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MONITORAMENTO.
CUIABÁ - MT
2006
SUMÁRIO
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – VERSIDES SEBASTIÃO DE MORAES E SILVA
3.3.3.6 - Estrutura Diamétrica ...................................................................................... 48
3.3.3.6.1 - Distribuições do número de árvores ....................................................... 48
3.3.3.6.2 - Distribuições do volume ......................................................................... 49
3.3.3.6.3 - Distribuições da área basal...................................................................... 50
3.3.3.7 - Descrições das Funções de Distribuições ...................................................... 51
3.3.3.7.1 - Função Exponencial................................................................................ 51
3.3.3.7.2 - Função Hiperbólica................................................................................. 52
3.3.3.7.3 - Função Potencial..................................................................................... 52
3.3.3.7.4 - Função Polinomial .................................................................................. 53
4.0 - PROPOSTA TÉCNICA DE MANEJO FLORESTAL................................................................. 54
4.1 - Planejamento das Ações para o Manejo ...................................................................... 54
4.1.1 - Mapeamento e Delimitação da Propriedade ......................................................... 54
4.1.2 - Inventário Diagnóstico.......................................................................................... 55
4.1.2.1 - Coleta de dados para cubagem ..................................................................... 55
4.1.2.2 - Sistema de Amostragem ................................................................................ 56
4.1.2.2.1 - Locação das Amostras ............................................................................ 57
4.1.2.2.2 - Instrumentos e Métodos de Medição ...................................................... 58
4.1.2.2.3 - Informações Requeridas.......................................................................... 58
4.1.2.2.4 - Coleta de dados por Amostragem ........................................................... 59
4.1.2.3 - Processamento dos Dados............................................................................. 63
4.1.2.3.1 - Cubagem ................................................................................................. 63
4.1.2.3.2 - Parcelas Amostrais.................................................................................. 63
4.1.2.4 - Preparação de Relatório do Inventário ......................................................... 64
4.1.3 - Definição da Base de Produção na Área de Manejo Florestal.............................. 65
4.2 - Definição do Sistema de Manejo ................................................................................. 65
4.3 - Ciclo de Corte .............................................................................................................. 65
4.4 - Determinação das Unidades de Manejo Florestal (UMF) ........................................... 66
4.5 - Unidade de Produção Anual e de Trabalho ................................................................. 67
4.6 - Censo Florestal o Planejamento e Execução ............................................................... 68
4.6.1 - Censo Florestal - Planejamento ............................................................................ 68
4.6.2 - Censo Florestal: Preparação da área ..................................................................... 69
4.6.3 - Censo Florestal: Execução .................................................................................... 70
4.6.4 - Censo Florestal: Processamento ........................................................................... 71
4.7 - Planejamento e implantação da Infra-estrutura de manejo .......................................... 72
4.7.1 - Planejamento......................................................................................................... 72
4.7.2 - Implantação da Infra-estrutura para o Manejo...................................................... 72
4.7.2.1 - Estradas principal e secundaria..................................................................... 72
4.7.2.2 - Trilhas de Arraste.......................................................................................... 73
4.7.2.3 - Abertura de Esplanadas ................................................................................ 73
5. PREPARO DA FLORESTA PARA CORTE E EXTRAÇÃO ......................................................... 74
5.1 - Corte de Cipós.............................................................................................................. 74
5.2 - Corte das árvores.......................................................................................................... 74
iv
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5.3 - Arraste.......................................................................................................................... 74
5.4 - Traçamento .................................................................................................................. 75
5.5 - Empilhamento na esplanada ........................................................................................ 75
5.6 - Carregamento ............................................................................................................... 75
6. CONTROLE E MONITORAMENTO DO MANEJO FLORESTAL .............................................. 76
6. 1 - Medições ..................................................................................................................... 76
6.1.1 - Pátio de estocagem (esplanadas):.......................................................................... 76
6.1.2 - Estrada secundária: ............................................................................................... 76
6.1.3 - Trilhas de arraste:.................................................................................................. 76
6.1.4 - Árvores Abatidas: ................................................................................................. 76
6.2 - Avaliação de Danos ..................................................................................................... 77
6.3 - Avaliação de Desperdícios........................................................................................... 78
6.3.1. - Quantificação de Danos e Desperdício ................................................................ 78
6.3.1.1 - Danos............................................................................................................. 78
6.3.1.1.2 - Área alterada ........................................................................................... 79
6.3.1.1.3 - Área do pátio de carregamento ............................................................... 79
6.3.1.1.4 - Pátio de descarregamento ....................................................................... 79
6.3.1.1.5 - Abertura de copa provocada pela queda ................................................. 79
6.3.1.1.6 - Danos nas remanescentes provocados pela queda árvores e arraste....... 79
6.3.1.2 - Desperdícios .................................................................................................. 79
6.3.1.2.1 - Volume da tora........................................................................................ 79
6.3.1.2.2 - Volume do desperdício na esplanada...................................................... 80
6.3.1.2.3 - Volume do desperdício pela altura do corte ( toco ) ............................... 80
6.3.1.2.4 - Volume do desperdício na ponta............................................................. 81
6.4 - Monitorar Regeneração Natural................................................................................... 81
6.4.1 - Avaliação do Crescimento, Incremento, Ingresso e Mortalidade da Floresta
Estabelecida...................................................................................................................... 82
6.5 - Plano de Prevenção, Controle e Combate a Incêndios Florestais ................................ 83
6.5.1 - Recomendações Técnicas De Prevenção E Contra A Incêndios Em Florestas
Tropicais........................................................................................................................... 85
6.5.1.1 - Medidas Preventivas: .................................................................................... 85
6.5.1.2 - Medidas de Segurança: .................................................................................. 85
6.5.1.3 - Normas de Segurança: ................................................................................... 85
7. LITERATURA CONSULTADA...................................................................................................... 86
ANEXO................................................................................................................................................. 90
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LISTA DE FIGURAS
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LISTA DE QUADROS
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LISTA DE TABELAS
Tabela 04 - Área de produção anual por unidade de manejo florestal no primeiro ciclo de 67
corte.
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Manejo de Floresta Nativas: Planejamento, Implantação e Monitoramento 1
A expressão desenvolvimento sustentável vem merecendo grande destaque nos dias atuais
nos diversos fóruns de discussão, sejam eles acadêmicos, políticos, científicos ou empresariais,
quando se discute o desenvolvimento das economias industriais modernas.
Essa expressão foi popularizada a partir do Relatório Nosso Futuro Comum, com a
finalidade de fazer um balanço do desenvolvimento econômico em nível mundial e das principais
conseqüências sócio-ambientais desse estilo de desenvolvimento, e propor estratégias de longo
prazo, visando um desenvolvimento sustentável.
O surgimento da noção de desenvolvimento sustentável, entretanto, não se deve única e
exclusivamente às preocupações da ONU com o futuro global ameaçado com os rumos do
desenvolvimento. Essa noção possui raízes históricas nos movimentos ambientalistas que buscavam
uma proposta alternativa de desenvolvimento ante os riscos da degradação do meio ambiente,
ganhando força à medida que se incorporavam à discussão as preocupações de cunho social.
Dada a relevância que assume esse tema no contexto de uma economia mundial cada vez
mais globalizada, cujo progresso econômico tem gerado graves distúrbios na biosfera a ponto de
ameaçar a base de sustentação da vida sobre o planeta, estas múltipla formas de interpretação vem
servindo aos mais diversos interesses político-ideológicos, gerando propostas bastante diversificadas
com vistas à implementação do desenvolvimento sustentável.
Essa multiplicidade de interpretações da concepção do desenvolvimento sustentável tem
sido responsável pela inclusão da temática relativa ao meio ambiente − e pela adoção de algumas
estratégias de ação, com resultados satisfatórios na mitigação de alguns efeitos danosos ao
ambiente. Por outro lado, o debate teórico sobre a noção de desenvolvimento sustentável tem
servido para desviar o eixo da discussão principal, no que diz respeito da não sustentabilidade do
modelo de desenvolvimento econômico mundial, principal responsável pelos graves problemas
sócio-ambientais presentes para a humanidade.
Os esforços empreendidos e os resultados até aqui obtidos com a multiplicidade de
interpretações sobre o desenvolvimento sustentável têm demonstrado que essa é ainda um
conceito em formação. O papel da Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e
A sustentabilidade social tem como meta a construção de uma civilização com maior
eqüidade na distribuição de renda e de bens.
A sustentabilidade econômica deve ser alcançada via alocação e gerenciamento mais
eficiente dos recursos e por meio de um fluxo constante de investimentos públicos e privados.
Deve ser avaliada em termos macro-sociais, e não apenas através do critério da rentabilidade
empresarial de caráter macroeconômico.
A sustentabilidade ecológica deve ser obtida por meio de uma série de medidas que
objetivem a ampliação da capacidade de carga do planeta, a limitação do uso de combustíveis
fósseis, a redução do volume de resíduos e de poluição, a limitação do consumo de materiais, a
intensificação das pesquisas para a obtenção de tecnologias mais eficientes e menos poluidoras e
a definição de normas para uma adequada proteção ambiental.
A sustentabilidade espacial deve ter por fim a obtenção de uma configuração rural-urbana
mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assentamentos humanos e das
atividades econômicas.
Finalmente, a sustentabilidade cultural inclui a procura de raízes endógenas de processos de
modernização e de sistemas agrícolas integrados, processos que busquem mudanças dentro da
continuidade cultural e que traduzam o conceito normativo de ecodesenvolvimento em um conjunto
de soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área.
Essas definições de sustentabilidade são bastante abrangentes e inscreve-se num campo
maior das relações homem-homem e homem-natureza no nível da sociedade, em uma dimensão
espacial e temporal que remete à necessidade de garantir a conservação tanto do substrato
biofísico de suporte à vida quanto do bem-estar humano no seu sentido amplo, incluindo as
preocupações com as gerações futuras.
O objetivo do ecodesenvolvimento é a busca de um modelo de desenvolvimento que
conjugue eficiência econômica, prudência ecológica e justiça social. Para tanto, uma teoria do
desenvolvimento que se pretenda fundamentada nesse novo paradigma deverá considerar a noção
de sustentabilidade a partir da incorporação, em seu campo de análise, de pelo menos três
dimensões que compõem o desenvolvimento: a econômica, a biofísica e a sócio-política .
A dimensão biofísica é entendida como o espaço físico onde desenvolve-se a vida e todos
os fenômenos do mundo material.
Com base nas reflexões sobre a natureza do planejamento, é possível apresentar uma
definição ampla e geral, válida para qualquer tipo de planejamento:
“O Planejamento é um processo intuitivo ou estruturado que
visa especular sobre o futuro, de forma a possibilitar a
tomada de decisões antecipadamente” (Dorodame Leitão).
Para efeitos dos objetivos do manejo, contudo, faz-se necessário mais essa definição, a
fim de podermos caracterizar o processo de planejamento estratégico de uma empresa florestal
como atividade central da administração estratégica. Para tanto, é necessário introduzir na
definição alguns conceitos como:
- processo ordenado e racional;
- atividade contínua e racional;
- otimização dos processos de produção;
1.3.1 - Conceito
O manejo florestal tem sido considerado por muitos pesquisadores, como um processo de
tomada de decisão. Neste contexto o profissional florestal necessita ter uma visão global de
planejamento, utilizando-se para tal, modelos matemáticos que possibilitem a previsão da
produção, assim como gerenciar informações através de planos de manejos em que a otimização
seja a tônica do processo. O manejador florestal deve balizar suas decisões em informações
biológicas, econômicas, sociais, ambientais e de mercado de modo a propiciar a sustentabilidade
desta prática e a perpetuação da atividade florestal no empreendimento.
O sucesso da atividade florestal, depende, em grande parte, da existência de um plano que
defina, com clareza, seus objetivos e os meios para alcançá-los. A falta de um planejamento
sistemático favorece a definição de objetivos com base em critérios subjetivos, incorreta
distribuição temporal das ações, com dificuldade de coordenação e aferição dos resultados. O
planejamento é particularmente relevante no manejo florestal, em razão de longos períodos
envolvidos, como também das dificuldades em se promover mudanças bruscas no processo de
gestão de uma floresta.
São consideradas florestas manejadas aquelas, com importância para a conservação de
biodiversidade, para as quais há prescrições de cortes, tratamentos silviculturais e proteção com o
objetivo de produção comercial e outros benefícios de forma sustentada.
As florestas naturais heterogêneas, particularmente as tropicais, acham-se em regiões
onde se localiza em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. As causas de depredação
destas florestas são os cortes seletivos da madeira, o crescimento populacional e a crescente
atividade da agropecuária extensiva. Na América Latina, o fator principal de depredação das
florestas tropicais é a atividade agropecuária influenciada por pressões de demandas geradas
pelas políticas governamentais.
As florestas tropicais são caracterizadas por imensa diversidade flora e fauna. No passado
e, atualmente, grandes partes desse potencial foram exploradas de maneira desordenada,
causando grandes impactos ambientais e danos irreversíveis ao ecossistema florestal. Estes
impactos no passado foram motivos dos movimentos conservacionistas, que reivindicavam uma
maior conservação das florestas tropicais.
Com a diminuição e a degradação das florestas tropicais de outras regiões, a Amazônia
passou a ser o centro das atenções. Considerando a sua expressiva cobertura vegetal, cada vez
mais se torna evidente a sua importância como proteção e abrigo às diferentes formas de vida.
em que as preocupações de cunho econômico, por exemplo, não estejam desvinculadas das
questões políticas, sociais e ecológicas.
No campo da economia, as novas formulações teóricas propostas pela economia
ambiental neoclássica e, mais recentemente, pela economia ecológica procuram a resolução dos
problemas que resultam da relação entre desenvolvimento econômico, sociedade e natureza por
meio da incorporação integral da natureza e dos serviços ambientais ao sistema de mercado,
buscando uma eficiência global no seu uso.
No campo da ecologia, um novo paradigma aponta para a compreensão do meio ambiente
como sistema aberto, complexo e dinâmico. Nesse sentido, os problemas ambientais, longe de
serem localizados e delimitados, são, ao contrário, transfronteiriços, isto é, não podem ser
circunscritos a partir de limites estabelecidos politicamente.
No âmbito da ciência florestal, essas duas interpretações têm provocado polêmicas entre
aqueles que se alinham com maior ou menor intensidade a cada uma dessas concepções. Nesse
contexto, as discussões sobre as formas de uso e o futuro dos grandes ecossistemas globais,
ameaçados por esse modelo de desenvolvimento, têm colocado as florestas tropicais, em especial a
amazônica, no centro das atenções internacionais nos diversos fóruns de debates sobre essa temática.
O processo de destruição gradativa das florestas tropicais destaca-se como um tema prioritário
nas formulações de políticas com vistas à conservação das florestas, em nível tanto nacional quanto
internacional. Em relação ao setor madeireiro, por exemplo, o panorama internacional aponta para o
esgotamento, num futuro bem próximo, das fontes tradicionais de suprimento do mercado
internacional de madeiras tropicais, nos principais países produtores do sudeste asiático. As
perspectivas são de que os interesses desse mercado voltem-se para a Amazônia, com o conseqüente
aumento das pressões sobre os recursos florestais madeireiros da região.
Diante desse quadro, fica patente a necessidade de reestruturação das atividades
madeireiras na Amazônia, buscando corrigir e aprimorar o modelo atual de utilização dos
recursos florestais, de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor florestal,
em geral, e do madeireiro, mais especificamente.
A postura predominantemente economicista-produtivista em relação aos recursos
florestais tem sido apontada como a causa principal do padrão insustentável de exploração, que
tem colocado em risco a manutenção física não só desses recursos, mas também dos múltiplos
bens e serviços que eles fornecem.
Essa nova concepção, apesar de se configurar como mais viável, no atual estágio de
conhecimento técnico-científico, não encontra expressão prática na Amazônia, onde ainda
prevalece um modelo de exploração seletiva, desorganizado e altamente predatório dos recursos
florestais e as preocupações de cunho social permanecem ainda no campo da retórica, nas
formulações de políticas públicas para o meio ambiente.
Não obstante a evolução da legislação e os avanços técnico-científicos em relação ao
manejo florestal, a exploração e o uso dos recursos florestais na Amazônia continuam baseados
em modelos predatórios e pouco eficientes, gerando efeitos negativos que comprometem a
sustentabilidade em longo prazo dessas atividades.
As causas relatadas são variadas referem-se, por exemplo, à estrutura, organização atual
do setor florestal, às inadequações da legislação e da política florestal, às deficiências
institucionais, aos riscos e incertezas em relação aos problemas fundiários e sócio-econômicos, à
falta de tecnologias apropriadas e à baixa rentabilidade do manejo florestal sustentável, que
envolve investimentos elevados em longo prazo.
Atualmente, existem boas informações sobre técnicas de manejo sustentável de florestas
naturais inequiâneas na Ásia, África e na América, as quais, sem dúvida poderão ser adaptados às
condições das florestas tropicais brasileiras.
As pesquisas que têm sido desenvolvidas para testar a viabilidade do manejo florestal
madeireiro têm privilegiado principalmente a verificação de aspectos técnico-científicos. As análises
econômicas ainda estão limitadas a experiências em projetos demonstrativos, carecendo de
informações sobre o comportamento econômico em escala empresarial e envolvendo mais de um
ciclo de corte. Enfim, não existem, na Amazônia, experiências de pesquisas que busquem agregar e
integrar a dimensão social, política, ecológica e econômica numa mesma proposta de análise.
É preciso ter claro que a identificação das vinculações entre o manejo florestal madeireiro
e o desenvolvimento sustentável não subentende, necessariamente, a aceitação tácita e irrestrita
do conjunto dos pressupostos dessa proposta de desenvolvimento. Tampouco se pode deduzir que
as bases de uma sociedade mais justa social e ambientalmente podem ser construídas sem que se
processem profundas modificações nas relações sociais e nas relações de poder entre indivíduos,
sociedades e nações nos níveis local, nacional e mundial.
Desde a origem das civilizações as florestas começaram a ser derrubada, pois as árvores
eram usadas como material de construções e combustível. Isto perdurou por mais de cinco mil
anos, desde a Idade do Bronze até meados do século XIX. Para a maioria das pessoas que
habitam o planeta as árvores ainda cumprem essas funções (PERLIN, 1992).
Quanto a origem, o manejo florestal não tem uma data precisa de nascimento. Entretanto,
há relatos muito antigos das primeiras tentativas de manejo ordenado das florestas, porém estas
tentativas não chegaram a formar uma base teórica sobre o assunto.
Dentre os mais antigos relatos há registros que em 1122 a.C., um imperador chinês contratou
um silviculturista cuja principal tarefa era o desbaste, a poda e a limpeza das florestas. Os romanos
conheciam o regime de alto fuste e começaram a planejar a utilização das florestas desde 23-79 d.C.
Na Europa Central, onde nasceu o ordenamento florestal, o sistema de talhadia é
conhecido desde o período de Carlos Magno (742-814 d.C.).
Práticas de rendimento sustentado foram desenvolvidas, na Alemanha no século 14,
mediante a divisão da área em parcelas iguais tamanho. O número de parcelas coincide com a
idade de rotação. Durante o século 18, também na Alemanha, começava incentivada pelo perigo
de escassez de madeira, a elaboração de uma teoria de ordenamento para regular o corte com base
no volume em vez da área; calculava-se já o volume normal de uma floresta.
Foram escritos vários manuais sobre ordenamento florestal e em 1.789 foi fundada a
primeira escola de floresta por G.L. HARTIG que formulou em 1804 a teoria básica do manejo
sustentado: “manejar as florestas de maneira que os descendentes possam obter dela pelo menos
os mesmos benefícios que a geração vivente”.
A administração florestal foi introduzida na França em 1346, 1376 e de 1820, com
objetivo de inventariar as florestas e fiscalizar os cortes. Em 1669 a lei incentivava uma época de
desenvolvimento do manejo florestal.
Os sistemas silviculturais utilizados em manejo nos paises com florestas tropicais, são
adaptações dos modelos clássicos desenvolvidos para as florestas temperadas. As principais
experiências silviculturais voltadas para o manejo florestal foram executadas na Índia e Birmânia,
em meados do século XIX.
A história do manejo florestal para os paises com florestas tropicais tornou-se conhecida
com o surgimento dos reinos coloniais europeus. Dietrich Brandis escreveu, em 1860, o primeiro
setor florestal é responsável pela ocupação de 26% da mão de obra, o que equivale a 39 mil
postos de trabalho (PRODEFLORA, 2001).
O segmento de desdobramento e beneficiamento de madeiras é, hoje, numa das principais
atividades econômicas, cujo parque industrial é formado por aproximadamente 1.214 indústrias
composta por serrarias, laminadoras e compensados, constituindo-se no maior segmento industrial
instalado em Mato Grosso. O Brasil participou do mercado mundial de madeiras tropicais em 2000
com 2,1% e, deste total, Mato Grosso contribuiu com 1,5%.
A participação do setor florestal na arrecadação de ICMS foi em média no período de
1991 a 1999 de 8,65%, correspondendo a cifra de R$ 67.103.394,65.
Para aumentar a participação brasileira e também mato-grossense no mercado mundial de
madeiras tropicais não basta apenas aumentar indiscriminadamente a extração de madeira. Torna-
se necessário sensibilizar o proprietário rural sobre a importância do valor da floresta, que se bem
utilizada pode lhe conferir renda a curto prazo, para isto é necessário tomar medidas que reduzam
os riscos decorrentes da atividade. Nesse aspecto salienta-se a importância do manejo florestal no
sentido de minimizar os efeitos da intervenção na floresta, de perpetuar a atividade e de torná-la
mais produtiva.
O Brasil participa do comércio mundial de madeira tropical com pouco mais de 2%, deste
total Mato Grosso participa com 1,5% conforme é demonstrado na tabela 01, a seguir.
Para que a implantação de Projetos de Manejo Sustentado seja feita com sucesso é
necessário o comprimento da legislação específica norteadora da atividade florestal. O Governo
Federal, o Ministério do Meio Ambiente, o IBAMA e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente
estabelecem os instrumentos legais que disciplinam o desenvolvimento do manejo florestal, que
estão previstos em Leis, Decretos, Portarias e Instruções Normativas:
O artigo 225 da Constituição Federal (1988):
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.”
Com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica para Gestão Florestal entre o estado de
Mato Grosso e o Ministério do Meio Ambiente, a legislação florestal está toda em aparato
legal pelo executivo estadual. Desta feita o Estado passou a ter uma legislação concorrente ao
da União, como assegura o Art.24, inciso VI da Constituição federal de 1988.
No manejo de florestas nativas tropicais, cumpre este papel a análise da vegetação em que
estão inseridos as estruturas florísticas. Para o manejo destas florestas é necessário obter além da
sua descrição fisionômica, que contém as listas de espécies e a apresentação de perfis e
diagramas, o conhecimento das medidas de abundância, dominância, freqüência, índice de valor
de importância, valor de cobertura e regeneração.
Os métodos de análise estrutural baseado nos cálculos de abundância, freqüência e
dominância, devido a sua boa aceitação e motivados pela facilidade operacional, estão sendo
crescentemente empregados nas pesquisas florestais e, também, como parâmetros de tomada de
decisão na elaboração e execução dos planos de manejo florestal.
A Análise da Vegetação é realizada por meio do Inventário florestal que pode utilizar a
técnica de Amostragem ou Censo.
Os tipos de inventários são classificados de acordo com:
Cunho tático
Objetivos
Cunho estratégico
Inventário florestal nacional
Abrangência Inventário florestal regional
Inventário florestal de ares restritas
Amostragem Plano de manejo
Obtenção dos dados Enumeração total ou censo Plano Operacional
Tabela de produção
Inventários de uma ocasião ou temporarios
Abordagem no tempo
Inventários de multiplas ocasiões ou contínuas
Inventários exploratórios
Detalhamento dos resultados Inventários de reconhecimento
Inventários detalhados
3.3.2.1 - Amostragem
Como as populações florestais são geralmente extensas, de difícil acesso e com freqüência
necessitam ser inventariadas em curto espaço de tempo, a realização de inventários florestais está
intimamente vinculada à teoria de amostragem.
É importante ressaltar que inventário amostral e censo florestal são atividades que visam obter
informações sobre a qualidade e a quantidade de recursos florestais existentes em uma determinada
área. A única diferença entre os métodos consiste em que o inventário amostral (amostragem)
observa uma porção da floresta (amostra) para obter estimativas representativas do todo. Já o censo
ou enumeração total é a abordagem feita em todos os indivíduos da população (100%).
Para um melhor entendimento, os principais conceitos utilizados no inventário são
descritos a seguir:
População
Pode ser definida como um conjunto de seres de mesma natureza que ocupam um
determinado espaço no tempo.
Amostra
Pode ser definida como uma parte da população, constituída de indivíduos que apresentam
características comuns que identificam a população a que pertencem.
Unidade Amostral
É o espaço físico sobre o qual são observadas e medidas as características quantitativas e
qualitativas da população. As unidades amostrais podem ser constituídas por parcelas de área
fixa, pontos amostrais ou árvores.
Métodos de amostragem
Abordagem referente a uma unidade amostral. A seleção desta unidade amostral é feita
de acordo com um critério probabilístico previamente definido, o qual estabelece o método de
seleção. Existem vários métodos de amostragem, destacando-se entre eles os seguintes:
• Método da Área Fixa: método em que a seleção dos indivíduos é feita proporcionalmente
à área da unidade e à freqüência dos indivíduos que nela ocorrem.
• Método de Strand: este método focaliza o critério probabilístico de seleção dos indivíduos
na unidade amostral com proporcionalidade ao diâmetro, para o cálculo da área basal e o
número de árvores por hectare, e proporcional à altura das árvores, para se obter o volume
por hectare. Sua abordagem é feita em linhas dentro da floresta e em pontos de estação
como no caso de Bitterlich.
Processo de Amostragem
É a abordagem da população referente ao conjunto das unidades amostrais. De acordo
com as periodicidades podem ser:
• Uma ocasião: quando é efetuada uma única abordagem na população considerada.
• Múltiplas ocasiões: quando são realizadas várias abordagens da mesma população.
Uma ocasião:
- Aleatório
Irrestrito – Inteiramente aleatório
Restrito – Estratificada
Dois Estágios
Múltiplos Estágios
- Sistemático
Único estágio
Múltiplo Estágio (Figura 02)
W E
Hidrografia
Parc ela
Estradas
Propriedade
Múltiplas ocasiões:
- Amostragens independentes
Amostragem com repetição total (Figura 04)
- Amostragem dupla
Amostragem com repetição parcial (Figura 05)
1a Ocasião 2a Ocasião
Amostragem com
T P P T1 Repetiç
Repetição parcial.
n = t² . Cv² ,
E²
E = LE * x
em que: LE – Limite de erro admissível;
x – média da variável de interesse na amostragem.
125 m
20 m
25 m 25 m 25 m 25 m 25 m
A 1 = 10 m x 10 m B 1 = 10 m x 10 m
A2 = 5 m x 5 m B2 = 5mx 5m
A3 =2 m x 2 m B 3 =2 m x 2 m
A composição florística pode ser medida pelo quociente de mistura, usado para fornecer a
intensidade de mistura das espécies. O quociente de mistura é um fator que mede a heterogeneidade
florística, pois indica, em média, o número de árvores de cada espécie que é encontrado no
povoamento. Dessa forma, tem-se um fator para medir a intensidade de mistura das espécies e os
possíveis problemas de manejo, dada as condições de variabilidade de espécies.
A caracterização da composição florística da vegetação através do quociente de mistura,
foi aplicada, pela primeira vez por JENTSCH, em 1911. O procedimento para determinação deste
índice é dividindo-se o número de espécies encontradas na amostra pelo total de indivíduos
arbóreos encontrados na referida amostra, pela equação:
N °deEspécies
QM =
N °deIndividuos
O Quociente de Mistura (QM) indica quantas árvores de cada espécie são encontradas em
média em uma determinada área florestal, o que permite ter uma primeira, porém empírica, idéia
das condições de mistura. Indica quais dificuldades que deverão ser enfrentadas, por quem quiser
transformar agrupamentos florestais muito heterogêneos em áreas eficientementes manejadas.
Quanto mais próximo de 1 (um) o valor de QM, mais diversa é a população.
3.3.3.2.1 - Diversidade
complexas e mais estáveis quando elas amadurecem. Entretanto, este conceito provavelmente
seja aplicado somente em comunidades ecológicas.
Existem vários índices de quantificação da diversidade de um ecossistema, os quais
possibilitam inclusive comparação entre os diferentes tipos de vegetação.
O Índice de diversidade de Shannon-Weaver considera igual peso entre as espécies raras e
abundantes (MAGURRAN, 1989).
H′ =
[N * ln(N ) − ∑ S
i =1
]
ni ln (ni )
N
Quanto maior for o valor de H', maior será a diversidade florística da população em
estudo. Este índice pode expressar riqueza e uniformidade.
∑
S
i =1
ni (ni − 1)
l= C =1- l
N ( N − 1)
Di ni ui
IGA = Di = di = ln(1 − f ) fi =
di uT uT
onde:
IGAi = “Índice de MacGuinnes” para a i-ésima espécie;
Di = densidade observada da i-ésima espécie;
di = densidade esperada da i-ésima espécie;
ni = número de indivíduos da i-ésima espécie;
uT = número total de unidades amostrais.
fi = freqüência absoluta da i-ésima espécie;
ln = logaritmo neperiano;
ui = número de unidades amostrais em que a i-ésima espécie ocorre;
Di − di
Ki =
di ²
PAYANDEH, (1970) obteve o grau de agregação da espécie por meio da relação entre a
variância do número de árvores por parcela, e a média do número de árvores, conforme fórmula
abaixo:
2
J
∑ nij
J J 2
j =1
Si 2
∑ nij
j =1
∑
j =1
nij −
uT
Pi = Mi = Si 2 =
Mi uT uT − 1
em que:
Pi = “Índice de Payndeh” para i-ésima espécie;
Si² = variância do número de árvores da i-ésima espécie;
Mi = média do número de árvores da i-ésima espécie.
ni = número de indivíduos da i-ésima espécie;
uT = número total de unidades amostrais.
A estrutura horizontal de uma floresta natural pode ser definida a partir das
informações: abundancia, dominância e índice de valor de importância.
3.3.3.3.1 - Abundância
n n
AB ABS = ha
ha AB REL
=
N
⋅ 100
ha
3.3.3.3.2 - Dominância
Dominância é a medida da projeção total das copas das plantas sobre o terreno. A
dominância de uma espécie é a soma de todas as projeções horizontais das copas dos indivíduos
pertencentes a esta espécie sobre o terreno.
∑ gi
i =1 Gi
- Dominância absoluta : Dabs = =
ha ha
gi
∑ ha Gi / ha
- Dominância relativa: D = g *100 = G / ha ∗ 100
rel
i =1
T
∑ t
ha
onde:
Gi → Área basal da espécie por hectare (ha);
GT→ Área basal de todas as espécies.
3.3.3.3.3 - Freqüência
A freqüência indica a dispersão média de cada espécie, medida pelo número de subdivisões
da área em que se apresenta. Para determiná-la deve-se dividir uma amostra em um número
conveniente de sub-amostras de igual tamanho, onde se controla a presença ou ausência das
espécies em cada sub-amostra. Desta forma, podemos dizer que a freqüência é a medida de
percentagem de ocorrência de uma espécie em um número de áreas de igual tamanho, dentro de
uma área com floresta. Portanto é um conceito estatístico relacionado com a uniformidade da
distribuição das espécies e pode ser expressa em termos absolutos e relativos.
Freqüência absoluta (FRabs) é expressa em percentagem das sub-amostras em que ocorre a
espécie, e a freqüência relativa (FRrel) é calculada com base na soma total das freqüências
absolutas de uma amostra, conforme pode ser visto a seguir:
Os aspectos essenciais na composição florística são revelados pela área florestal, mas
sempre são somente enfoques parciais, que de forma isolada não fornecem as informações
requeridas sobre a estrutura da vegetação. Para a análise da vegetação é importante encontrar um
valor que permita dar uma visão mais abrangente da estrutura ou que caracterize a importância de
cada uma das espécies no conglomerado total da floresta.
Um método para integrar os três índices parciais, (Abundância, Dominância e
Freqüência), acima mencionados, consiste em combiná-los numa expressão única e simples de
forma a abranger o aspecto estrutural em sua totalidade, pelo cálculo do “Índice de Valor de
Importância”. Para obter este índice somam-se para cada espécie os valores relativos da
Abundância, Dominância e Freqüência.
IVI = AB rel
+ D rel
+ FR rel
onde:
IVI – Índice de Valor de Importância;
ABrel – Abundância relativa;
FR rel – Freqüência relativa em porcentagem (%);
D rel – Dominância relativa.
Na análise estrutural das florestas, deve estar incluída a Estrutura Vertical, considerando
para isso dois novos parâmetros: Posição Sociológica e a Regeneração Natural.
Somente parâmetros da estrutura horizontal, em muitos casos não permitem uma
caracterização verdadeira de ordem de importância ecológica das espécies. Dessa maneira as
espécies que compõem a floresta, ficam mais corretamente situadas na ordem ecológica que lhes
correspondem, por meio da associação das estruturas horizontal e vertical, o que permite assim,
uma planificação silvicultural sobre bases reais.
A expansão vertical das espécies informa sobre a composição florística dos distintos
extratos da floresta e do papel que exercem as diferentes espécies em cada um deles.
A posição sociológica é caracterizada pelos seguintes estratos:
a) – Superior: que abrange as árvores cujas copas formam o dossel mais alto da floresta;
b) – Médio: que corresponde as árvores cujas copas se encontram abaixo do dossel mais
alto, mas na metade superior do espaço ocupado pela vegetação;
c) – Inferior: inclui as árvores cujas copas se encontram na metade inferior do espaço
ocupado pela floresta;
d) – Sub–bosque: arbustos e pequenas árvores abaixo do estrato inferior
Com base nesta teoria pode-se afirmar que as espécies que apresentam posição
sociológica regular, isto é, maior número de indivíduos no piso inferior e diminuição até o piso
superior são as mais estáveis ecologicamente dentro da comunidade florestal. A determinação das
espécies que apresentam essa posição sociológica regular, segue o critério que no piso inferior há
um número de indivíduos maior ou pelo menos igual aos pisos subseqüentes (médio e superior).
Para calcular o valor absoluto da Posição Sociológica (PSabs) de uma espécie, somam-se os
valores fitossociológicos da mesma em cada estrato, e estes se obtém multiplicando o valor
correspondente do estrato pelo número de árvores da espécie no mesmo estrato, conforme
demonstrado na fórmula a seguir:
Técnico Florestal com a responsabilidade de conduzir o trabalho diário no campo; dois Auxiliares
braçais que ajudaram na coleta de material botânico, abertura de picadas e transporte de material
(Quadro 01).
Na instalação das sub-parcelas a picada é feita de tal forma que não prejudique a
regeneração sendo que sua abertura é apenas para permitir o acesso orientado até o local exato de
instalação da parcela. O limite anterior e posterior da sub-parcela de 4m2 é demarcada
temporariamente com dimensões de 2m x 2m, no canto da parcela como mostra o detalhe na
figura 06, mostrado no item 3.3.2.2, que trata da amostragem.
A parcela de 25 m2 com dimensões de 5m x 5m ao longo da linha de amostragem,
conforme figura 06, mostrado no item 3.3.2.2, que trata da amostragem.
Quanto a parcela de 100 m2 ficam 10 metros ao longo da picada e 10 metros
perpendicular a amostra e, formando o quadrado de 10m x 10m, conforme figura 06, mostrado no
item 3.3.2.2, que trata da amostragem.
Para iniciar a tarefa de campo deve-se ter em mãos o seguinte:
a) Lista de Espécies
A lista das espécies poderá ser formada para o total ou por grupos de interesse de acordo
com o objetivo da produção obedecendo aos seguintes critérios:
Em função dos critérios e exigências da lista das espécies tem-se a seguinte classificação:
A relação deverá ser formada por região, pois certas espécies ocorrem apenas em
determinadas localidades.
b) Classes de Tamanho
Após separar os indivíduos nas classes de tamanho, obtêm-se o peso de cada classe de
tamanho. Para a obtenção do peso de cada classe divide-se o total de indivíduos de cada classe
pela soma geral de indivíduos da regeneração. A classe de tamanho absoluta e relativa da
regeneração natural para cada espécie é obtida pelo somatório dos produtos do número de
indivíduos da espécie em cada classe pelo peso dessa classe, ou seja:
p
n
CTRN ABS = ∑ nij i
i =1 N
CTRN ABS
CTRN REL = p
∗ 100
∑ CTRN
i =1
ABS
em que:
CTRNABS → Classe absoluta de tamanho da regeneração natural da i-ésima espécie;
CTRNREL → Classe relativa de tamanho da regeneração natural da i-ésima espécie;
nij → número de indivíduos da i-ésima espécie na j-ésima classe de tamanho;
N → número total de indivíduos da regeneração natural;
Ni → número total de indivíduos da i-ésima espécie da regeneração natural em
todas as classes de tamanho;
P → número de espécies.
Das espécies, deverão ser coletados e registrados dados sobre o estado competitivo da
regeneração, situado à proporção das árvores em estágio de dominância e em competição ou
ainda dominadas, ou suprimidas por outras espécies. De acordo com a condição em que as
plantas se apresentam na regeneração podem ser classificadas em:
a.2) – Sombra provocadas por árvores de espécies não consideradas na amostragem,........... SL3
d) Processamento e Análise
Para interpretar com detalhe o fluxo de regeneração enumerada na fase juvenil, são
consultadas, as folhas de registro já preenchidas e calculadas as percentagens por classe de
tamanho. Quando a vegetação atinge os estágios: Plântula (P) e Muda (M), ainda é considerada
juvenil, não está estabelecida e, a percentagem é avaliada por:
NP AM
FE = ⋅ ⋅ 100
NT AC
onde:
FE → Fator de estocagem;
NP → Número de parcelas encontradas;
NT → Total de parcelas distribuídas na área;
AM → Altura Média das mudas por parcela;
AC → Altura Convencional, ex: AC= 3,0m;
Após a fase juvenil atinge o estágio de muda estabelecida (ME) e pode ser calculado pela
expressão:
ME=10 (M) = 100P
A razão de estocagem (RE) de mudas estabelecidas por área pode ser calculada por:
NE
RE = ⋅100
NT
Para este estágio será determinado o Índice de Estocagem (IE) pelas expressões:
IE = NP * 100
NT
Havendo grande quantidade de mudas, na fase juvenil (P e M), somada com a regeneração
já estabelecida (ME), o IE será determinado por:
P M
+ + ME
IE = 100 10 ⋅100
NT
3
REL
onde:
RNREL → Regeneração Natural Relativa (%);
ABREL → Abundância Relativa da Regeneração Natural;
FRREL → Freqüência Relativa da Regeneração Natural;
CTRNREL → Categoria de Tamanho Relativa da Regeneração Natural.
A estrutura diamétrica que garante a sobrevivência de uma espécie florestal, bem como
seu aproveitamento racional segundo as normas de rendimento sustentado, é sem dúvida a
distribuição diamétrica regular. Entende-se por distribuição diamétrica regular a distribuição que
apresenta maior número de árvores nas classes inferiores de diâmetro. Esta é a maior garantia
para a sobrevivência das espécies e, ao contrário, quando ocorre uma estrutura diamétrica
irregular, as espécies tenderão desaparecer com o tempo. Isso significa que as categorias
inferiores devem incluir o maior e suficiente número de indivíduos que se requer para substituir
as árvores exploradas e os que sofrem redução natural ao passar, com o tempo, de uma classe de
diâmetro inferior para outra.
A representação em classes diamétricas nas florestas heterogêneas é de grande valor, não
só porque oferece suficiente informação sobre a existência de uma contínua regeneração, mas
também porque guarda uma estreita correlação em relação aos métodos silviculturais adotados
nos planos de manejo.
Tipo II: O número de árvores por unidade de área decresce nas classes sucessivas de
diâmetro em progressão geométrica crescente.
Tipo III: O número de árvores por unidade de área decresce nas classes sucessivas de
diâmetro em progressão geométrica decrescente.
onde:
N1 N2 N3 “ teoria de DE LIOCURT”
q = = = = ⋅⋅⋅
N 2 N 3 N 4
A estrutura volumétrica de uma floresta natural é a sua distribuição do volume nas classes
de diâmetro. A distribuição do volume pode ser definida através do cálculo do ponto de produção
máxima em diâmetro. Este ponto é definido quando o volume da árvore com o DAP médio é
máximo, ou seja, o ponto onde o volume por unidade de área começa a diminuir mais
rapidamente enquanto o DAP da árvore aumenta. É um ponto crítico da floresta.
São conhecidas duas formas de estruturas de distribuição do volume:
a) Formato “J” que é caracterizado pela distribuição do volume por classe de diâmetro,
diminui consideravelmente quando a classe de diâmetro aumenta. Este tipo de distribuição
é próprio das florestas tropicais da Amazônia.
b) Formato de sino, aproxima-se da distribuição normal. Para este modelo, o volume será
aproximadamente o mesmo para os pontos de mínima e máxima classe de diâmetro.
A estrutura volumétrica de uma floresta tropical pode ser definida a partir da elaboração
de equações de volume para árvores individuais ou por grupos de espécies. A distribuição do
volume é utilizada para fornecer a estrutura volumétrica de uma floresta heterogênea em espécie
e idade, ou seja fornece o estoque em volume da floresta em cada classe de diâmetro.
= β0 ⋅ e β1 i
− ⋅X
Y i
onde:
Yi → número de árvores por unidade de área por classe de diâmetro i;
Xi → centros de classes de diâmetros;
β0, β1 → Constantes à serem estimados;
℮ → base logaritmo natural.
= β0 ⋅e β1 X 1
− ⋅
Y i
Onde:
Yi → número de árvores por unidade de área por classe de diâmetro i;
Xi → centros de classes de diâmetros;
β0, β1 → Constantes à serem estimados;
℮ → base logaritmo natural.
O quociente entre o número de árvores por classe de diâmetros estimados por esta função
não é constante, pois aumenta com o acréscimo dos diâmetros, resultando em uma distribuição
não linear sobre papel semi-logarítmo.
A função hiperbólica foi utilizada inicialmente por MERVART, na Nigéria para ajustar
distribuições diamétricas de florestas altas. Este modelo é apresentado na forma:
(xi − x0 )
Y i
= β 0 + β1 xi
e ( ⋅ ε i − 1
+Y 0
)
Onde:
Yi → número de árvores por unidade de área por classe de diâmetro i;
Xi → centros de classes de diâmetros;
X0,Y0 → refere-se a classe inicial dos diâmetros;
β0, β1 → Constantes a serem estimados;
℮ → base logaritmo natural;
εi → erro aleatório.
O modelo potencial também pode ser utilizado para descrever a estrutura diamétrica das
florestas naturais. Os modelos são escritos na forma:
− xi
Y i
= β 0 ∗ β1
Y
− βi
i
= β 0 ∗ x1
onde:
Yi → número de árvores por unidade de área por classe de diâmetro i;
Xi → centros de classes de diâmetros;
β0, β1 → Constantes à serem estimados;
2 3 n
ln Y = β +β
0 1
⋅ x i + β ⋅ xi + β ⋅ xi + ⋅ ⋅ ⋅ + β
2 3 p x i
onde:
Yi → número de árvores por unidade de área por classe de diâmetro i;
Xi → centros de classes de diâmetros;
β0, β1 β2 β3... βp → Constantes à serem estimados;
Outras funções de densidade de probabilidade podem ser usadas para ajuste das
distribuições do número de árvores, área basal e volume por classe de diâmetro. Dentre estas
funções podemos citar a função Beta e a função Weibull que foram utilizados por Barros (1980),
com dados da floresta nacional de Tapajós.
Com base nos levantamento e nas observações de experimentos e resultados das pesquisas e
trabalhos técnicos implantados em florestas tropicais, preparou-se esta proposta para elaboração de
um plano de manejo.
A proposta é que este plano possibilite obter produtos florestais madeireiros ou não,
mantendo a biodiversidade por meio do estoque remanescente da regeneração e dos indivíduos
estabelecidos e não selecionados para o corte e que apresentam características potenciais para
aproveitamento futuro ou simplesmente sirvam como estoque regulador da floresta.
Neste item serão discutidos as fases e os pontos importantes que devem ser considerados
na elaboração de um plano de manejo em uma determinada floresta.
A propriedade rural deve ser avaliada e, posteriormente, estratificada por zonas homogêneas
para caracterizar as regiões com reais potencialidades de usos. A quantidade de área disponível em
função da capacidade potencial será determinante para definir o sistema, a escala e intensidade de
manejo.
Em uma primeira abordagem com base apenas em informações obtidas das imagens e por
inferência bibliográfica, por exemplo, o relatório Radambrasil, pode-se ter uma aproximação das
condições de vegetação, solo, geomorfologia, hidrografia e topografia. Estas avaliações permitirão
identificar as unidas homogêneas na propriedade. A confirmação ou alteração destas unidades
ocorrerá pela etapa de coleta dos dados de campo onde serão anotados em planilhas próprias todas
as informações adicionais importantes para uma correta subdivisão da área da propriedade.
Nesta fase será efetuado o macro-zoneamento da propriedade onde serão caracterizadas as
grandes unidades homogêneas que serão destinadas à utilização econômica, as de preservação
permanentes e as áreas consideradas impróprias para uso comercial.
O macro-zoneamento da propriedade deverá ser apresentado em mapas com escala
compatível a área da propriedade. Para a confecção dos mapas deve ser usada a base cartográfica
do Serviço Geográfico do Exercito – DSG ou cartas do IBGE. As escala disponíveis são de 1:
50.000, em alguns pontos; 1: 100.000 ; 1: 250.000 e 1: 1.000.000.
A L T U R A (m)
DAP(cm) TOTAL
4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
10 - 20 … …
20.1 - 30 … …
30.1 - 40 … … …
40.1 - 50 … … …
50.1 - 60 … … …
60.1 - 70 … … …
70.1 - 80 …
80.1 - 90 …
90.1 - 100 …
… … …
TOTAL … … … … … … …
Figura 09 - Demonstrativo da distribuição das árvores cubadas
Cada árvore selecionada deve ser seccionada em tronco com dimensões pré-definidas, ou
seja, em distancias de 1m, 1,30m, 2m, 4m, 6m, ...., n (Figura 10).
O sistema de amostragem a ser utilizado depende de muitos fatores como o tamanho da área e
da acessibilidade. Dentre os diversos sistemas de amostragem, a estratificada, com alocação sistemática
das unidades de amostra em cada estrato é a mais recomendada para a Floresta Amazônica.
A forma das amostras recomendadas é a retangular, com dimensões de 10m x 250m ou
20m x125m perfazendo uma área de 2500 m² (1/4 de ha), sendo que essa dimensão tem sido é a
mais indicada para florestas tropicais. A figura 10 mostra a distribuição espacial das amostras na
área do projeto de manejo florestal.
Os instrumentos utilizados para medição nas amostras são: bússola, trena, hipsômetro
laser ou clinômetro, fita métrica ou de diâmetro.
O uso do hipsometro laser é preferível para determinação das alturas pois possui maior
precisão em relação ao clinometro, porém sua aquisição é mais onerosa. O uso do clinômetro é
interessante, pois, este aparelho, permite obter medidas de ângulos verticais com distância variável
entre o observador e a árvore, porém requer maior cuidado no seu manuseio durante a leitura. A
altura deverá ser tomada, no ponto de bifurcação do fuste ou na base de formação da copa.
O método de medição da circunferência deve ser tomado, sempre que possível, a 1,3
metros de altura do solo (CAP). Em árvores com sapopemas a medida da circunferência deverá
ser tomada acima destas cerca de ±10 cm .
- Área basal por amostra, por hectare, por espécie, por grupo de espécie e para o total;
- Composição florística;
- Estrutura horizontal: Abundância, Dominância, Freqüência e IVI;
- Estrutura vertical: Posição sociológica e Regeneração natural;
- Estrutura diamétrica: Distribuição do número de árvore, área basal e volume por
classe de diâmetro por espécie, grupos de espécie e para o total das espécies;
- Informações qualitativas da área florestal do projeto;
- Informações sobre produtos não madeireiros.
Para o inventário florestal com objetivo de elaborar um plano de manejo faz-se necessário
à implantação de amostras para coleta dos dados paramétricos e qualitativos da área de interesse
do manejo. Muitas vezes estas amostras tornam-se permanentes.
Após a marcação da amostra mede-se todos os indivíduos arbóreos com CAP ≥ 60 cm, dos
quais: anota-se o nome comum na região e, se possível, o nome científico; mede-se a circunferência
à altura de 1,3 metros do solo (CAP), a altura do fuste, ou seja, a altura da base da copa.
As informações qualitativas da floresta são fornecidas por meio da anotação da forma do
fuste, condição do tronco, posição sociológica da copa, presença de cipós e epífitas. Outras
informações podem ser requeridas no inventário, neste caso, as planilhas de coleta dos dados
devem ser preparadas para as exigências do projeto. Na figura 12, está demonstrado um modelo
de planilha para coleta dos dados para elaboração do plano de manejo florestal.
Figura 12 - Exemplo de planilha para coleta de dados para elaboração do plano de manejo florestal.
Ângulo: alfa (α1) – Ângulo formado entre a linha de visada do operado, na horizontal, até o
tronco (a 1,30 m) da árvore e a linha que sai da visada até a base do tronco da mesma árvore.
Angulo: beta (β1) - Ângulo formado entre a linha de visada do operado, na horizontal, até o
tronco ( a 1,30 m) da árvore e a linha que sai da visada até o topo ( ponta) do tronco da
mesma árvore.
Na realização das medições é necessário que as árvores medidas sejam identificadas com
plaquetas e numeradas na seqüência de “01” a “n”. As plaquetas devem ter dimensões de 5cm x 5 cm,
em alumínio, e deverá ser fixada, com prego galvanizado a uma altura de 10 cm acima do CAP ou
ponto de medição. A figura 13 mostra as dimensões, forma e padrão da plaqueta.
01 5,0 cm
5,0 cm
Figura 13 - Plaqueta de identificação de árvores nas amostras.
Se a determinação da altura for pelo uso do clinômetro esta é obtida indiretamente por meio de
cálculo. Por exemplo: tomando a altura como H; os ângulos verticais como alfa (α1)= 110 30 e beta
(β1)= 50 00´ e a distância (L) = 30 m do operador até a árvore, temos então:
4.1.2.3.1 - Cubagem
Os dados podem ser processados utilizando a planilha eletrônica Excel para obter as
informações paramétricas diâmetro a altura do peito (DAP), altura total (HT) e os volume com e
sem casca pelas fórmulas. O volume de cada tronco pode ser calculado pela fórmula descrita a
seguir:
VT = v1 + v2 + v3 + ...+ vn + vp
onde:
VT = Volume do tronco;
v1 , v2 , v3 , vn = volume das respectivas seções;
Vp = volume da ponta.
g + g2 g + g3 g + g4 g n −1 + g n g l
V1 = 1 l1 V2 = 2 l 2 V3 = 3 l3 Vn = l n Vp = n p
2 2 2 2 3
em que:
V = volume da seção considerada;
g = área seccionada do extremo da seção;
l = comprimento da seção;
Vp = volume da ponta.
πd12 c1 2
πd 2 2 c2 2
πd 3 2 c3 2
πd n 2 cn 2
g1 = = g2 = = g3 = = gn = =
4 4π 4 4π 4 4π 4 4π
g = área seccionada do extremo da seção;
d = diâmetro tomado no extremo da seção;
c = circunferência tomado no extremo da seção.
Os relatórios devem ser objetivos e concisos para facilitar a tomada de decisão a respeito
dos resultados obtidos no inventário. O importante é que a peça escrita do relatório reflita a
realidade florestal do local.
Nos relatórios devem conter informações por espécie, grupo de espécies e para o total de
espécies inventariada:
a – Parâmetros médios ( Diâmetro, Altura, Área basal e Volume);
b – Estrutura, Composição Florística;
c – Estrutura Horizontal: Abundância, Dominância, Freqüência e IVI.;
d – Estrutura Vertical: Posição sociológica, Regeneração natural e IVIA;
e – Estrutura Diamétrica:
e1) Número de árvores por espécie e por classe de diâmetro;
e2) Área basal por espécie e por classe de diâmetro;
e3) Volume por espécie e por classe de diâmetro.
f – Listas das espécies para produtos não madeireiros.
g – Tipos de produtos não madeireiro.
1 – MADEIRA
No plano de manejo proposto tem como base o sistema seletivo de corte para
as espécies selecionadas com base na distribuição espacial e na estrutura
fitossociológica da floresta sob manejo. O estoque florestal existente, dentro
de um elenco de espécies que apresentarem
2 – PALMITO
3 – CASTANHA
O ciclo de corte pode ser calculado pela equivalência do tempo que a floresta leva para
recuperar o volume retirado, pela equação tem-se:
t
A
Vc = ∑ IPA *
i =1 t
onde:
Vc – Volume com casca;
IPA – Incremento periódico anual;
A – Área em (ha);
t – Tempo.
em que t = ciclo de corte.
Logo, por exemplo, o tempo necessário para que o estoque volumétrico colhido, 40m³/há
,numa área seja recuperado, considerando um incremento periódico anual (IPA) de 1,5 m³/há,
será de: t = 40/1,5 = 26,66 anos, isto quer dizer que se a floresta em seu todo tem este ritmo de
crescimento, o ciclo de corte seria de 26,66 anos, ou seja, no mínimo de 27 anos. Estudos
realizados na Amazônia tem indicado um incremento periódico variando de 1,5 a 4m³/há/ano.
Desta forma o ciclo de corte deve ser determinado levando em consideração o incremento
periódico em volume e a recuperação também em diâmetro.
Tabela 04 - Área de produção anual por unidade de manejo florestal no primeiro ciclo de
corte
UMF1 (ha) UMF2 (ha) UMF3 (ha) UMF4 (ha)
ANO UPA (ha) ANO UPA (ha) ANO UPA (ha) ANO UPA (ha)
1 15.000,00 6 12.000,00 11 6.500,00 16 2.466,60
2 15.000,00 7 9.000,00 12 6.000,00 17 2.456,60
3 15.000,00 8 7.500,00 13 5.000,00 18 2.456,60
4 12.500,00 9 7.500,00 14 3.500,00 19 2.456,60
5 12.500,00 10 6.500,00 15 2.500,00 20 2.456,60
70.000,00 42.500,00 23.500,00 12.293,00
A estrutura do sistema de produção foi pela demarcação de cada uma das Unidades de
Manejo Florestal (UMF`s) e, posteriormente, cada UMF foi dividida em Unidade de Produção
Anual (UPA). Os primeiros cinco anos estarão em processo de produção a UMF1, que é sub-
dividido em cinco Unidade de Produção Anual, a saber: UPA1, UPA2, UPA3, UPA4 e UPA5.
A área das unidades de Produção Anual UPA somadas é igual a área total de cada uma
das UMF. A área total da floresta que será manejada é igual a soma das áreas de todas UMF`s.
Do sexto ao décimo ano estará em produção a UMF2 e, assim, por diante até que a última UMF,
neste exemplo é a UMF4, entre em processo de produção para completar o primeiro ciclo de
corte que está estimado em 20 anos.
O Sistema de Manejo Policíclico de Uso Múltiplo (SMP) permite estabelecer um fluxo de
produção otimizado em relação à infra-estrutura necessária para cada unidade de produção. Outra
vantagem deste sistema é a manutenção de uma maior área de floresta sem ação antrópica, o que
resulta num menor impacto ao ecossistema florestal. Desta forma, a área de 148.293 ha estará
dividida em 20 unidades de trabalho anual.
Estação Demonstrativa em manejo Florestal, com 25 unidades de trabalho (UMF de 3000 ha) e
com a unidade de trabalho de 120 ha cada e unidade de produção anual de 240 ha (Figura 15).
Figura 15 – Detalhe da unidade de produção anual (UPA) em azul, e unidade de trabalho (UT)
pessoal é compensado pela qualidade do censo o que permite fazer uma previsão mais real das
condições da floresta em função do porte das árvores.
A avaliação da qualidade da floresta é feita com bases nos critérios pré-estabelecidos de
acordo com o descrito no item 4.1.2.2.4, que trata de coleta dos dados no inventário florestal e,
ainda, faz-se à indicação da queda natural das árvores. Na planilha de coleta dos dados são
anotados os valores das medições e os códigos de informações qualitativas e acidentes
topográficos encontrados na área onde será realizado o censo.
As árvores depois de avaliadas pelo responsável por esta operação, são identificadas,
numeradas e plaqueteadas. As placas para árvore de corte deveriam receber numeração contínua
por faixa e cor única. Entretanto, os órgãos ambientais (IBAMA e SEMA), têm exigido que as
placas tenham cores diferentes para as árvores remanescentes, porta sementes e de corte.
Com os dados obtidos durante a realização do censo procede-se a digitação por faixa em cada
unidade de trabalho. Após a digitação e consistência dos dados procede-se a elaboração do mapa do
censo que fornece a distribuição espacial de todas as arvores, de corte, remanescente, porta sementes
ou as protegidas por lei. No mapa, também, são representadas as condições de topografia do terreno
com informações detalhadas da presença dos cursos d`água, matacões, morros e outros pontos que
devam ser considerados por causarem dificuldades durante o processo de exploração.
Para a determinação do volume de árvores individuais aptas para corte deve-se utilizar a
seguinte fórmula:
π
V= (D )2 ∗ H * ff
4
onde:
D – Diâmetro medido a 1,3 metros de altura do solo
H – Altura do fuste
ff – fator de forma, neste caso é necessário determinar o fator de forma para as árvores da
área de manejo florestal.
Outra forma para determinar o volume das árvores individualmente é fazer uso de uma
equação de volume especialmente preparada para a área do manejo florestal. A informação dos
dados para gerar o fator de forma ou a equação de volume deve ser obtida por ocasião da
realização do inventário florestal prospectivo.
4.7.1 - Planejamento
As chuvas que ocorrem durante grande parte do ano representam um grande obstáculo
para a exploração da floresta tropical. Somente a construção de uma boa rede de estradas
permanentes permitirá a colheita em matas de terras firmes durante a maior parte do ano.
Por ser a área da floresta densa é possível a construção de estradas temporárias para o uso,
não só na época de seca, mas também em uma boa parte do ano. A estrada temporária é de fácil e
baixo custo de construção.
Essa redução nos custos de construção de estradas temporárias deve ser aproveitada ao máximo
a fim de reduzir o custo de extração de madeira, porém não devem ser usadas durante o período de
chuvas. Deve-se também diminuir o trafego nas estradas principais durante as chuvas intensas.
Então, a rede de estradas deverá ser planificada de maneira que se obtenha um custo
otimizado de exploração.
A estrada principal deverá ser levantada para conseguir suficiente drenagem e capacidade
de suportar carga durante as chuvas, deverá ser revestida com material resistente. As estradas
deverão ser construídas com um ano de antecipação das atividades de exploração, possibilitando
assim sua melhor estabilização e compactação. As estradas permanentes deverão ter leito
carroçável, com largura de 6 metros.
A rede de estradas deve ser planejada com a definição dos rumos, sentidos e padrão, deve
ser feito os mapas gerais e de detalhes. Os detalhes de cada uma das estradas, devem estar
seguidos de pontes que serão necessárias construir.
5.3 - Arraste
Esta operação pode ser executada com diversos tipos de máquinas de acordo com a
disponibilidade de equipamentos. As operações de extração de madeira da floresta envolvem uma
equipe completa composta pelo operador do equipamento de arraste, mais a presença de dois
auxiliares, responsáveis pela colocação dos cabos nas toras..
O equipamento que maior rendimento tem oferecido para esta operação é o SKIDER.
5.4 - Traçamento
Após o arraste de toras até os pátios, procede-se a preparação das toras a serem
transportadas. De acordo com a capacidade do equipamento e a necessidade da empresa que
beneficiará as toras procede-se o traçamento da mesma para reduzi-las ao tamanho de interesse
comercial ou de mercado.
5.6 - Carregamento
Existem vários métodos e equipamentos, devendo-se utilizar os mais adequados para cada
situação sendo que a eficiência do carregamento tem muita influência na produtividade e custo do
transporte. O uso de um ou outro método depende da disponibilidade do equipamento.
As árvores ao caírem durante o processo de extração não poderão atingir áreas ainda não
exploradas e também não pode ocorrer um abate desordenado pois este implicara numa
diminuição da produção e aumento bastante significativo no custo de extração. Para uma correta
avaliação dos danos e desperdícios alguns procedimentos devem ser seguidos.
6. 1 - Medições
6.1.1 - Pátio de estocagem (esplanadas):
São medidos:
- As dimensões de área útil da esplanada e de área de vegetação efetivamente alterada pela
sua abertura;
- A área aberta para o desembarcador do reboque da carreta;
- O diâmetro e o comprimento de tocos e toras deixados na esplanada, para quantificação
do desperdício na esplanada.
Para avaliação dos danos e desperdícios, causados a vegetação remanescente, por ocasião
da exploração, tanto no corte como no arraste, aplica-se o procedimento sugerido por SILVA
(2003), de acordo com a seguinte escala:
Causa do dano:
1 - Derrubada
2 - Arraste
Danos da casca:
E - espessura
L - Largura
C - comprimento
Tipo de corte:
1 - direcionado
2 - Não direcionado
Toco:
HC - altura do corte
Hdesp. - altura do desperdício
Dtoco - Diâmetro do toco
Tora:
Ctora -Comprimento da tora
Dtora - Diâmetro da tora
Cdesp - Comprimento do desperdício
Ddesp - Diâmetro do desperdício
Copa:
Dg1 - Diâmetro do galho 1
Cg1 -Comprimento do galho 1
Dg2 - Diâmetro do galho 2
Cg2 -Comprimento do galho 2
Dcopa -Diâmetro da Copa
Ccopa - Comprimento da Copa
6.3.1.2 - Desperdícios
4d
V= ⋅ h ⋅ ff
Onde:
d - diâmetro do toco
g +g1 2
V= ⋅L
2
Onde: g1 - área transversal da base
g2 - área transversal da ponta
L - comprimento da tora/toco
Vt = g ⋅c 1 t
Vp = g ⋅c
2 p
As espécies em uma floresta tropical podem ser divididas em dois grandes grupos, de
acordo com sua resposta à luz: espécies que demandam luz (heliófita) e espécies que suportam
sombra (ombrófita).
As espécies que demandam luz recebem muitas outras denominações tais como:
pioneiras, tolerantes à luz, sucessionais, intolerantes à sombra, e nômades. A principal
característica dessas espécies é que elas requerem luz abundante para germinarem, sobreviverem
e crescerem. Elas também não podem regenerar “in situ”, i.e., sob sua própria sombra. Produzem
grandes quantidades de sementes, geralmente muito pequenas e eficientemente dispersas pelo
vento ou por animais. As sementes de muitas das espécies pioneiras têm capacidade de
permanecer dormentes no solo, mesmo debaixo de uma cobertura vegetal fechada. Devido à essa
propriedade, as espécies pioneiras colonizam rapidamente as grandes aberturas na floresta.
Exemplos típicos de espécies pioneiras são Cecropia spp. na América Tropical, Macaranga
spp. no Sudeste da Ásia e Musanga cecropioides na África. Algumas pioneiras são de curta
longevidade, como Trema micrantha e outras são de vida longa como é o caso de Goupia glabra.
Ao contrário das espécies pioneiras, as sementes das espécies clímax ou tolerantes à
sombra, podem germinar mesmo sob a sombra densa da floresta. Suas sementes, em geral de
grande tamanho, apresentam reservas de alimentos abundantes, que as permitem sobreviver ao
período de supressão.
A importância desta avaliação se reveste no fato de que temos que saber qual é a dinâmica
que ocorrem nestes parâmetros. Diferentes metodologias podem ser adotadas com o propósito de
avaliar a velocidade da dinâmica de mudança no ecossistema. Diversos pesquisadores têm optado
pela implantação de parcelas permanente com área mínima de ¼ ha por unidade de registro.
Estas parcelas são divididas em sub-parcelas amostrais onde são coletados as informações
da regeneração natural, como demonstrado nas figuras 06 e 07, descritas no item da amostragem.
As informações obtidas em períodos de tempo diferentes permitem avaliar as mudanças
em diâmetro, o tempo de passagem das espécies que ingressaram nas classes de diâmetro, e
também, a mortalidade que é obtida pelo complemento da arvores sobreviventes na floresta.
A avaliação do crescimento, incremento, ingresso e mortalidade deve ser efetuada com
base nas medições de antes da intervenção e outras repetições que devem ser efetuadas em
período de tempo com intervalos não superior a 5 (cinco) anos. O intervalo entre uma medição
muito curta, por exemplo, período de um ano, não é suficiente para observar a variação ocorrida
nos parâmetros que indicam a velocidade das mudanças, por outro lado, intervalos muito longos
levam a perder as mesmas informações. A experiência nos trabalhos que vem sendo executados
nos centros de pesquisas do INPA no Amazonas e da Embrapa no Pará tem indicado na direção
que o melhor intervalo de tempo deve ser 02 (dois) à 03 (três) anos.
A dinâmica de crescimento deve ser avaliada pela área basal, numero de arvores e volume
por classe de diâmetro e por unidade de área, neste caso um hectare. Os padrões mínimos a serem
seguidos nas parcelas permanentes são as mesmas adotadas pela Rede de Monitoramento da
Amazônia, em anexo.
Causas:
As mais freqüentes:
a) Intencionais: aqueles provocados com o objetivo de ampliar áreas para o pastoreio e a
agricultura.
Efeitos:
Os danos produzidos numa superfície ou região florestal podem ser:
a) Destruição ou dano em árvores jovens, maduras ou super-maduras, indispensáveis para o
desenvolvimento e progresso da indústria madeireira;
b) Destruição de sementes – futura regeneração – e rebrotas (futura floresta);
c) Destruição da cobertura morta e empobrecimento do solo, reduzindo a capacidade
reprodutiva e preparando a erosão;
d) Destruição dos bosques de proteção, da fauna, e eliminação das belezas cênicas naturais;
e) Aumento do número de insetos e enfermidades que logo atuarão infestando e infectando
as florestas;
7. LITERATURA CONSULTADA
ASSEFLORA – A.P. & C.F. Ltda – Plano de Manejo Florestal Sustentado: Projeto Huaia
Missu. 1998. Cuiabá/MT. Np. (Acervo da Empresa).
AZEVEDO, C.P. de; SANTOS, J.dos; LIRA FILHO, J.A.de; RIOS, M.G. Análise da Estrutura
de Floresta Nativas. Viçosa-MG, 1990.102p
Barros, P.L.C. Estudo das distribuições diamétricas da floresta do planalto Tapajós. Curitiba
1980. 123p. Dissertação. Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós Graduação em
engenharia Florestal.
_______. Lei 4.771, de 15 de setembro de 1.965. Institui o novo Código Florestal Brasileiro.
Brasília: 1965.
BROWER, J.E.; ZARR, J.H. Field & Laboratory Methods for General Ecology. Iowa: Wm.
C. Brown Company (2nd ed.). 1984, 226p.
FRACKER, S., BRISCHLE, H. Measuring the local distribution of shrubs.Ecology, n.25, p.283-
303, 1944.
FUFMT – Projeto de manejo sustentado para usos múltiplos da floresta tropical: modelo
demonstrativo comercial de manejo florestal. 2001. Cuiabá/MT. Np. (Acervo da Empresa).
McGUINNES, W.G. The relationship between frequency index and abundance as applied to
plant populations in a semi-arid region. Ecology, v.16, p.263-282, 1934.
MAGURRAN, A.E. Diversidad Ecologica y su Medición. Espanha: Ediciones Vedra, 1989. 199p.
_______. Portaria 02 de 01/01/06 – Aprova os roteiros mínimos para Plano de Manejo Florestal e
Plano Operacional Anual
_______. Instrução Normativa n° 3 de 4 de março de 2002 – Sobre conversão para uso do Solo
(reedição da IN 003, de 10.05.01, publicada em 14.05.01).
PAYANDEH, B. Comparacion of method for assessing spatial distribution of trees. For. Sci.,
v.16, n.3, p. 312-317, 1970.
SCOLFORO, J.R.S. Manejo Florestal. Universidade Federal de Lavras. Minas Gerais, 1998. 438p.
SPURR,S., BARNES, B. Ecologia Florestal. A.G.T EDITOR, S.A .México, 1982. 690p.
ANEXO
Manaus, AM
2004
Elaboração
GT Monitoramento de Florestas
Revisão de Texto
Lia Cunha de Oliveira
José Natalino da Silva
Hildemberg da Silva Cruz
Quésia do Rosário Reis
Revisão Ortográfica
Marcia Coimbra
Projeto Gráfico
Marcia Coimbra
Fotos
Lia Cunha de Oliveira e Acervo fotográfico ProManejo
Apoio
IBAMA/ProManejo e MMa/PNF
Sumário
1. Introdução.......................................................................................................................................... 95
2. Número, Tamanho, Forma e Instalação das Parcelas Permanentes .................................................. 95
3.Subdivisão de parcelas ....................................................................................................................... 96
4.Periodicidade das medições e diâmetro mínimo de medição............................................................. 96
5.Procedimentos de coleta..................................................................................................................... 97
6.Variáveis a serem coletadas no extrato arbóreo ................................................................................. 98
6.1 Classe de identificação do fuste CIF ................................................................................... 98
6.2 Identificação das Espécies................................................................................................... 99
6.3 Diâmetro............................................................................................................................ 100
6.4 Iluminação da Copa........................................................................................................... 101
7. Bibliografia...................................................................................................................................... 103
Apresentação
1. Introdução
3. Subdivisão de parcelas
5. Procedimentos de coleta
Cada árvore deverá receber uma plaqueta de alumínio ou plástico, com um número que a
identifique (Ex.: número com seis dígitos onde os dois primeiros identificam a parcela, o
terceiro e qua rto a sub-parcela e os dois últimos a árvore, (Silva & Lopes, 1984));
As árvores de cada sub-parcela devem seguir uma numeração própria que vai de 1 a n;
As placas devem ser fixadas cerca de 10 centímetros acima do ponto de medição do
diâmetro;
No caso de árvores com sapopemas muito altas, as plaquetas devem ser fixadas em local
de fácil visibilidade;
Em árvores selecionadas para corte, a plaqueta deve ser reposicionada na base do tronco,
abaixo da altura de corte, para possibilitar a sua localização após a exploração;
Para árvores localizadas na linha divisória das sub-parcelas, convenciona-se que a árvore
deve ser incluída na sub-parcela onde mais da metade de sua base estiver inserida;
Os números das árvores que morrerem jamais deverão ser usados novamente em outra
árvore;
No caso de ingressos utiliza-se um novo número, o próximo da seqüência daquela sub-
parcela.
Esta variável descreve os diversos estados em que podem ser encontradas as árvores em
uma floresta. Esses estados são resultantes de seu próprio crescimento, ou de mudanças
provocadas pelo homem ou pela natureza.
Os códigos numéricos utilizados combinam a sanidade da árvore com o estado de seu
fuste (ex. Quadro 1 e Figura 1). Na primeira medição, somente as árvores vivas são consideradas.
A partir da segunda medição, todas as árvores, incluindo as mortas ou desaparecidas devem ser
registradas.
No campo ou na floresta as árvores devem ser identificadas pelo nome comum, por um
identificador botânico (mateiro) que deve ser conhecedor das espécies locais. Nos casos em que a
árvore não puder ser identificada, deve receber um código que permita a sua identificação futura
na ficha de campo (Ex.: NI 1, NI 2, etc). Deve-se coletar material (se possível, folhas, flores e
frutos) e enviá-lo a algum herbário para proceder à identificação botânica.
A atribuição dos nomes científicos e sua codificação devem ser feitas no escritório. A
identificação, com exceção daquelas espécies muito comuns, que dificilmente poderia ser
equivocada, deve ser baseada em determinação de herbários. Para isso, o responsável pelas
atividades de monitoramento deve estabelecer parceria com instituições de pesquisa a fim de se
obter uma identificação correta das espécies.
Para efeito de processamento de dados, as espécies devem receber códigos. Criando-se uma
lista com todas as espécies ocorrentes na floresta monitorada, atribuindo os respectivos códigos.
6.3 Diâmetro
7. Bibliografia
CHIEW, K.Y. and GARCIA, A. 1989. Growth and yield studies in the Yayasan Sabah forest
concession area. In: Mohd, W.R.W., Chan, H.T. and Appanah, S. (Eds.) Proceedings of the
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Malaysia, pp. 192-205.
CONDIT, R., HUBBELL, S.P. and FOSTER, R.B. 1995. Demography and harvest potential of
Latin American timber species: data from a large permanent plot in Panama. Journal of Tropical
Forest Science, 7(4): 599-622.
PRIMACK, R.B., CHAI, E.O.K., TAN, S.S. and LEE, H.S. 1989. Relative performance of
dipterocarp trees in natural forest, managed forest, logged forest and plantations throughout Sara
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Seminar on Growth and Yield in Tropical Mixed/moist Forest. Forest Research Institute ,
Malaysia, pp 161-175.
RAI, S.N. 1989. Rate of diameter growth of tree species in humid tropics of western Ghats, India.
In: Mohd, W.R.W., Chan, H.T. and Appanah, S. (Eds.) Proceedings of the Seminar on Growth
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SHEIL, D., BURSLEM, D.F.R.P. and ALDER, D. 1995. The interpretation and misinterpretation
of mortality rate measures. Journal of Ecology, 83: 33 1-333.
SILVA, J.N.M. & LOPES, J.DO C.A. Inventário florestal contínuo em florestas tropicais:a
metodologia utilizada pela Embrapa-Cpatu na Amazônia brasileira.Belém.EMBRAPA-
CPATU.1984.(EMBRAPA-CPATU.Documentos36).36p.
WEAVER, P.L. and MURPHY, P.G. 1990. Forest Structure and Productivity in Puerto Rico's
Luquillo Mountains. Biotropica, 22(1): 69-82.
Membros GT-Monitoramento
Titulares
Celso Paulo de Azevedo (Embrapa Amazônia Ocidental)
Delman Gonçalves (Ecoflorestal, PA)
Edson Vidal (IMAZON)
Guilherme L. Gomide (MMA/PNF)
Hildemberg Cruz (IBAMA/ProManejo)
Versides Sebastião de Moraes Silva (UFMT)
Joberto Veloso de Freitas (UFAM)
José Natalino M. Silva (Embrapa Amazônia Oriental)
Lia Cunha de Oliveira (UFRA)
Marcus Vinicio Neves D'Oliveira (Embrapa Acre)
Niro Higuchi (INPA)
Paulo L. Contente de Barros (UFRA)
Suplentes
Carlos Alberto Passos (UFMT)
Cíntia R. de Souza (Embrapa Amazônia Ocidental)
Cristina A. Galvão (IBAMA/DIREF)
Denis Valle (IMAZON)
João Olegário P. de Carvalho (Embrapa Amazônia Ocidental)
Joaquim dos Santos (INPA)
Luiz Claudio Oliveira (Embrapa Acre)
Tasso Rezende de Azevedo (MMA/PNF)
Tim van Eldik (Ecoflorestal)
Ulisses Silva da Cunha (UFAM)
Siglas
Anexos