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CURSO DE PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
BELO HORIZONTE
2009
ANA PAULA MARTINS NEROZE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
BELO HORIZONTE
2009
CURSO DE PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Endereço da aluna
Introdução ...............................................................................................................p. 05
1 Caracterização da Unidade Escolar......................................................................p. 07
1.1 Dados de Identificação da Instituição ................................................................p. 07
2. Identificação do Campo de Estágio .....................................................................p. 08
3. Gestão Educacional da Unidade Escolar ............................................................p. 10
3.1 Dados Gerais...........................................................................................p. 10
3.2 Estrutura Física da Escola ......................................................................p.11
4 Proposta Pedagógica da Unidade Escolar ...........................................................p. 13
4.1 Análise do Projeto Político-Pedagógico ..................................................p. 13
5 Currículo Escolar ..................................................................................................p. 14
5.1 Estágios de Avaliação do Desempenho Escolar ....................................p. 14
5.2 Calendário Escolar ................................................................................. p. 14
5.3 Organização do Trabalho Escolar ...........................................................p. 15
5,4 Descrição dos Processos a Serem Utilizados para Promover a Articulação
com a comunidade ........................................................................................p. 15
5.5 Meios utilizados para informar os país ou responsáveis, quando menores,
sobre freqüência e desempenho dos alunos ................................................p. 15
5.6 Programa de Educação Continuada dos Profissionais da Educação ...p. 16
5.7 Procedimentos de Avaliação Institucional Interna Externa .....................p.16
6. Outros Aspectos Peculiares da Unidade Escolar ................................................p. 17
7 Estágio Observação e Regência ..........................................................................p. 18
7.1Caracterização da Turma ........................................................................p. 18
8 Relatório das Sessões de Estágio e Regência ....................................................p. 20
8.1 Observação.............................................................................................p. 20
8.2 Regência ................................................................................................p. 22
Conclusão ...............................................................................................................p. 25
Referências Bibliográficas ......................................................................................p. 26
CAPÍTULO MONOGRÁFICO ..................................................................................p. 27
INTRODUÇÃO
3
HORN, Cláudia Inês; SILVA, Jacqueline Silva da; POTHIN, Juliana, Brincar e Jogar, Porto Alegre, 2007,
Editora: Mediação, p.10.
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
6
Informações retiradas do Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Honorina Rabello
O conjunto predial da Escola Municipal Honorina Rabello, é composto de 15
salas de aula, sendo no total 12 salas de aula e uma como sala de multimídias, as salas
são amplas, bem iluminadas e com paredes claras, todas elas possuem equipamento de
ventiladores de teto, bancadas com armários em alvenaria para serem utilizado pelos
professores.
O mobiliário inclui carteiras em fórmica, mesa em alvenaria e cadeiras em
excelente estado para os professores, quadro de giz e quadros de pincéis e ainda contam
com murais, algumas das salas possuem armários de aço.
A biblioteca é ampla e bem organizada, possui ventiladores de parede, onde reúne
um grande acervo de livros didáticos, obras literárias, dicionários, revistas, jornais,
videoteca, mapas, globo terrestre, modelos de peças anatômicos e planetários.
Sua organização se dá em armários de madeira, estantes de aço e prateleiras de
alvenarias, estão disponíveis mesas redondas de fórmica com cadeiras.
A biblioteca funciona de segunda a sexta, nos turnos da manhã, tarde e noite, e
também pode ser utilizada por toda comunidade escolar, se estabelecendo como um
espaço de formação no desenvolvimento do gosto pela leitura e práticas individuais e
coletivas de pesquisa e estudos.
O auditório e a sala de multimídias, possuem 1 televisão e 1 vídeo cassete,
ventiladores de parede e uma tela para projeção de imagens, é um local destinado como
espaço para formação e realização de dinâmicas como os professores, eventos sociais e
culturais, reuniões e assembléias escolares.
A cantina é um local não somente do preparo da merenda, mas se estabelece
como um espaço de cultivo de hábitos e atitudes de boa prática alimentar.
Possuem mesas e bancos em granito, piso em cerâmica, paredes azulejadas, pias
em inox com bancadas em granito, está equipada como 2 fogões industriais, 1 forno
elétrico e 1 forno de microondas, 1 processador de alimentos e prateleiras em alvenaria.
A escola ainda conta com 2 grandes banheiros, sendo 1 masculino e 1 feminino, o
revestimento dos banheiros são em azulejos brancos e estão em bom estado de
conservação.
As quadras de esportes são 2 sendo 1 coberta e outra descoberta, em conjunto
com o pátio, formam espaços de formação possibilitando a socialização dos alunos; são
utilizadas durante o intervalo diário, nas práticas de jogos, eventos sociais e culturais e
esportivos, a quadra coberta é também utilizada pela comunidade na realização de
encontros e palestras.
Percebi que a escola é bem estruturada, o prédio está em bom estado de
conservação, os banheiros estavam sempre limpos e a biblioteca bem suprida de livros,
enfim, a escola atende a todas necessidades dos educandos inseridos dentro de seu
espaço escolar.
5 Currículo Escolar
7
Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Honorina Rabello.
O currículo abrange as seguintes áreas de conhecimento: Português, Matemática,
Ciências, Geografia, História, Educação Física, Informática. No decorrer do ano letivo os
professores desenvolvem atividades especiais para apresentação na feira de cultura.
8
WERNECK, Hamilton. Prova Provão, camisa de força da educação. Editora: Vozes, 1995. Pg. 42.
Quanto à transferência do aluno, esta ocorre na secretaria mediante presença do
responsável legal, se os documentos estiverem em dia (histórico etc). Para o ingresso na
escola as medidas são de acordo com o número vagas e pertencer ao entorno da
Instituição.
Já a adaptação ocorre de acordo com cada caso, assim as educadoras se
encontram preparadas para atender a todos os educandos.
9
ALMEIDA, Paulo Nunes.Educação lúdica .São Paulo: Loyola, 1974 8ªed. p.102
representação e imaginação.10 A criança faz jogos simbólicos, representa uma ação,
aparecendo as primeiras explicações sobre a realidade. Seu pensamento ainda é
animista e artificialista, deixando-se levar pela aparência sem relacionar os fatos.
Observa-se nessa fase que o comportamento da criança começa a dirigir-se para um fim.
Segundo Vygotsky a ação da criança são mediadas através da palavra. Ele justifica
todo o progresso da criança nas suas capacidades cognitivas pela aquisição da palavra.11
Para Wallon12 os três conjuntos funcionais são: Afetivo, Cognitivo e Motor, e
segundo ele, o mais importante é o Afetivo, pois ninguém aprende se não for afetado
positivamente pelo outro ou pelo meio.
Para assim proceder, a educação deve se organizar em torno de quatro
aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para
cada pessoa, os pilares do conhecimento, o aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a ser e aprender a conviver.
8.1 Observação
Dia 24 de Agosto
10
PIAGET.Jean. Formação do símbolo na criança.. Rio de Janeiro: Zahar, 1978 2ª ed.p. 158.
11
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000 6ª ed p.126.
12
WALLON, Henri. Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Rio de Janeiro: Vozes, 2003 12ª ed.p.69.
A professora recebe os no pátio da escola, já em sala, cumprimenta e permite uma
breve conversa sobre o final de semana. Então ela me apresenta às crianças e diz a eles
que iremos trabalhar juntos por alguns dias.
Em seguida começa a escrever a rotina do dia no quadro. A seguir começa a
atividade proposta para aquele dia que é um ditado das letras do alfabeto A
professora me contou que, duas vezes por semana ela apresenta esta atividade devido a
algumas crianças não conhecerem todas as letras do alfabeto, assim é uma forma de
fixação para as crianças.
Dia 25 de Agosto
Neste dia a professora inicia a rotina da sala com a correção do para casa, alguns
alunos não o fizeram.
A professora em seguida escolhe o ajudante do dia e o mesmo entrega uma
atividade de português para cada aluno. A presente atividade se refere a uma cruzadinha
de palavras.Logo a professora explica a atividade e no decorrer da aula ela faz algumas
intervenções, e orientações.
Quase no termino da aula, a professora entrega o para casa e aguarda o sinal
para a saída junto com os alunos.
Dia 26 de Agosto
Neste dia, a professora inicia a aula com uma musica que diz assim: “borboletinha
esta na cozinha fazendo chocolate para a madrinha,” etc.
(...) A iniciação musical deve ter como objetivo durante a idade pré-
escolar, estimular na criança a capacidade de percepção,
sensibilidade, imaginação, criação, bem como age como uma
recreação educativa, socializando, disciplinando e desenvolvendo a
sua atenção13.
Em seguida propôs um jogo usando então um “baralho dos números”. Então foi
entregue para as crianças dez unidades do baralho.
13
ERIKSON, Erik H. Infância e Sociedade. Rio de Janeiro: 1976 p. 97.
A dinâmica do jogo acontece da seguinte forma: a professora pede para que os
alunos formem números como, por exemplo: 10, 15, 25 , entre outros. Somente alguns
alunos não conseguiram formar uma maior quantidade de numerais, dessa forma houve
uma intervenção por parte da professora Isabel.
E assim seguiu o jogo, venceu quem conseguiu formar um numero maior de
números.
A professora disse que com este mesmo baralho também é possível trabalhar
números ímpares e pares, antecessor e sucessor.
Dia 27 de Agosto
A professora havia solicitado no dia anterior que os alunos levassem garrafas pet
de preferência coloridas, para a confecção de um vai e vem.
Alguns alunos colaboraram, mas, a professora já havia reunido certa quantidade de
garrafas, no total ela conseguiu 32 unidades.
Enquanto os alunos foram para a aula de educação física, eu e a professora
cortamos as garrafas ao meio. Quando os alunos retornaram a sala já havíamos
terminado. Logo depois a professora explicou que cada aluno teria que fazer um belo
desenho com caneta hidrocor em cada parte das garrafas cortadas.
A medida que os alunos foram terminando a professora ia montando o vai e vem
de cada aluno. O dia assim terminou com a entrega e brincadeira com o vai e vem que foi
entregue a todos. Percebi que as crianças ficaram encantadas e felizes por verem seus
respectivos desenhos estampados no brinquedo.
Dia 28 de Agosto
Cordialmente a professora recebe os alunos no pátio da escola. Já em sala a
professora anuncia o aniversario de um dos colegas, todos então cantam e lhe desejam
um feliz aniversario.
Em seguida a professora retira os livros de historia de seu armário e entrega o
cada um dos alunos, ela então começa a leitura de um pequeno capitulo que tem como
titulo a minha historia. Esse capitulo do livro faz um recorte sobre alguns dados pessoais
de cada pessoa como, por exemplo: onde moro; qual a minha idade; nomes dos pais,
entre outros.
Em seguida começou uma pequena discussão entre a professora e os alunos,
todos queriam falar ao mesmo tempo. Logo se aproximou o final da aula, então a
professora pediu que os alunos levassem o livro para casa para o termino da atividade
com a família.
8.2 Regência
Dia 01 de Setembro
Neste meu primeiro dia de regência, recebi os alunos no pátio como de costume e
os encaminhei para a sala de aula. Chegando a sala a professora Isabel explicou para os
alunos que eu iria desenvolver algumas atividades com eles durante alguns dias.
Iniciei uma pequena conversa com as crianças, explicando o que iríamos fazer
naquele dia. Optei então por fazer um mural com os alunos a partir de uma historia que
contaria em roda que foi “A Bonequinha Preta”. O livro cumpre a tarefa de alegrar, divertir
e emocionar o espírito das crianças, levando-os de maneira lúdica e fácil, a perceberem e
interrogarem a si mesmos e ao mundo que os rodeia.
Após a contação da historia distribui uma folha branca A4, e pedi para cada um
desenhar o que foi de mais significativo para eles. A seguir com a ajuda de todos
montamos um lindo mural com os respectivos desenhos no painel da sala.
Dia 02 de Setembro
Em meu segundo dia trabalhei com os blocos lógicos. Em primeiro momento dispus
os blocos nas mesas para as crianças explorarem. Falamos sobre suas características e
sua classificação (quanto a cor, tamanho e espessura). Em segundo momento orientei
14
SANTOS, Lisiane Gazola, RODRIGUES, Carmem Lúcia e alunas. Criança, Infância e Educação –
Múltiplos Olhares. Ulbra Guaíba, 2005.p.48.
para que as crianças criassem figuras usando os blocos. Elas foram bastante criativas
inventando carros, ônibus, bonecos.
Em seguida entreguei para as crianças uma folha onde havia desenhos de várias
figuras geométricas. As crianças então as coloriram e recortaram para reproduzir a figura
que haviam criado com os blocos lógicos no papel. A presente atividade teve como
objetivo a fixação das formas geométricas para os alunos.
Dia 03 de Setembro
No terceiro dia, propus que brincássemos de presa e predador no pátio da
escola.Como não entenderam, expliquei que predador é o animal que caça e a presa é o
animal que vira alimento para o predador. Formamos uma roda e eles sortearam quem
seria a presa e quem seria o predador que deveria ficar com os olhos vedados e procurar
pela presa, combinamos que a presa e o predador ficariam dentro da roda e que a presa
tinha que se movimentar, primeiro em silêncio e depois poderia imitar o bicho escolhido.
Essa brincadeira tem como objetivo desenvolver a percepção e noção espacial. Logo em
seguida fomos para o recreio.
Na seqüência, já em sala apresentei um jogo de bingo com letrinhas. Fui então
formado as duplas e distribuído as cartelas e as letras para que colocassem no lugar
assim que a letra fosse sorteada. Essa atividade permiti que os alunos conheçam as
vogais e as letras do alfabeto, e como conseqüência a letra de seu nome.
Dia 04 de Setembro
Minha proposta para esse dia é um passeio pelo jardim da escola. Percebi que os
alunos ficaram bastante animados.
Ao chegar ao jardim fiz algumas perguntas como: o que estavam percebendo na
natureza e então sugeri que abraçassem uma árvore, propus que procurassem sentir sua
temperatura e textura, após questionamos como era essa planta, se tinha um caule
grosso ou fino, se era grande ou pequena, se sua textura era áspera ou lisa. Após as
crianças brincarem um pouco ao redor do jardim retornamos para a sala e eles tiveram
aula de informática.Essa proposta está dentro do planejamento de trabalho com o meio
ambiente.
Dia 8 de Setembro
Neste quinto dia levei um jogo de memória, pedi aos alunos para formarem as
duplas e brincamos um pouco, foi bem divertido. Esse tipo de jogo auxilia na percepção
visual e na memória.
Logo depois comecei a explicar a segunda atividade do dia, que seria uma pintura.
Distribui um CD para cada uma das crianças e lhes disse que poderiam colori-lo
como quisessem com cola colorida e que após colaríamos olhinhos e rabinho formando
assim um peixinho. E que após estes peixinhos secarem faríamos móbiles com eles.
Dessa forma a pintura permitiu um momento lúdico entre os alunos e como
conseqüência um desenvolvimento educacional prazeroso.
CONCLUSÃO
15
ALMEIDA, Paulo Nunes.Educação lúdica. São Paulo :Loyola, 1974 8ªed.p.45
Participar desse processo de estágio, para mim foi muito importante, pois é na
prática que se consegue adquirir mais conhecimentos e fundamentar as teorias
estudadas. O importante é estarmos disponíveis, abertos para as mudanças, respeitando
o momento do aluno, construindo regras, construindo o aprendizado com eles, pois eles
são os principais autores desse aprendizado.
Através do presente estágio, consegui adquirir novos conhecimentos e
fundamentar as teorias estudadas em sala, que são de grande relevância para minha
docência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1974
ERIKSON, Erik H. Infância e Sociedade. Rio de Janeiro: Artmed 1976.
SABALA, Antoni. A Prática Educativa: Como Ensinar. Porto Alegre. ArtMed, 1998
tradução de Ernani F. da F. Rosa.
CAPÍTULO MONOGRÁFICO
Desenvolvimento
16
KISHIMOTO, T.M.O brincar e suas teorias.São Paulo:Pioneira, 2002 2ª ed. p.134.
17
ALMEIDA, Paulo Nunes.Educação lúdica .São Paulo: Loyola, 1974 8ªed. p.102
Nesse contexto, o brincar na nos anos iniciais , não deve se pautar apenas no uso
de material pedagógico, também tem que se valorizar o brincar na sua forma mais
simples, respeitando a sua natureza de forma livre e espontânea.
Nessa perspectiva as brincadeiras ao processar-se em situações sem pressão, em
atmosfera de familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão ou perigo
proporciona condições para a aprendizagem bem significativas. A conduta lúdica oferece
então oportunidades para experimentar comportamentos que em situações normais
jamais seriam tentadas pelo medo do erro e punição.18
A criança é essencialmente um ser brincante19 independentemente da situação de
vida em que se encontra e nas diferentes camadas socioculturais. Ao brincar, ela cria,
exercitando sua capacidade de se relacionar, de se conectar com suas motivações e, por
isso, é divertido. É através dessa carga afetiva que nasce o desejo da comunicação,
permitindo assim o desenvolvimento de todas as possibilidades de expressão.
Dessa forma, a significação do brincar se caracteriza pelo que é possível perceber
nas ações dos brincantes por intermédio dos gestos, sons, expressões, ou das próprias
relações estabelecidas por aqueles que estão brincando. Há um acervo de significados
entremeados na atitude lúdica que remetem a muitos aspectos da vida, pois quem brinca
diz alguma coisa.20 É brincando que se encontram e se constituem como ser humano. A
criança quando brinca está em estado de busca, e brincar é um ato de descobrir, indagar,
escolher, recriar. “É brincando que a criança mergulha na vida e consegue senti-la na
dimensão de suas possibilidades. Quando brinca, a criança se desenvolve e se percebe.”
21
Fundamentação Teórica
23
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000 6ª ed p.126.
24
VIGOTSKI, 2000 , p.128.
25
VIGOTSKI, 2000 , p.150.
Na visão sócio-histórica de Vigotski, a brincadeira é uma atividade específica da
infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos, sendo
componente importante para o desenvolvimento. É também uma atividade humana
criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade integram na produção de novas
possibilidades de interpretação e de expressão, constituídas pouco a pouco pelas
crianças.
Já para Piaget, a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais e
sociais da criança, sendo por isso, indispensável á pratica educativa. 26
Então o brincar torna-se mais significativo à medida que a criança se desenvolve,
pois a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos,
reinventar as coisas, o que já exige uma “adaptação” mais completa. Essa adaptação,
que deve ser realizada pela infância, consiste numa síntese progressiva da assimilação
com a acomodação. É por isso que pela própria evolução interna, os jogos e brincadeiras
se transformam pouco a pouco em construções adaptadas, exigindo sempre mais do
trabalho efetivo, a ponto de, nas classes elementares de uma escola ativa, todas as
transições espontâneas ocorrer entre as brincadeiras.
Portanto, é necessário oferecer ás crianças material conveniente, a fim de que
brincando elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais.
26
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975 2ª ed. p.145.
27
PIAGET. 1975, p. 202.
28
PIAGET.Jean. Formação do símbolo na criança.. Rio de Janeiro: Zahar, 1978 2ª ed.p. 158.
Conclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1974.
CARVALHO, Alyssom; SALLES, Fátima; GUIMARÃES, Marilia; DEBORTOLI, J.A.
Brincar (es). Belo Horizonte: UFMG, 2005.
KISHIMOTO, T.M. O Brincar e suas teorias. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 2002.
LOPES, Maria da Gloria. Criar fazer jogar. 6. ed. São Paulo: Cotez, 2000.