesma espécie, tomada como unidade”.
O homem precisa medir para definir seu espaço, sua atuação. Para isso, temos a metrologia
como ferramenta de trabalho.
1.2 - Histórico
Embora "soluções metro lógicas" datem de 4800 a. C., período áureo egípcio, do qual a
pirâmide de QUEOPS é o maior exemplo, os primeiros padrões de comprimento de que se
tem registro são da civilização grega, que definiu o cúbito, 500 a. C.. Esse cúbito - distância
do cotovelo até a ponta do indicador - foi subdividido em palmo, dígito e span, medindo
cada um:
- Cúbito = 523 mm
- Span = 229 mm
- Palmo = 76 mm
- Dígito = 19 mm
Com o domínio romano, o cúbito foi substituído pelo pé que era constituído de 12
polegadas, sendo esta igual ao cumprimento da segunda falange do polegar da mão do
homem.
A jarda que fora definida no século XII, provavelmente devido ao esporte de arco e flecha
popular nessa época, como sendo à distância da ponta do nariz do Rei Henrique I até o
polegar, só foi oficializada como unidade de comprimento em 1558 pela Rainha Elizabeth e
materializada por uma barra de bronze.
Nesta mesma época fixou-se o pé como unidade de comprimento, através de decreto real
que versava: “Num certo domingo, ao saírem da igreja, dezesseis homens deverão alinhar-
se tocando o pé esquerdo um no outro. A distância assim coberta será denominada vara e
um dezesseis avos será o pé.
A jarda, como é hoje conhecida, foi estabelecida em 1878 como sendo a distância entre os
terminais de ouro de uma barra de bronze, medida a 62° F (18° C) .
Em 1837 foram refeitos os cálculos, obtendo-se, valores ligeiramente diferentes; por isso, a
definição do metro foi alterada e passou a ser :” o metro é a distância medida à
temperatura do gelo fundente, entre dois traços gravados em uma barra de platina
irradiada, depositada no Bureau Internacional des Poids et Mesures (BIPM), e considerado o
protótipo do metro pela Primeira Conferência Geral de Pesos e Medidas, e 1889, esta barra
estando à pressão normal é apoiada sobre roletes nos pontos de deflexão mínima" .
Em 1960 foi adotado Por convenção internacional, o metro como sendo 1.670.763,73
comprimentos da onda da raia alaranjada da lâmpada de vapor de criptônio 86; conseguia-
se, assim, reproduzir o metro com uma precisão de 1:10.
Em 1984 o metro foi relacionado com a velocidade da luz no vácuo, definindo-o em função
do tempo; isto é, um metro equivale a 1 / 299.792.458 s.
1.3 - Finalidade
· definição das unidades padronizadas, conhecidas por unidade de medida, que permitem a
conversão de abstrações como comprimento e massa em grandezas quantificáveis como
metro, quilograma, etc.;
A este item, inclui-se o OPERADOR, que é, talvez, o mais importante. É ele a parte
inteligente na apreciação das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a
precisão conseguida. É necessário ao operador:
- conhecer o instrumento;
- adaptar-se as circunstâncias
- Temperatura 20±1°C
- Grau Higrométrico controlado (55%) Obs: o cloreto de cálcio industrial retira cerca de
15% da umidade
- Espaço suficiente
- Boa iluminação
- Limpeza, etc.
A partir da noção de que fundamentalmente medir é comparar, tem-se que uma medida
pode ser obtida por dois métodos distintos:
A passagem de medição direta para indireta pode, em geral, ser associada a dois fatos:
A precisão é proporcional a diferença entre si dos valores observados para obter-se uma
medida. Assim, quanto maior a concordância entre os valores individuais de um conjunto de
medidas maior é a precisão.
-Retilineidade
- Ortogonalidade
- Posicionamento
- Planeza
2.6 - Tolerância das Medidas
2.6.1 - Definições
· Dimensões limites: são as dimensões máxima e mínima que a medida pode ter sem ser
rejeitada.
· Dimensão Efetiva: é qualquer valor obtido para a medida, com um aparelho de resolução
suficiente para controlar as medidas máxima e mínima.
· Linha de Base: na representação gráfica, é a linha que coincide com a dimensão nominal
da medida.
No caso e peças mais complexas, não é suficiente apenas garantir que certas características
básicas estejam dentro de limites pré estabelecidos. Para garantir o desempenho de uma
peça é necessário que ela esteja geometricamente dentro de limites pré estabelecidos.
Assim é necessário que , em um plano, um furo seja o mais circular possível e no espaço
mais cilíndrico possível. É necessário, pois que se estabeleçam valores limites para a
localização e para a posição relativa das superfícies.
3 - INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
A regra das "quatro a dez vezes" não é exigido por norma, mas é usual que uma dimensão
tolerada, por exemplo, dentro de 0,05mm seja controlada por micrômetro de precisão
0,01mm, resultando em uma relação de 5.
Qual a importância dessa regra? Foram desenvolvidos cálculos, baseados em premissas
diversas, que demonstram que:
Um sistema deve considerar essa regra para ser seguida em cada caso e condições
complementares nos casos em que uma relação maior ou igual a quatro não seja possível
de ser observada. Tais condições poderiam ser:
· Uso de vários instrumentos, sendo considerada, como resultado, a média de suas leituras;
· Manômetro: instrumento para medir e indicar pressão maior do que a pressão ambiente.
· Vacuômetro: instrumento para medir e indicar pressão mentor do que a pressão ambiente.
4 - PADRÕES
4.1 - Introdução
4.2 - Rastreabilidade
A maioria das atividades do homem tem por finalidade transações técnicas e comerciais.
Para tanto o cedente e o adquirente querem ter garantia do que (qualidade) e de quanto
(quantidade) está sendo transacionado. Para garantir isto, é necessário que ambos estejam
baseados nas mesmas referências e que os processos de medição sejam homogêneos, ou
inversamente, através de análise dos resultados e da análise do processo de medida, cada
um chega a uma referência comum. É o que caracteriza a rastreabilidade.
· Seleção de Equipamento;
· Calibração e Ajuste;
· Procedimentos;
· Identificação da Situação;
· Registros;
· Preservação;
5.2 - Ajuste
5.3 - Calibração
5.4 - Manutenção
· Preventiva
· Corretiva.
" A precisão e a qualidade de seus produtos está ligada ao perfeito desempenho e eficiência
de seus instrumentos".
A escolha do instrumento adequado é muito importante para o seu trabalho bem como sua
melhor utilização, mas sem dúvida os cuidados com os mesmos são essências para sua
duração e melhor performance.
Paquímetros
- Evite danos nas pontas de medição. Procure que as orelhas de medição nunca sejam
utilizadas como compasso de traçagem. Nem outras pontas.
Traçadores de Altura
- Guarde o instrumento sempre sem a ponta se for necessário manter o traçador com a
ponta montada, deixe-a separada do desempeno de 2 a 20mm. Isso evitará danos e
acidentes.
- Ao guardar-lo por uma longo período, aplique óleo anti-ferrugem suavemente em todas as
faces do instrumento.
Micrômetros
- Nunca faça girar violentamente o micrômetro. Essa prática poderá acarretar o desgaste
prematuro como acidentes.
- Após seu uso, limpe cuidadosamente, retirando sujeiras e marcas deixadas pelos dedos no
manuseio.
- Aplique uma camada de óleo anti-ferrugem em todas as faces do instrumento sempre que
for guardá-lo por longos períodos.
Relógios Comparadores
- Após o uso limpe sujeiras e marcas deixadas pelos dedos no manuseio. Use um pano
macio e seco.
- Proteja o relógio ao guardá-lo por longos períodos. Usando um pano macio embebido em
óleo anti-ferrugem.