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xG1 xG0 xg
* *
MTC eq1 MTC eq 1
∆ 1 = ∆ 0 + pa (3)
ti
=
δTr
=
δTv
Lpp Lpp / 2 − x Feq 1 Lpp / 2 + x Feq 1
, (8)
2
meio das Curvas Hidrostáticas. Entretanto, no
contexto de avaria, a massa d'água que embarca δV
δTm
Tar
pode ser grande ou causar momentos que levem
a inclinações acima dos limites de aplicação do T(x) xg
i Tav
teorema de Euler - inclinações equivolumétricas .g
A wl
infinitesimais em torno de um eixo centroidal Xi PR
x SMN
Xf PV
fixo, de acordo com as equações (7) a (9). Em
vista disso, o plano inclinado estimado deve ser Figura 2 - Correção do deslocamento - trim fixo
validado - é necessário verificar se ele fornece o
deslocamento desejado e se o momento do Deste modo, a área da linha d'água com
binário peso-empuxo é desprezível ou nulo. trim, supondo haver simetria, será dada por
Se os calados nas perpendiculares i
Awl = 2 ×∫
X f
y[ x, T ( x )] dx / cos ϕi , (12)
devido ao trim obtido pelas Hidrostáticas a Xi
3
MRL ( ∆i , ϕi ) = ∆i × GZ L (ϕi ) , (14) estabelecer um braço ou momento de referência
para o cálculo do valor/percentual máximo
onde GZ L (ϕi ) = bG L (ϕi ) − bK L (ϕi ) , admitido como momento residual nulo. O
(15)
momento de trim na condição paralela
bG L (ϕi ) = xG1 cos ϕi + z G1 sen ϕi (16) equivalente à condição final pode ser uma boa
e bK L (ϕi ) = x Bi cos ϕi + z Bi sen ϕi , (17) referência nestes casos, com tolerâncias
de acordo com a Figura 3. também 0,5% a 1%. Mas pode ser preciso
alguns ajustes para calibrar a tolerância, que
não precisa ser menor que o momento de trim
SMN
GZ L unitário (MTC) da condição equivalente à final.
bGL
Tar
G1 Assim, o procedimento de busca da
ϕi posição de equilíbrio pelo método do peso
Bi
Tav
adicionado no caso de avarias simétricas
bK L
PR PV restritas seria sintetizado nas seguintes etapas:
K a) obter o volume/massa d'água embarcada e o
Figura 3 - Braço residual do momento de trim deslocamento final (eq. 1 e 2);
b) calcular a posição do centro de massa da
Se o momento residual de trim for nulo água embarcada e corrigir a posição do
ou estiver abaixo da tolerância adotada, o plano centro de gravidade da embarcação (eq. 3);
de flutuação analisado é a posição de equilíbrio.
Caso contrário, será preciso ajustar a inclinação, c) com o deslocamento final avariado, obter as
diminuindo ou aumentando o trim, de acordo características hidrostáticas intactas no
com trim atual e o sinal do momento residual calado paralelo equivalente (eq. 4), corrigir
(positivo, inclinação/trim para ré). Em seguida, o MTC para a posição vertical do centro de
deve-se retornar para verificar o deslocamento gravidade (eq. 5 e 6), estimar a inclinação
do novo plano de flutuação inclinado estimado, longitudinal/trim (eq. 7) e os calados nas
iniciando um novo ciclo de busca da posição de perpendiculares (eq. 8 e 9);
equilíbrio. d) calcular o deslocamento para o plano de
A alteração da inclinação pode ser feita flutuação inclinado estimado - se estiver
por meio da aplicação do conceito de momento dentro da faixa de tolerância (eq. 13),
unitário de inclinação, generalizando o MTC verificar se o momento residual de
para o plano inclinado ou por meio de inclinação longitudinal é nulo (f); caso
tentativas, buscando uma posição em que o contrário, ajustar o deslocamento (e);
sentido/sinal do momento residual seja e) manter a inclinação estimada e buscar um
contrário ao atual. No primeiro caso, a plano de flutuação paralelo ao atual, para
dificuldade está em obter as propriedades do ajustar o deslocamento (eq. 10, 11 e 12) e
plano de flutuação inclinado (área, centróide e retornar a (d) para verificar o deslocamento;
inércia centroidal) para calcular a correção do
trim, relacionando o momento residual com o f) obter a posição do centro de carena do
unitário do plano inclinado, e os calados nas plano de flutuação inclinado e calcular o
perpendiculares (calado médio). momento residual de inclinação longitudinal
(eq. 14 a 17). Se o valor do momento
No segundo caso, é preciso obter uma estiver dentro dos limites de tolerância
posição em que o sentido do momento seja adotados, esta é a posição de equilíbrio,
contrário, e partir para a busca do momento caso contrário, alterar a inclinação de
nulo em posições médias ou intermediárias, por acordo com o sentido de giro do momento
meio de um método de bissecção ou residual e retornar a (d) para verificar o
equivalente. Uma outra alternativa de processo deslocamento.
iterativo seria fazer sucessivas pequenas
inclinações até obter a inversão do momento, 2.2 - Avaria Assimétrica Restrita
reduzir o valor das inclinações e inverter o
sentido da busca, até obter um momento A situação típica neste caso ainda é a de
residual abaixo da tolerância. avaria de fundo duplo, que causará
afundamento (aumento do calado médio),
A adoção de tolerâncias para o momento inclinação longitudinal (trim) e inclinação
residual não é tão simples como no caso do transversal (banda). O deslocamento final será
deslocamento, pois o valor do momento final dado pelas eq. (1) e (2), de acordo com a
desejado é nulo. Em função disso, é preciso
4
geometria do tanque, como mostrado na Figura corrigida para a inclinação transversal e
4. calculada para cada bordo, pois pode haver a
perda da simetria com a banda. Assim, a
equação 12 deve ser reescrita como
Xf
∫ {y x,[ T (x) + y ]x,[ T (x) d ] x}
θ Tmi
vb
Tmo
yg
B B B B BE E
i Xi
A=
v
.g va
zg . (19)
Figura 4 - Avaria restrita assimétrica - PA
w l
As coordenadas do centro de massa da
água de alagamento (xg, yg, zg), deste modo,
podem ser determinadas por meio da integração
c ϕ i × co θ i o s s
das áreas e dos momentos das áreas das seções
transversais do tanque, utilizando Vlasov, se Com o deslocamento ajustado dentro da
necessário. Assim, a nova posição do centro de tolerância adotada, deve-se verificar a seguir o
gravidade da embarcação (xG1, yG1, zG1) pode ser equilíbrio longitudinal, ou seja, se o momento
obtida pela equação de momentos de massa, residual de trim é nulo ou desprezível para o
plano de flutuação estimado, utilizando as eq.
x G1 x G 0 x g
14 a 17. È bom lembrar que a posição do centro
de carena deve ser calculada por meio de
Vlasov considerando o trim e a banda atuais,
embora na primeira iteração longitudinal a
banda seja nula, ou seja, as coordenadas do
∆ 1 y G1 = ∆ 0 y G 0 + p a y g
centro de carena vão depender de ambas as
inclinações - ϕi e θi, e as eq. 14 a 17 devem ser
reescritas como
z z
MRL (∆i , ϕi ,θi ) = ∆i × GZ L (ϕi ,θi ) , (20)
onde GZ L (ϕi ,θi ) = bG L (ϕi ) − bK L (ϕi ,θi ) ,
(18) . (23)
se for conhecida a posição do centro de Se o momento residual longitudinal for
gravidade do navio intacto (xG0, yG0, zG0). nulo ou desprezível, deve-se passar à
Com o deslocamento e a posição do verificação do equilíbrio transversal, isto é, se o
centro de gravidade do navio avariado momento de inclinação transversal é nulo ou
determinados podemos iniciar a busca da desprezível. Caso contrário, deve-se alterar a
posição final de equilíbrio. Para isso, a primeira inclinação longitudinal no sentido do momento
estimativa da posição de equilíbrio longitudinal, residual de trim e retornar para reajustar o
a partir do plano paralelo equivalente, pode ser deslocamento e o trim até alcançar o equilíbrio
feita por meio das Curvas Hidrostáticas, com as longitudinal.
devidas correções, utilizando também as eq. 4, Com o equilíbrio longitudinal atingido,
5, 7, 8 e 9. o passo seguinte é verificar e ajustar o
Em seguida, o deslocamento deve ser equilíbrio transversal. Para isso, podemos obter
verificado e ajustado, se necessário, de forma as Curvas Cruzadas para o trim estimado e a
análoga à avaria simétrica, buscando um plano Curva de Estabilidade Estática relativa ao
de flutuação paralelo ao estimado, que, nas deslocamento final, corrigida para a posição
próximas iterações, poderá ter trim e banda vertical e transversal do centro de gravidade.
associados. Portanto, a expressão da área do Com isso, o ângulo de inclinação transversal
plano de flutuação inclinado também deverá ser pode ser estimado como o ângulo de banda
5
permanente dado pela CEE, como mostrado na
Figura 5. GZ T
bGT
^ G1 θ i Tbe
GZ CCE
∆
ϕ Tbb
1, i , 1
G
Bi
bKT
θ
> K
θe
6
(eq. 24 a 27). Se o valor do momento e assimétricas) como para avarias sem limitação
transversal estiver dentro dos limites de (simétricas e assimétricas).
tolerância adotados, esta é a posição de
equilíbrio final;
i) se o momento transversal não for nulo ou 3.1 - Avaria Simétrica Restrita
desprezível e esta for a primeira estimativa
da inclinação transversal, obter o ângulo de
banda permanente por meio da curva de 3.2 - Avaria Assimétrica Restrita
estabilidade estática para o deslocamento
final, o trim atual e a posição do centro de
gravidade da embarcação avariada. Em
seguida, obter a posição do centro de 3.3 - Avaria Simétrica Sem Limitação
flutuação e inclinar transversalmente a As condições típicas neste caso seriam
embarcação, girando em torno do eixo avarias num porão ou tanque, de bordo a bordo,
longitudinal centroidal com o trim fixo, e com ou sem a avaria do fundo duplo. A
retornar a (d) para reajustar o deslocamento consideração do fundo duplo não afeta nem a
e o equilíbrio longitudinal; essência do método nem sua aplicação, apenas
j) se esta não for a primeira estimativa da introduz uma parcela a mais com características
banda, alterar a inclinação transversal de diferentes do restante da área avariada (volume,
acordo com o sentido do momento residual centro de volume e permeabilidade).
de banda até obter o momento transversal Assim, para ilustrar o procedimento do
nulo ou desprezível e retornar a (d) para método, é mais simples supor uma avaria na
reajustar o deslocamento e reavaliar o região do tanque ou porão acima do fundo
equilíbrio longitudinal, se necessário. duplo, que permanece intacto. No caso de
navios com costados duplos, tanques ou porões
laterais, entretanto, esta não seria uma avaria
2.3 - Avaria Simétrica Sem Limitação possível, pois para atingir a região central pelo
fundo, o fundo duplo teria que ser também
avariado; e pelo costado em um dos bordos a
2.4 - Avaria Assimétrica Sem Limitação avaria seria necessariamente assimétrica.
As Figuras 7, 8 e 9 ilustram a geometria
das condições de flutuação paralela
3 - MÉTODO DA FLUTUABILIDADE PERDIDA equivalentes inicial (T0) e final (T1). O
No método da flutuabilidade perdida, o afundamento devido à avaria compensa a perda
volume d'água embarcado é tratado como perda de flutuabilidade como se houvesse a
da capacidade de gerar empuxo ou alteração transferência de flutuabilidade da região
geométrica do casco, com a exclusão total ou avariada (g) para a porção da fatia adicional
parcial (permeabilidade volumétrica) da região afundada fora da região avariada (b).
avariada, causando:
i) manutenção do deslocamento com variação A hipótese de perda de flutuabilidade
do calado médio; (δE) na região avariada significa que o
deslocamento será constante, uma vez que será
ii) posição do centro de gravidade constante; compensada com o afundamento, ou seja,
iii) mudança do plano de flutuação devido ao
afundamento, à inclinação longitudinal (trim) ∆1 = ∆ 0 + γvb − γv a = ∆ 0 , (28)
e/ou à inclinação transversal (banda); e e δE = γv b = γv a = γ µ
v.
iv) modificação da estabilidade estática. (29)
Esta abordagem trata de forma adequada
tanto os casos de avaria restrita abaixo do plano
de flutuação intacto, em que o deslocamento vb T1
.b
final está pré-determinado, como os casos de To
avaria sem limitação vertical de alagamento. O v .g va
método, portanto, pode ser utilizado sem zb
restrições tanto para avarias restritas (simétricas
zg
7
Figura 7 - Avaria sem limitação simétrica Além disso, para a geometria específica da
acima do fundo duplo - FP região avariada das Figuras 7 a 9, temos
T1
E, de acordo com as Figuras 8 e 9, as vb = ∫ Awl ( z )dz , (35)
T
seguintes relações também se aplicam:
0
v b = vb ' + v b"
(36)
T 0
, (30) T1
v b" ∫
=
T0
v = v'+ v"
(38)
vb = v a = µv , (32a) Xv
[
v a ' = µv' = µ∫ 2 A( x, T ) − A( x, h fd ) dx ,
X
0
'
]
vb" = v a" = µv" .
r
Xr
[
va" = µ v" = µ ∫ 2 A( x,T1 ) − A( x,T0' ) d x, ] (40)
r
[
x g ×v a = µ∫ 2 A( x, T1 ) − A( x, h fd ) x dx , ]
xg v (42)
T1 xb .g
To zb va
Xv
[
z g ×v a = µ∫ 2 B ( x, T1 ) − B ( x, h fd ) dx ,
X r
]
zg hfd
(43)
SMN Xr Xv
Figura 8 - Avaria sem limitação simétrica -
X
Xv
[
x g ' ×v a ' = µ∫ 2 A( x, T ) − A( x, h fd ) x dx , 0
'
]
afundamento - FP r
(44)
vb' X
Xv
r
[
z g ' ×v a ' = µ∫ 2 B ( x, T ) − B ( x, h fd ) dx , 0
'
]
.b' v" va"
(45)
To T1
zb'
xb' xg' v' .g'
va' T'o
Xr
Xv
x g " ×v a " =µ∫ 2 A( x, T1 ) −A( x, T0' ) x dx [ ]
zg'
hfd , (46)
[ ]
SMN Xr Xv Xv
Figura 9 - Avaria sem limitação simétrica - z g " ×v a " =µ∫ 2 B ( x, T1 ) −B ( x, T0' ) dx
Xr
perda de flutuabilidade - FP
, (47)
x g ×v a =x g ' ×v a ' +x g " ×v a "
(48)
8
e ∆2i (Ti 2 ) = ∆ 0 + γv a (Ti1 ) ⇒ CH → Ti 2 ,
z g ×v a =z g ' ×v a ' +z g " ×v a " , .................. (60)
(49) ∆ (Ti ) = ∆0 + γv a (Ti ) ⇒ CH → Ti ,
k −1 k −1 k −2 k −1
i
onde B(x,z) é o momento de meia área da seção ∆ki (Ti k ) = ∆ 0 + γv a (Ti k −1 ) ⇒ CH → Ti k ,
avariada em relação à linha de base (Vlasov).
até que [ ∆ki − ∆ki −1 ] ∆ki ≤ ε1
Analogamente, a posição longitudinal e (61)
a posição vertical dos centros geométricos dos
volumes de afundamento vb, vb' e vb" serão dados ou que [Ti k − Ti k −1 ] Ti k ≤ ε 2 .
por (62)
T1 Uma outra forma de obter o calado
xb ×v b = ∫ Awl ( z ) x F ( z ) dz , (50) equivalente final em avaria seria obter a curva
T 0
T1
[
xb ' ×vb ' = ∫ Awl ( z ) x F ( z ) − a wl ( z ) x f ( z ) dz
T0
] interseção das duas curvas define o calado
intacto equivalente ao calado em avaria, em que
, (52) toda a perda de flutuabilidade é compensada
z b ' ×vb ' = ∫ [ Awl ( z ) − a wl ( z )] z dz , (53)
T1
pelo afundamento, de acordo com a Figura 10.
T 0
o a
T1 z
xb" ×vb" =∫ awl ( z ) x f ( z ) dz , T1
T 0
To
(54)
T1
z b" ×v b" =∫ a wl ( z ) zdz ,
T0
(55)
x b ×v b =x b ' ×v b ' +x b" ×v b"
(56)
e h fd
z b ×v b =z b ' ×v b ' +z b" ×v b" , o 1
(57)
onde xF(z) é a posição longitudinal do centro de
flutuação da linha d'água intacta e xf(z) é a
posição longitudinal do centro da área da
porção avariada da mesma linha d'água: Figura 10 - Calado Equivalente Final - FP
Xv
x f ( z ) = 2 × ∫ y ( x, z ) dx / a wl ( z ) . (58) O momento de inclinação longitudinal
Xr inicial no calado equivalente avariado pode ser
O afundamento pode ser determinado obtido considerando a posição relativa entre o
por meio de um processo iterativo de busca do centro de carena avariado e o centro de
calado até satisfazer à seguinte relação, onde ∆i gravidade do navio ou o momento de
é o deslocamento intacto no calado equivalente: transferência da flutuabilidade perdida na
região avariada para a região de afundamento,
∆0 = ∆i − γv a ou ∆i = ∆0 + γv a . (59) isto é,
O processo iterativo deve considerar MT 1 = ∆0 ( xG − x' B1 ) = δE ( x g ' − xb ' ) (63)
alagamentos sucessivos até o calado atual e MT 1 = γv a ' ( x g ' − xb ' ) = γv a ( x g − xb ) , (64)
estimado, partindo-se do calado intacto. Com o
calado anterior obter ∆i pela eq. 59 e, por meio onde x'B1 é a posição longitudinal do centro de
das Curvas Hidrostáticas, o novo calado intacto carena no calado equivalente avariado:
correspondente. O processo termina quando as
diferenças entre os deslocamentos atual e ∆0 x B' (T1 ) = ∆0 x B (T0 ) + γvb ' xb ' −γv a ' x g '
anterior ou entre os respectivos calados (65)
estiverem abaixo de tolerâncias adotadas. e x B' (T1 ) = x B (T0 ) + γv a ' ( xb ' − x g ' ) / ∆0 ,
Assim, (66)
ou ∆0 x B (T1 ) = ∆0 x B (T0 ) + γvb xb − γv a x g
'
∆ (Ti ) = ∆ 0 + γv a (T0 ) ⇒ CH → Ti ,
1
i
1 1
(67)
9
x B' (T1 ) = x B (T0 ) + γv a ( xb − x g ) / ∆0 ,
'
e (68) BM (T1 ) = I 0' (T1 ) / ∇0 , (76)
10
volume intacto sob o plano inclinado estimado verificar o momento residual longitudinal. Se o
pelo volume da região alagada definido pelo momento residual estiver dentro da tolerância
mesmo plano de flutuação, isto é, adotada, a posição de equilíbrio foi encontrada.
Caso contrário, é preciso alterar a inclinação no
∇' (ϕi ) = ∇(ϕi ) − v a (ϕi ) , (81) sentido de giro indicado pelo momento residual,
∇(ϕi ) = 2 × ∫
X f
A[ x, T ( x)] dx
repetir o processo de ajuste de volume e,
onde Xi
e depois, verificar o novo momento residual, até
(82) que ele esteja dentro da tolerância adotada.
Xv
v a (ϕi ) = µ∫ 2{ A[ x, T ( x)] − A( x, h fd )} dx . O processo é análogo ao descrito para o
X r
(83)
método do peso adicionado para avaria restrita
simétrica, mas com o deslocamento igual ao
a wl
inicial intacto e as correções necessárias para a
δV δTm perda de flutuabilidade na região avariada. A
Tav
Tr v .g
Tv tolerância adotada pode ser um múltiplo
xg va adequado do momento para trimar um
Tar A wl zg centímetro da condição equivalente avariada.
hfd
Xi SMN Xr Xv Xf Para calcular o momento residual de
Figura 12 - Correção do deslocamento - trim fixo trim é preciso obter a posição do centro de
carena avariado para o plano inclinado
A área da linha d'água avariada com estimado, por meio das Curvas de Vlasov, ou
trim será dada, de acordo com a Figura 12, por seja,
Awl' (ϕi ) = Awl (ϕi ) − µ × a wl (ϕi ) , (84) ∆0 x B' (ϕi ) = ∆(ϕi ) x B (ϕi ) −γv a (ϕi ) x g (ϕi ) ,
X (89)
onde Awl (ϕi ) = 2 × ∫X y[ x, T ( x)] dx / cos ϕi
f
perpendiculares: (93)
X
z B (ϕi ) = 2 × ∫ B[ x, T ( x)] dx / ∇(ϕi ) .
f
δ∇ ∇ 0 − ∇ ' (ϕ i ) Xi
δTm = ' = , (87) (94)
Awl (ϕ i ) Awl (ϕ i ) − µ × a wl (ϕ i )
A expressão do momento de trim será
Tar →Tar + δTm e Tav →Tav + δTm , (88) na forma de uma curva de estabilidade
onde ϕi = arctan(ti/Lpp). longitudinal:
Com o plano de flutuação definido pelos MRL (∆0 , ϕi ) = ∆0 × GZ L (ϕi ) , (95)
novos calados nas perpendiculares obtemos, por onde GZ L (ϕi ) = bG L (ϕi ) − bK L (ϕi ) ,
meio das Curvas de Vlasov, o novo volume de (96)
deslocamento ∇ '(ϕi). Se a diferença entre o bG L (ϕi ) = xG cos ϕi + z G sen ϕi (97)
volume inicial intacto e o calculado for maior
que a tolerância adotada, deve-se retornar para e bK L (ϕi ) = x B' (ϕi ) cos ϕi + z B' (ϕi ) sen ϕi .
novo ajuste, a partir do plano de flutuação atual, (98)
caso contrário deve-se verificar se o momento Se o momento residual de trim for nulo
de inclinação é nulo ou desprezível, o que ou estiver abaixo da tolerância adotada, o plano
caracterizaria a posição final de equilíbrio. de flutuação analisado é a posição de equilíbrio.
Após ajustar o deslocamento, deve-se Caso contrário, será preciso ajustar a inclinação,
obter a posição do centro de carena do plano de diminuindo ou aumentando o trim atual, de
flutuação inclinado equivolumétrico avariado e acordo com o sentido do momento residual. A
11
seguir, deve-se iniciar um novo ciclo de busca 3.4 - Avaria Assimétrica Sem Limitação
da posição de equilíbrio verificando o
deslocamento do novo plano de flutuação
estimado. 4 - ESTABILIDADE EM AVARIA
Assim, o procedimento de busca da
posição de equilíbrio pelo método da
flutuabilidade perdida no caso de avarias 5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
simétricas sem limitação vertical pode ser
sintetizado nas seguintes etapas: 01 – SANGLARD, J. H. E., MARTINS, P. D., 1996,
Estática de Corpos Flutuantes, Departamento de
a) calcular o afundamento do casco (calado Engenharia Naval e Oceânica -DENO/EE/UFRJ,
equivalente) necessário para compensar a RJ.
perda de flutuabilidade na região avariada
(eq. 59 a 62) ou comparação das curvas de 02 - CABRAL, J. P. F. S., 1979, Arquitectura Naval,
deslocamento intacto e em avaria; Centro do Livro Brasileiro, Lisboa.
b) calcular as propriedades volumétricas da 03 - GOMES, C. R. C., sd, Arquitetura Naval Para
região avariada e da parcela de afundamento Oficiais de Náutica, (vol. 1 - Teoria e vol. 2
até o calado paralelo equivalente em avaria -Exercícios Resolvidos), Sindicato Nacional dos
(eq. 28 a 58); Oficiais de Náutica da Marinha Mercante, RJ.
c) obter posição do centro de carena no calado 04 - COMSTOCK, J. P. (editor), 1967, Principles of
paralelo intacto inicial, calcular a posição Naval Architecture, Society of Naval Architects and
do centro de carena em avaria e o momento Marine Engineers, USA.
de inclinação longitudinal (eq. 63 a 72);
d) obter as áreas, os centróides e as inércias 05 - SEMYONOV-TYAN-SHANSKY, V., sd, Statics and
centroidais dos planos de flutuação intacto e Dynamics of the Ship, Peace Publishers, URSS,
avariado equivalentes, calcular o momento Moscow.
para trimar um centímetro avariado por 06 - GILLMER, T. C., JOHNSON, B., 1982, Introduction
meio das eq. 73 a 80; to Naval Architecture, E.&F.N. Spon Ltd, London.
e) estimar a inclinação longitudinal/trim (eq. 07 - RAWSON, K. J., TUPPER, E. C., 1968, Basic Ship
7) e os calados nas perpendiculares (eq. 8 e Theory, Longman Group, London, UK.
9);
08 - GILLMER, T. C., 1970, Modern Ship Design,
f) calcular o volume de deslocamento avariado United States Naval Institute, Annapolis, Maryland.
(eq. 81 a 83); verificar se a diferença entre o
volume inicial intacto e o volume do plano 09 - TAGGART, R. (editor), 1980, Ship Design and
de flutuação avariado está dentro da faixa Construction, Society of Naval Architects and
de tolerância; se estiver, verificar se o Marine Engineers, USA.
momento residual de inclinação longitudinal 10 - INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION -IMO,
é nulo (h); caso contrário, ajustar o 2002, Code on Intact Stability, London, UK.
deslocamento (g);
11 - INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION - IMO,
g) manter a inclinação estimada e buscar um 2002, Load Lines (Consolidated edition), London,
plano de flutuação paralelo ao atual, para UK.
ajustar o volume de deslocamento avariado
(eq. 84 a 88) e retornar a (f) para checar 12 - INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION - IMO,
novamente o volume de deslocamento; 2002, MARPOL 73/78 (Consolidated edition),
London, UK.
h) obter a posição do centro de carena do
plano de flutuação inclinado avariado 13 - INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION - IMO,
ajustado para o volume (eq. 89 a 94) e 2004, SOLAS 74/78 (Consolidated edition),
calcular o momento residual de inclinação London, UK.
longitudinal (eq. 95 a 98); se o valor do 14 - REGULAMENTOS NACIONAIS - NORMAN,
momento estiver dentro dos limites de MM/DPC - Diretoria de Portos e Costas, RJ.
tolerância adotados, esta é a posição de
equilíbrio, caso contrário, alterar a 15 - LIVROS DE REGRAS DE SOCIEDADES CLASSIFICADORAS
inclinação de acordo com o sentido de giro - ABS, BV, DNV, GL, LR.
do momento residual e retornar a (f) para 16 - NOTAS DE AULA.
verificar mais uma vez o volume de
deslocamento, iniciando novo ciclo. -oOo-
12