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Introducao a Filosofia de Tratamento Ortodéntico MBT A Técnica Revisada e Comentada 12 versa Ricardo Moresca Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Sobre o autor ‘Meu primeiro contato com a Filosofia de Tratamento Ortodéntico MBT foi em 1999, quando conheci a técnica diretamente com o Prof. Hugo Trevisi, Desde entao, tenho me dedicado ao seu estudo e aprendizado clinico. Durante os Cursos de Mestrado e de Doutorado, desenvolvi varias pesquisas que avaliaram as diversas mecénicas utilizadas na Filosofia MBT. ‘Tive a oportunidade de apresentar algumas destas pesquisas no Grupo de Bstudo Mundial da Técnica MBT (MBT Global Meeting), o que tém contribufdo para o continuo aprimoramento e embasamento cientifico da técnica. Nos Cursos de Especializacio de que participo também tenho tido a oportunidade de me aperfeigoar nesta Filosofia, ensinado, debatendo e discutindo imimeros casos clfnicos com alunos ¢ professores. Espero com este material, embasado na experiéncia acumulada com a Filosofia de ‘Tratamento Ortodéntico MBT, realizar uma revisao de seus conceitos, introduzindo o assunto ao aluno e facilitando o seu aprendizado inicial. Ricardo Moresca Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial - UFPR ‘Mestre em Ortodontia - UMESP Doutor em Ortedontia - FO USP Professor Adjunto do Departamento de Anatomia da UFPR Professor do Curso de Especializarao em Ortodontia daUFPR Professor da graduagao e da Especializacao em Ortodontia do UnicenP Professor do Curso de Especializarao om Ortodontia da EAP/ABO — Guarapuava Presidente da Associacao Paranaense de Ortodontia e Ortopedia Facial - APRO ricardo@moresea.com br wumorescacomr Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Sobre o texto Este texto foi elaborado com propésito compilar e organizar alguns conceitos basicos da Filosofia de Tratamento Ortodéntico MBT, proporcionando um conjunto de informagées introdutério ao seu aprendizado. (0 contetido deste material esta embasado no livro Mecdnica Sistematizada de Tratamento Ortodéntico (McLaughlin, Bennett e Trevist - Artes Médicas, 2002). Apés a leitura e estudo do presente texto, recomendamos fortemente que 0 aluno se dedique ao estudo do referido livro para obter uma visio mais ampla desta Filosofia de Tratamento Ortodéntico para complementar seu aprendizado. Portanto, esta material nao 6 tim substitutive da obra completa. f apenas wm restimo dos conceitos principais da Filosofia MBT que pode servir de referéncia inicial para o seu estudo. No transcorrer do texto também sto apresentados os resultados das pesquisas que realizamos sobre a técnica MBT, além de alguns comentarios e sugestées embasados em ‘nossa experiéncia clinica e docente. Desejamos que este material contribua decisivamente em seu aprendizado da técnica MBT em seu desenvolvimento na Ortodontia. Bom estudo! Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET RB Sumario . Introdugao 5 . Especificagées do aparelho MBT 7 . Versatilidades e variagdes do aparelho MBT 19 Posicionamento de braquetes e tubos 26 . Forma e seqtiéncia dos arcos ortodénticos 35 Controle de ancoragem durante o alinhamento e nivelamento 40 MecAnica de deslize e fechamento de espagos 50 Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET 1. Introducgao A Filosofia de —Tratamento Ortodéntico MBT é o resultado de anos de pesquisa e da experiéncia clinica de trés autores: Richard P. McLaughlin (San Diego, BUA), John C. Bennett (Londres, Reino Unido) © Hugo |. Trevisi (Presidente Prudente, Brasil). As letras iniciais de seus sobrenomes. dao nome a técnica. técnica MBT também é chamada de a terceira geracio de braquetes pré- ajustados, surgindo apés as prescrigoes de Androws ede Rath Com a introdugo dos aparelhos pré- ajustados por Andrews, ficou claro que este sistema de bréquetes exigia um novo programam de tratamento, bem como de niveis de forca que viabilizassem 0 desenvolvimento de seu potencial. Por outro ado, a nova mecénica de tratamento e os niveis de forca resultaram na necessidade de modificar o sistema de bréquetes. Portanto, a técnica MBT foi desenvolvida da experiéncia dos autores com © sistema padrao de braquetes Straight-Wire de Andrews, que por virios anos desenvolveram e aperfeigoaram a mecénica de tratamento com base na mecénica de deslizamento ¢ nas foreas leves e continuas'. ‘Apés esta experiéncia com a técnica do arco continuo, McLaughlin, Bennett e ‘Trevisi, em 1997, fundamentando-se na redusao dos niveis de forga, introduziram algumas modificapdes na prescrigao dos aparelhos pré-ajustados existentes até aquele momento sugeriram = mudangas na ‘mecénica utilizada com este tipo de aparelho. Este conjunto de inovacdes ficou conhecido como Filosofia de Tratamento Ortodéntico MB’ Assim, 03 bréquetes MBT foram projetados a partir de uma mecanica de tratamento definida e com os niveis de forgas ajustados para os aparelhos pré-ajustados. Podemos resumir a origem dos bréquetes MBT da seguinte forma: Em linhas gerais, as__principais modificagées do aparelho MBT foram: * Redugéo da angulacio anterior (superior e inferior) © Aumento do torque anterior superior ‘* Diminuigao do torque anterior inferior © Aumento do torque dos molares superiores '* Diminuigio do torque posterior inferior Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Visio geral da Filosofia de Tratamento MBT Esta filosofia de tratamento da énfase aos seguintes pontos', que serao discutidos nas piiginas seguintes: © Bscolha de bréquetes © Versatilidade do sistema de briquetes + Precisio no posicionamento de briquetes © Forcas leves e continuas * Usode canaleta.022" © Controle de ancoragem desde a fase Inieal do tratamento © Autilizago de trés formas de arcos © Didmetro tinico do arco retangular = Ganchos soldados nos arcos retangulares de aco Enfatlza, também, quatro areas critica, no tratamento ortodéntico: © Mecanica de tratamento © Aparelho pré-ajustado * Técnica de posicionamento dos braquetes © Forma e seqiiéncia dos arcos ortodénticos ‘A tia de um aporelho ortodBntico que icorporesse cm sua extratira os coracterstices confers aos dentes pelos orcos rtodtntcos, por meio de dots de primera, segunda e tercela orders, necessris na téeniea do arco de canta, era um anseo antigo dos ortodontsas ‘0 longo do primeira metade do século XX, algumas Inisorues foram tomadas com 0 objetivo de moteraar esta idea. £m 1852, Holdowy props madificacBes na tenia do ‘Arco de Canto introduindo anguloges nos brquetes que antes eram posiionados poralelamente ao longo exo dos dentes. Nos dentes posteriores, recomendoy uma angulagto dsto-ocusal dos braquetes e tubos com 0 abjetivo de sobvepor as fases de nvelomento preparo de ancoragem. No dentes anteriores, sugeru uma anqulago ‘mésio incisal dos Braquetes, permtindo 0 posiconamento frtistco des dentes anterior simutoncamente. ao rivelamento. Com esses procedimentos, eliinou, em grende parte, a necessdade de dabras de segunda ordem fos orcas ortodéaticos. Na década de 60, Jorabok também suger algumas modiicoctes na ténica do Arco de Canto reforcando 0 anseio dos ovtedontstas da epoca por uma tenica ‘ertodBatca mais simples. 0 outer agrupou dels concetes, preconizando um bréquete com angulayd0 e torques, ‘embora sem nenhure bose cient. Povém, fo apenos com as pesqusos de Lawrence ‘Andrews, durante « década de 70, que esta asplogto fol fetwamentsoicongasa ‘Andrews cru um oparsiho de ratureza totalmente uidimensional, corstuo de briquetes que J8 possuiam tno seu desenho ar caracteristicas ides de codo elemento dentro (18,20 © 28 orden), para uma odusdo normal, ‘erivadas do esto dos 120 modelos com oclstio normal bo trorades. Roald Roth, dscipulo de Andrews, apés © suo ‘reduogdo no Universidade de Loyol, em Chicag, onde ‘estudou com o Dr. larabok, e camecou a interessarse pelo ‘clusBo funcional. Apis um periodo de cinco ones. de tentativas e errs, ¢ de olgumas modfcarées nos valores rnormais de Andrews, Roth” conseguiy reunir elementos Clneos checando os resultedas fotograpcamente, 9 cada ‘mudango de arco, em todos 0s pacientes durante 0 trotamento e durante @ contengéo. 0 resultado destes ndisese eros so os valores da prescrisBes origina de Fath, Leitura Recomendada 41. Mclaughlin RP, Bennett JC, Tevst HI, Mecinica ‘letematioda de tretamento orodéntic. So Paulo: Artes ‘Meas; 2002, Cap. 3, p. 1-23. Referéncias Bibliogrétficas 1. MeLaughin RP, Bennett IC. The transition frm standard ledgewise to preatusted appliance systems. 1 Cin Orthod 1989,23(3):142-53. 2. McLaughlin Ri, Bennett J, Trews H. A cnica review ofthe [MT orthodontic treatment program, Orthod Perspectives 3997,4(2)4-15. 3. Metaughin RP, Bennett JG, Trevsi HW. MecSnica ‘letematizada de trtamentaortodBntica SSo Paul: Artes Medias; 2002. 4, Holdeway RA. Brocket anguletion as applied to the cedgowrse appliance. Angle Orthod 1052:22(¢}:227-36. 5. larabak JR. Development ofa treatment plan inthe light of one’s concept of trestment objectives. Am J Orthod 1960,40(7}481-514. 6. Andkews UF. Straight Wire: sllabus of philosophy and technique 2 ed, Las Angeles: Wells Ca, 1975 7. Roth RH. Five year clinical evaluation of the Andrews Straghtovie applace, J Cin Orthod 1976:10(11)836-50. Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortedéntico MET 2. Especificagoes do Aparelho MBT Uma das grandes inovagées da Filosofia MBT é 0 seu sistema de tubos e briquetes. Como explicado anteriormente, 0 aparelho MBT foi desenvolvido a partir de uma mecinica prépria e de niveis de forca definidos para os aparelhos pré-ajustados, visando eliminar alguns efeitos indesejados decorrentes da mecanica com —arcos continuos. Sua concepcio também considerou 05 aspectos fumcionais da oclusio. A preserigéa do aparelha MRT, tanta no sotar anterior como no posterior, favorece a obtencio ¢ o ajuste das guias oclusais 2o final do tratamento ortodéntico. Analisaremos a seguir as seguintes caracterfsticas do aparelho MBT: tamanho do briquete, forma rombéide dos briquetes, angulacio, torque, in-out ¢ offset (rotago Aistal). Andrews! (1972) estudow @ angulosa ¢ inelinaro dos longosexos dos dentes em odusées ideas no trotados e em umo grande amostra de oclisBes trotados cxtodonticamente © descrevey os seis chaves para o dejg0 de uma aclas’o norm. Defi 0. terma angulaco como o pescionamento mésic dtl de corea e Inclnag80 come © posiionamento vestibule lingual dos coos dentvias. defigBo de torque fl deserita como 0 angulo entre 0 exo da corea clinica e uma linho perpendicuar oo plono ous Tamanho do braquete ‘A técnica MBT também leva em considerago 0 tamanho dos braquetes que sero utilizados no tratamento ortodéntico. Esta selecdo esté diretamente relacionada com a distancia inter-braquetes €, conseqilentemente, com os nivels de forcas. Mantendo uma distancia inter- briquetes adequada seré possivel utilizar forcas mais leves, principalmente nas fases inicias do tratamento ortodéntico. Além do braquete estético, a técnica utiliza trés tamanhos de braquetes metalicos: ‘+ Pequeno: £ bastante adequado para dentes pequenos faciitando a higiene. & deficiente no controle da movimentagio e na eliminacio das rotagées. As aletas pequenas também dificultam a fixagao do arco ortodéntico quando sio utilizados os amarrrihos distais (lacebacks). ‘© Médio: Apresenta um bom equilfbrio entre tamanho e controle. Indicado para dentes de tamanhos médios. Sio os mais freqiientemente indicados. ‘© Grande: Uma maior base do briquete proporciona melhor controle dos movimentos dentérios ¢ facilita a expressio do torque, angulacio e rotagio, Esti indicado para dentes de tamanhos médio a grande. ma) 2) oO Figura 1— Bréquetes MBT: grande, médio, estétco © equens. Introdusdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET ‘Atuoimente, vérias companhios comercialzam os ‘bréquetes MBT, No entanto, mutas dels oferecem apenas tum tarsenha, ‘83M Unitek & 0 companhio au fabrca os rdquetes IMBT origina. A empresa dsponiiica as seguites series ‘de brdquetes MBF (aur 1: + Dyne-lock fl size) tamanho grande + Victory Gemini tomanhos medio + Clty ~ bréquetes: estéto (cerdmiea com ‘eforo de metal na canaleta) de tomanho méaia + MiniDype tock tarente pequeno + simare-cip -bréquete metélico auto igovel + Carty t—braquetesesttco auto ligével Forma rombéide Originalmente a forma dos bréquetes do aparelho de Andrews era retangular (figura 2) Figura 2—Bréquete do incsvo central superior deito do aparelho Straight: Wire de Andrews. Observe na figura 2 que as bordas superior e inferior e as bordas mesial e distal so paralelas entre si, caracterizando 0 formato retangular. Nesta siluagdo, a angulagio do briquete é dada na inclinagao da canaleta. Quando o braquete é posicionado de acordo com o método de Andrews (figura 3) surgem planos com diferentes inclinacoes entre a borda incisal, a canaleta e as bordas superior e inferior do braquete, gerando uma confusio visual e dificultando a obtengio do posicionamento ideal do braquete. Segundo Andrews’, 0 bréquete estaré bem posicimado quando fear paraleloe dvdr © eho vestibular dd coro clinica (EVEC),ficando eqidstante de gengia © pare ecusal do dent. Ito avtomaticamente lela © ponto médio do base do bréqucte no ponto EV. A canaleta estar locaizade ende © plano de proeminénca de coroa encanta os planos médiosagial emédlo-transveso. Para evitar este problema o braquete MBT foi desenvolvide com uma forma rombéide. Observe na figura 4 que as bordas superior e inferior continuam paralelas. As bordas mesial também mantém-se paralelas centre si, mas ambas inclinadas para distal. Figura 4 Briquete do incsivo central superior dreto do aparelho MBT. Nesta forma de trapézio a angulagio do briquete é dada na inclinagao das bordas proximais mantendo a canaleta e as bordas superiores paralelas. Quando © braquete é posicionado corretamente no dente, a canaleta também ficard paralela & borda incisal/oclusal. Introduzo& Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Fgura 3 Bréquete MBT posiionado coretamente. © paralelismo entre estes planos gera um conforto visual para 0 operador, facilitando o posicionamento preciso dos briquetes, que é um fator extremamente importante quando se utiliza os aparelhos pré-ajustados. Utilizando a borda incisal/oclusal como referéncia 6 possivel obter 0 paralelismo entre canaleta e a borda incisal por meio de posicionadores de braquetes (figura 6), Figura 6 Uttaio de poscionador para se obter paralelsmo entre a canalet ea borda incsal do dente, ins fobrcontes nde oferecein a. ques MAT a forme romboide. Angulagaio A angulagao foi uma das caracteristicas que mals sofreu inovardes no aparelho MBT. Para entender o significado destas alteragdes € preciso voltar as idéias originais de Andrews. Os primeiros resultados com a técnica Straight-wire ja demonstravam que 0 torque seria um dos pontos criticos deste novo aparelho, principalmente no setor anterior. Para melhorar a performance do aparelho, Andrews propés um aumento do torque nos braquetes dos dentes anteriores. Este aumento gerou 0 chamado efeito “roda de carroca" (figura 7), Figura 7—Efeto “roa de crroga”. Cada 1° de torque no ‘segment anterior ester em 4° de angulaco mesial as ralzes dos nc. (u seja, o aumento do torque levou a uma tendéncia dos dentes anteriores a perderem angulacao (convergéncia das raizes). Para eliminar este efeito, uma nova compensacéo fol proposta: o aumento da angulasa ‘Assim, Andrews alterou os valores obtidos inicialmente em sua pesquisa, aumentando a angulagao dos braquetes, principalmente nos dentes — superiores anteriores (figura 8). Clinicamente este aumento se. refletiu em uma maior tendéncia dos dentes Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET anteriores em se deslocarem para vestibular durante as primeiras fases do tratamento ortodéntico aumentando, por conseqiiéncia, ademanda de ancoragem. Ty ty Figura 8 Angulagiona pesquisa orga de Andrews (a) © a preserigbo do aparelho Straight-wie(b). McLaughlin, Bennett ¢ Trevisi ‘observaram que usando uma mecanica com forcas leves e continuas a angulago poderia ser bem controlada nos aparelhos pré- ajustados. Utilizando lacebacks e bendbacks durante 9 aliaiamenty © uivelamente © médulos elfsticos durante 0 fechamento de espacos (mecinica de deslizamento) obtiveram poucos efeitos adversos na angulagio. Portanto, a angulaca0 adicional no segmento anterior proposta por Andrews do era mais necessdria, 0 que justificou a redugo da angulag2o no aparelho MBT. A angulogdo & uma coraceristica que & expressa ‘quase em sua totliade nos aporelhespré-austados. Em um sistema .022", por exemplo, hb menos de 1° de folga ‘quando um arco retongulor 019% 025" ginstalado. Fsta expresso fel da onquloglo exige uma ‘memagem precisa dos eparehos pré-awstades. Pequenas deslies no posiionamento dos bréquetes podem comprometer a estétea © a fungio oclsal 00 final do teatamento tenos, menos “ee ace q Figura 9— Expresso da angulagio nos aparehos pri ajustados Figure 10~ Argulocio no aporeho MAT. Angulacdio dos incisivos De uma maneira geral, a angulagio dos dentes anteriores foi diminuida. Eimeressamte notar que 0 vlores do anguasto dos entes anteriores no aparelho MET (fgura 30) s50 bem préximos aos encontrods na pesquis orginal de Andrews awa #0). Esta simples redusao interfere de varias maneiras no tratamento ortedéntico: 1. Reduz a necessidade de ancoragem posterior (ver angulaso dos caninos). 2. Facilita 0 ajuste da guia anterior. A menor angulago distal dos dentes anteriores deixa as bordas incisais mais paralelas em relacao ao plano oclusal, facilitando o ajuste da guia anterior. 3. Diminui a quantidade de espago ocupada pelos dentes anteriores Quanto maior a angulagao da coroa dos incisivos, mais espago estes. dentes ocupario, aumentando 0 perimetro do arco. fin determinados stuoydes a angulagd0 dos brdquetes poder ser indvidualicada peo ortodontist, de ‘cord com a sua experiéncia. Um bom exemplo desta ‘aplcacao & aumentar a angulogd0 dos incivos laterais superiores quando estes dentes apresentam umm dmetro imésio distal reduro, Nestes casos, uma meiar angulogio estes dents ford co que ecupem mals esparo no arc, cevtande procedimentosretouradores Introdusdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET 4. Diminui o risco de aparecimento de tridngulos negros. Quanto mais anguladas as coroas dos dentes anteriores, mais para incisal sera deslocado 0 ponto de contato entre os incisivos, aumentando 0 risco de aparecimento de triangulos negros. Angulagio dos caninos ‘A redugio mais significativa. na angulagao ocorreu nos caninos. Para 0 canino superior, a prescrigo original de Andrews utilizava 11° de ‘angulagio. Para os casos de extragées, recomendou 13°, 14° ou 15° de angulacao, de acordo com a quantidade de retragio dos caninos. A prescrigio de Roth utiliza apenas 13° de angulacio para o canino superior. No aparelho MBT, o braquete do canino superior presenta 8° de angulacao°. Uma des molores crticas que a prescrigbo de Rath cof 4 0m rolosBo 8 angulogéo do conine cuporion Para Imuites clinics, 0s 13° sugerids levam a rai do canine Superior a uma posi mu présia cor? ao pre-molar. Para o canino inferior, 0 aparelho ‘Straight-wire original ~de = Andrews. apresentava 5° de angulagao. Para os casos de extragées, recomendou 7°, 8° ou 9° de angulagao, dependendo da distancia que estes dentes fossem movimentados. Roth selecionou 7° de angulagio para os caninos inferiores. No aparelho MBT, o bréquete do canino inferior apresenta 3° de angulacao3. Comparando-se com 0 aparelho Staight-wire ‘rina no aporelho MBT houve uma redusia de 10° no “ongulago distal dos rires no segmento dnter- superior € {de 128 no seqmmento dntero inferior. Est ateragBo reds © tendéncia. de projecio dos dentes anteriores © a necessdace de cartroe de ncerogem pasteror (Heures 1 en) ‘A angulagio sugerida pela ténica MBT para os caninos mantém estes dentes mais verticalizados, facilitando 0 ajuste das guias de desoclusio lateral. Figura 11 Correlogo entre aangulagSo superior €0 comprimento do arco nos aparethos MBT, Andrews ¢ Roth. Fgura 12 Correlagdo entre a argulacio inferior 0 ‘comprimento do arco nos aparelhas MBT, Andrews e Roth. ‘A angulocdo dos canins 90 apareiho MBT também (ger uma transiro mais suove entre os dentesonerares€ pasterres, e- uma melhor hermonia estética entre 05 canines incisvos laters superires (ambos com 8° de ‘angugao} 2 angulogde dos canines & ume coracterbtica que @ ‘ortodontista bem treinado pode inviduatzar por fotitar °ojurte da chave de coninos em Closse. AnguagSes mate Ssuaves para os canines, como propostas no aparelho MT, {factor este ajuste da anqulagBo tanto nas Clases I com nas Coss, ‘Angulagao dos pré-molares Houve uma redusio de 2° apenas na angulasao dos pré-molares superiores, em. relacao A prescrigao original de Andrews. Introdusdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET ‘Aparentemente, uma redugao de apenas 2° pode porecerinsgnfcante- No entanta,consderondo todos os présmoleres, teremos uma redugGo total de 8° na ‘angulaséo superior. sto representa um bom alvio na ‘ancoragem posterior ‘A combinagao de 0° de angulasao nos pré-molares superiores e de 2° nos pré- molares —inferiores—favorece. =o estabelecimento da chave de Classe I nestes dentes, Angulagao dos molares O sulco vestibular é considerado uma referéncia confiével para o posicionamento dos tubos nos molares superiores. ‘A pesquisa de Andrews revelou que este sulco tem uma inclinagao de aproximadamente 5° em relacdo ao plano oclusal Na téenica MBT, recomenda-se que ‘ac bandas ecjam ascentadas com a margem ‘oclusal paralela a linha formada pelas pontas das ctispides vestibulares. Isto significa que ao se posicionar as bandas corretamente, tendo os tubos soldados também paralelamente A margem oclusal da banda, so _adicionados automaticamente 5° de angula¢io aos ‘molares superiores. Portant, um bom indicativo de que uma band estd fem cimentodas € quando as cispdes mesial ¢ distal ‘presentam a mesma quantdade de esmalte expos, ¢ 0 tubo esté pollo & margem oclusel da banda, Desta manetra, 03 tubos dos molares superiores apresentam 0° de angulagao (quando analisados isoladamente), mas quando estes tubos sdo_corretamente soldados e as bandas so corretamente assentadas, geram 5° de angulagio nos ‘maolares superiores (Figura 13) ‘Figura 13 — Angulagio dos molaes superires Andrews recomenda que o= margens dos tubos sejam posicimadas parcelamente 0 suco vestibular Para ‘compensa ainelinagd0 do suco vestibular, adcionou 5* de ‘angulgio nos tubos dos mores superires. Asim, 0s onda deveriam ser mais cssentadar na mesial © esgastdas na margem oclusal distal Se, no entanto, 23 bandas forem assentadas paralelas ao plane oclsal serBo ‘erados 10° de angulagde, 0 que & excessivo para os Imolares superioces. Neste” cose, surio tnterfertncas ‘clus, pois 0 cispides dts dos molores fiom mai sallentes no plano oclusal figura 14) ‘Figura 14 Angulo excessiva dos molres superiors. Para evitor estes problemas, os idezadores da ‘ence MBT prefencam utitzar um tubo sem angulogdo & posiionar as bandas poralelas 20 plano formedo pelas ispides vestibuloes, mantendo 0s tubos soldados paraielamente @ margem superlr da banda (figura 13). 0s tubos dos primeiros ¢ segundos molares inferiores apresentam 0° de angulasio, No entanto, quando as bandas esto corretamente assentadas_— sto proporcionados 2° de angulacao (figura 14). ‘As bandos dos molores ioferires estaréo bem cossentados quando svos margens ocusai estverem poralelas @ linha formada pelas cispides vestbulares (mesial e media nos primeto molares} eos tubos estverem soldaosparolelamente& margem superior da banda. Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortedéntico MET Fgura 14 Angulardo dos moaresnferiores. Atuolmente, come evolurbo dos agentes de odes, 4 colagem dos tubas nas moles: & bastante comum, Nestes casos, 0 critério € o mesma. Os tubos devem ser posicimados paralelamente & linha frmada pela pontas dis eispides vestibulares. “Tabela 1 — Angulago. dos bréquetes e tubos dentes _superiores na preseio orignal de Andrews, Roth e MET ‘Dente [Andrews [Roth wer ‘Central = = ca Tater ¥ F = ‘Canine 7 cra ca Fee = © o Fore = e o Torr 7 Tw w= Fmolar = e e Fgura 15 —Pequena area de contato do fio coma canalet, dfcltando a expresso do torque. 2, Para que os dentes possam deslizar durante 0 tratamento ortodéntico, recomenda-se utilizar arcos retangulares com calibre maximo de .019"%025" em um sistema .022", Estes arcos proporcionam uma “folga’de aproximadamente 10° (figura 16), limitando a expressao do torque. Ha eutras raxbes,olém de factor o deslzamento pelo diminuigio do atvito, para se utllaar o= orcos 0197025". Esta folga de 10° também pode ser ‘considerada como uma _morgem para 0s warogdes Indviduai. Por nBo serem to precios na expressto do torque, 05 arcos .0197025"teleram melhor pequenas “erros"cometidos poo etodontist. r + oe Tato ORG RADNOR F RSET Torque © torque é uma caracteristica, a0 contrario da angulagio, que nao se express com eficiéncia nos aparelhos pré-ajustados. Duas raz6es sao apontadas: L.A 4rea de contato do arco retangular com a superficie da canaleta é relativamente pequena. Figura 16—Folga de 10° do aco 019"%.025" encaikado em ‘um briquete com eanaleta 022". (Quando um fio .021°x025" é encaixalo em um ‘bréiquete.022, surgem apenas 3°de “oly”, o que era um tito maior, difeulteds a mecinica de deslzomento. Como resultado desta relativa ineficiéncia do aparelho pré-ajustado em expressar 0 torque, os idealizadores do aparelho MBT propuseram inserir torque adicional mos braquetes dos _incisivos, molares e pré-molares inferiores para que os objetives clinicos pudessem ser atingidos com 0 minimo de dobras nos arcos. Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortedéntico MET ‘A angulogdo & ume caracertien que, ee necessiro, ode ser indvidualzodo clterondo-se simplesmente @ posiedo do bréquetes. A Induiualzagso do torque, na maioria des vees, passa por dots de terceia ordem nos fos retangulares de ago Inoxidbvel. Apesar do foctidade proporcionoda pelos aporelhos pré-justados, IMPRESCINDIVEL que 0 ortodontisto soba manejar precsamente otorque nos fs Figura 17 —Torques no aparctho MT. Torque dos incisivos © controle de torque noo dentes anteriores é uma tarefa dificil, especialmente ‘em casos de extragoes que exigem a retraca0, dos dentes anteriores. Os autores observaram que 0 acréscimo de torque nos dentes anteriores era _freqiientemente necessario nos casos estudados. Por isso, ‘optaram em aumentar o torque dos incisivos superiores e reduzir 0 torque dos incisivos inferiores no aparelho MBT. A figura 17 mostra que o incisivo central superior apresenta 17° e o lateral 10° de torque. Os briquetes dos incisivos inferiores tém -6°. Varias razdes que suportam esta alteragao no torque: 1. Ha uma tendéncia natural dos dentes anteriores em se inclinarem para ingual durante a retracao anterior, principalmente quando sto _utilizadas mecdnicas com forgas pesadas. Para minimizar este tendéncia 6 proposta na filosofia MBI uma associagao entre 0 aumento do torque anterior e a utilizacio de forcas leves. 2. A utilizagao do fio .019°x.025" facilita 0 deslizamento no setor posterior mas limita a expressio do torque nos setor anterior. 0 aumento do torque também. serviu para compensar os 10° de folga entre 0 fio ea canaleta nos dentes anteriores. 0 umento do torque dos incsvos superores e redugto do torque dos inckves inferiores foi uma das ‘novordes mais importantes no aporetho. MT. lnicamente, produ resultados interessante 1. Faclta 0 ojuste do tespasse dos inckivas @ 0 bueno guts res. $00 mee federtes, fa tratamento ortodBntce, dfuldades no aiste do relogio ‘ontere. Estes problemas gerolmente acorrem por torques inadequedes, Sendo comumente necessirio ocentuar 0 torque vestibular de coroa superior € 0 lingual de coroa inferior. 2. Atuo como torque resitente nas mectnicas de Close. Geralmente estas mecinicas, como por exemplo, (0s eléstces de Coss I, evam & lingua dos incisivas superiors e @ vestibularizagbo dos inciswas tnferires. 0 torque anterior do oparelho MBT ajuda @ minimizar estes fotos. 3. Focilta « correo do Classe M. Cosos suaves de tassel, tratados compensatriamente, precsam de torque anterior extra (vestibular de cora superior e lingual de coroe inferior) pora factor @ comes do wesposse horizontal. 4.0 torque negative em 6° dos incisive inferires (lingual ce coroo) outs controlor «© projeo detes dentes durante onivlomento da curva de Spee. Apesar de a filosofia MBT dedicar bastante atengo ao torque anterior, & importante lembrar que a expressio desta caracteristica depende de varios fatores. Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortedéntico MET Varios fatores podem intererir no torque dos dentes onteroves: 1. Boegdo Intl dos inceves.Inclinag Bee vestibul Tinquais excessivas (tanto pora vestibular como para Aingual rerferem no torque do presi. 2. Patio focak A divergéreia dos bases 6sseas Influncia a inctinag es dos inclsves, A relogdo de curvatua da foce vestibular com a osigbowertea do brsquete. om relagio a este tito ter, em 2006, reolizoros uma pesquisa com 0 objetivo de estudar a infudncia da ‘conveidede da face vestibular do incisvo central superior pa prescriedo do torque dos briquetes pré-qustades veariando seo seu posicionamento vertca’. Para este fim, Joram obtides, por melo de um método computadorivad, ‘0s contoros das faces vesibulaes de 50 iesivos cena’: superioves. Com 0 auxdio de um software, foram medidas (2s éngulesformades entre a reta normal ao panto central 4 coroa anctémica (X) € as retas normals 20s pontas localzados 0 1,2 ¢ 3mm abairo X-1, ¥2 e X3) € ocima (641, Xe2€ X43) dest pont, (om base nas resultados obties condulwse que a ‘urvotura da foce vestibular do incswo cena! superior ode infueniorsanifcatvamente prescriBo do torave dos bréquetes pré-qjustados em afastamentos do centro da ‘coroa maiores de 2mm, tanto para incisal como para ‘cervical. 0 deslocomento do bréquete em deco inal tende 0 acentuor 0 torque vestibulor do coroa e 0 eslocamento cervical tends 2 acenuar a torque lingual. As ‘herogdes tomamese mors acntuerks quanta. mer & ‘ofestamento om drei incisal ou cervical. Torque dos caninos © torque do canine permaneceu 0 mesmo das prescrigdes de Andrews e Roth 7"). Em relagao aos caninos inferiores, os autores perceberam que, na maioria dos ‘casos, a raiz do canino inferior terminava muito proeminente com o torque de 11° das prescrigdes de Andrews e Roth. Também, ‘observaram que ha uma tendéncia, durante 0 tratamento ortoddntico dos dentes inferiores posteriores em inelinar para lingual. Por ‘estas razées os autores escolheram reduzir a quantidade do torque nos braquetes dos caninos inferiores para -6° 05 outores ainda perceberom 0 necessode de ‘edequor 0 torque dos caninas as dferentes formas de ‘arcades. Por bo, sugerem, em casos de arcades mois ‘estretas na reqibo dos caninos @ com tendéela a recessd0 gengval. que os brdquetes des canines sejam Invertdes (atro de 180°) preporcionando um torque de +7° e 1%, respectamente para 0 canino superior inferior, Esta ‘mudanga tenderd a mever a ratz do canna em dlrecbo a0 centro do process alveolar. Uma teresira posllidade de torque para os caninas 4.0 utllacto de braquetes com 0% tanto pare 0 superior como para 0 inferior, em casos com extrordes. Assim as ‘rites dos coninos permanecerB0 mois distantes da carticl, {factando seu movimento. Os bréquetes com toraue O° opresentam ganchos. Torque dos pré-molares e molares superiores © torque dos pré-molares mostrou ser bastante satisfatério no aparelho original de Andrews, por isso foi mantido (-79), 0 objetivo da alteragao do torque dos molares superiores para -14° foi reduzir as interferéncias das cispides palatinas durante os movimentos funcionais da mandibula. Figura 19 — Torque dos molars uperiores nos aparehos Straight orginal de Andvews @ MET. No MET Global Meeting de 2006, em Las Vegos, as ‘autores apresentaram um nove tubo para o segundo molar supertor, cam -192 Esta mediicardo basce- em no fato de que 0 segundo molor superior geraimente necesita ‘mator controle de trque do que o primero molar. Coma é lum dente em extreme Five, 0 af20 do torque & menas cfetiva neste dente. Portanta, eumentando o torque lingual de coroa em 5° tornese mais foc controlar os Imerferéncies das cispidespaltinas. “Figura 20 —Targue recomended atualnente para os segundos moles siperores. Introduo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Torque dos pré-molares e molares inferiores © torque dos dentes posteriores inferiores sofreu alterasées importantes (figura 20): * Primeiro pré-molar - foi alterado em S°, de -17° para -12°. ‘© Segundo pré-molar ~ também foi alterado em 5°, de -22" para -17° ‘+ Primeiro molar ~ foi alterado em 10°, de -30? para -20°, Segundo molar ~ foi alterado em 25°, de -35° para -10°. ‘oats ‘Figura 20 — Torque dos pré-moarese molaresinfeiores nos aaretnos straight wre ongnal de Androws © Mis. A jusiicatia para a alterapto do tarque des dentes posterioes inferiores € que hd uma tendénca consstente dlestes dentes em se incinorem para lingual dorante 0 frotamento ortodtic. Dininndo 0 torque ngual, seria possiel controlar meltor este movimento, Esta tendénca fra muito forte no segundo moor, que “éeslzava" linquolmente com os 35° de eresergdo de Andrews. Pr isso ‘a caerogio foi mai sinficativa neste dente Com estas aterasées, @ curva de Wison torna-se ‘plana oo final do tratamento ortodéntico Tabela 3 — Torque dos bréquetes © tubos dos dentes superiores na prescrigo orginal de Andrews, Rothe MBT. ‘Dente | Andrews [Roth Mer ‘ental F 7 7 Tater F ¥ Eg ‘Gain F = FOF Pe 7 7 7 Fore F 7 7 Fmokr | __* 1 a Fmobr | cc = Tabela 4 — Toque dos brdquetes © tubos dos dentes Inferior ne preserkao orginal de Andrews, Roth e MBT. Dente MET ‘central Fr ater e Canine Toe T ped Er Foe Sua Timor =F molar “iF I © in-out € uma caracteristica introduzida nos braquetes pré-ajustados para compensar os diferentes didmetros vestibulo-linguais dos dentes (figura 22). Na técnica do Arco de Canto, estas caracteristicas sio dadas aos dentes adicionando-se dobras de segunda ordem Gin-sets)nos arcos ortodénticos. oe eo Fgura 21 Curva de Spee com o torque recomendade para ‘segundo molar inferior no aparelho de Andrews inhas ‘zuis) eno aparelho MET (inhas ermehas) ‘Figura 22 —ProcminEncia dos coroas dentin superiones Inferior. 0 in-out no sofreu alteragdes no aparelho MBT (tabela 5) Introduo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Tabela 7 — offset dos briquetes © tubos dos dentes Inferores na prsergio orginal de Andrews, Roth e MST. reladonado com @ anatomia dentéria, ests sueta ds ‘Dente [Andrews [Roth Mer voriagdes individuals. Por eo, a nacessdade de ajustes & ‘ental = bastante feaiente. Estes ojustes devem ser realodos por tmteret = = zi meio de dobras de segunde ordem durante 0 fose de ‘Gain = eM nao. Pe 0 Oo Fore = #0 = F molar o #0 o “Tobela 5—In-out do aparetho Mer. molar o a0 o Dente [Superior | —Tofeior an Central [02mm [126m Lareret | 06mm _[ 26mm DDependendo da mogntude do movimento ploneja, ‘Canine | _0.80mm | _0.83mm oe car “Andes inorporou cos briquetes magnitudes dfretes seep eset osae de “antirotecdo" © “amiangulagio", criando assim a z dquetes para moinentos grandes ov pequenos, 5 qua cle chamou de translago méxima, média ou minima. Fol - - ‘As onti-otacdes (figura 24) consstem em construr fs bases dos bréquetes mais espesias na mesial ou 1a isto, dependendo da drecdo da rotordo que se quer Incoporar no dente, para comvensar 0 gto provocodo pelo off-set rranslagao Inicialmente, a rotagao distal (off- set) fol introduzida no aparelho Straight-wire de Andrews apenas nos molares superiores. para compensar a incimacao da face vestibular para distal (figura 23). Figura 23—Incinagio da face vestibular dos molare © aparelho MBT adotou os mesmos valores para o off-set proposto originalmente Por Andrews (Tabelas 6 ¢ 7). Tabela 6 ~ Offset dos bréquetes e tubos dos dentes _suporiores na prescig original de Androws, Roth © MBT. ‘Dente [Andrews [Roth wer Central = : Tater 5 = 5 ‘canine = : Fe = = : Ferd 20 : Fmelr | 10" 10° 0 ‘relay [a0 300 207 Figura 24 Al Brquete sem rotarBo incorporads.B, 6 0) Braquetes com roterdesincorporadas no eu desenha ‘As enthanguogies sto madificgtes (aumento ou dimmu da ongulapo} nas canoetas das bréquetes ave 2 optem oo movimento Indesejedo de angulazdo que 0 dente sofre quando ee €transladodo (igura 2), Figura 25 ~A-Diferentes magnitudes de ant-angulag to incorporades 0 briqueteB. Ce D- eto do momento e contra momento restates da anti angulag. oth também adotou 0 recurso da ant otagB0 nos canines, peé-molares e molares (tabelas 6 e 7). Segundo 0 utor, esta rota extra facta 0 ajuste de velagdo dos pré-molares cjudaria na preserve da. ancoragem, Sfcutodo © movimento mesial dos dentes posterior, Também gjudaria controlar @ rotapo distal dos caninos lem casos de extropbes v7 Introd & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Figura 26 —Resumo ds prstricio de aparelno MET. Leitura Recomendada 1, Metaughiin RP, Bennett JG Trevsl Hi. Mecénica ‘Sstemattada de teatamento orotic. So Paul: tes Médias; 2002, Cap. 2, P2638. 2. Brito Jr VS, Ursi WIS. © aparetho pré-ajustado: sua evolugoe suas presrigfes.R Dental Press Ortodon Ortop Fecal 2006; 11(3}104150, Referéncias Bibliograficas 1, andrews UF Se keys to normal oechsion. Arn J Orthod 1972; 620:296-308. 2. Andkews UF. Straight Wire: sllabus of philosophy and technique 2% ed, Los Angeles: WellsCo, 1975 3. Bennett IC, MeLaughn RPO tratamentoortodéntico da enticio com aparelhos pré-ajustades. Sio Paulo: Atos Médias: 1998, 4. Vigrito IW, Moresca Reta Inflence af the convexity cof the upper central incisor on the torque of preadjusted brackets. J in Orthod 2006; 40(3):42-90, 5. 3M Unitek Dental Products Ohislon Catalogue. 2724 South Peck Road, Monrovia, CA 31016. Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortedéntico MET 3. Versatilidades e variacoes do aparelho MBT VERSATILDADES DO APARELHO MBT As versatilidades do aparelho MBT! ‘sao as diversas possibilidades de variacoes nna utiliza¢do dos acessérios que permitem, em varias situagdes, aprimorar 0 posicionamente dentirio. A denominasio crreta dos oporethos MBT & MET Versatile, fazendo referéncia és sues versatidades. sts versatiidodes pessbtam o individual, € sabrecoreydes requeridas om alguns casos. eto é cansequido com 0 conjunto bdsco de tubos e brdquetes, cvitando acessériosextros que difeultam © manejo cinco © exgem gastos dona ne estogue. Inverséo do bréquete do incisivo lateral superior Uma situaco clinica bastante ‘comum é a falta de espago anterior associada a incisivos lateraissuperiores. em palatoversao (mordlida cruzada), Nestes casos, apés a obtencio do espago necessario para 0 alinhamento do incisivo lateral, 6 realizado o descruzamento da mordida. Durante esta movimentacio, devido ao sistema de forra gerado com a aplicacao de forea apenas na coroa dentiria, esperado que a coroa se movimente para vestibular, mas que a raiz permaneca palatinizada (figura 1). hs Figur 1 Movimento vestibular do inisivo lateral cruzado: .0r08 se desloca no sentido do movimento, masa ale pemanccepaatnizada. Durante a fase de finatizacao do caso & necessério adicionar torque radicular vestibular para melhorar 0 posicionamento a raiz do incisivo lateral Com o aparelho MBT é possivel realizar este tipo de correcao com alguma facilidade invertendo-se o briquete do incisivo lateral (giro de 180° do bréquete). Neste caso, o torque é alterado de 10° para - 10°, acentuando o torque vestibular de ralz, sem alterar a angulasio (figura 2). Com esta versatilidade do aparelho MBI 6 possivel iniciar a corecio desde a introdugao dos primeiro fios retangulares, evitando dobras ao final do tratamento, » Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortodéntico MET Figura 2—Efeto no torque ena angulaeo com o bréquete «do inv lateral supestor postonado normalmente {esquerda) e com 2 inversbo do bréquete (area). £ interessante notor que a angulogo no oterade devido & forma rombside do bréquete MBT, pois a canoleta, neste caso, tambim deve ser postionada paraiclomente berda isa. Outro detalhe importante é que NAO SE DEVE INVERTER 05 1ADOS. Ou seja,clocar 0 bréquete do lado ‘rato no lado esque e vice-versa. Os bréquetes devem ‘ser apenas invertides (ga de 180°) mamendo seo lado. ‘Trés opges de torque para os caninos superiores (-/°, 0°, +/°) ‘As trés opsdes de torque para os caninos superiores so as seguintes (figura a: 1— Torque original de-7. 2 ~ Torque de +7° obtido com a ‘simples inversao do bréquete (giro de 180°). Da mesma forma que a inversdo do bréquete do incisivo lateral, o torque é alterado, mas a angulacio permanece a mesma. 3 — Torque de 0° obtido com um bréquete adicional, Este bréquete apresenta ‘um gancho na aleta distal 0 objedve da flosofia MBT em adequar os torques ds canines é fcitar 0 guste dos quias nes movimentas furcionaisloterais da mandibula, gerande guios efiientes, ‘mes com lguma liberdode lateral na maxima Intercspidagbo. a8 @ - @ Figura 3 As tris opees de torque para os caninos Trés opgdes de torque para os caninos inferiores (-6°, 0°, +6°) As trés opcdes de torque para os ‘caninos inferiores sao (figura 4): 1- Torque original de -6°. 2 ~ Torque de +6° obtido com a inversao do bréquete (giro de 180°). 3 - Torque de 0° obtido com um briquete adicional. Este briquete apresenta sue 906 Figura3~As irs opses de torque para os cainos ‘A. caractertica rombélde do oparelho MAT possbiina a inverse dos bréquetes dos canines sem aterar 2 adaptation fe vestibular. Introdugdo & Filosofia de Tratamento Ortedéntico MET “Tabela 1 Sugestdes par utiizagSo dos ferentes torques os cainos. Bis = Greay | emmy | oe ‘orem | csemowes | ovrraneanes | SEER pemindnca | “mencom |

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