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Fruticultura

A Cultura da Bananeira

Nome Cultura da Bananeira


Produto Informação Tecnológica
Data Novembro 2000
Preço -
Linha Fruticultura
Informações resumidas
Resenha sobre a Cultura da
Bananeira
Ruben Ramalho Sobrinho –
Eng. Agr.
Autor(es) Ildeu de Souza – Eng. Agr.
Sérgio Pereira de Carvalho
– Eng. Agr.

Fruticultura
A Cultura da Bananeira

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Clima
Solo
Cultivares
Preparo do Solo, Calagem e Adubação
Propagação
Espaçamento, porte e peso do cacho
Adubação
Época de plantio
Tratos Culturais
Pragas e Doenças
Colheita
Comercialização

1 - Clima

A bananeira é uma planta que exige calor e umidade constantes e não


tolera geada.
Os locais sujeitos a baixas temperaturas e geadas devem ser evitados,
pois podem ocasionar a "queima" da planta, ou dos frutos em
crescimento ("chilling" ou "friagem") impedindo que o fruto atinja o seu

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máximo crescimento.
Chuva bem distribuída (100 - 180 mm / mês ) durante o ano, favorece o
desenvolvimento da bananeira, principalmente na época da
inflorescência ou no início da frutificação.
Com relação a altitude e latitude, estas quando maiores, aumentam os
ciclos de produção, principalmente para os cultivares Nanica e
Nanicão.
A luminosidade é importante para o desenvolvimento da bananeira,
sendo desejável que receba entre 1000-2000 horas de luz / ano, pois
afeta o ciclo, o tamanho do cacho, a qualidade e conservação dos
frutos.

2 - Solo

A maior porcentagem ( 70 % ) das raízes da bananeira encontram-se


nos primeiros 30 cm do solo, entretanto o solo ideal deve favorecer a
penetração das raízes, no mínimo, 60 a 80 cm de profundidade.
Os solos preferidos são os ricos em matéria orgânica, bem drenados,
argilosos ou mistos, areno-argilosos ou franco-argilosos, que possuam
boa disponibilidade de água e topografia favorável.

3 - Cultivares

Para o mercado interno: Prata, Maçã, Nanicão, Nanica e Ouro.


Para o mercado externo: Nanicão e Grande Naine.

Características de algumas cultivares:

Grande Naine possui grande semelhança com a cultivar Nanicão,


porém o porte é um pouco mais baixo. Tem sido a cultivar mais
plantada no mercado externo. Possui alta capacidade de resposta em
condição de alta tecnologia, porém não tem a mesma rusticidade da
cultivar Nanicão.
Maçã apresenta ótima qualidade e excelente aceitação no mercador
consumidor, porém com séria limitação para seu cultivo devido ao
mal-do-panamá
Nanica, semelhante à ‘ Nanicão ’, de porte mais baixo, frutos menores
e mais curvos e apresenta problema de "engasgamento" no
lançamento dos cachos no inverno.
Nanicão cultivar que apresenta a melhor conformação de cachos e de
frutos, dominando o mercado interno e de exportação.
Prata-anã enxerto ou Prata-de-Santa-Catarina porte médio /baixo,
planta vigorosa e frutos idênticos aos do cultivar Prata. É tolerante ao
frio e mediamente tolerante a nematódeos.
Prata com limitação de cultivo devido ao mal-do-panamá.
Ouro da Mata ( ENCAPA 602 ) apresenta plantas vigorosas, altura de
3 a 5 m, com folhas ligeiramente arqueadas. Resistente ao
mal-do-panamá. Frutos com polpa ligeiramente amarela, doce e macia
com sabor semelhante ao da banana-prata.

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4 - Preparo do Solo, Calagem e Adubação

Para se usarem calcário e adubos nas quantidades certas, é preciso


analisar a terra. Retire as amostras para análise, nas profundidades de
0–20 e 20 – 40 cm, 3 a 4 meses antes do plantio. Fazer aração e
gradagem, procurando incorporar o calcário dolomítico, 60 dias antes
do plantio, se necessário.

5 - Propagação

A bananeira propaga-se por via vegetativa, por meio de mudas. As


preferidas para plantio são:
a) rizoma não brotado: que pode ser inteiro ou subdividido ao meio ou
em 4 partes (com peso nunca inferior a 500g cada);

b) Rizoma brotado ou inteiro:

chifrinho: rebento recém brotado, com 20 cm de altura, com 2 a 3


meses de idade e com aproximadamente 1 kg;
chifre rebentos: em estádio médio de desenvolvimento, medindo
de 50-60 cm de altura, pesando entre 1-2 kg;.
chifrão: rebento apresentado a primeira folha normal, pesando
entre 2-3 kg;
muda alta ( muda replante ): rebento bem desenvolvido, com
mais de 1 metro de altura e pesando entre 3-5 kg, utilizado como
replante das falhas em bananais formadas ou em formação.

O tratamento das mudas visa controlar a broca e evitar apodrecimento


após o plantio. Deve-se efetuar a limpeza do rizoma e mergulha-los em
uma solução contendo fungicida e inseticida, deixando-o imerso
durante 5 minutos. A seguir coloca-lo para secar á sombra. O plantio
deverá ser efetuado no máximo, dentro de 2 dias após o tratamento.

Recomenda-se o uso de mudas provenientes de viveiro registrado.

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6 - Espaçamento, porte e peso do cacho

De forma geral os espaçamentos para os diferentes cultivares são:

Peso do
Porte Espaçamento Produtividade
cacho
Cultivar
( m) (m) ( t / ha / ano )
( kg )

Grande Médio: ( 2,5 a 2,0 ( 2,0 ) x


15 a 45 30 a 60
Naine 3,0) 2,5
Médio: ( 2,5 a
Maçã 2,5 – 2,5 6 a 15 25
3,5 )
2,0 ( 2,0 ) x
Nanica Baixo: ( 2,0 ) 15 a 30 30 a 40
2,5
Médio : 2,2, a 2,0 ( 2,0 ) x
Nanicão 15 a 45 30 a 60
3,2 2,5
2, 0 ( 2,5 ) x
Ouro Médio: ( 2,5 ) 8 10 a 15
5,0
Prata Alto: ( 4 a 7 ) 2,5 x 3,0 6 a 15 15 a 30
2,0 x 3,0
Médio: ( 2,5 a
Prata Anã 15 a 25 20 a 40
3,2)
2,0 x 3,0 x 4,0

Obs.: Dimensões da cova: 40 x 40 x 40 cm

7 - Adubação

Adubação na cova: quando não se faz analise da terra, cada cova de


plantio, pode ser adubada com: 600 gramas de superfosfato simples, 3
quilos de fosfato de Araxá,. 15 a 20 litros de esterco de curral curtido,
20 g de sulfato de zinco + 10 g de bórax ( ou 60 g de FTE BR 12 ).
Adubação de crescimento e frutificação:

Adubação da Planta Mãe Adubação da Planta Filha


Épocas Fertilizantes Épocas Fertilizantes
Sulfato Cloreto Cloreto Cloreto
Superfosfato
de de de de
Simples
Amônio Potássio Potássio Potássio
Logo após o Ao colher
pegamento da 100 - a planta 300 400 -
muda mãe
Entre o
pegamento da
muda e o 400 300
aparecimento da
inflorescência
60 dias
Logo após o
após a
aparecimento da 700 600 200 - 200
colheita da
inflorescência
planta mãe

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Total 1200 900 500 400 200

Recomenda-se a aplicação de fertilizantes que forneçam zinco, cobre,


boro, ferro e outros micronutrientes.
As adubações em cobertura devem ser feitas a 50 cm das plantas; em
terrenos inclinados faze-las em meia-lua do lado de cima; em bananal
adulto distribuir os adubos em meia-lua em frente à planta-neta ou em
faixa de 50 cm de largura nas entrelinhas.
Aplicar anualmente 20 litros de esterco de curral curtido por cova.
Para adubar bananeiras irrigadas, procure o técnico da EMATER-MG.

8 - Época de Plantio

Iniciar o plantio com as primeiras chuvas ou em qualquer época com o


uso de irrigação. Levar em consideração o período em que se pretende
colocar o produto no mercado.

9 - Tratos Culturais

Capinas - mantenha o bananal livre de mato. As capinas podem ser


com enxadas, máquinas ou herbicidas. Não se deve gradear ou passar
rotativa devido a superficialidade das raízes.

Desbaste – o desbaste é uma das operações mais importantes no


manejo do bananal . Devem-se deixar no máximo, 3 plantas por
touceira ( mãe, filha e neta). Use o desbrotador conhecido como
lurdinha. Deixe a nova brotação, seguindo o alinhamento.
O primeiro desbaste, que irá eleger a planta mãe, deve ser realizado
quando os brotos atingirem 60 cm. O desbaste deverá ser realizado
periodicamente, visando manter mãe e filho, até o lançamento da
inflorescência pela planta-mãe. Nesta fase escolhe-se um novo broto
junto ao filho que passará a ser o "neto". O número de desbastes varia
de 3 a 5 vezes/ano.

Corte do pseudocaule ou da bananeira – depois de colher o cacho,


corte as folhas no alto da bananeira ( roseta ) , no ponto em que elas
se separam. Corte o resto da bananeira rente ao solo 40 dias depois.
Pique a bananeira cortada e espalhe os pedaços nas entrelinhas do
bananal, deixando o solo próximo (40 cm) da touceira no limpo.

Desfolha ou retirada das folhas secas – retire as folhas secas logo


depois de cada adubação de crescimento; cortando-as junto ao
pecíolo, de baixo para cima; ajunte-as em leiras nas entrelinhas do
bananal.

Corte do coração ou umbigo – faça o corte do umbigo 15 dias depois


que se formou a ultima penca. Quebra-se a ráquis masculina
("rabo-do-cacho") junto ao botão floral, quando houver entre ele e a
última penca, cerca de 10 - 12 cm. Este procedimento acelera o
desenvolvimento ("engordamento") das bananas, aumenta o
comprimento dos últimos frutos, aumenta o peso do cacho (cerca de
5% no peso do cacho. ) e provoca a diminuição de trips e
traça-da-bananeira.

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Ensacamento do cacho com plástico polietileno – pratica que melhora a


qualidade dos frutos, protegendo-os contra atritos, ataque de pragas e
de produtos utilizados no tratamento fitossanitário

Irrigação – a irrigação deverá ser feita nos períodos de seca


prolongada, porem, sempre verificando as condições de umidade do
solo. Na cultura irrigada a produção é maior e de melhor qualidade,
devendo-se executar bom manejo da irrigação.

10 - Tratos Culturais

Pragas principais

Broca-da-bananeira também conhecida como moleque-da-bananeira.


O inseto adulto é um besouro preto, de movimentos lentos e hábitos
noturnos. As larvas destroem os tecidos internos dos rizomas,
produzindo galerias. As folhas amarelecem, os cachos ficam pequenos
e as plantas ficam sujeitas ao tombamento.
Controle: seleção das mudas, tratamento das mudas e das covas com
inseticidas e o emprego de iscas de pseudocaule ou rizomas,
envenenados ou não.

Nematódeos causam lesões nas raízes; por isso, as plantas ficam com
o crescimento prejudicado e sujeitas ao tombamento.
Controle: plantio em áreas livres de nematódeos, rotação de culturas,
utilização de mudas sadias, descorticamento do rizoma, tratamento das
mudas com nematicidas, e uso de cultivares resistentes.

Doenças principais

Mal-do-panamá – os sintomas começam com amarelecimento nas


folhas mais velhas, que depois murcham, secam e se quebram ficando
pendentes, dando á planta um aspecto de guarda-chuva fechado. Nas
variedades sem resistência, como a prata e a maçã, a doença reduz
bastante a produção e pode destruir todo o bananal.
Controle: uso de cultivares tolerantes, plantio de mudas sadias,
implantação de viveiros com mudas isentas da doença, plantio em
solos não infectados, queima dos restos de cultura, uso de ferramentas
esterilizadas; uso de pedilúvio e rodolúvio no acesso à lavoura, no caso
de regiões onde é comum a ocorrência desta doença.

Mal-de-sigatoka (Amarela) ou Cercosporiose - provoca


desfolhamento precoce, enfraquecimento da planta, cachos com
poucas pencas e frutos pequenos. Nas folhas, aparecem manchas de
cor amarela nas bordas e acinzentadas no centro. Traz também
maturação precoce de frutos isolados no cacho.
Controle: pulverizações com produtos á base de óleos minerais, a
cada 15 ou 21 dias nos períodos chuvosos. Fungicidas sistêmicos
diluídos em óleo mineral, também são recomendados.

Mal-de-sigatoka (Negra) ainda sem presença no Estado de Minas


Gerais, porém, trazendo já preocupações aos bananicultores.

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Nota :Procure um técnico para informar-se melhor sobre os cuidados


de uso dos produtos químicos.

11 - Colheita

As bananas são colhidas o ano todo. Se as distancias são longas, e os


dias, quentes, colhe-se a fruta mais atrasada em seu desenvolvimento.
Para as distancias curtas e dias frios, as bananas podem ser colhidas
com grau de maturação mais avançado

12 - Comercialização

As caixas comumente utilizadas são a do tipo torito ( to ), com peso


médio de 18 kg e a caixa mineira ( mi ) com 20 kg; produtores mais
tecnificados já estão usando também caixa de plástico e de papelão,
com peso definido do conteúdo.
O período de grande oferta do produto nas CEASAs é de setembro a
dezembro e de oferta fraca ou ausência e escassez é de janeiro a
junho.

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