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Cor on el F aw cet t

O Nome da Aventur a

O Cor onel Fawcett, diz em, ins pir ou a cr iação de I ndiana Jones , não é
par a menos . Fawcett er a o nome da aventur a. Ex plor ador des br avou
ter r as per igos as e s em lei, pas s ou fr io e fome, lutou contr a cobr as
gigantes e tour os s elvagens , es tabeleceu contato com indios ,
negociando e obtendo infor mações , tr açou mapas e des cobr iu ár eas até
então inex plor adas . T eve que lidar com bandidos cr uéis e fugitivos do
velho oes te amer icano, e alguns até, faz iam par te de s ua equipe, mas
também tinha o r es peito e a amiz ade de pes s oas como S ir Ar tur Conan
Doyle (O cr iador de S her lock Holmes ) Fawcett não er a um caçador de

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tes our os , mas depois de s ete ex pedições r epletas de per igos ,
des apar eceu com s eu gr upo, pr ocur ando no inter ior da s elva amaz ônica
a lenda de Manoa (o El Dour ado, a cidade de our o).

O cor onel Per cy Har r is on Fawcett, nas ceu em 1867 em Devon na


I nglater r a. Jovem, ingr es s ou no ex ér cito s er vindo na Ar tilhar ia. Pr es tou
por vár ios anos , bons s er viços à s ua maj es tade. I nclus ive faz endo par te
do s er viço s ecr eto inglês , s endo mandado em mis s ão par a vár ias par tes
do mundo, Ceilão, Malta, Hong- Kong.

A j ulgar - s e pelo que foi es cr ito s obr e s eu car áter , foi um homem dotado
de gr ande for ça, de cor agem ex tr ema e de dinamis mo intens o. Mas ,
devia também s er br us co, ar dente, impaciente e inclinado a mos tr ar - s e
a favor dos “nativos ”. Er a mís tico, vis ionár io e dava pouca impor tância
às his tór ias de tes our os .

Na j uventude, manifes tar a alguma cur ios idade pela ar queologia e


tor nar a- s e um dos devotos do culto da Atlântida.

A convite da S ociedade Geogr áfica Real em 1906, chegou a B olívia em


j unho do mes mo ano, par a tr açar lá, novos mapas geogr áficos .

Par tindo com s eu gr upo des cobr iu que a vida naquela r egião er a r epleta
de per igos e a s obr evivência er a ques tão de s or te. 50% da população
local mor r ia vitimada por doenças , alguns s e entr egavam a bebida
caus ando pr oblemas das mais difer entes or dens . B andidos com a cabeça
a pr êmio fugiam do velho oes te amer icano e encontr avam na B olívia um
por to s egur o, s em leis de ex tr adição. Andar ex ibindo as ar mas er a
comum, e mais de uma vez , Fawcett teve que s e valer de us ar as s uas .

A es cr avidão er a ilegal, por ém, alguns donos de plantação de bor r acha


fr eqüentemente entr avam nas s elvas captur ando índios par a tr abalhar
na ex tr ação da bor r acha, es s e fato, caus ava nas tr ibos uma gr ande
hos tilidade contr a os habitantes da r egião. Mas Fawcett acr editava que
s e tr atando os índios com gener os idade, r eceber ia em tr oca, mais
gener os idade.

Em uma ex pedição, adver tido s obr e os per igos os índios pelo ex ér cito
boliviano, Fawcett s eguiu viagem e ao vir ar uma cur va do r io deu de
car a com uma tr ibo, que ao ver em a ex pedição, começar am a gr itar e a
atir ar flechas . Fawcett tentou contato, mas falhar a por diver s as vez es
até que, teve uma idéia, pediu par a um de s eu gr upo tocar o acor deão e
cantar algumas mús icas , deu cer to, e os indios s e apr ox imar am e
tr ocar am pr es entes .

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Alguns contatos com índios não ter minar am tão bem, em deter minada
ocas ião, o piloto do bar co mor r eu, vítima de 42 s etas .

A vida na s elva não er a par a muitos , e os animais davam s ua


contr ibuição ao per igo cons tante. O Cor onel teve a ex per iência de
acor dar com uma ar anha andando em s eu pes coço, dor mir com
mor cegos pr es os e s e debatendo nas r edes de mos quitos . Nas
caminhadas , o gr upo foi atacado por tr ês tour os s elvagens , em um
único dia, tendo que matar um deles . Em outr a vez , Fawcett teve que
encar ar um tour o des s es , des ar mado e s em pr oteção ficou es per ando a
hor a que o tour o atacar ia, por ém, depois de muito ameaçar , o tour o foi
embor a.

As cobr as s ão uma his tór ia à par te, Ros s , um tex ano que faz ia par te do
gr upo, foi atacado, logo s acou s ua ar ma e deu dois tir os na cabeça da
cobr a, depois , des cobr iu que a cobr a havia mor dido a bols a onde
guar dava o tabaco e o veneno ainda es cor r ia.

A j ibóia gigante, apes ar de não venenos a, caus a temor em todos .


Fawcett de acor do com o que es cr eveu em s eu diár io matou uma de
s es s enta e dois pés de compr imento e 12 polegadas de diâmetr o (Uns
dez oito metr os ).

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A pr ópr ia natur ez a lutava contr a todos que tentavam des cobr ir s eus
s egr edos . A ex pedição enfr entou cor r entez as per igos as , dur as es caladas
e caminhadas pela flor es ta. Pas s ar am fome por vinte dias s ó comendo
mel r uim e ovos de pás s ar os e r ealmente pens ar am que mor r er iam.

Em deter minada ocas ião, Fawcett encontr ou umas colinas , que par eciam
mes as gigantes , quando contou is s o par a o amigo Conan Doyle, o
es cr itor imaginou que nos topos is olados viver iam dinos s aur os e
es cr eveu um r omance chamado " O mundo per dido”· Em uma car ta
ender eçada à S ociedade Geogr áfica Real, aludia a uma r aça indígena
que tinha r eputação de s er compos ta de indivíduos de pele br anca,
cabelos r uivos e olhos az uis . Es s es des conhecidos chamavam- s e
“mor cegos ” ou “bar atas ” por caus a de s uas r oupas es cur as . Acr es centa
ainda.

”É pos s ível que es s as cois as es tr anhas fiquem es condidas nas flor es tas
da bacia amaz ônica. Cor r em boatos a r es peito de antigas r uínas ,
es tr anhos animais , vias imens as nunca encontr adas . É ver dade que as
lendas nas cem ao r edor das r egiões inex plor adas , mas não nos
es queçamos de que o pigmeu afr icano foi cons ider ado imaginár io
dur ante muito tempo”. Fawcett, ex plor ação da B olívia (Geogr aphical
Jour nal, Maio 1910, pg. 522).

Dur ante tr ês anos , Fawcett tr abalhou par a a Comis s ão de Limite


ter r itor ial que des enhou o mapa da r egião. Retor nou par a a I nglater r a
onde lutou na pr imeir a Guer r a Mundial e, depois apos entado do
ex ér cito, voltou a r egião, financiado por j or nais e a iniciativa pr ivada. No
total, O Cor onel Per cy H. Fawcett empr eendeu s ete ex pedições entr e
1906 e 1924.

Es cutando os Kor afas da Amér ica do S ul, que não deix avam de s e faz er
ouvir , adquir iu a convicção de que a cidade per dida da ex pedição de
1743 (quando s eis por tugues es par tir am de Minas Ger ais s eguindo um
mapa do qual o antigo pr opr ietár io tinha s ido as s as s inado, a ex pedição
encontr ou r uínas de uma cidade e chegar am a ver dois índios br ancos ,
confor me foi r elatado em car ta ao gover nador Antonio T eles da S ilva,
es s a ex pedição des apar eceu). Fawcett acr editou que es s as r uínas er am
da Atlântida ou uma das colônias longínquas , e dever ia s ituar - s e a
nor des te de Mato Gr os s o entr e o cur s o s uper ior do Xingu e a r egião do
r io Ar aguaia; nos mapas da época, es s a r egião é ocupada pela S er r a do
Roncador . Fawcett chamou es s a cidade de " Z ”.

Uma tentativa de ex plor ação em 1919 não deu r es ultados por caus a das
inundações e do abandono de s eus companheir os br as ileir os .

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Não demor ou par a que ele cons eguis s e uma audiência com o pr es idente
do B r as il, Ar tur da S ilva B er nar des de 1922 a 1926, a quem ex pôs s eus
pr opós itos . O chefe do Gover no não quis tomar qualquer decis ão antes
de ouvir o então cor onel Rondon, que por es s a época j á s e entr egava ao
tr abalho de colocação de linhas telegr áficas no r umo de Manaus .
Convocado a palácio, Rondon des apr ovou totalmente o plano de Fawcett
e, as s im, o gover no br as ileir o negou a per mis s ão. Logo depois Fawcett
r egr es s ava à I nglater r a, mas s em abandonar a idéia de for mar uma
ex pedição.

Fawcett voltou em 1924. Des ta vez , obtiver a a aj uda da S ociedade


Geogr áfica Real, ir ia tr açar mapas das r egiões des conhecidas nas
imediações dos r ios Par amantiga e T apaj ós , as s im como pr ocur ar outr os
obj etos mais atr aentes que, s egundo ele, dever ia haver no Mato Gr os s o.

T r az ia r ecomendações de per s onalidades influentes , inclus ive da r ainha.


Novamente o pr es idente da República chamou Rondon par a que
opinas s e s obr e a pr etens ão do ex plor ador inglês . Rondon mais uma vez
foi intr ans igente, mantendo s eu ponto de vis ta anter ior s obr e a
inconveniência da entr ada na s elva de uma ex pedição des s a natur ez a.
Pr ometeu até or ganiz ar uma ex pedição br as ileir a e faz er com que
Fawcett e s eus acompanhantes dela par ticipas s em. A negativa veio
pr onta. Fawcett des ej ava uma ex pedição s ó dele, pur amente I ngles a e
compos tas apenas por tr ês pes s oas - o ex plor ador , s eu filho e um
acompanhante. Rondon dis cor dou, mas antes as r ecomendações
apr es entadas pelo vis itante, o Pr es idente da República autor iz ou a
ex pedição. A s ós com o pr es idente, momentos depois da s aída de
Fawcett, Rondon obs er vou que o ex pedicionár io ia des apar ecer nas
matas e ele ainda s er ia chamado par a pr ocur á- lo. O pr es idente
r es pondeu que a s or te es tava lançada.

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Cer tos br as ileir os imaginar am que pr ocur ar ia cer ta mina de our o dos
Mar tír ios , abandonada há 200 anos , quando s eus des cobr idor es
por tugues es for am as s as s inados por es cr avos índios .

Fawcett par tiu, acompanhado por s eu filho, Jack e um amigo des te, um
fotógr afo chamado Raleigh Rimell.

Ele s aiu de Cuiabá em dir eção à Chapada dos Guimar ães , par a atingir o
por to de B atovi. Naqueles tempos Já ex is tia uma mis s ão T homas
Young que agia entr e os índios B akair i.

Na caminhada pela s avana, Fawcett ia encontr ando caix as do Cor r eio.


Em algumas colocava car tas ender eçadas a s ua es pos a, que ficar a na
I nglater r a.

Fawcett for a voluntar iamente impr ecis o quanto ao des tino des s a
viagem, ver ificou- s e que ele não dava as coor denadas pr ecis as de s ua
movimentação, par a que nem uma ex pedição pos ter ior o encontr as s e.
Como mos tr a a car ta que es cr eveu a s eu amigo Ahr ens em Cuiabá:
”Não es per e r eceber outr as noticias ; é pos s ível que as envie, mas
nos s as r ecentes dificuldades com os índios tor nam a cois a pouco
pr ovável...
É ar r is cado, é pr ecis o diz ê- lo, e poder íamos mor r er ...”

Pr os s eguiu com tr ês índios B akair is . No r io Cuis eu, encontr ou duas


canoas indígenas es condidas em um encor adour o por s eus pr opr ietár ios .
Apoder ou- s e fr iamente delas , e tendo embar cado, continuou a des cer o
cur s o do r io até a cidade de Anauá. Lá mandou de volta as canoas pelos
tr ês índios B akair is . No caminho, os índios encontr ar am os donos das
canoas fur ios os .

Em car ta enviada a es pos a, datada de 29 de maio de 1925, Fawcett


afir ma que es tavam pr ontos a entr ar em ter r itór io inex plor ado, os tr ês
mandar am de volta os as s is tentes , com a car ta que diz ia “... não tenha
nenhum medo de fr acas s o”.

Depois dis s o, Fawcett continuou a viagem par a es te, na dir eção do r io


Culuene, afluente do Xingu e des apar eceu. Não r ecebendo mais
nenhuma noticia do intr épido ex plor ador dur ante mes es , s eus amigos
pus er am- s e a s ua pr ocur a.

Em 1927, um engenheir o de Cour ville, declar ou que encontr a na s elva


um mis ter ios o homem br anco e bar bado que logo identificou como

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Fawcett. Es pír itas e Médiuns anunciavam que Fawcett es tava pr is ioneir o
dos indígenas e que tinham feito dele um deus .

Finalmente uma ex pedição de s ocor r o par te em 1928, comandada por


um oficial da mar inha br itânica, comandante Geor ge Miller Dyott, que
também ex plor ava a Amér ica do S ul.

Dyott, acompanhado por quatr o j ovens amer icanos , s eguiu o tr açado de


Fawcett a pé até o Anauá e a es te na dir eção do Culuene, depois s eguiu
o cur s o do r io. Os índios r econhecer am que Fawcett e s eus
companheir os tinham s ido as s as s inados , mas cada tr ibo r ej eitava a
r es pons abilidade des s e cr ime. Os Calapalos acus avam os Ar auaques e
es tes j ogavam a culpa nos S uiás . Um índio Ar auá acus ou Aloique, chefe
dos Ar auaques – Ou pelo menos , Dyott que s ó s e entendia por meio de
algumas palavr as e s inais , imaginou compr eendê- lo. Dyott viu na
caver na de Aloique uma valis e que r econheceu s er de Fawcett e viu
também, amar r ada no pes coço de um dos filhos de Aloique, uma placa
de cobr e com o nome da fir ma W.S . S ilver & Company, London. Que
for necia o equipamento da ex pedição de Fawcett. Dyott concluiu que
Aloique er a o as s as s ino de Fawcett, e tentado por ofer tas de pr es entes ,
Aloique pr omete mos tr ar o lugar onde enter r ou o cor po de Fawcett, mas
muda de idéia e des apar ece na flor es ta.

Dyott s em poder per manecer mais tempo, por falta de víver es , toma o
caminho de volta, não s em antes ter encontr os des agr adáveis com
alguns índios .

O r es ultado des s a ex pedição poder ia ter encer r ado o cas o, mas boatos
es capavam s empr e da flor es ta. Fawcett es tava vivo e tinha um filho
com uma mulher índia. A viúva S r a. Fawcett tentava cor r es ponder - s e
com ele por inter médio de médiuns .

Finalmente, em 1951, a r es pos ta es capou do Mato Gr os s o, Or lando


Villas B oas s er tanis ta br as ileir o, tendo ques tionado pacientemente os
Calapalos dur ante cinco anos , per s uadiu- os com a pr omes s a que não
haver ia vingança s e r elatas s em o que s e pas s ar a r ealmente.

Or lando Villas B oas conta que, chegando à aldeia dos B akair i, Fawcett
cons eguiu que s ete ou oito homens o s eguis s em. Um deles des ceu o
Culuene e par ou quando encontr ou a pr imeir a aldeia Nahuquá,
localiz ada à mar gem daquele r io. Foi nes s e local que os B akair i
deix ar am a pequena ex pedição e r egr es s ar am imediatamente à aldeia
no alto do r io.

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Feitos os pr imeir os contatos , o ex plor ador pediu aos Nahuquá que os
levas s em à aldeia mais a nor des te, por que dali s eguir ia r umo á S er r a do
Roncador . Os índios dis s er am que naquela dir eção s ó ex is tia a aldeia
Calapalo. Par a o nor te uma outr a aldeia dos Kuikur u, mas a dos
Calapalo er a a que Fawcett dever ia pas s ar a caminho do Roncador .

O índio Cavicuir i e mais dois outr os par tir iam em companhia de Fawcett
par a o acampamento Calapalo, que encontr ar am totalmente des er to.
S oube depois pelos nativos que os Calapalos es tavam mais adiante,
num acampamento de ver ão.

" Antigamente - es clar ece Or lando Villas B oas - na época da s eca, os


Calapalo cos tumavam acampar à mar gem dir eita do Culuene, per to de
uma lagoa que mais tar de veio a r eceber o nome de Lagoa Ver de. Ali
eles pas s avam todo o ver ão, comendo peix es , abundantes na r egião.

Fawcett não des animou. Ainda com os índios Nahaquá, mar chou em
dir eção ao acampamento, onde encontr ou Caiábi, o gr ande chefe
daquela época, e também o genr o des te - I s ar ar i - que mais tar de s e
tor nar ia muito conhecido, por que foi tido como r es pons ável pela mor te
do ex plor ador inglês .

Nes s a ocas ião, ocor r eu um incidente que vir ia influir negativamente no


r elacionamento entr e os br ancos e índios . I s s o aconteceu quando
Fawcett atir ou num pato que voava. Uma cr iança cor r eu e apanhou a
ave. Pens ando talvez que ele quis es s e apos s ar - s e da caça, Fawcett
cor r eu atr ás da cr iança e bateu- lhe na mão. Os índios não gos tar am da
atitude do br anco, pr incipalmente o pai do menor .

Des s e modo, os Calapalos mas s acr ar am os tr ês br ancos com golpes de


por r ete em um ponto entr e o Culuene e o r io das Mor tes ; afluente do
Ar aguaia, mais a es te. Cavicuir i es pr eitar a Fawcett enquanto outr os
índios afas tar am os dois j ovens que tinham ficado mais atr ás . Haviam
j ogado os cor pos dos j ovens em um lago, mas enter r ar am Fawcett com
cer imônia, cons ider ando- o como um chefe, colocar am j unto dele a ar ma
que tentar a defender - s e. Komatz i, novo chefe Calapalo, levou Villas
B oas ao s eu túmulo e or denou a s eus homens que des enter r as s em os
os s os e a ar ma do ex plor ador .

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Cer tos j or nais ingles es afir mam que o cr ânio des enter r ado não er a de
Fawcett por cer tas par ticular idades dentár ias que não coincidiam.

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B ibliogr afia:

”Da Atlântida ao Eldor ado” de Willy Ley e S pr ague de Camp


”Enciclopédia B r as ileir a de cons ultas e pes quis as ” Editor a Novo B r as il
”Gr andes Ex plor ações ” Editor a Atlas
”Revis ta de Atualidade I ndígena” nº 19 -
Entr evis ta com Or lando Villas B oas :

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